Anti-herói Invocado - Capítulo 2
De um literal, buraco nos céus, os jovens simplesmente começam a cair, cerca de 5 metros de altura.
Em alta velocidade, todos vão diretamente para o chão, pouco antes de sentirem o impacto da queda, todos param exatamente no mesmo ponto, poucos centímetros a cima do chão.
Os jovens deram um alto grito, que ecoou pela floresta, pouco antes de se perceberem já no chão.
Aquele local era uma clareira, não tão grande, mas com espaço o bastante para todos. Logo em volta haviam as altas árvores que se estendiam até os doze metros, suas folhas eram na maioria largas.
Por perto também haviam diversos arbustos, os mesmos possuíam diversas frutas. Espalhados pelas árvores, tinham animais distintos, ainda que todos fossem pequenos.
Fugindo de toda aquela mesmice, o que mais chamava a atenção naquele lugar eram as diversas pequenas montanhas que estavam ao redor.
“Parece que todos, mesmo em estado de choque, estão aceitando a situação, talvez preferissem que fosse real… acho que eu”.
— Mu-muito bem, essa situação parece um sonho né.
— Não professora, recobre os sentidos, não poderíamos estar todos no mesmo sonho! — disse a bela garota de longos cabelos pretos.
— Há! Bianca! — exclama a professora, confusa.
— Devemos só aceitar por enquanto, aquela coisa… De qualquer forma, está quase escurecendo, devemos achar um local para passar a noite.
“Uau! Quanta influência, quase todos eles concordaram instantaneamente. Se não me engano ela era a presidente de classe”.
— Cala a boca! A gente tá na porra de uma floresta! Não tem lugar para ficar aqui, se isso sequer for real, então vão vir monstros para cá. Vocês precisam vir comigo pra sairmos daqui! — disse Cassian.
“Tava demorando pra falar merda, espero que isso não seja só confiança”.
Não demorou mais que alguns segundos para que a discussão começasse, ambos os jovens tinham seus aliados.
— E se nós entrarmu um nus anél dus outro!? — disse o garoto, em meio aos demais.
“Aquele é o palhacinho da turma, Joesias. Ele parece tão confuso, como se nem tivesse recebido que saímos da sala… esse sotaque é estranho”.
Como se tivesse feito de propósito, Joesias serviu como o alívio cômico necessário para aliviar a tenção entre eles. Não demora nem um pouco e todos já estavam mais civilizados.
Enquanto a maioria daquele jovens procurava uma forma de entrarem em consenso do que fazer a diante, outros decidiram apenas se afastarem de todos, ou apenas sentarem e lerem seu mais novo livro.
Não faziam nem duas horas que estavam ali e eles já haviam ganhado um pouco de prática para retirar seus objetos dos anéis.
“É estranho, esse anél não sai do meu dedo indicador, tô literalmente puxando essa merda mais não quer sair. Talvez eu deva deixar isso de lado e apenas ler isso enquanto eles se preparam, duvido que falaram comigo. E‐e aquilo me incomoda muito!”, — pensou Miguel enquanto fechou sua mão com força.
“Opa, eles já estão indo, acho que segui-los até onde estão indo não tem problema. Aparentemente é aquela montanha logo ali.
— Cambada juntem aqui, achei frutas comestíveis! — exclamou Ariel, o nerd.
— Como pode dizer que é comestível seu imbecil!? — disse Caio, debochando de seu colega.
— Cala boca, é óbvio que é por causa da minha classe, eu sou um curandeiro, posso dizer que não é venenoso! — disse Ariel, enquanto come uma das redondas frutas vermelhas.
Todos pareceram imediatamente assustados, eles com certeza não tinham confiança no garoto, ele provavelmente morreria em segundos. Para a surpresa deles Ariel continuava bem mesmo após comer a fruta completamente aleatória que havia achado.
— Uau, gente! essas frutas são realmente boas, são bem docinhas, acho que é melhor pegarmos um pouco e depois continuamos.
— São realmente boas, quero levar um pouco comigo, — murmurou Miguel, enquanto enchia sua boca.
Após colherem frutas até que não quisessem mais. Minutos após retomarem sua caminhada, já haviam chegado ao sopé da montanha que continha uma grande abertura para uma gruta.
— Uau vou dar uma olhada lá dentro, vamos ficar aqui né?
— Não era você que queria sair da floresta com bando de servos? E não saia correndo assim, é perigoso!
— Relaxa garota. Se algo acontecer, passa pro pai que é gol.
Quase que instantaneamente, um grande urso de grande presas e com uma das patas banhada em seu próprio sangue, sai da caverna, mesmo manco e lento, ainda parecia muito raivoso e pronto para atacar.
— Crianças corram para dentro da floresta.
— Bando de medrosos, já não falei que dava conta disso?! Toma!
Enquanto gritava, Cassian arremessou uma grande pedra que havia encontrado no chão. A pedra vai em alta velocidade em direção ao urso, que não consegue se defender e toma a pedra bem no meio de seu peito.
“O-o que? E-ele realmente matou. Ung! Acho que vou vomitar, preciso me afastar um pouco daqui”. — Pálido, Miguel sai rapidamente da vista de todos, antes de causar um acidente ali.
— Haha! Então é isso que um bárbaro faz? Não vou mentir, gostei. Não acham que deveriam me agradecer não em?
— Parabéns, uhuu, — disseram em desânimo total, jogando o entusiasmo pela façanha do jovem no lixo.
“Pelo menos sai a tempo. Aquilo é muito nojento, vou esperar eles limparem antes de entrar lá. Então ele é um bárbaro é, aquilo foi incrível, duvido que ele faria aquilo normalmente”.
Assim que adentraram a gruta, logo colocaram seus olhos nas imperfeições do local. Era extremamente úmida, algumas gotas de, supostamente água, pingavam do teto da gruta, as extremidades eram repletas de musgo, mas de longe o maior problema seria o tamanho, por mais que a entrada fosse grande, bastava entrar para ver o quão estreito era.
— Ge-gente talvez eu possa resolver o problema do tamanho do lugar, acontece que eu sou uma maga de terra, então devo poder Molda-la, — disse a tímida garota.
— Perfeito Clotilde! por favor, nos ajude com esse problema, — exclamou a professora.
— Certo, claro!
Ao tocar nas paredes da caverna era possível ver, mesmo que devagar, a mudança de repentina de tamanho da gruta. Com o tempo tudo ficava nivelado e adequado para eles, por mais que ainda houvessem muitas imperfeições.
— Uma maga de terra, então tem vários tipos de magos? Preciso da uma lida nessa coisa, — disse Miguel, ainda afastado do local.
— Certo, agora parece que tudo esta mais calmo, então o que acham de descansarmos um pouco aqui dentro, — disse a professora.
— Sério, vamos mesmo dormir aqui? É nojento demais pra se acostumar, — disse uma das três garotas obscenas.
— Bem, não é como se tivéssemos alguma escolha. Mas agora devemos buscar por recursos importantes antes que a noite caia.
— Ahhh! Tudo bem, vamos então, vamos dividir as tarefas e comer algo estou com taaanta fome! — após ceder a garota vai em direção de suas amigas.
“Imagino que eles ainda não vão me incluir, então vou aproveitar a preguiça pra descansar aqui dentro dessa gruta mesmo”, — O garoto caminhou até a direita da gruta e se sentou em um lugar, assim como vários outros ali.