Anti-herói Invocado - Capítulo 3
— Uaaah! “A, já é de tarde”, — disse Miguel, enquanto bocejava. — “É realmente cansativo não fazer nada, eles nem sequer pediram minha ajuda”.
O garoto leva suas mãos para o alto e se espreguiça até que algo estrala, fazendo-o levar suas mãos de imediato as suas costas.
“Não é como se tivesse feito muita diferença, mas ontem pegamos folhas das árvores e usamos de cama. Também teve aquele povo que quase se envenenou, pelo menos foi o que ouvi dizerem. Aparentemente tem muita coisa venenosa por aqui, principalmente plantas”.
Sentado em um pequeno morro, logo ao lado da gruta e do resto dos jovens, o garoto balança suas pernas para trás e para frente, enquanto olha para cima.
“Aquela me lembrou uma boca, ela soltou um gás estranho assim que tentaram encostar nela, deve doer ser pego por aquilo, por sorte, Ariel estava lá para curar a garota, e… Maga é incrível, foi como uma esfera verde que curou a garota quando ele encostou sua mão nela, quem em dera poder usar algo como aquilo”.
Miguel pegou um pão branco que estava logo ao seu lado e após encará-lo, com desdenho por alguns segundos, o colocou de uma só vez na boca.
“Nossa, é ruim pra porra. Esses pães que ganhamos do Kassiarel parecem mais um polvilho sem gosto, pelo menos não sinto mais fome, mas sinto que do jeito que tá logo essa comida vai acabar, acho que vou guardar frutas pra mim mesmo”.
— Ahhh!!! — Um repentino grito de uma garota ecoou pelos arredores.
— Go-goblins! — Gritou um dos nerds.
“O-Oque é aquilo? É horrendo, verde e de orelhas pontudas. Ele está atacando a Clotilde, a magia de terra dela é lenta demais pra se proteger!” — Pensou Miguel, se encontrando com os demais, pouco distante da garota.
— Coisa nojenta! Morra! — Heitor gritava, enquanto uma pequena esfera de chamas se formava em seus mãos.
Com seus mãos esticadas para frente, aquela esfera logo começa a se mover e vai na direção da criatura. Mesmo que ela seja pequena e lenta, ao encostar na criatura, seu corpo entra rapidamente em combustão, não demora para que ele cai e fique imóvel após alguns segundos gritando.
— Não, isso de novo, eles fazem isso como se não fosse nada, meu estômago tá revirando de novo, melhor sair daqui rápido, — murmurou Miguel, enquanto colocou uma de suas mãos sobre sua boca e corre para longe.
Miguel retorna ao mesmo um morro que estava a pouco tempo. Com suas atenções voltadas para a garota e a criatura, ninguém sequer reparou em sua saída.
“Aquilo tá literalmente torrado, pelo menos dessa vez não vomitei. Ela parece bem, então tá de boa”.
Ofegante, Miguel observava os jovens que se juntavam ao redor da garota. Ele senta no chão encosta no morro, ainda enjoado.
“pelo menos isso me lembrou do que tinha lido. Nesse mundo existem várias raças de monstros mas todos acabam sendo da mesma espécie. Temos nós humanos, os grandes inteligentes; Os fodões da mana, Elfos; Homens-feras, que são bombados; Anões, que fazem umas pexeiras lá. Também tem os demônios e angelicais, mas não tem a descrição desses.
Após se recuperar, Miguel solta um suspiro e levanta, olhando novamente para seus colegas de classe. Por algum motivo ele parecia incomodado, logo depois, o garoto olha para algo na entrada da floresta.
“Tenho certeza que vi um dos valentões entrando por ali, ele também parecia estar carregando alguma coisa”.
O jovem olha para os lado como se fosse atravessar uma rua, e logo após confirmar, se prepara para atravessá-la.
“Ninguém vai ligar se eu sir por um tempo, acho que vou dar uma olhadinha”.
— Ei! Você aí! Onde pensa que está indo!?
“Nem fodendo, logo agora”. — Miguel se vira em direção a voz. — Ah, é você Bianca. Eu só ia dar uma voltinha por aí.
— Tá loco, você sabe que a situação é horrível e ainda quer sair por aí, alguém acabou de ser atacado logo ali!
“Fala mais baixo porra. Espera, se ela vier junto eu tenho uma desculpa pra sair”. — Então aquele arromba… garoto pode sair e eu não?
— Como assim, alguém saiu? Vou avisar a professora e você me mostra por onde ele foi. Sabe o nome dele?
— Acho que é Willian, um loiro.
— Willian… Tu-tudo bem, espere aqui.
A garota corre rapidamente em direção a gruta, e volta ainda mais rápido.
“Como assim, não pode ter dado tempo dela falar uma frase lá dentro”.
“Certo, vamos lá. Ela disse que não tem problema sair, mas temos que ser muito rápido e devemos voltar se encontrarmos algum perigo pelo caminho”.
“Ela disse tudo isso mesmo? E porque essa garota parece extremamente animada?”. — Ele foi por ali.
Bianca não esperou muito antes de começar correr o mais rápido possível em direção ao local por onde o garoto foi.
“Como assim? Essa garota tem energia pra dar e vender”. — Além de estar ofegante, Miguel suava como nunca.
Mesmo que o garoto corresse o máximo que conseguisse, ele jamais encurtaria os dez metros da garota a sua frente.
“Foda-se, não chego nunca, mas é um muito bom poder correr rápido assim, jamais corri tanto”.
— Ali, acho que o vi atrás daquelas árvores! Vamos rápido! — disse Bianca, que correu até sumir em meio às árvores.
“Aí também não, olha todas essas árvores, tá escuro pra caramba, impossível ela ter visto alguém aqui. Vou tentar alcançá-la”.
Miguel diminuiu a velocidade continuou correndo na mesma direção até conseguir ouvir suas vozes e segui-las.
— Você sabe que não pode sair correndo assim, quem sabe o que poderia ter acontecido.
— Tá, ta, já entendi… Só queria tomar um ar por aí.
— Entendi… mas mas fuja mais de mim entendeu.
Miguel atravessa as árvores até chegar nas vozes de seus colegas.
— Bianca! A‐achou ele, — disse Miguel, ainda ofegante. — Unh? Onde foi parar o corpo?
— A você finalmente chegou… É, qual é seu nome mesmo?
“A, isso é tão constrangedor!”. Me-meu nome é Miguel.
— A… Sim, ouvi falar de você — disse Bianca, que pareceu um pouco incomodada.
“Eu preferiria evitar esse tipo de situação”.
— Bem não temos mais nada a fazer aqui, então vamos voltar! — Bianca não demora e já se prepara pra correr novamente.
— Bianca! É… Se importa se formos andado dessa vez? — disse Miguel.
Juntos e calados, os três voltaram pela floresta, pelos mesmos caminhos por onde estavam correndo a poucos minutos atrás.
Agora que todos já estavam mais calmos e relaxados, aquela floresta poderia ter a observação que merecia. Todas aquelas inúmeras e grandes árvores, formavam um grande teto de folhas, que impedia quase toda a luz de entrar no local.
Aquele lugar tinha uma alta probabilidade de levar todos de cara no chão, quase nenhuma árvore tinha suas raízes dentro os terra, a maioria saia para fora e se espalhava por todo o local. Todo o interior da floresta era coberto por um pequeno frio que podia penetraram facilmente alguém que passa-se muito tempo lá dentro.
“É como imaginei, faz muito tempo que não ando por uma floresta assim, de todos os lugares eu concerto moraria aqui”.
Não faltava mais muito metros para que eles chegassem ate a gruta e se juntassem aos outros, até mesmo a luz no local já havia aumentado, revelando o final da floresta.
— Willian, assim que chegarmos você vai e se desculpe com a professora, não nos deixe tão preocupados assim.
— Tá, entendi, — respondeu Willian, arrogante.
“Acho que é isso, esse dia foi bem rápido, mas corri um pouco… também não quero fazer de novo”.
“Parando pra pensar, a professora foi provavelmente a pessoas que mais falou comigo nos últimos anos, ao menos foi um bom tempo… ela é legal pelo menos”.
Finalmente no local, o três jovens se dividiram, Miguel apenas se separou sem falar nada e foi pra algum canto qualquer. Bianca se despediu de Willian e foi em direção aos outros jovens. Willian apenas continuou caminhando em direção a professora.
“Já tá tarde pra porra, nem sei como escureceu tão rápido assim”.
Por mais que cada conversa podia ser ouvida logo ao lado, Miguel não estava próximo aos outros jovens, na verdade até meio distante. Deitado na grama, Miguel usava suas mãos como travesseiro e olhava para cima.
“Eu não lembro direito, mas em algum momento eu devo te desejado por essa segunda chance, agradeço a Kassiarel por isso. Isso não é taaao importante assim, mas esse mundo louco aqui tem duas luas, uma é azulada e a outra é bem verde, é bem lindo olhar para isso”.
Miguel olhava para os céus recheado de estrelas e iluminado pelas lua, suas piscadas começavam a ficar cada vez mais espaçadas e seu rosto cada vez mais cansado.
— Pessoal acho melhor dormirmos! Já está bem tarde, então vamos descansar nossas cabeças e relaxar pra termos um dia melhor amanhã.
“Até agora parece estar tudo bem, tô parecem bem amis calmos, inclusive a professora Jéssica, é bem melhor assim. Mas agora eu quero mesmo é ir pra dentro e desmaiar lá”.