Anti-herói Invocado - Capítulo 10
— Já está quase amanhecendo, quando você acham que nos iremos descansar?
— disse Zipu, entediado.
Ao lado de Zipu estava um dos soldados, sem o capacete era possível ver todo aquele suor escorrendo, diferente de Zipu que parecia normal.
— Se-senhor Zipu nós precisamos chegar até os invocados o mais rápido possível. Já não basta todo esse peso nas carroças além de tantas pessoas, ainda corremos o risco de entrarmos em batalhas durante a viagem para lá. Então é provável que teremos poucos descansos.
— Tudo bem, entendi; e sobre esses invocados, o rei ou vocês são conhecido ou sabe quem eles são?
— O que!? O senhor Zipu não sabe quem são os invocados? Nunca ouviu falar nem sequer em uma daquelas histórias de pais?
Era outro soldado a frente deles que havia se metido na conversa. Ele parecia extremamente espantado com a ignorância de Zipu sobre os invocados.
— Na Verdade nunca cheguei a ouvir algo dos meus pais, então não conheço historinhas bobas assim.
— A-a, sim me perdoe senhor, mas essa história não é boba, conta sobre o início da discórdia entre as raças.
O soldado limpou a garganta, e sem sequer perguntar sobre ou ligar para o desinteresse de Zipu, começou sua história.
— Finalmente achamos. A tumba.
— Senhor Não sei mas quanto vamos aguentar nossas picaretas estão gastas depois de toda essa mineração. E talvez não deveremos profanar uma tumba assim.
Ao lado do sujo minerador, havia um homem que não fazia nada se não observar, sem dar ouvidos ao minerador o homem foi em direção a tumba feita de pedra lisa e até mesmo pilares feitos de ouro.
Com um forte empurrão o homem abriu a grande porta da tumba revelando todos os seus tesouros. No rosto do homem um grande sorriso apareceu.
Dois dias já haviam se passado e o homem estava sentado em uma cadeira de madeira, a frente uma mesa e logo atrás uma lareira acesa.
— Vai demorar para trazerem todo as relíquias e tesouros para cá. Mas isso pode saciar minhas vontades por enquanto.
Na mão do homem havia um livro, não era tão grande mas era extremamente chamativo, sendo preto e com ouro encrostado na capa.
— Segundo Palmir esse é um grimório nível SS, imagino o qual poderoso o império do norte ficará agora. Posso finalmente dominar o império vizinho.
Hesitante, ele abre o livro de uma só vez, dentro não havia sequer uma palavra. Nervoso o homem folheia todas as páginas rapidamente até chegar em uma específica. Sem paciência o homem rapidamente profere as escrituras antigas.
Assim que termina, o fogo logo atrás dele se apaga e um frio extremamente forte se expandindo pelo quarto. Os ventos se originavam do livro na mesa, que começou a tremer como se estivesse tendo uma convulsão.
O homem que quase não conseguia se mexer tenta caminhar até a porta mas tem sua atenção voltada para um estranho círculo no chão.
Assim que o círculo some uma criatura da raça dos angelicais aparece em seu quarto, com sorriso maléficos, usou magias proibidas e se apossou do corpo do homem.
Partir daquele dia as coisas se tornaram difíceis, o império anunciou repentinamente guerra contra todos os outros impérios. O rei parecia um louco, no entanto parecia ter um plano, afinal todos sabiam o que ele havia feito para tomar aquele trono.
Enquanto a maioria só pensava em como ele era tolo, suas peças foram movidas e ele estava a poucos passos de dominar o conto entre demoníaco.
Assim que o dominou fez seu povo de escravo e mostrou sua verdadeira face, a dominância e poder do assustador anjo só expandia.
Os impérios restantes, com medo, finalmente acataram a ideia de afiliação e após alguns anos finalmente saíram das vistas do inimigo que estava ocupado queimando toda coisa viva que encontrava pela frente.
Adentrando o lugar mais seguro daquela era, finalmente entraram no antigo palácio do imperador do norte. Eles haviam encontrado o grimório e em suas mãos tinham algo que talvez pudesse acabar com o sofrimento das raças.
Tendo sido aberto e estudado mais uma vez, o grimório os possibilitou de usar a magia de invocação e de dentro do novo círculo saíram sete pessoas.
Após mais alguns anos, eles finalmente puderam triunfar com seus pés na cabeça do angelical.
Assim que a Vitória foi conquistada os heróis voltaram para seu mundo. Infelizmente para aquele mundo, uma cria do angelical foi descoberta e o fim provavelmente iria chegar em seguida.
Pouco antes do primeiro ataque da cria, os avanços da magia felizmente os permitiram utilizar a magia de invocação por vontade própria. Para sua preparação eram necessários 10 magos poderosos que soubessem ler a língua antiga no livro.
E com a junção de todos os impérios, a magia poderia acontecer e o mundo poderia ser salvo assim que uma catástrofe estivesse preste a acontecer no planeta.
— Tudo bem, mas eles não estão no reino, ouve algum problema?
— Sim, ouve um grande problema, além daquele angelical que veio para o nosso mundo, também existem a raça dos angelicais, que são de bons coração, uma de suas incríveis magias é prever futuro.
O soldado olhava para Zipu enquanto explicava cada detalhe sobre até o que ele não havia perguntado. Enquanto Zipu continuava a andar ao lado deles com sua cara de entediado.
— E quando preveem uma catástrofe tão perigosa quanto aquela, anos são necessários para que os heróis possam se fortalecer o suficiente para impedir o desastre, então são eles que os invocam. É por isso que nos estamos indo buscar eles.
— Então isso quer dizer que estamos praticamente todos perdidos se eles morrerem antes que chegamos lá?
— Be-bem, não está errado.
— Acho melhor nem paramos para descansar então.
— Hora do descanso! Venham beber um pouco.
— Mudei de ideia. Estou indo!
Pouco afastado dos demais um dos soldados aponta para uma pequena floresta próxima a eles e olha para um dos homens que estava quase se sentando.
— Você aí, corte alguma madeira para que possamos fazer uma fogueira e comer algo.
— Certo senhor, estou indo.
O homem pega um machado e prepara seu golpe no tronco da árvore e com uma simples machadada, o grosso tronco da árvore se parte facilmente.
Com o pesado tronco em mãos, o soldado o joga no chão próximo as outras pessoas que o cercam rapidamente.
— Uau esses machados são realmente eficientes, apenas uma machadada e eu consegui derrubar a árvore.
— Bem é de se esperar, com todas as diplomacias estabelecidas entre nosso Reino e o dos anões, nos comumente temos abundância em armas eficientes como essa.
Com todos sentados nos troncos e com uma grande fogueira no centro, as suas carnes estavam sendo preparadas e logo mais todos poderiam saciar sua fome. Exceto pelo grande homem macaco que não esperou antes de devorar cada pedaço de carne que encontrava.
— Guerreiros sei que falei para vocês que era muito perigoso antes. Mas falando sério agora talvez todos nós morrermos. Então eu agradeço a todos vocês por virem juntos conosco. E se morrermos, morreremos juntos e bêbados é claro.
Era provável que todos ali tinham motivos para estarem ali, a maioria provavelmente estava atrás de dinheiro ou talvez só tivessem desistido de suas vidas por algum motivo.
Mesmo com todas aqueles perigos ou a provável chance de todos morrerem sem sequer cumprir suas missões. Aqueles homens pareciam felizes enquanto enchiam seus copos com bebida.
— Um brinde as missões suicidas!
Após o descanso dos soldados, já beirava o meio dia, o sol morno e a brisa leve os acalmava e faziam se esquecer do qual perigoso poderia ser a floresta
Em meio aquela calma planície sem sequer uma árvore por perto, apenas grama e baixos morros, um grito é ouvido por todos.
— Monstros!!
A calmaria logo cessou, aquilo seria muito problemático, todos estavam calmos e despreocupados, um simples passo em falso poderia levá-los a sua morte.
— São lobos negros e estão em um bando de vinte!
— Merda, vinte! Vamos ter grandes problemas.
— Ei senhor soldado, não se esqueça que nos três estamos aqui. — disse Zipu, enquanto colocava sua mão sobre o ombro do soldado.
Zipu começou a correr, tão rápido quanto uma besta, junto a ele estavam Jorná e Rapir.
Os três se dividiram um para cada lado, enquanto Zipu estava na esquerda, Jorná ficava com o meio e Rapir cuidava da esquerda.
Sua formação pareceu indicar rapidamente aos soldados que ficaram para atrás, que eles iriam tomar conta de todos os inimigos sozinhos.
Aqueles lobos tinham quase dois metros mesmo em quatro patas, seu olhar mortífero fazia qualquer um tremer, suas garras tinham quase dez centímetros e pareciam tão afiadas quanto as espadas dos soldados.
Ainda assim, Zipu desembainha sua espada e com apenas um movimento decapitar dois lobos que haviam sido em sua direção.
Sua força e velocidade eram enormes, tantas que os lobos nem sequer puderam reagir antes de terem suas cabeças rolando no chão.
Em seguida pula em direção a outro lobo, seu altíssimo pulo passava facilmente o tamanho do lobo. Um dos lobo não esperou o ataque de Zipu e se preparou para contra-atacar, mirando na garganta de Zipu.
Sem enrolar sequer um segundo, Zipu gira em meio ao ar, cortando o animal ao meio ainda na manobra.
Após cortá-lo, Zipu cai rapidamente no chão, mas ainda consegue pousar com dificuldade.
— Isso me cansa, mas ainda faltam três né. Hehe.
Apontando a lâmina a frente de seu peito, Zipu murmura algo e em seguida o homem parece se encher em fúria. Ainda mais veloz do que antes, Zipu se prepara para atacar os lobos que corriam em sua direção.
Com toda sua fúria, faz um ataque com a espada, puxando-a dos céus pela direita e cortando tanto o vento como as patas dos animais.
Os três animais caem de uma só vez no chão, enquanto agonizam. Zipu sem piedade crava sua espada no crânio de cada um dos lobos, um por vez.
— Fi-finalmente. — disse Zipu, ofegante.
Em uma rápida olhada para o lado percebe que a tempos seus colegas tiveram êxito contra seus inimigos.
— Não olhe pra mim assim lagartixa, você acabou primeiro mas tinha um inimigo a menos do que eu. E aquele macaco ali, não tem nem como competir olha o tamanho dele e daquela espada.
— Sim, sim. Nos sabemos. — disse Jorná, com tom irônico.
— Humano fraco, precisar crescer. — disse Rapir enquanto pegava os corpos dos lobos.
Rapir ainda tinha sua espada nas costas, isso significava que ele sequer precisou desembainhá-la para ajudar no combate.
— Uau que dialeto estranho macaco. E você sabe que já temos muita carne lá dentro né?
Enquanto caminhavam vagarosamente em direção as carruagens, era visível a surpresa e alívio dos soldados, eles sequer precisaram lutar contra os monstros que talvez os começariam sem deixar vestígios.
Até mesmo Zipu que parecia ser o mais fraco entre os três, demonstrou ser muito mais forte que qualquer um daqueles guerreiros e magos.
— Mu-muito obrigado pelo serviço. Graças a vocês nos poderemos ver o sol de amanhã.
— Não fiquem tão agradecidos, nos fomos pagos para isso e quem sabe o que pode nos atacar até o proximo nascer do sol. Eu já cheguei perto da floresta a alguns anos atrás e eu definitivamente morreriam se entrasse lá naquela época.
Mesmo com as palavras do homem lagarto, os soldados estavam visivelmente mais relaxados agora.
— Certo soldados, chega de brincar, precisamos continuar nossa missão até a floresta!
— Sim senhor!!
Os três aventureiros, que haviam recém saído de batalha, tomam alguns líquidos em grandes frascos e imediatamente parecem mais revigorados. Continuando o longo trajeto a sua frente.