Anti-herói Invocado - Capítulo 5
— Nos tínhamos uma vida de classe alta, sempre vivemos bem, mas aquele maldito viciado.
Ainda que as lagrimas cobrissem o rosto de Miguel, sua angústia era visível para qualquer um.
— Agora não adianta chorar, não é hora disso. Eu preciso dar uma volta, acho que vou aproveitar e ir naquela cachoeira que eles acharam, ao sul né?
O garoto cobria seu rosto tentando se esconder, com medo de ser pego chorando.
Nos poucos metros que havia sai do da gruta já era visível que ainda era de manhã, o que era estranho já que ninguém parecia estar por perto.
— Lembro que elas foram para a direita então vou para a esquerda, não quero velas. Todos saíram cedo hoje né? Pelo menos acharam água assim podemos tomar banho e trocar essas roupas imundas. Talvez seja musgo, mas meu cabelo parece estar ficando verde.
Aquela montanha era muito larga, estava claro para Miguel que demoraria algum tempo para poder contornada.
Ainda assim sua vontade tomar um banho falou mais alto, enquanto caminhava pelo sopé da montanha que era pouco distante das árvores da floresta, não pode se ouvir nada, como uma verdadeira calmaria.
Com algum tempo de caminhada o som da água descendo das pedras e caindo no lago já era ouvido.
“Eu sei que essa montanha é realmente grande, mas uma hora de caminhada é realmente muita coisa só para tomar um banho.
A tal cachoeira que Miguel havia acabado de chegar era realmente pequena, mas o suficiente para eles, uma pequena queda da água que desaguava em um lago, o mesmo era rodeado de árvores e arbustos.
Não vendo pessoa alguma ou sequer um som de conversa, Miguel tira suas roupas e as deixa em cima das grandes pedras ali.
“Espero que seja segura não parece ser funda e nem ter um animal estranho ali dentro.
O surpreendente conforto das águas fazem com que Miguel relaxe seus músculos enquanto se lava.
Mesmo que aquela água fosse gelada era morna o suficiente para tomar um bom banho.
“Me pergunto como é a capital daqui, o quão evoluídos eles são? Parando para pensar, aqui existe magia, então é provável que eles tenham negligenciado os diversos tipos de estudos e focado no avanço mágico, mas contanto que tenham ao menos banheiro não vejo problema”.
O tempo havia passado e a pele de Miguel já havia enrugado, enquanto o garoto se preparava para sair, a luz do sol que passava pelo vão das árvores bateu fortemente em seu rosto.
“Meus olhos” tsk “melhor só sair logo.
Tendo colocando suas roupas, o garoto se levantava e olhava novamente para as águas.
— Aquela luz… tá refletindo do outro lado da queda d’água.
Como um espelho, a água que caia refletia a luz, não parecia vir exatamente da agua mas sim de trás dela.
— Pfff, até parece que vou deixar essa passar.
Olhando por trás da queda, uma pequena porta podia ser vista, de Miguel até ela havia um estrito caminho de terra.
Sem hesitar muito o garoto se escora na parede da montanha e anda pelo pequeno caminho, do qual sem muitos esforços consegue atravessar.
Agora olhando a porta de perto podia ver que a luz era diretamente refletida pelo centro da porta que parecia ter algo escrito.
— Aparentemente o reflexo era desse pequeno espelho no centro da porta, e isso aqui em baixo… eu realmente não consigo ler, mas talvez tenha algo no livro.
Sacando seu livro, quase instantaneamente tem uma reação com a porta, quanto mais próximo ficava mais era atraído, assim como um ima.
— Uou eu nem cheguei a procurar direito mas parece que encontrei algo.
— Galera venham rápido, é aqui!
— O que é aqui seu imbecil?
— Eu já falei três vezes seu merda, é a porta, ela está atrás da cachoeira. Tirem suas roupas, temos que nadar para chegar lá.
— O que!? Nós não queremos nadar com vocês! — disse uma das garota enquanto se cobria com os braços.
Certo, certo… Tem uma passagem nas pedras aqui pela direita.
“Então tinha um caminho mais fácil que aquele. Parecem que os nerds já haviam encontrado a porta, na verdade, seria estranho se eles não bisbilhotassem”.
— Olhem só, estão vendo!?
— Puta merda o Felipe estava certo! Galera cola aqui! — exclamou Caio para resto da turma.
— Crianças tomem cuidado vocês, podem escorregar no musgo das pedras!
Sem se importarem com os avisos da professora, os jovens passam pelo caminho de terra.
— Vejam! Eu não entendo as letras, mas o Kassiarel parece ter alguma relação a isso, já que o Informarium reage a porta.
— Quem é esse mesmo? — pergunta Marcela.
— Só podia ser a burra mesmo. Esse é aquele cara bonito de assas que mandou a gente para cá. Como você pegou uma classe tão boa como invocadora sendo tão burra?
— Classe?
Todos ficaram quietos, ninguém parecia acreditar na falta de noção da garota.
— Olhem, o livro está sendo atraído! Vou colocá-lo no centro.
Quase no mesmo segundo em que o livro se encosta com a porta, o som de trança é ouvido, em seguida da empurrada na porta o som de ferrugem ecoa pelos arredores.
“Nossa isso foi alto, eu ouvi daqui. Esperar, isso deveria estar enferrujado ?”.
— Olá crianças, parecem ter encontrado a sala que preparei para vocês.
Lembrando que cada um só pode usar o item correspondente para a sua classe. Os mesmos então lacrados nos altares então só os respectivos donos podem pega-los. Aproveitem e tomem cuidado.
Mesmo que parecesse, aquele não era o mesmo que os havia recebido, esse era quase completamente transparente.
A figura havia sumido tão rápido quanto apareceu.
— Vejam, são armas! — exclamou Caio, com felicidade e excitação em seu rosto.
— E-esperem crianças vocês podem se machucar.
— Fica sussa fesora, nós teremos cuidado, olha aquele deve ser a sua. tente pega-la — disse Caio, apontando para uma varinha em um altar.
— Tu-tudo bem então, tomem cuidado.
“Então até um valentão também pode saber o quê é uma varinha mágica, estou surpreso. A professora parece ansiosa para pegar seu item, na verdade até eu estou ansioso. Espero que eles vão logo.”
Os jovens correram com excitação pela grande sala, até mesmo os mais tímidos corriam.
Uau olha quantas armas! Tem espadas, varinhas um machado e até uma flauta! Espera porque o Joesias tem uma flauta?
— Oxi, é obivil que é porque eu sou um bardo minha fia.
— Unh entendi.
— Galera não parece ter mais nada para fazer aqui vamos embora? — disse Ariel, para seus colegas.
— Tudo bem vamos lá, quero brincar com meu machado logo.
Cassian esboçava um sorriso, enquanto passava a mão pela lâmina da grande arma.
— Aí! não fique tão confiante só porque matou um urso.
Todos ficavam cada vez mais distantes da cachoeira enquanto conversavam animados.
“Finalmente é minha vez.
Passando pela porta a atenção do garoto se volta para a pintura no teto, era a “Criação de Adão”, mas parecia diferente.
Esse teto é estranho, ao invés de estarem quase se tocando Deus está dando uma esfera de luz para Adão, bem estamos em outro mundo. Agora vamos ver o quê eu ganhei.
O garoto olhava aos arredores enquanto caminhava pela sala.
Dourada, era a primeira coisa que se vinha a mente, tanto pelas paredes quanto pelos altares no meio da sala, apenas o chão era branco, assim como as pilastras nas extremidades da sala.
Mesmo que eu odeie essa classe, eu não posso muda-la, então por enquanto, para que eu me proteja, vou ficar com isso, — disse Miguel, enquanto pegava duas adagas em um dos altares ao fundo.
Assim como as outras armas essa era totalmente negra, sua lâmina reluzia qualquer mínima luz que a encostava.
— Eu não faço ideia de que material é esse, mas é definitivamente bom.
Enquanto admirava as armas quase não pode perceber a tabela que apareceu espontaneamente em sua frente.
— Por que eu tenho que ser tão invisível assim?