Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 14
O blog esquecido.
visão Yuna
Izumi ficou um tempo conversando com minha mãe, estranhamente ela apenas aceitou sem dizer nada, enfim minha mãe disse:
— Entendo, tudo bem, acho que não tem problema, mesmo assim, Yuna, não deixe que isso afete seus estudos.
Fiquei realmente surpresa com essa resposta, não esperava que ela aceitasse assim, droga! Não conseguia entender o que se passava na cabeça dela, mas de qualquer forma respondi:
— Agora que aceitou não pode mais voltar atrás, além do mais vê se olha para o relógio de vez enquanto, estava atrasada, de novo!
— Haha! De fato, tenho que ir, senão vou chegar atrasada. — minha mãe disse.
— Desiste, você já está atrasada. — complementei ironicamente.
— Aonde vai? Essa escola é quase um labirinto, quer que eu te ajude a chegar na sala? — Izumi disse.
Só por que o Izumi se ofereceu para ajudar? Isso eu realmente não consegui entender, ele com certeza não conseguiria mostrar o caminho, por sorte minha mãe recusou e foi para sala.
— Espere.
Quando Izumi estava prestes a ir para onde deveria, segurei sua blusa e pedi para ele parar.
— Que foi? — Izumi perguntou.
— Queria te agradecer, além do mais, você realmente precisa ir à palestra?
— Humm! Vai ser um grande problema quando notarem que eu não fui, mas já estava querendo uma desculpa para não ir mesmo, então de boa. — Izumi responde animado, mas sei que, no fundo, ele só estava preocupado comigo, o que é fofo.
Nós sentamos, foi um movimento apenas natural, tinham muitas coisas que queria dizer, perguntar, falar e até desabafar quem sabe, mas antes…
— Por que se ofereceu para ser guia? — Tive que perguntar, se não a curiosidade me mataria, a dúvida se manteria para sempre dentro de mim, enquanto o Izumi ia esquecer que isso aconteceu, não ia deixar ser assim.
— Para manter a mentira.
— Manter a mentira?
— Meio sem querer, quando sua mãe perguntou quem eu sou, respondi que estava fazendo o mesmo que você, ou seja, sendo monitor, por isso achei que seria coerente agir dessa forma.
— Só por isso, para começo de conversa ela nem repararia.
— Bem… Eu acho que, meio que, só faço tudo isso de maneira instintiva, sei lá, algo do tipo, acho.
— Protesto! Exijo uma resposta com um pouco mais de convicção. — disse brincando.
— Não rola.
Mentir para ter que falar o mínimo possível, esse é o motivo mais idiota que conheci para alguém ser mentiroso. Manter a mentira como uma verdade, Izumi parece ser perigosamente bom em mentir. Sorri levemente, apesar de tudo, pude conhecer mais um lado do Izumi naquele dia.
— Obrigado, Mentiroso-kun. — digo ironicamente.
— … — Izumi pareceu realmente feliz.
— Buu! Reaja às minhas provocações, não fique feliz só porque usei um termo de anime.
— É inevitável.
— Que chato, quero reações fofas. — disse brincando.
— Isso…
— Puft! Haha! Era disso que estava falando, você leva tudo muito sério.
— Maldosa.
— Mas sabe…
Visão Izumi
— Mas sabe o que realmente queria dizer era: obrigado.
Droga! Reclamei mentalmente, meu coração não aguentava isso, não fique mudando de me provocar, para um sorriso alegre, para uma expressão séria e fofa!
— Estou me sentindo um pouco cansada, podemos ficar assim por um tempo. — Yuna disse encostando levemente a cabeça no meu ombro, apenas para me dar o último hit, me deixando paralisado. Sentia um estranho calor se espalhar pelo meu corpo, me levando a…
— Ok. — respondi fazendo um leve cafuné nela.
— … — Yuna não pareceu ter qualquer problema com isso
Fiquei bastante envergonhado com a situação, mas acima de tudo, senti o tempo parado. Uma aura dourada lentamente envolveu tudo, ok, não fui muito criativo naquele dia. O cabelo dela era lindamente dourado, por isso me imaginei coberto por uma quente aura dourada, que congelava aquele instante para sempre na minha memória.
Por fim, devo deixar registrado, a cara, ou melhor, face (sejamos chiques) da Yuna calma e serena, era simplesmente linda, tinha um ar obviamente sereno, confiável e admirável, focando o olhar em seus lábios, podia notar que…
Visão Yuna
Deitei levemente sobre os ombros do Izumi, mas logo decidi: já chega de descanso, me afastei dele rapidamente, voltando ao normal, estava 100% agora.
— Ei! O que a com essa cara pervertida. — disse brincando.
— Não é perversão, é o mais puro arrependimento, de quem não pode gravar a figura divina na minha frente na memória, apenas fiquei abalado por perder tal visão.
— Você é realmente lisonjeador, perigosamente bom em elogiar, todos gostam de ser elogiados, é possível que esteja usando esse método para me enganar? — Estava brincando, não que precise dizer.
— Não é isso, apenas minha opinião sincera, depois de ver seu rosto divinamente calmo e… — Izumi, obviamente, se embola e fica vermelho como um pimentão.
— Se vai ficar com vergonha não diga. — disse o provocando mais
— Espera! Mais importante… — Izumi disse surpreendentemente convicto, antes de se embolar novamente — Ah… Êh, sabe, sobre a conversa de antes, então… Eu queria perguntar sobre você escrever… Cla-claro, não precisa responder se não quiser, é só que fiquei um pouco curioso e…
— Fique à vontade para perguntar, eu também estou curiosa sobre algumas coisas que você disse para minha mãe.
Não sei porque, mas naquele dia apenas permiti que o assunto fosse para pontos desconfortáveis para mim.
— Desculpa eram mentiras, eu não exatamente escrevo muito, a última vez foi no meu tempo de blog, nunca ganhei mais que 5 dólares, minha ortografia não passou perto de melhorar, além do mais sobre comunicação, bem.. Não acho que precise dizer nada.
Já imaginava, mas…
— Izumi teve um blog, nunca tinha ouvido sobre isso?
— Porque eu não falei sobre isso, horas.
— De qualquer jeito, não acho que 5 dólares convenceram minha mãe de que escrever pode dar dinheiro.
— Ah! Sobre isso é apenas clicar em inspecionar com o google, aí você abre o código do site, então é só ir no html, então muda o número, é bem fácil e ela nem percebeu.
— Como consegue fazer isso tão rápido?
— Anos de prática, haha! — Izumi disse rindo ironicamente.
— Você parece cada vez mais com um mentiroso problemático, suspeito, muito suspeito. — disse brincando.
— Não é só que… Bem, sei lá, quando descobri isso achei divertido, então fiquei brincando com tudo que eu conseguia mudar nos sites, juro.
— Tei! Entenda a ironia. — disse batendo levemente na cabeça dele.
— Ai! Diga com tom mais irônico, então!
— Você não tem o direito de reclamar sobre a voz e tom de ninguém.
— Ok, não tem como argumentar contra isso. — A voz do Izumi era sempre monotônica, baixa e difícil de entender, afinal.
— Agora, bem, sobre você e a minha pergunta, sabe, então… — Izumi disse.
Decidi que também deveria falar, não seria justo se eu só ouvisse, apesar de que não foi uma troca nada justa de informação, Izumi descobriu muito mais sobre mim naquele dia, do que eu sobre ele.
— Nesse caso, quer vir em um lugar comigo? — sugeri sem pensar.
— Ok, vou meter uma de que meus pais vieram me buscar, aí já fico por aqui.
— Ah! Espera, isso não vai acabar te atrapalhando, como você vai voltar para casa depois?
Me senti culpada por causar tantos problemas, foi uma sugestão que fiz na hora, só algo dito no impulso, mas logo em seguida me preocupei com esse fato, por isso perguntei sobre isso, recebi como resposta:
— Não se preocupe, eu me viro. Somos amigos afinal.
Izumi parecia bem desconfortável dizendo a última frase, apesar de “esconder” esse fato, eu diria que o verdadeiro significado dela foi: “nós somos amigos, certo? Diz que sim, por favor diz que sim”. Aquilo me irritou, talvez eu estivesse um pouco impaciente no dia, apesar de que sou sempre tão “paciente”, ahan! Enfim, Puxei o Izumi para perto pela camisa, me permitindo o encarar diretamente nos olhos então eu disse:
— Somos amigos, você não tem permissão para ser contra essa ideia ou duvidar disso, ok? — disse com um sorriso e tom amigável.
Visão Izumi.
— Somos amigos, você não tem permissão para ser contra essa ideia ou duvidar disso, ok? — Yuna disse ameaçadoramente, principalmente o “ok”, senti minha alma, pelos, corpo se pá até os meus órgãos internos arrepiaram, muito assustador.
Seus olhos eram azuis e estavam simplesmente muito perto, me encarando diretamente. Não sabia que uma encarada podia ser tão poderosa, esse é o poder do olhar, entendia dentro de mim mesmo.
Glup! Engoli o seco, os olhos da Yuna eram azuis, obviamente o que veio a minha mente então foi: computador, já que a tela do windows é assim, por isso, na minha mente, logo me tornei um aplicativo. Em uma tela toda azul, com símbolo do windows semi-transparente de fundo, haviam apenas 4 aplicativos: lixeira, eu, Crunchyroll e Excel. A setinha me pegou, Yuna podia me arrastar como quisesse pelo monitor, o tempo estava congelado, na verdade, nada parecia carregar direito, então… Erro.
— Ei! Ei! Terra chamando. — Uma voz distante, mas familiar parecia reiniciar o programa, a tela ficou preta e começou a carregar, me acalmei.
— Hummm! Entendo, eu achava que a ideia de “imperial eyes” de Kuroko no basket era exagerada, mas na verdade isso é 100% possível.
— Não, não, você é um caso à parte mesmo. — Yuna disse, então se aproximou. — Porém, espero que tenha entendido.
— Sim senho… Digo, Yuna
— Estou falando sério, sabe.
— Sim, eu sei. — respondi.
Yuna fica surpreendentemente fofa brava, apesar de não ter conseguido notar antes, porque também é muito assustador. Enfim, eu podia entender o que ela queria dizer, no fim a culpa era minha por ser tão irritantemente inseguro, na verdade, achei surpreendente ela se importar em me ajudar.
— Agora eu vou, meio que, sabe? Falar com os professores, fingir que sempre estive ouvindo as palestras, e volto logo, a excursão já era para estar acabando.
— Ok, nos vemos logo.
Falei para meus pais que queria sair com uns amigos por ali, eles parecem ter ficado surpresos, melhor, vou dizer animados que soma menos mal, aham! Eles parecem ter ficado animados com o fato de eu ter amigos, aceitam logo mandar o e-mail autorizando a escola a me liberar. Os professores também acreditam no que disse facilmente, nessas horas ser um bom aluno facilita tudo. Enfim, aconteceram umas coisinhas no meio do caminho, mas nada disso importa, logo eu estava na saída com Yuna. Andamos em silêncio, chegamos a uma praça, acho, então…
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— Você está bem?