As Quatro Fendas - Capítulo 1
Dia 7 de junho de 2012. Ocorreu um evento atualmente conhecido como “A Fervura”…O Triângulo das Bermudas, as Cataratas do Iguaçu e a Fossa das Marianas, começaram a ter abalos sísmicos. Com o cair da noite, eles entraram em erupção, causando terremotos matando milhares.
Dia 1 de julho.
Todos estes lugares apareceram grandes esferas negras. A presença delas gerou caos nas mídias. O governo ameaçou um bombardeio, mas por falta de conhecimento, deixaram de lado.
Tendo passado 10 dias, os pontos negros começaram a emitir uma névoa negra bizarra. Fazendo o céu se escurecer de pouco a pouco. Ate ficar completamente negro.
A ONU entrou em alerta por medo de uma era glacial.
Mas oque foi intrigante, é que apesar de bloquear o sol, a névoa não impedia os raios solares de aquecerem o planeta.
Quando a névoa finalmente se dissipou, já era setembro. Foram quase dois meses de escuridão.
Nesse tempo, o caos reinou ao redor do mundo.
12 de dezembro de 2012 quando tudo mudou. O dia do “Fim do Mundo” exatamente onde estava localizado os locais dos pontos negros.
Uma explosão destrutiva ocorreu. Militares e alguns poucos civis curiosos, que estavam nestas localizações, tiveram suas vidas ceifadas.
Depois da comoção desses trágicos acontecimentos, foram avistadas pela primeira vez “ As 4 Fendas”.
– Por João Santos Dumont
Dentro de um trem oceânico, Luiz, um jovem negro de 15 anos estáva lendo um livro indo em direção a Assis. Uma ilha artificial, localizada na baía do Paraná.
Uma voz robótica feminina ecoou por todo o trem: — Próxima parada, Ilha Assis.
— Finalmente — disse Luiz enquanto guardava o livro em sua mochila.
Ao sair do trem, o jovem deu de cara com uma imensa multidão. Se esgueirou entre as pessoas, e, com esforço, finalmente chegou à escada para sair do terminal.
Depois de um tempo de espera, uma voz robótica saiu do seu bracelete: — Senhor, seu carro chegou.
Rapidamente se virou e caminhou em direção a um carro totalmente preto. Que estava um pouco afastado à direita do terminal.
Ao chegar perto do veículo, abriu a porta traseira, e entrou. Sentou-se e olhou para o retrovisor, e viu um senhor com um sorriso amigável.
— Boa tarde, Luiz, certo?
— Boa tarde, sim, isso mesmo.
A viagem deu início.
Ao longe uma cidade com muitos arranhas céus e hologramas gigantescos, prestou atenção em tudo aquilo sem perder um único detalhe. Com um sorriso o senhor olhou para o jovem do retrovisor.
— Primeira vez do senhor em Assis?
— Sim — respondeu Luiz sem tirar os olhos nem por um instante da cidade.
Durante o percurso. O jovem papeou de leve sobre os melhores lugares para se visitar naquela maravilhosa ilha.
Com duas longas horas de viagem, o carro finalmente parou. Luiz acordou do seu breve cochilo. Pagou o senhor com um cartão e saiu do veículo.
E lá estava em sua frente. Um portal gigantesco e em cima escrito Academia Assis. Os muros em sua lateral eram muito extensos, mesmo estreitando os olhos Luiz não viu seu final
— Finalmente estou aqui. — Um arrepio percorreu o corpo de Luiz.
Logo em seguida, entrou na academia. Seu interior estava bem movimentado, tinha bastante vegetação para todos os lados e, ao longe, três grandes prédios, que se conectavam por corredores suspensos.
Apertou firmemente suas mãos e começou a caminhar em direção ao prédio do meio. Conforme se aproximava, viu algumas filas. Assim que chegou perto, uma mulher indicou uma delas.
Quando finalmente chegou sua vez viu: um gigantesco homem de pele parda, com olhos puxados, cabelos lisos que iam até suas costas, usava um terno verde que tinha suas mangas rasgadas e — o mais incrível — um físico titânico…
Luiz então lembrou de quem se tratava — O Guarani —, um explorador do ranking S.
Uma voz grave como um trovão o chamou, acordando-o de seus devaneios.
— Garoto. Dados.
— Sim, claro — respondeu e balançou o pulso.
Um holograma apareceu.
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Luiz Alencar Braveken
Nascido 09/08/2086
Paraná, Curitiba.
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O gigantesco homem deu espaço e falou: — Sala A02. Siga.
Quando chegou na sala indicada, a porta se abriu automaticamente para uma sala cinza, com uma escada no meio. Dividindo-a em dois lados: Direito e esquerdo. Cada degrau havia uma mesa, que eram alongadas com espaço para até 4 pessoas.
Luiz foi em direção ao lado direto da sala, e se sentou no meio. Percebeu que as pessoas ao seu redor estavam carregadas de tensão, poucas mantinham a calma.
Respirou fundo e pensou:“ Calma Luiz, você deu duro para este dia. Passe na prova e o primeiro passo será feito… é apenas uma prova… como qualquer outra….se você não passar sua mãe te mata!Sim isso. foca em não ser morto pela sua mãe” abriu os olhos e suspirou.
Depois de alguns minutos, a sala se encheu: uma mulher de terno preto, pele pálida, cabelos tão ruivos que pareciam queimar, e seus olhos castanhos claros olhavam minuciosamente os jovens.
— Boa tarde gurizada, sou Adriana, a gestora desta sala. Qualquer comportamento suspeito…Fora da sala e nunca mais haverá uma outra chance! — Passou os olhos pelos jovens, que retribuíram com olhares e posturas tensas. Luiz não sendo exceção —Ótimo. Que se inicie o teste!
Um holograma apareceu em cima da mesa de Lucas. Ainda tenso, leu toda a prova antes de responder e fez uma pequena demarcação para aquelas que tinha certeza que sabia.
Após 3 horas finalmente terminou. Com um simples gesto de dedo jogou o arquivo em direção a gestora que permaneceu sentada em uma cadeira com um olhar feroz e amedrontador.
Com 5 horas após o início da prova, a gestora bateu com força uma única palma atraindo a atenção de todos.
Luiz que cochilava com tranquilidade, acordou rapidamente com um pulo. Olhou ao redor e se sentiu constrangido com os olhares o julgando.
— Ótimo! Quero que um de cada vez, da direita para a esquerda, com o sinal do cavalheiro ali! — Apontou para o homem da entrada — sigam para a sala B13 — Em passos rápidos a gestora deixou sala levando primeiro estudante.
Aos olhos de Luz o tempo parecia não passar. Poucos estavam calmos. Luiz não era um deles, sua perna direita se movia para cima e para baixo freneticamente.
Prosseguia com o queixo apoiada em uma das mãos pensando nas possibilidades de castigo, se reprovasse. Balançou a cabeça sabendo que aquilo não aconteceria. Se esforçou para aquilo.
Tinha um sentimento de certeza em seu peito, porém ainda ficava receoso. Sua mãe tinha um jeito bem bruto de educar os filhos. Ao perceber que seria o próximo, fechou os olhos e respirou fundo. O homem abriu a porta e chamou Luiz.
Luiz caminhou em direção a sala N12. Ao chegar, abriu lentamente a porta, deu de cara com uma sala branca grande, no meio uma mesa preta a gestora estava sentada com um rosto sério.
Ela o encarou de cima a baixo iniciando seu julgamento desde o primeiro momento que o garoto pisou na sala. Luiz caminhou de maneira apressada e sentou em sua cadeira.
Olhou os dados de Luiz pelos hologramas e disse — Luiz Victor Alencar Braveken, correto?
— Corretíssimo.
— Acertou 89% da prova…uma excelente nota…— Luiz suspirou fundo de alívio — Um defeito…Uma motivações — Olhou diretamente nos olhos do jovem.
— Penso demais em coisas desnecessárias…Eee…Desejo ir além do horizonte — A moça estreitou os olhos por um breve segundo.
— Ir além do horizonte? — Juntou as mãos, entrelaçou os dedos, apoiou o queixo, e encarou Luiz.
— Creio que seja necessário, há muito a se explorar em relação a aquela dimensão. Não acho que seja apenas aquilo que vemos. A arte de viver consiste em tirar o maior bem do maior mal.
— Machado de Assis — Sorriu por um momento para o jovem, o deixou meio atordoado pelo sorriso dos lábios rosados.
— Precisamente — Piscou rapidamente saindo do transe, ficando um pouco constrangido na sequência.
— Ótimo, coloque sua mão nesta caixa — empurrou a caixa preta que estava no meio da mesa na direção de Luiz.
Notou o objeto só agora. Luiz sabia muito bem o que era o objeto. Feito de uma pedra muito especial, e extremamente rara, usada para ver as habilidades daquele que a toca.
Luiz lentamente depositou sua mão sobre a caixa preta. Alguns segundo depois um holograma foi exibido
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Poder Inicial: E+
Habilidade Única: Portal
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O garoto olhou seu poder e sentiu seu corpo pesar. Luiz apertou sua perna com força e olhou para o chão. Se sentia impotente.
A mulher antes sorridente, agora pálida rapidamente mexeu em seu holograma. Suas mãos eram tão rápidas que pareciam votos.
— Temos um código vermelho! — Olhou para Luiz, falando com outra pessoa pelo holograma com um olhar sério.