A Ascensão do Dragão Prateado - Capítulo 6
[Ruínas], elas também podem ser chamadas de [Dimensão separada], [Mundo espelhado] entre outros. Enfim, elas são uma dimensão própria com fluxos de tempo que se diferenciam uns dos outros, assim como as leis, climas e monstros da dimensão. Havia a chance que dentro dela houvesse um espírito, dando a chance de qualquer um que tivesse a coragem de explorar uma ruína, uma chance de se tornar um [Contratante].
Quando elas apareceram há muitos anos atrás, foi dado um aviso global sobre, levando muitos idiotas a tentar sua sorte nela para nunca mais voltarem. Havia muitos motivos para isso. A falta de informação sobre o lugar onde se apareceria, alguns poderiam acabar em um deserto sem fim com nenhum tipo de equipamento adequado para isso, enquanto outros poderiam acabar em uma planície repleta de recursos; O nível desconhecido de força dos monstros contidos na [Ruína], o que poderia variar de simples esqueletos até dragões. Todos esses motivos levavam a um único ponto inicial, e isso era a falta de informação.
Pelo aumento absurdo deles que morriam enquanto exploravam as [Ruínas], outro aviso foi dado, mas dessa vez era com o objetivo de fazer com que eles parassem de explorá-las.
Foram criadas várias leis sobre isso, como só poder explorá-las em grupos e após passar por um rígido processo de avaliações. Com isso, o número de pessoas que desapareceram durante as explorações diminuiu grandemente, enquanto o número de [Contratantes] subiu.
Após tudo isso, se tornaram poucos os idiotas que exploravam as [Ruínas] por conta própria. E sim, um dos poucos idiotas que fariam algo do tipo está atualmente encarando duas estátuas douradas dentro de um salão prateado e dourado.
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Encarando as duas estátuas douradas na minha frente, eu sabia que não tinha outra escolha a não ser lutar, afinal, eu não acredito que alguma delas queria bater um papo comigo para resolver essa situação pacificamente.
Eu levantei meus punhos e entrei em guarda, não deveria ser muito diferente das lutas que eu tive na minha luta anterior, certo? Certo?
Lançando um soco com o punho esquerdo na primeira estátua que se aproximou, eu não vi ela se mover ou dar algum sinal de que iria desviar, isso fez com eu sorrisse, essa vai ser fácil.
Infelizmente não foi exatamente assim que acabou, eu senti como se eu tivesse socado uma placa de ferro, e inclinando minha cabeça rapidamente para direita eu vi um punho dourado passar em frente aos meus olhos.
Recuando alguns passos, eu pensei sobre uma estratégia de ataque já que obviamente só atirar meus punhos nelas não vai servir.
‘Eles com certeza não sentem dor e também não parecem ter algum tipo de inteligência, eles devem estar seguindo ordens pré-programadas… Nenhuma fraqueza aparente também, será que eles tem fraqueza contra algum elemen…Merda! Eu deveria me socar por ser tão estúpido’
Eu tinha esquecido completamente que esse não é meu mundo, aqui tem magia, monstros, espíritos e muitos outros. Durante o pouco tempo que tirei para formular um plano eu percebi que eu estava ignorando completamente o fato de ser um [Variante].
Me concentrando, eu cobri meus punhos com fogo e levantei novamente a minha guarda.
Dando um passo à frente, eu me curvei um pouco atacando o estômago da estátua da esquerda, o que me surpreendeu pelo fato do meu punho atravessar ele sem qualquer resistência. Sem parar, eu pisei no corpo em queda da estátua e me impulsionei para a direção da estátua seguinte, socando ela diretamente no rosto.
— Há! Essa foi fácil — Olhando para as duas estátuas caídas, eu disse sem um pingo de vergonha na cara do fato de ter praticamente me apavorado um momento atrás.
— Se essa ruína só tem isso a oferecer, então isso vai ser muito mais fácil do que eu esperava.
Me aproximando do portão preto e vermelho, eu segui meu caminho sem saber que eu me arrependeria dessas palavras.
Assim como o portão anterior, este portão também abriu e me sugou, me mandando diretamente para a próxima fase.
Abrindo meus olhos, o que me deu as boas-vindas foi uma grande sala do trono. Ela seguia o mesmo padrão prateado e dourado de antes, mas o trono era preto e vermelho. A decoração da sala pouco me importava, o que realmente me importava era a quantidade de estátuas que tinham aqui, elas eram muitas mais do que eu poderia contar, com suas cores variando entre prateado, dourado, vermelho e preto. Minha sorte é que esquecendo seu número, nenhuma delas carregava armas.
Mesmo assim…
— Eu tinha que falar, né? Eu podia ter ficado quieto mas eu TINHA que falar.
— Bem, já foi, agora como eu vou sair disso é outra coisa.
Terminando meu monólogo, eu encarei as estátuas que imediatamente abriram seus olhos ao mesmo tempo, me encarando de volta.
Não vou mentir, isso foi assustador para um caralho.
Ignorando essa demonstração perturbadora de sincronia, eu cobri novamente meus punhos com minhas chamas e levantei minha guarda me preparando para a luta que iria acontecer.
Forçando minhas pernas contra o chão, eu me lancei em direção às estátuas sem pensar duas vezes. Sinceramente, eu estava em uma situação de 1 para uns 200, não havia estratégia que me salvasse dessa situação.
Lançando uma chuva de punhos, uma a uma, golpe a golpe, as estátuas caiam.
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Algum tempo depois, eu estava exausto, mas não parecia que isso acabaria tão cedo.
Rolando para direita, eu desviei do golpe de uma estátua preta, e, dando alguns saltos para trás, eu escapei de um ataque conjunto de 3 estátuas, uma prateada, uma dourada e uma vermelha.
Durante o meu tempo de luta, eu descobri algumas coisas sobre as estátuas.
Suas cores realmente importavam, elas tinham “personalidades” diferentes e estilos diferentes de ataque.
As pretas eram egoístas, se recusando a fazer qualquer tipo de ataque em conjunto com as outras, já seu estilo era um assassino, ela só atacava pontos vitais de forma que causasse o máximo de dano possível, elas são a causa de todos os meus ferimentos ao redor do torso.
As vermelhas eram raivosas, quando acertadas, elas começavam a atacar loucamente sem se importar com nada, elas são a maior causa do meu cansaço, seu estilo era sem forma, somente uma louca sequência de ataques.
As prateadas e as douradas eram almas gêmeas, uma completava os ataques da outra sem brecha alguma e seu estilo era equilibrado.
Também nesse período de tempo, eu praticamente esgotei completamente meu poder mental, um empurrãozinho e eu desmaiava para não acordar mais.
Desviando de mais uma série de ataques das estátuas, eu contra-ataquei derrubando mais duas atirando pequenas chamas diretamente em seus corações… se é que elas tem algo do tipo.
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[Irmãozão, se nós somos mais fortes, porque é que nós temos que matar nossos inimigos? Não faria diferença se eles estivessem vivos ou não, certo?]
[Meu pequeno e estúpido irmãozinho não importa se eles são fracos ou não, durante uma luta, você mata seu inimigo ou morre para ele.]
[Mesmo assim eu não entendo…]
[Hahahaha, é por isso que você ainda é o ingênuo e estúpido irmãozinho, quando você entrar em uma real luta de vida ou morte você vai entender que tudo pode servir como arma, seus dentes, unhas, cabeça, qualquer parte… ou talvez você só morra hahahaha]
[Hmph, você vai ver irmãozão, eu ainda vou te espancar um dia…]
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Lembrando de uma conversa que eu tive com meu irmão uma vez. Eu acho que entendi isso hoje…
Soltando a respiração que eu segurava, eu relaxei minha postura, deixando meus braços “soltos” ao lado.
Bem, vamos ensinar a eles o terror de um animal encurralado.