As Quatro Fendas - Capitulo 3
Em um hotel luxuoso na Coreia: homem pardo, cabelos castanhos com um corte social, olhos verdes, e um terno azul conversava, uma mulher negra, e com longos dreads.
— Já disse pra você muleque, enche meu saco com isso não — ameaçou a mulher.
— Você tá de TPM hoje mãe? — disse o jovem homem.
— Moleque. Eu. Vo. Te. Mata! — A mulher estava zangada, suas veias da testa pareciam que iriam estourar.
— Filho não provoca sua mãe. Ela um dia te mata — declarou um homem de óculos, cabelos castanhos, olhos verdes, e vestindo um terno preto entrando no comodo.
O homem pardo dá uma risadinha — Mata nada. Ela me ama, e sabe disso.
A mulher se zangava ainda mais. — João Guilherme Alencar Braveken, você foi ADOTADO!
João gargalhou com as mãos na barriga
— Filho. Não diga que não lhe avisei! — O homem de terno preto caminhou em direção a mulher, e lhe entregou uma caixa marrom.
— Aqui amor — Deu um pequeno beijo na testa da mulher.
— Era disso que eu precisava — A mulher abre a caixa, revelando uma série de chocolates de diferentes tipos e coberturas.
A mulher enche a boca com diversos chocolates e mastiga em meio a suspiros e resmungos.
João mexendo em seu NetGran disse: — Eu nunca vou entender as mulheres
— Não precisa entender, apenas segue o fluxo — retrucou o homem de terno ajustando sua gravata.
A mulher engoliu seus chocolates e disse: — Falando assim nem parece o homem tímido que parecia que iria sumir que eu conheci na escola.
— Hahaha!— João ria como nunca.
TRIM!TRIM!TRIM!TRIM!
Um som tocou chamando a atenção da mulher, que logo em seguida atendeu.
— Laura… bom dia….creio eu — O diretor apareceu como um holograma em frente ao rosto de Laura. Ela tocou em alguns botões permitindo as seu marido e filho verem o holograma.
— Olha! Se não é meu saco de pancadas! — disse Laura com um grande sorriso sarcástico.
— Cof, Cof… temos algo muito importante a tratar em relação ao seu filho Luiz. Algo muito crítico aconteceu! — O diretor espantou a todos.
João que estava na poltrona se levantou em um volto e apareceu do lado de sua mãe, com um rosto nada amigável.
— Quem machucou meu irmão? — exclamou João sério.
— Esp…
O homem de terno preto ameaça com um tom frio, e um rosto bem assustador — Eu vo mata.
Laura coloca seu cotovelo na mesa, e apoiou sua bochecha nas costas de sua mão e sorriu ameaçadoramente: — Quem foi que machucou minha cria? — Se um olhar pudesse matar, o diretor já estaria morto.
— Calma espera! Não é nada disso! O jovem Luiz está bem! — O diretor estava inquieto.
Entre os dentes de maneira agressiva Laura disse — Então explica direito!
— Laura escute bem…— O diretor fez um olhar sério.
— Seu filho é o terceiro…seu filho é o terceiro Explorador que consegue ampliar os próprios poderes! — A família de Luiz se assustou.
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— Marcio. Você… de maneira alguma! pode deixar ele usar essa habilidade em público — O homem de terno negro solicitou sério.
— Eu sei Miguel, coloquei Piatâ e Adriana para ficarem de olho nele. O garoto ainda não é forte o suficiente para se defender na escola, mas vou pedir para minha filha ficar de olho — afirma o diretor tentando parecer confiante. Laura estreitou os olhos para o diretor que ficou um pouco inquieto.
— Marcio, eu preferiria tirar minha cria dessa academia e ensinar ele por mim mesmo, mas…— Laura encostou as costas na cadeira olhou para o teto e suspirou, depois de alguns segundos voltou seu olhar para o diretor e disse — ele sempre desejou estudar aí…ele trabalho duro…eu vou te confiar minha cria. Vamos deixar nossos conflitos de lado — Laura estava com um olhar sincero sem ameaças.
“ Nunca imaginei que eu veria essa mulher engolindo o seu orgulho, mães fazem de tudo pelos seus filhos. Realmente” pensou o diretor ainda dentro do seu escritório, porém sozinho. Por alguns instantes o silêncio reina, como se todos estivessem digerindo aquela bomba.
— Porém! Quero que você dê a minha cria uma arma que eu vou pessoalmente! Enviar. Ele deverá usar essa arma apenas dentro do portal! Mas! Só após dois meses de treinamento.
— Fechado — Confirmou o diretor.
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TRIM! TRIM! TRIM! TRIM!
Luiz estava apagado em sua cama quando escuta um barulho agudo que o acordava de seu maravilhoso sono.
Sem abrir os olhos, disse sonolento: — Atender…
Um holograma revelando uma Laura sorridente apareceu. Mas após ver Luiz ali desmaiado na cama soltou um berro.
—ACORDA MULEQUE DO KARALHO! — O jovem rapidamente despertou, abriu os olhos em um instante, e se sentou na cama.
Limpau a baba no canto da boca assustado e sonolento dizendo: — Acordei, acordei, acordei.
Laura colocou um sorriso amedrontador no rosto, e disse entre os dentes : — Luiz, porque estava dormindo sem ter trocado as roupas.
Luiz ficou com a postura reta e gelou. Aquela maneira de fala entre os dentes deixava Luiz assustado.
— Eu estou sem roupa, o diretor me mandou direto para o alojamento — Fechou um pouco os olhos esperando os xingamentos.
—Aquele diretor tinha me tido TUDO!? Como pode fazer isso com minha cria!? — Laura zangada desferiu um soco em sua mesa a destruindo.
Luiz olhou para sua mãe dando chilique e disse — Mãe o que aconteceu. TPM?
— Você não tem ideia — gritou João ao longe rindo. Laura pegou a sua cadeira e arremessou na direção de João. Laura era mortal!
Laura pegou outra cadeira sentou- se e respirou fundo — Eu fiquei sabendo de tud…
Com a voz distante e eufórica cortando Laura, João gritou — PARABÉNS NEGO! POR ENTRAR NA ACADEMIA ASSIS!
Laura olhou para João, e desferiu um sorriso. João se calou no mesmo instante. Um sorriso vale mais que mil palavras
Laura respirou fundo, e disse: — Isso mesmo filho, parabéns. Seu pai não está aqui agora sinto muito… ele foi como representante das equipes brasileiras na central da cúpula Coreana — Laura sorriu gentilmente.
— Tranquilo mãe, vocês estão aí a trabalho — disse sinceramente
João chega caminhando lentamente. Colocou os braços nos ombros de sua mãe e sorri gentilmente — Mano. Nossa mãe fez uma exigência, vai demorar metade do tempo para retornarmos. Creio que em junho estaremos em casa.
— Bom estamos em fevereiro, vai demorar um pouco. Mas de boa, eu vou tomar o máximo de cuidado aqui — indaga Luiz.
— Ótimo. Beijos e mais beijos filho. Eu e seu irmão temos que encontrar seu pai na cúpula, fizemos ele ir na frente para eu poder te dar parabéns…Vamos ficar muito ocupados depois da cúpula — explicou Laura um pouco triste —, mas creio que seu pai lhe enviara um vídeo.
— Beijo mãe, se cuida, vocês três vão com deus e máximo cuidado – Falou de maneira séria e sincera —, irmão vê se cuida da mãe! — disse Luiz.
— Você sabe que é mais fácil, ela quebra os bichos e eu junto na porrada — os dois irmãos gargalharam. Laura apenas faz uma careta — Sempre vou cuidar dela, até logo! — Seu tom transparece confiança
— Até logo — replicou Luiz.
A chamada finalizou.
Luiz se levantou de sua cama bocejando, decidiu tomar banho mas se lembrou que está sem roupas e toalhas. Caminhou até a sala desistindo da ideia do banho e ali viu uma grande mala.
A ficha caiu e ele gela. havia esquecido de mandar uma lista sobre oque pegar na sua casa.
Com um gesto abre o Netgran, e vê o horário. O relógio marcava 9 da manhã do outro dia.
Se assustou com o tempo que dormiu, depois de pensar concluiu que foi pelo uso de sua habilidade que dormiu das quatro da tarde até a manhã do outro dia.
Luiz abriu sua mala e tentou entender como as coisas que ele iria trazer estavam ali.
Então se lembrou que o diretor entrou em contato com sua mãe e muito provavelmente seu irmão devia ter lhe dado instruções do que buscar, seu irmão o conhecia como ninguém.
— Vo toma banho. Deixa isso pra lá por enquanto — Disse se levantando
Luiz calmamente pegou sua mala e levou para seu quarto. Logo em seguida foi em direção ao banheiro com uma toalha.