Dark Moon - Prólogo
Era um novo dia em um grande império, seus cidadãos amanheciam para iniciarem os afazeres rotineiros. Todas as cidades desta grande nação fervilhavam de atividade, os artesãos trabalhavam nas oficinas, as tavernas vendiam bebidas e os soldados patrulhavam pelas cidades.
O Império era tão amplo que as fronteiras ao Norte estavam em contato com a Terra Sem Lei, uma região conhecida pelo eterno inverno, e as terras no Sul tocavam um vasto oceano que abrigava várias criaturas, onde somente os marinheiros fortes e experientes navegavam pelas suas águas.
Devido ao tamanho do território, decisões assertivas precisavam ser tomadas para assegurar a ordem.
Portanto, em uma grande sala ornamentada com bandeiras e símbolos de um dragão negro, várias figuras estavam presentes, divididas em três grupos.
Um deles era formado por guerreiros que utilizavam equipamentos diversificados, outro grupo continha figuras misteriosas que usavam mantos de uma mistura preta, roxa e lilás. Porém, o terceiro se destacava, pois nele havia homens e mulheres com armaduras completas que refletiam a cor roxa; eles demonstravam disciplina enquanto aguardavam.
Os grupos esperavam em fileiras, à frente deles, vários degraus subiam ao topo, onde um trono jazia vazio. Os líderes de cada grupo trocavam olhares entre si.
À direita estava presente uma figura que equipava a mesma armadura roxa de seu círculo. Ele segurava a espada com as duas mãos, em posição de guarda, enquanto o capacete ocultava seu rosto, tornando-o ainda mais estoico.
Ao meio, uma mulher magra, com cabelos negros e curtos, vestia um manto negro, roupas pretas e lilás. O sorriso no seu rosto poderia ser descrito como alguém que perdeu a sanidade.
À esquerda, um homem alto, atlético e volumoso, esbanjava a frente do grupo. Diferente do cavaleiro, ele demonstrava indisciplina e tinha olhos de quem priorizava o próprio lucro, assim como sua comitiva.
O som das portas abrindo ecoou por toda a sala, revelando um indivíduo equipado com uma armadura roxa e imponente da cabeça aos pés. O súbito aparecimento dele mudou o clima dentro da câmara real.
Ele caminhou dignamente, sua presença demonstrava força e poder a cada passo. Então, após subir as escadas, o Imperador sentou-se acima de todos os presentes e, logo depois, quebrou o silêncio.
— Muito bem, chegou o momento. Digam-me, como está o andamento dos preparativos?
A figura a sua direita avançou, ajoelhou-se e respondeu: — Meu Imperador, relato que todos os preparativos estão prontos. Aguardamos somente a sua ordem.
O relato do soldado o fez levantar-se do trono para iniciar o discurso.
— Por um longo período o mundo é um caos! Tribos bárbaras espreitam pelo mundo, nações corruptas exploram os mais vulneráveis, as noites são anárquicas e o dia não pode ser liderado por um guia fraco!
— Temos o dever de levar a civilização para essas pessoas que desconhecem a igualdade de compartilhar uma mesma bandeira. Somente então, todos poderão viver em um mundo pacífico e civilizado.
— Que comece a conquista de todas as terras no mundo de Middleline em nome do Império Denominas!
— Vida longa ao Imperador! Vida longa ao Império! — todos gritaram em uníssono.
O Cavaleiro Comandante se manteve firme e demonstrou respeito a figura perante ele.
O Líder Mercenário expressava seu bom humor através do sorriso presente no rosto, pois ninguém era um melhor contratante que o Imperador. Suas riquezas só aumentariam a partir de agora e ele mal podia esperar por isso.
Após o discurso, todos expressavam sua euforia através de gritos e declarações, tanto individuais, quanto conjuntas. Porém, eles desconheciam o verdadeiro objetivo do Imperador, exceto uma pessoa; ela sorria alegremente porque ansiava pelos acontecimentos que virão.