A Ascensão do Dragão Prateado - Capítulo 2
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- Capítulo 2 - Escola e encontrando minha odiada?
Quando acordei no outro dia, eu preguiçosamente me levantei para tomar meu café da manhã.
Mas toda minha preguiça foi levada embora por algumas poucas palavras da minha mãe.
— Silv, o que você está esperando para se arrumar? Esqueceu que hoje é seu primeiro dia de aula? — Ela disse, me dando um olhar que dizia ‘se apresse’.
Minha primeira reação foi mostrar um olhar penoso para tentar convencê-la a me deixar ficar em casa, o que aparentemente não funcionou, já que sua expressão não mudou nem um pouco.
Eu coloquei meu blazer… Que tipo de jardim de infância faz uma criança vestir um blazer? Essa droga de gravata é impossível de se colocar com essas mãozinhas que eu tenho.
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Desconhecido para ele, seus pais estavam atualmente tirando fotos da sua batalha contra a gravata.
— Como esperado, Silv está tendo problemas com a gravata, ele não fica fofo irritado? — Ela disse, apontando para as bochechas inchadas de Silver, enquanto não esquecia de tirar mais algumas fotos.
— Sim sim, olha só pra essas mãozinhas desajeitadas dele enquanto tenta amarrar — Seu pai também contribuiu, apontando para as mãozinhas de Silver, que estavam amarrando com dificuldade a gravata.
— É mesmo Yuki vai adorar ver isso! — Sua mãe falou animadamente, mas o clima pareceu congelar.
— Aquela mulher, huh. — Resmungou o homem, com uma expressão estranha.
— Nós já conversamos sobre isso, é Yuki e não ‘aquela mulher’ — Ela replicou olhando-o com raiva. Enquanto o homem simplesmente acenou sem responder.
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Terminando minha luta com a gravata, eu desci para encontrar minha mãe já me esperando na porta. Entramos no carro, e fomos em direção à escola onde eu ficaria pelos próximos anos.
Chegando lá, fomos recebidos por uma mulher com cabelos curtos castanhos e que usava óculos. Ignorando a conversa entre ela e minha mãe, eu comecei a observar os arredores.
A academia tinha um arco com um letreiro enorme onde estava escrito [Academia Kousai], o prédio era branco com alguns traços verdes que causavam um belo contraste com o cenário, o qual era coberto por um grande campo de flores, criando uma linda paisagem.
‘Não parece tão ruim assim’, foi o meu primeiro pensamento ao ver essa paisagem. Me impedindo de pensar mais, a mulher se virou para mim.
— Olá pequeno Silver, eu sou Luísa Maria e vou ser sua professora pelos próximos anos. Você pode me chamar de professora a partir de agora. — Luísa falou gentilmente enquanto se virava para escola e me estendia a mão. O que me ofendeu por ser tratado como uma criança mesmo que eu seja uma.
— Claro, Luísa. — Ignorando sua mão esticada, eu respondi enfatizando a palavra Luísa, fazendo seu rosto congelar.
Um longo tempo de silêncio depois, chegamos à uma sala simples e limpa, com lugares para 20 crianças e com um único quadro negro.
Ignorando todas as outras crianças que já estavam aqui, eu me sentei no último lugar do fundo próximo a janela que me dava visão da sala completa e do lado de fora. Realmente o lugar perfeito.
Luísa começou sua aula, falando para cada criança se apresentar com seus nomes, coisas de que gosta, coisas de que não gosta e planos futuros.
E então, uma por uma elas começaram a se apresentar, mas eu não me incomodei em ouvir, até que escutei um nome familiar.
— Eu sou Fumiko Mari, meus amigos me chamam de Mari, eu gosto de doces e de esgrima e odeio pessoas que falam que eu não tenho talento. No futuro eu vou ser uma grande espadachim assim como meu pai! — Uma criança com cabelos curtos e negros se apresentou como Fumiko Mari, aquela que afundou o Silver Crawford da história original. Me fazendo olhar novamente para ela, e sim, ela não tinha nada de especial então por quê exatamente ele se apaixonou por ela?
Algumas apresentações depois, minha vez chegou.
— Eu sou Silver Crawford, eu gosto de esgrima, de lutar e de ganhar. Odeio pessoas estúpidas e fracas, também odeio pessoas que são arrogantes sem motivo, e, no futuro, me tornarei o pior pesadelo dos meus inimigos. — Luísa me deu um olhar assustado, talvez a última frase tenha soado um pouco assustadora demais para uma criança?
Mas era verdade, lutar é divertido, não? E quem não gosta de ganhar? Quanto a pessoas fracas… eu já fui uma delas, e acredito que tenha o direito de não gostar delas depois que a minha própria fraqueza causou a morte de pessoas com quem eu me importava.
Já as pessoas arrogantes… Eu simplesmente bato nelas até elas ganharem algum senso. A última frase é por causa desse mundo, existem muitas pessoas poderosas, malucas e psicopatas por aí.
E eu não sou o protagonista que vai vencer tudo isso com o poder do amor, então eu quero ser temido o suficiente para que eles nem ousem me incomodar.
Depois de uma aula completamente entediante, o sinal do intervalo tocou, todos tiraram seus lanches, juntando-se aos seus amigos. Sem surpresa alguma eu fiquei sozinho, talvez eu tenha assustado eles com minha apresentação, não que eu queira algo com esses pirralhos no entanto.
Para minha surpresa, eu não era o único sozinho, Fumiko Mari também estava. Ela parecia desesperada sem saber o que fazer, enquanto olhava ao seu redor onde todos estavam rindo e brincando com seus amigos quando ela não tinha ninguém.
Em algum momento durante seu desespero, ela se virou e olhou para mim, e vendo que eu também estava sozinho seus olhos brilharam, o que me deu um mal pressentimento.Para minha surpresa, eu não era o único sozinho, Fumiko Mari também estava. Ela parecia desesperada sem saber o que fazer, enquanto olhava ao seu redor onde todos estavam rindo e brincando com seus amigos quando ela não tinha ninguém.
Em algum momento durante seu desespero, ela se virou e olhou para mim, e vendo que eu também estava sozinho seus olhos brilharam, o que me deu um mal pressentimento.