A Ascensão do Dragão Prateado - Vol.2 Capítulo 29
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- Vol.2 Capítulo 29 - Mordendo mais do que pode engolir e informações?
Se aproximando do grupo, Moon olhou diretamente para o ‘líder’ do grupo.
— Pensei ter te avisado sobre suas palhaçadas Ludewig — Suas palavras eram puro veneno.
— Ara, a que devo a presença da grande senhorita Amaterasu neste lugar tão humilde? — Em um tom ‘cordial’ o líder perguntou com um sorriso no rosto.
Ele, ou melhor, ela tinha cabelos pretos cortados em bob e olhos de mesma cor.
Elena Ludewig nunca foi um personagem relevante no plot geral da novel, sem nem mesmo ser mencionada na mesma. Por outro lado, a família da garota foi certamente significante na vida da matriarca.
A família Ludewig foi uma das que tentou constantemente sabotar os Amaterasu durante sua ascensão. Em troca, Moon ‘devorou’ metade da família, os deixando em uma situação em que eles por pouco eram considerados ‘nobres’.
Isso causou o ódio do outro lado, junto a mais tentativas de recuperar o que perderam.
Ao invés de um personagem não mencionado, para Moon, Elena Ludewig, se tornou um personagem de lado irritante.
Ainda mais com suas tendências de bullying aqueles que considerava ‘inferiores’.
Embora a matriarca não gostasse de Mari, seu ódio por Elena era muito maior.
— Vai ser melhor para você recuar e levar seus capangas junto — Replicou com um tom ‘calmo’.
— Hm? Claro que eu posso fazer isso, mas precisamos de algum incentivo, não acha? Ou então, mesmo que deixemos eles hoje… — O arrependimento em sua face enganaria se ela não conhecesse o verdadeiro sentido dessa frase.
Era simplesmente uma chantagem óbvia.
A garota acabou de dizer que se Moon não ‘pagasse’ algo por isso, a mesma situação aconteceria quando ela não estivesse ‘patrulhando’.
— Oho? Você e seu pai são realmente parecidos. Ambos sempre tentam morder mais do que podem engolir — Dizendo isso, seus olhos roxos brilharam em um azul enquanto seus lábios se curvaram em um sorriso bastante perigoso.
Já para as pessoas do outro lado, exceto pelos já ajoelhados, eles sentiram uma literal pressão forçando-os a se ajoelhar.
Esse era um dos poderes trago pelo contrato com Tsukiyomi e Amaterasu, desnecessário a qual dele o poder pertencia.
Com sua [Pseudo-armadura real], não liberava nenhuma armadura brilhante nem nada do tipo, somente seus olhos brilhavam. Isso a não ser que ela usasse as [Seis marcas].
Por puramente usar [Manipulação de gravidade] ela já era capaz de forçá-los a se ajoelhar, e essa não era a versão mais forte da habilidade.
Afinal, que tipo de Deus da lua não fica mais forte sob a mesma?
Enfim, Elena e seu grupo saíram rangendo os dentes, tanto da humilhação quanto da pressão sofrida.
— Não está esquecendo nada Ludewig?
Enquanto eles saiam, a matriarca chamou mais uma vez. Ao se virar o grupo, curvou-se quase que imperceptivelmente.
Como resultado, Moon aumentou a gravidade deixando seus rostos paralelos ao chão.
— Muito melhor, agora pode ir — Sem se importar mais com eles, a matriarca voltou a observar Mari, que parecia ter saído de sua crise existencial.
— Isso… — A espadachim achou difícil colocar em palavras o que ela viu acontecer.
O senso comum dizia que, a não ser que fosse um [Variante] era impossível usar elementos sem uma [Armadura real]. Mas Moon aparentemente quebrou todas essas regras agora pouco
— Irônico não acha? Agora a pouco eles estavam agindo tão grandes, mas de uma hora para outra, puff, toda a grandeza desapareceu contra alguém mais forte… Vamos, temos uma reunião para comparecer.
Com essas palavras, ela saiu com Mari seguindo inconscientemente atrás dela.
Do início ao fim, a matriarca não olhou diretamente para o grupo ajoelhado, muito menos falou ou deu alguma atenção a eles.
O motivo disso era que os mesmos não tinham machucado algum.
Isso deu a ela a certeza absoluta de que eles não revidaram nem um pouco, mostrando o quão patéticos são. Talvez se isso houvesse ocorrido antes do seu encontro com aquele que veio a ser seu braço direito ela tivesse alguma pena, mas agora Moon não sentiu nada assim.
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Enquanto a matriarca e a espadachim faziam seu caminho ao encontro, Elena prestes a explodir de fúria.
O único motivo dela se opor a Moon era porque seu ‘informante’ passou para ela os rumores sobre a garota não poder usar sua [Armadura real], o que levou sua confiança ao teto.
Mas de onde aquele idiota tirou isso?! Ela sentiu na pele a gravidade aumentar e jurou fazer aquele informante de merda pagar por essa humilhação.
O mais irritante de tudo foi o sorriso arrogante que Moon tinha quando ‘convenceu’ ela a se curvar. Ele foi o mesmo de quando tomou metade das propriedades da sua família.
— Onde vocês acham que vão?! — A garota gritou olhando para seus ‘lacaios’, que estavam tentando se afastar lentamente antes dela explodir de vez.
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Não muito depois do incidente de Elena, a matriarca e a espadachim chegaram ao café onde o encontro foi marcado.
— Finalmente todos estão aqui, que tal começarmos a reunião? — Mia iniciou a conversa assim que Moon e Mari se sentaram.
— Sobre nossos oponent… — A ruiva começou a frase, logo sendo interrompida pela matriarca.
— Não é assim que se começa uma reunião estratégica…
Estando habituada com este tipo de coisa, ela sabia que normalmente se fazia uma premissa e não se ia assim direto ao ponto.
— Sigh, que tal começar com o funcionamento do torneio vermelhinha? — Silver sugeriu.
Escutando isso, Mia desviou seu olhar e o jovem dragão poderia ver que ela estava ficando vermelha.
A garota não estava nem próxima de ser a matriarca que estava ‘predestinada’ a se tornar. E além do mais, após a interferência de Silver no sequestro, a sua paixão por Seiji não aconteceu, embora o ocorrido tenha dado a ela uma visão muito mais confiável do jovem dragão.
— Há! Essa idiota com certeza não sabe como funciona — Essa foi Lina, quem viu a oportunidade de incomodar a ruiva e obviamente não deixou escapar.
— E você sabe? — A garota perguntou com um olhar suspeito, sem chance alguma ela deixaria sua rival conseguir a mão maior aqui.
— É claro que eu… — Com uma pausa, a dríade olhou para Freud, que assentiu — Sei — Finalizou a frase após receber sua confirmação.
— Seu guarda sabe, não você! — A ruiva gritou irritada.
— Qual a diferença? — Perguntou Lina com grande confiança.
Mia estava prestes a continuar, mas Moon interviu.
— Se vocês terminaram sua briguinha idiota, vamos começar as explicações ok? E já que fora Silver, Freud e eu sabemos sobre isso, deixa que eu explico.
— E por que tem que ser você?
Quem perguntou foi Mari. Talvez tenha sido pela demonstração de antes, mas o tom da espadachim não era nem um pouco desafiador, era simplesmente curioso.
— Porque Silver acha isso problemático e Freud simplesmente não quer — A matriarca respondeu, recebendo a confirmação de ambos.
— Enfim, mesmo que nossa sala tenha escolhido sete representantes, não significa que todos nós vamos lutar.
Durante a escolha dos representantes, nenhum dos integrantes do conselho estudantil disse diretamente que todos os escolhidos participariam.
E por que?
— O torneio funciona como uma melhor de três, três lutas e cada vitória um ponto. Mandar um combatente mais de uma vez é permitido, e tem poucas regras além de não matar.
O motivo para não ter regras como a proibição do uso de veneno era simples, além de muito óbvia.
Com o número de estudantes, a possibilidade de haver um deles com um espírito relacionado a veneno era muito alta.
Neste quesito, até mesmo jogar areia nos olhos do oponente não era considerado uma tática ‘suja’, apesar de haverem formas muito mais criativas de se usá-la.
Seiji estava prestes a perguntar algo, mas um olhar bastante ameaçador de Silver o impediu.
‘Esse cara tem uma mania horrenda de interromper qualquer explicação. Será que ele não pode esperar terminar para começar a perguntar?’
— Se vocês estão se perguntando o por que disso, lembrem- se de que estamos em uma escola militar. Já faz tempo que eles estão nos ensinando combate e estratégia, o objetivo deles é basicamente nós mandar para o exército assim que terminarmos a escola.
De fato, não era nenhum tipo de segredo.
A academia nunca escondeu os números de entrada no exército após a graduação, eles na verdade colocavam na frente de todos seus panfletos.
— Certo terminei o que eu tinha a dizer, pode continuar Mia.
A matriarca passou o direito de falar à ruiva, chacoalhando a mesma de seus pensamentos.
— O-ok, hm… Eu tenho alguma informação sobre os participantes das outras salas — Ela disse, passando os arquivos para o grupo.
A futura matriarca estava atualmente se perguntando como Moon, fez isso parecer tão fácil. Mesmo com sua confiança, a garota atualmente não sabia muito sobre sediar reuniões então ela não pode deixar de inveja-lá um pouco.
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Sala: 1-A
Nome: Adrian Lair
Idade: 17
Espírito: Espada
Elemento: Possivelmente água
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Sala: 1-B
Nome: Thomas Walks
Idade: 17
Espírito: Águia
Elemento: Vento
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— Então… Quer dizer que temos um passarinho e um espadachim como aquela ali? — Freud comentou apontando para Mari.
— Estes são os mais fortes de ambas salas. Tem informações sobre os outros também se vocês quiserem ler.
Mia conscientemente ignorou a sala D, já que de acordo com a informação que ela recebeu eles não eram nada a se considerar.
— O espadachim é meu.
Foi tudo que Silver disse, sem se importar com os outros decidindo com que lutariam se tal pessoa subisse ao ringue.
Todos eles ignoraram a sala 1-D, o que se mostrou ter sido um erro mais tarde…