Amor é Mais Complicado do que Parece - Capítulo 42
Pensando sobre o que fazer
Visão Yuna
Enfim, deitei na cama um pouco, pensei, não por muito tempo, e decidi que encontros esporádicos parecia divertido, porém também fui pedir a opinião da minha mãe.
Claro, antes de tudo, precisava estudar várias coisas, para compensar o tempo que tinha ficado vagabundando.
Depois de uma exaustiva sessão de estudos e outras coisas, fui jantar com minha mãe, comi numa boa, até porque estava tudo delicioso, por fim perguntei:
— Ou, o que acharia dá uma ideia do que fazer nas férias com o Izumi?
— Viajar — ela responde sem nem pensar.
— Tem certeza?
— Sim, os dois sozinhos em uma pousada, ou algo do tipo, será o melhor jeito de se tornarem mais íntimos. — Num primeiro momento decidi ignorar solenemente o segundo sentido dessa frase.
Primeiro tentei pensar sem considerar o ponto sexual, por que? Bem, porque ficaria vermelha de pensar sobre e não iria querer minha mãe percebendo que estou tímida sobre algo.
Analisando os pontos altos e baixos, me pareceu uma ideia surpreendentemente boa, claro, logo lembrei de alguns detalhes, por isso perguntei:
— Acho que até pode ser uma boa ideia, mas se está sugerindo, é porque vai pagar né?
— Já está querendo extorquir sua mãe, sinf! Que filha horrível, mesmo que eu te de sua mesada quase toda semana. — Quase toda semana = uma vez por mês, deixando claro!
Ao invés de responder, simplesmente fiquei encarando minha mãe, até que ela desistiu e concordou.
— Tá, tá, tanto faz, depois eu te dou dinheiro e você se vira para administrar e calcular por quanto tempo dá para viajar com ele.
— Ok, justo.
Minha mãe então começou a mexer na sua bolsa, não entendi bem o motivo, até que ela tirou camisinhas, jogou para mim dizendo. — Não esqueça de levar isso.
Se já ficaria vermelha de pensar no assunto, imaginem como fiquei sendo pega de surpresa? Só me restou olhar para o maldito sorrisinho dela que dizia: isso foi divertido.
No fim ela ainda falou realmente sério sobre a camisinha, não sobre a importância usar, ela sabia que eu faria o Izumi colocar se fossemos fazer algo, mas sim sobre como colocar.
No fim eu só queria mudar de assunto ou fazer outra coisa, por isso tentei acabar a conversa, dizendo. — Tudo pronto, né?
— Nop, só resolvemos a parte fácil, agora outro problema, né?
— Outro?
— Não esperava que fosse ser tão lerda. — Minha mãe suspirou, o que me irritou um pouco.
— Só diga logo o que é, porra!!
— Você já conheceu os pais dele? Sabe, até agora isso não importou, mas posso apostar: eles nem sabem sobre o filho estar namorando.
Depois que ela disse parei para pensar um pouco e murmurei. — Verdade, não sei nada sobre o Izumi. — Era raro ver ele falando comigo sobre família, ou amigos, mesmo que conversasse muito com ele, apesar de que não era como se ele evitasse o assunto.
— Vou falar com ele depois sobre isso — disse aleatoriamente.
— Ok.
Naquele ponto basicamente faltava convidar o Izumi e ele conseguir a permissão dos pais para viajar sozinho.
Se fosse parar para pensar sobre o histórico, ele sempre teve muita liberdade, por isso não tinha nenhum motivo para acreditar que nesse caso seria diferente.
Tinha obviamente outra coisa me preocupando, queria causar uma boa primeira impressão quando conhecesse os pais dela.
Claro, no fundo, não estava lá tão preocupada com isso, sabia que conseguiria ficar próxima dos pais dele sem dificuldade.
Também fiquei pensando em como a família do Izumi seria, logo me veio uma imagem bem fofa na cabeça, que estava incorreta porém.
Enfim, me deitei na cama então me veio uma ideia, sabe quando vem algo do nada, pensei em fazer uma surpresa.
Por que tive essa ideia do nada? Bem, na verdade, foi porque queria ver como ele iria reagir, além do mais já sabia onde ele morava.
Pronto, já tinha uma ideia, confiança e sabia o que queria, estava tudo perfeito, bastava colocar a cabeça no travesseiro e… Sexo?
Ainda tinha um último ponto sobre o qual não havia pensado em nenhum momento, aquele que me deixava mais envergonhada.
Agora imagina a maravilha, eu querendo dormir, embaixo das cobertas e lembrei do assunto, minha pele ficou quente, tudo ficou quente.
— Droga! Devo estar parecendo uma idiota — murmurei para mim mesma.
Não queria ser uma garota envergonhadinha de forma nenhuma, preferia parecer experiente e madura perto do Izumi, afinal só assim poderia o atacar.
Claro, nem sempre na vida se tem o que quer e naquele ponto eu não conseguia deixar de ser tímida.
Alguns podem pensar: que fofo, e eu digo: vou te matar se continuar pensando isso! Sou a única que pode rir e achar minha eu do passado fofinha, ok?
Ahan! Só brincadeira, não tem como eu te matar de verdade, no máximo no seu sonho, sim, se rolar te mato no sonho.
No fim, acebei pensando sobre sexo, sobre Izumi, sobre meus próprios desejos e até acabei… Bem, não vou entrar em detalhes, só sei que isso atrasou meu sono, mas foi gostoso.
Agora sobre a decisão final, optei por evitar de todas as formas o assunto, se fosse o Izumi era bem possível que ele nem pensasse nisso, contanto que o mantivesse distraído o suficiente.
Além do mais, sabia que mesmo se porventura Izumi quisesse algo, ele não teria coragem nem de pedir, muito menos de me atacar.
Decisão final: fugir covardemente para não ficar parecendo um pimentão.
OOO
Acordei com sono no dia seguinte, estava meio cansada, mas decidida que seria o dia de ir surpreender o Izumi.