A Ascensão do Dragão Prateado - Vol.2 Capítulo 31

Vendo Thomas cair na arena, dentro de uma das salas de espera um jovem sorriu.

— Chefe, Freud ainda ganhou — Um dos garotos na sala disse, com expressão escurecida.

Para qualquer um deles, o raiju era um oponente difícil, praticamente impossível de vencer.

Então é claro que eles ficariam ansiosos com sua batalha contra tal oponente.

— Heh, tudo está sob controle. Eu já esperava algo assim, afinal, embora sejam arrogantes, todos eles são fortes — Ajeitando seus óculos, o jovem que foi chamado de ‘chefe’ respondeu.

Olhando para a sala de espera onde o grupo de Silver estava, ele sorriu mais uma vez.

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— Então, qual a pergunta? — Seiji apressou sua amiga.

— Bem, eu sei que os [Variantes] tem meio que um limite de quanto poder eles podem liberar, mas e os [Contratantes] — Mari perguntou, inclinando sua cabeça em dúvida.

Uma pergunta bastante sensata, especialmente considerando de quem ela veio.

A espadachim teve esta dúvida enquanto observava Thomas usar lâminas de ar indiscriminadamente na arena, sem parecer se importar com o custo que a habilidade teria nas suas ‘reservas’.

Silver, Moon e Freud quem havia acabado de chegar da arena trocaram um olhar de entendimento.

‘Tem algo de errado com as informações que nós temos’

Eles tinham o mesmo pensamento, Thomas poderia ser considerado forte, mas sua força era mais ok do que incrivelmente forte como foi descrito nos documentos entregues por Mia.

— Os [Contratantes] têm basicamente o mesmo tipo ‘reservas’ dos [Variantes]. O [Poder mental] — A matriarca respondeu, olhando para o jovem dragão, o único [Variante] na sala.

— Isso quer dizer que eles conseguem o dobro das reservas se forem ambos? — A garota fez mais uma pergunta, com seu olhar se voltando ao mesmo ponto que Moon.

Logo, todos os olhos da sala voltaram-se para Silver, que se virou tranquilamente aos integrantes de sua ‘equipe’.

— Basicamente, vocês sabem os níveis da capacidade do [Poder mental]? — Perguntou enquanto seus olhos dourados escaneavam a sala.

Duas pessoas, Seiji e Mari indicaram que não, enquanto todo resto assentiu em confirmação.

— Sigh, nós dividimos isso em estrelas de um a cinco, em ordem do número maior ser o mais forte e o menor o mais fraco. Entenderam até aqui?

O duo confirmou, então o jovem seguiu com a explicação.

— No nível mais baixo, o máximo que se pode fazer é um cubo de gelo ou uma chama de isqueiro. Já no mais alto, explodir cidades é fichinha.

Ele disse, no que a dupla sentiu arrepios com o pensamento.

— Por que os rostos surpresos? Os [Contratantes] também podem fazer isso com treino o suficiente, além de terem a vantagem de começar nas duas estrelas — Mia disse com desdém.

— Diz a princesa numa torre — Lina replicou, achando uma oportunidade de atacar sua rival.

Com o rosto vermelho em embaraço, a garota estava prestes a responder quando a voz de Freud soou na sala.

— O oponente já subiu na arena — Avisou o raiju, apontando para o inimigo.

Era uma garota, com cabelos azuis escuros e olhos mostrando incrível arrogância. Quando posicionada na arena, ela olhou para o grupo de queixo levantado.

— Yosh! A chance é minha! — A dríade exclamou animada, correndo imediatamente para o campo de batalha.

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— Ara, parece que a garotinha mimada é a minha oponente. Isso é triste, eu realmente queria me testar… — A garota disse, decepcionada.

Enquanto ela reclamava, Lina estava cheia de questões.

Ela vinha de uma família rica? Sim, mas desde quando isso era considerado ser mimada?

A dríade não se lembrava de usar suas conexões para conseguir vencer torneios, muito menos de pedir presentes ou algo do tipo à sua família.

— Se você diz… — Ela finalmente deu de ombros, sem se importar em pensar mais sobre isso.

Do outro lado, a garota retirou sua [Armadura real]. Uma torrente de água se reuniu em sua mão, formando um chicote da mesma cor de seu cabelo.

Vendo essa arma, a dríade assentiu involuntariamente.

Seu oponente estava nas informações que recebeu. Era chamada Yury Cármen, a qual tinha um espírito do tipo [Relíquia] de elemento água.

Lina seguiu logo após, com seu corpo cercado por pétalas verdes. Com o desabrochar da flor, sua nova aparência pôde ser vista.

Ela tinha uma coroa de flores em sua cabeça e vestia um vestido verde decorado com vinhas e cipós. Junto a isso, a atmosfera ao seu redor também mudou, a garota dava um sentimento caloroso e tranquilo, algo completamente fora de si.

— Boa apresentação… — Murmurou Yury em um tom ressentido.

— Comecem! — A voz robótica soou, iniciando a partida.

Sem sair do lugar, a dríade moveu os cipós em seu vestido para atacar, cortando o ar na direção do oponente, que respondeu com o mesmo nível de entusiasmo.

E o som dos chicotes se encontrando ressoou pela arena.

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— Ela é inesperadamente delicada… — Mia disse com uma expressão pensativa.

‘Comparado ao dela, minha armadura é mais masculina… Não! É prática! Sim, prática!’

— Não se preocupe demais, a sua armadura é muito mais manei… Argh!

Seiji de alguma forma percebeu suas dúvidas e queria consolá-la. Infelizmente para ele, não foi tão bem.

Freud discretamente deu um passo atrás afastando-se de uma Mia vermelha de fúria, ao mesmo tempo que desdenhava a falta de tato do loiro.

Mari correu para socorrer o caído Seiji, enquanto Moon e Silver só rolaram os olhos à cena.

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De volta à luta, vinhas se estenderam do chão abaixo de Yury forçando seu recuo.

— Hmph, tudo o que você faz é ficar controlando as plantas de longe!? — A garota deu voz às suas reclamações.

— Me chamam de dríade por um motivo — Respondeu com um tom caloroso.

Dando mais e mais saltos para trás, a garota se encontrou com um tsunami verde quebrando em sua direção.

Reagindo rapidamente, ela cortou um caminho entre as vinhas com seu chicote antes de forçadamente sair do caminho do ataque.

Para sua infelicidade, uma vinha surgiu à esquerda chicoteando sua cintura.

— Você falou muito, mas no fim, não tinha muita força para apoiar a arrogância — Lina fez um discurso de finalização antes do golpe acertar.

Mas quando acertou, a dríade veio a se arrepender.

— Ahn~ — Um gemido saiu dos lábios de Yury.

Com músculos tensionados e um rosto escuro, a garota pensou.

‘Eu só escutei errado, com certeza é um engano …’

Concluindo uma rápido auto hipnose, retornou a atacar.

Mas novamente escutou o mesmo som, aquele que ela rezou para ser uma mentira.

E a situação se repetiu por mais algumas vezes.

— … —

Finalmente se cansando, a garota fez com que um cipó se enrolasse e lançasse seu inimigo fora da arena.

Por que? Era o único pensamento na cabeça da dríade

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— Pfhahaha… — Na sala de espera, Seiji estava rolando de tanto rir.

Isso foi o mesmo para todos na sala, mesmo Freud e Silver tinham os ombros e lábios tremendo enquanto tentavam se segurar.

— Hahaha… Fuu~, gravei essa na minha memória. Nunca, mais nunca que eu vou deixar ela esquecer — Tomando uma respiração para se acalmar, Mia disse com resolução.

A garota estava agradecendo por não ter escolhido tal oponente para si.

Alguns momentos depois, uma Lina de péssima expressão facial entrou na sala.

— Hehe, eu não sabia que você tinha esse tipo de feitiche — Uma certa ruiva brincou.

A dríade simplesmente a encarou sem retrucar, ela não tinha ideia por si mesma do que aconteceu na arena, mas queria esquecer aquela cena.

— Fufufu, você até bateu mais algumas vezes depois, estava tão bom assim? — Mia continuou com um sorriso enorme na face.

— Foi para CONFIRMAR, ok!? E o que há com a mudança de risadas?! — Finalmente, Lina explodiu.

— Ara Ara, dá um impacto a mais não acha? Tipo o impacto das suas chicotadas~ — A futura matriarca continuou a irritar sua rival, que baixou sua cabeça em frustração.

— Não se preocupe demais Lina, eu também já encontrei inimigos excêntricos assim… — Freud veio como a salvação para sua amiga de infância.

— Mesmo? — Encontrando esperança, a garota perguntou.

— Sim, ela falava em terceira pessoa toda bendita frase. Tão irritante — O raiju reclamou com um rosto irritado.

Enquanto a dríade agia como se recebesse o golpe mais forte de sua vida, Moon e Silver estavam com o pensamento em outro ponto.

— Tem algo muito errado com as informações que Mia recebeu — A matriarca afirmou, se sentando ao lado do jovem.

— Você também percebeu? — Ele perguntou com apreciação no olhar — Aparentemente alguém queria levantar o ego do inimigo. Se era como auxílio ou uma armadilha eu já não tenho certeza — Continuou.

— O mais importante é que tem alguém manipulando a inteligência por trás dos panos, isso pode ser realmente perigoso dependendo das suas intenções — A garota tinha um rosto preocupado.

— Vai ser difícil atingir a academia como um todo enquanto aqueles dois estão aqui. Seria mais plausível ser relacionado a participação do torneio externo — Por outro lado, o jovem dragão parecia muito mais calmo.

Os dois a quem ele se referiu foram obviamente Lorie Rosenfeld e Shirou Byakko. Com eles na academia, qualquer um pensaria três vezes antes de se mover.

Quanto a isso, ele tinha completa certeza.