Crônicas de Sylrah - Capítulo 8
”As guerras aconteceram e esse será um grande momento para derrubar aquele governo, espero que colaborem com nossa casa e derrubem o rei comigo” – Desconhecido.
Era sábado e era dia de festival em Anethel, um dos mais famosos festivais que ocorriam no naquele mês.
Soge, que estava a se arrumar para ir com sua irmã e seus amigos a Reiger, as cidade que tem descendo a montanha e que ficava nas encostas do grande lago.
— Pherb, o que será que tem hoje no festival? — Pergunta Soge ansioso para chegar a festa.
Em suas terras, aquele festival era comemorado de forma alegre e conjuntiva, sua família e os habitantes de Zoam faziam uma grande festa com barracas de jogos, comidas e uma grande diversão. Mas em terras desconhecidas para Soge, ele não sabia como funcionava.
— Soge, você conhece a história do Festival da Sétima Lua?
— Lembro de ter estudado vagamente, mas conheço um pouco.
— Bom, parece que tudo começou ainda na era dos dragões, mas foi no final pelo que a tradição conta…
O Festival da Sétima Lua, um grande festival que acontece nos últimos dias de Florin, teve relatos desde a antiguidade, mas só é realizado como conhecemos depois do quinto milênio da era dos dragões.
Ele é comemorado de diferentes formas nas seis províncias do reino, mas em uma que certamente é a mais famosa do reino é em Rachun, onde eles comemoram com várias festas, durante toda a semana da sétima lua.
Sua origem é desconhecida, mas muitos historiadores acham que gira em torno da criação do Sétimo Bastião.
O Sétimo Bastião, uma das construções mais imponentes em Anethel, que comemorava a queda de Copu, um dos grandes dragões que comandaram o continente.
Essa construção é uma poderosa fortaleza conhecida como inacessível aos invasores de fora das muralhas.
Coincidência ou não, o Sétimo Bastião fica em Kina e se localiza depois do Grande Lago e atualmente é comandada pelos Orintes.
Mas uma festa para uma fortaleza é meio maluco dizem alguns, mas eles não conhecem a história do Sétimo Bastião e aqui vou eu contar para vocês.
Quando Copu caiu no mar dos dragões, no final da batalha de Fror, muitos comemoraram, mas não sabia que isso iniciaria um período de caos no ocidente, mas no oriente, nas terras do até então Príncipe Dragão Rusgon VII que hoje conhecemos como Anethel. A maioria da população estava alvorecer com o início do fim da Diarquia que durou setecentos anos.
Assim que Copu caiu, Diomer, o Sétimo, assumiu a região como alto dragão. Mesmo ele assumindo durante um período teoricamente caótico, seu governo foi bem adorado em Anethel e assim que seu governo completou cinco anos, foi construído em sua homenagem, o Sétimo Bastião.
Infelizmente Diomer, morreu jovem, com apenas sete anos de governo, quando um dos três que começaram a revolução que derrubou os dois grandes dragões, se irritou com Diomer e o matou.
Diante disso, Rusgon, que agora tinha setenta e oito anos, criou o Festival da Sétima Lua como lembrança de Diomer. O festival é chamado de sétima lua, pois na crença dos Anethelianos, todo dragão que um dia governou Anethel e acabou por falecer antes da sua hora, vira uma poderosa estrela brilhante perto da lua que ilumina os caminhos dos súditos dos Yeba.
Os meninos que a essa altura já estavam arrumados, se encontravam no caminho para o pátio central, onde, todos os alunos de todas as séries da academia, se encontrariam para ir a Reiger.
Por coincidência, Reiger fica perto do Sétimo Bastião e é um dos pontos turísticos mais famosos de Kina.
A fortaleza, também se tornou um centro de adoração a Diomer, onde alguns especulam que ao invés de ter virado estrela, ele ascendeu e ficou ao lado de Ur, como um dos Deuses Dragões.
Jarina, estava sentada num dos bancos do pátio quando Soge e Pherb chegam, Swobe, estava meio distraído, ele havia se impressionado com a beleza de Jarina e agora estava a admirando.
— Swobe — Chama Soge.
O garoto, que estava por sua vez admirando a beleza da dama a sua frente, olha para seu amigo meio disperso.
— Oi?
— Acho que você já conhece minha irmã gêmea, mas mesmo assim vou te apresentar ela — Falou Soge indo até a sua irmã — Jarina, esse é Swobe, Swobe, essa é Jarina.
— Prazer — Diz Jarina tímida para o garoto à sua frente.
— Prazer — Diz o Garoto sorrindo para a irmã de Soge.
— Bom, acho que o transporte está nos esperando — Diz Soge andando em direção ao transporte que os levaria para a Reiger.
Todos estavam na frente dos transportes, um avião de passageiros Kerg-67, um dos com mais lugares da linha Kerg.
— Bom, alunos, espero que todos entendam que hoje é um dia de festa, por isso foram dispensados das aulas que teriam hoje, que seria apenas aulas de ramo para irem ao festival — Diz o Diretor — Espero que todos entendam e aproveitem, vocês tem até as vinte e duas horas para retornar do transporte.
Alguns respondem o diretor, outros não e são liberados todos seguem em direção ao avião para pegar vôo a cidade.
O voo foi rápido, cerca de trinta minutos e os estudantes de Dorman, chegaram no aeroporto de Reiger.
Assim que nossos alunos descem do avião, eles são direcionados para a entrada daquele local, onde poderiam se divertir na cidade e aproveitar o dia de festa.
Pherb, Swobe, Jarina, Soge e mais duas amigas de Jarina, estavam a sair do aeroporto e se deparam com aquela cidade decorada e cheia de vida.
As ruas estavam enfeitadas com fitas e balões, os carros estavam com acessórios ligados ao festival. Nossos heróis que tinham ganhado uma pequena quantia de trezentos polos da academia para gastarem como quiserem.
Soge, que guiava o grupo, estaria procurando algum mapa ou alguma informação de onde eles poderiam encontrar a praça central, pois era lá que era realizado uma das principais atrações do festival.
Por sorte, eles encontram um mapa da cidade numa das saídas do aeroporto e começam a olhar para ver aonde eles iriam.
— Bom, parece que pelo que o diretor disse, a atração principal do festival começa às cinco e agora são dez da manhã, então temos sete horas para aproveitar a cidade antes de irmos à praça central — Disse Marn, uma das amigas de Jarina.
— O que acha de irmos ao distrito comercial de Kindalua? — Pergunta Jarina olhando no mapa e vendo as informações no guia que haviam ganhado antes de saírem do aeroporto — Pelo que o guia diz, esse distrito é cheio de coisas boas e baratas, acho que podemos gastar um pouco do nosso dinheiro lá.
— É uma boa, mas eu queria ir ver o parque de diversões, dizem que todos os brinquedos estão de graça hoje — Disse Swobe.
— Podemos ir no distrito e depois ir no parque, parece que aqui na cidade, só tem um parque para o tamanho da população que mora aqui — Diz Pherb.
— E quantos moram aqui Pherb? — Pergunta Soge.
— Cerca de duzentos e trinta e cinco mil pessoas — Disse o garoto respondendo o amigo.
— Bastante gente em — Diz seu amigo — Bom, o que o mapa mostra que é Kindalua?
— Parece que Kindalua fica na parte Oeste da cidade, estamos no lado sul, só temos que ir pro outro lado da cidade e chegamos — Diz Jarina que olhava o mapa e já sentiria o cansaço de atravessar a cidade — Marn, veja se no guia, mostra onde fica o distrito para não nos perdemos.
— Ok amiga — Disse Marn sorrindo.
Então seguiram os seis, em direção ao distrito, a cidade estava cheia, parecia que toda região do lago foi visitar Reiger para comemorar o festival.
O festival em Kina, é um dos mais divertidos pelo que os grandes jornais de Anethel dizem, com muita festa e comida, o povo é bem receptivo e claro, bem amigável.
Quando Soge e seus amigos passavam por perto de um dos grandes feirões que rolavam nas ruas da cidade, eles veem várias coisas sendo vendidas, como relógios, brinquedos, roupas, estátuas, obras de arte e símbolos religiosos.
O Grande Feirão de Marguna, como era conhecido aquela feira, era uma das mais famosas da cidade, tendo praticamente de tudo ficava numa rua principal enorme, divididas em várias repartições e ruas, parece que são cerca de 50 quilômetros de feira.
Nesta feira, tinha alguns grandes espaços onde os artistas se apresentavam, dançavam e alegravam o povo, a maioria deixava um pequeno recipiente no chão enquanto faziam as apresentações para tentar ganhar uns trocados, mesmo com grandes riquezas, Reigar, tinha algumas fraquezas.
— So — Disse Jarina chamando seu irmão pelo seu apelido de infância — Quer comer algo? Estamos andando a mais de meia hora e eu to começando a ficar com fome.
— Eu também, pessoal, o que acham de pararmos para comer algo, um lanche ou um aperitivo, pois acho que não vamos aguentar ficar sete horas sem comer — Disse Soge.
— Vamos sim — Disse Maruna, a amiga que sempre ficava ao lado de Jarina.
— Podemos parar nessa lanchonete — Diz Pherb olhando para a lanchonete que estava em sua frente.
— O que será que tem, nas iguarias de Reiger? — Pergunta Swobe — Acho que posso experimentar um Laridote.
— Swobe é uma boa, acho que esse lanche vai matar a nossa fome — Disse Soge entrando com seus amigos na lanchonete.
A lanchonete era pequena, tinha balcão na esquerda com quatro bancos que iam até o final do corredor e outro balcão na direita, dessa vez esse tinha copos, vitrine térmica, pia e tudo que uma lanchonete tem respeito.
O lugar era simples e aconchegante e logo os meninos que ali entraram faziam seus pedidos.
— Então vão ser três Laridotes, duas coxinhas e um X-tudo certo? — Pergunta o atendente anotando o pedido dos garotos.
— Isso — Diz Soge.
— Já está pronto, podem esperar.
— Ok — Diz Maruna que se sentava ao lado de suas amigas.
Depois de um tempo, os alunos que estavam ali recebem os lanches e começam a comer, o Laridote era tipo um X-tudo com Cheddar, bastante queijo, tomate, alface, cebola roxa, picles, um molho especial que era feito somente em Reiger e três hambúrgueres.
Assim que os meninos terminam seus lanches, eles pagam e partem em direção a Kindalua que estava mais perto.
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Opa pessoal, esse foi o capítulo, espero que tenham gostado, no próximo vocês vão conhecer melhor o distrito de Kindalua e a praça central, espero que gostem :3.