Menos 9999K Pontos de Vida - Capítulo 11
“Olhos de Medusa, uma doença que paralisa completamente qualquer sinal de vida e o ser é transformando em uma casca oca, fazendo da pessoa uma estátua viva, tudo isso foi causado por um mob que surgiu no meio das cidades ao redor do mundo fazendo diversas pessoas caírem sob o Olhar de Medusa. Sendo o mob uma enorme lagartixa que solta o musgo de seu corpo e o mesmo evapora criando uma névoa tóxica que paralisa as pessoas, ela causou a primeira pandemia em mais de cem anos”
Selins ao olhar para o lado viu jun Saie com a cabeça apoiada em seu ombro com uma cara inexpressiva como se todos os seus sentimentos tivessem sido apagados, o mesmo estava em um estado sonolento e longe da realidade.
“E tudo isso quando jun não podia fazer nada, seus pais tiveram a casa destruída sendo levados pela doença enquanto tentavam proteger seus filhos. A lagartixa gigante que ganhou o nome de Tryion passou de cidade a cidade liberando seu musgo até que jogadores Rank S chegassem e acabasse com a criatura e seus iguais espalhados pelo mundo”
Selins colocou sua mão em cima da de jun Ela olhou para ele com uma expressão triste e vazia que a fez trazer lembranças do antigo jun
“Não queria que ele terminasse assim, mas eu não podia mais esconder isso dele, quanto mais demorasse pior seria.”
Cinco minutos atrás.
— Eles morreram!?
Falou jun se ajoelhando no chão e olhando para baixo com uma feição sombria.
— Dois anos atrás compraram o espelho de Athena…
— Entendo… Por isso que eu tinha tanto dinheiro
Jun falou em um tom muito baixo e foi se levantando devagar do chão e foi em passos lentos se sentar do lado de selins sem falar uma palavra enquanto apoia sua cabeça nos ombros dela, Selins pôde ouvir seus batimentos cardíacos que estavam tendo longas pausas entre cada um, seu corpo estava gelado e seus olhos acinzentados e sem sentimentos.
“Isso foi pior que imaginava. Mas eu não tive escolha”
Selins inclinou sua cabeça para o lado encontrando a sua testa com a de Jun
Oito minutos se passaram e um estrondo se ouviu, uma mulher com um longo cabelo loiro entrou retirando seus óculos escuros mostrando um par de olhos rosas.
— Então você realmente estava aqui!
Quando Selins pensou em se mover a atmosfera do lugar começou a ficar pesada, isso não afetava Selins, mas ao bater seus olhos com a da mulher a sua frente ela sentiu o seu corpo sendo cortado em dois.
— Não se preocupe garota, eu apenas vim devolver o favor a um conhecido e ele é o jun
Jun Saie ouviu a voz estranha e começava a perceber o peso da atmosfera em seu corpo enquanto ele fechava e abria os olhos.
— Natsume…? O que você faz aqui?
Natsume após ouvir o homem percebeu a situação e olhou para Selins que estava com a mão no peito se sentindo um pouco sufocada.
— Eu apenas vim te agradecer.
Natsume retirou dois papéis do bolso, um deles era a mensagem que jun havia deixado na sala de Mangtoon e o outro era uma folha em branco que se encolheu e virou um cartão com as bordas vermelhas e o centro preto.
— Seja bem-vindo ao Sangue Negro.
Ela jogou o cartão que acertou a testa de jun e caiu em seu colo, após fazer isso a mulher saiu da sala dizendo
— Minha jovem, se você pretende ficar do lado desse rapaz, retire essas correntes a sua volta.
Natsume desceu a escada e partiu para fora da casa de Selins, quando ia entrar em seu carro uma criança acompanhada pela sua mãe ficou com os olhos brilhando e disse em alto tom
— Olha mãe e Rainha Sádica, posso…
A mãe da criança tampou sua boca, abaixou sua cabeça e disse para seu filho — Não fale esse nome perto dela.
— Mas por quê?
A criança sentiu uma forte onda de vento batendo contra seu corpo e uma mão acariciando sua cabeça.
— É que eu não gosto desse apelido, faz parecer que eu sou uma pessoa ruim.
— Sério? Eu gosto bastante dele, já que você parece mesmo uma rainha.
A criança respondeu entusiasmada, Natsume vendo a feição da criança suspirou bagunçando o cabelo dela dizendo com um sorriso no rosto — Faremos assim então, me chame de Rainha Nat, assim não parece mais legal?
— Ouviu isso mamãe? Eu sou um grande amigo dela agora, vão todos morrer de inveja quando ouvirem isso na escola.
— É claro que vão, mas lembre-se, nunca rebaixe ninguém, pois isso te tornaria uma pessoa ruim e se isso acontecer a senhorita aqui ficará chateada.
— Isso mesmo, agora eu preciso ir, se cuide garotinho.
Antes dos dois piscarem, Natsume apareceu do lado da porta de seu carro.
De volta a casa de Selins, Evan estava olhando pela janela vendo Natsume ir embora. Sentindo uma dor na mão esquerda ele resmunga olhar para a escada, mais precisamente o andar superior onde o casal estava.
“Primeiro o Tremio e agora a Rainha Sádica, jun Saie você é muito mais popular do que eu imaginava, apesar que mais me surpreendeu foi o fato dela ter quebrado minha mão sem nem mesmo me perceber, o que ele tem a sua volta?”
Evan falou e olhou sua mão quebrada. Ele foi para o sofá com um saco de gelo colocando a mão em seu colo com gelo por cima. Suspirando ele ficou olhando as escadas sem fazer o menor barulho já que o mesmo não queria atrapalhar os dois mais do que já atrapalhou.
Alguns minutos depois.
Jun desceu as escadas e viu Evan deitado no sofá com a mão enfaixada. Jun o cumprimentou com um aceno da cabeça e saiu da casa em direção ao norte, precisamente falando, no cemitério Alma nascente onde seus pais estavam. Ele foi na parte de trás do cemitério e avistou dois túmulos que pertenciam a seus pais.
— Pai, mãe desculpe… — jun Saie falava com os olhos lacrimejando desabando na frente dos túmulos de seus pais
— Se eu não tivesse enlouquecido e praticamente vivido nas fases eu… eu…
— Ahhhhhh — Gritava jun saie
Um calor súbito apareceu de ambos os lados dando a sensação de que estava sendo abraçado, duas vozes que diferente das últimas vezes essas eram calorosas e o deixava relaxado
[jun meu filho eu não sei se você poderá ouvir isso mais não se preocupe nem se culpe nós sabemos o quanto você trabalhou e sacrificou por nós, mas agora não é hora de se preocupar conosco, está na hora você se preocupar com você mesmo]
[Agora tá na hora de se divertir garoto faça que nem seu pai antigamente e acabe com todos e diga para sua irmã que eu e sua mãe sentimos muito por perder o crescimento dos dois e futuramente seus casamentos]
Jun Saie inspirava fundo limpando as lágrimas de seu rosto dando um sorriso aliviado se levantava
— Vocês realmente são estranhos, mas eu entendi a mensagem, apesar que foi possivelmente minha cabeça que criou isso.
— Prometo volta para vê-los logo, quando acontecer kilia estará comigo.
Após sair do cemitério, bina saiu da casa de ferramentas com duas esferas azuis com o símbolo de música no centro.
— Infelizmente isso é o máximo que puder fazer por você, gravar a última mensagem de seus pais, e isso já me deu algumas horas de dor de cabeça de tanto ouvir o Java resmungando.
Às duas esferas ficaram vermelhas e começaram a desaparecer — Agora tenho trabalho para fazer, o mundo ficará bem agitado, é bom se preparar jun
Duas horas se passaram e jun Saie agora estava na frente de um cinema abandonado com o cartão do Sangue Negro em mãos, ele andou e colocou o mesmo na frente
— Start Game.
No cartão apareceram várias lacunas em branco que se completavam sobrando apenas um áudio que saia do cartão.
[Qual é seu nome jogador rank E]
— Relen Kin Lee
[Relen Kin Lee você agora é oficialmente um Sangue Negro, entre na fase a sua frente e prove que merece fazer parte = Observação – Você tem dez dias para completar ela e pode trazer até quarenta jogadores de seu rank para ajudá-lo em sua primeira partida.]
— Não é necessário, irei completar ela agora mesmo.
Quando jun Saie abriu a porta do cinema um jovem de cabelos brancos, olhos vermelhos com as pontas de sua orelha totalmente brancas usando uma camisa laranja e uma calça preta suspirou decepcionado ao olhar para uma enorme janela na frente do cinema e falou – [Fase nível E] – Mas seus olhos começaram ao ver rapidamente uma janela que aparentava ser de um jogador, seus olhos começava a doer e uma surpresa apareceu neles.
— Ele tem dois ranks!?
O jovem ficou parado do outro lado da rua esperando uma pessoa sair das portas do cinema que agora estavam trancadas.
“Ouro de tolo, à primeira vista parece uma pedra preciosa e traz alegria a quem está a sua volta, mas pouco tempo depois descobrem sua verdadeira identidade, uma pedra sem valor e traz agora tristeza as pessoas, a sua volta, esse era meu eu cinco anos atrás”
Jun Saie falou em frente a um grupo de morcegos gigantes com os corpos cobertos de neve que gritavam e voavam em sua direção. Jun Saie com o machado em mãos correu em direção a eles acertando um pela boca o cortando em dois e fazendo uma abundante quantidade de neve se espalhar pelo local, ocultando assim sua presença, lançando o machado Jun acerta a cabeça de outro morcego que estava a sua direta que começando a escorrer um líquido azul de sua cabeça
Jun pisa no peito de um morcego e retira o machado que ele cravou no peito do mesmo, pulando em direção ao morcego a sua esquerda passando por ele cortando seu pescoço que espirrou neve e o líquido azul logo depois.
— Merda…
Jun Saie falou, pois não viu o menor dos morcegos que surgiu do nada saindo da grande camada de neve espalhada pelo chão mordendo sua perna, Jun chutou a criatura que não largava sua perna e estourou a cabeça dela com o chute.
Um segundo após a luta contra os morcegos acabar uma janela apareceu com os dizeres – [Mordida – Dano = 45 – Efeitos = congelamento – Dano continuou = 186] Jun Saie com seu machado quebrava e raspava o gelo em sua perna.
Uma hora e meia se passou e jun Saie estava agora na frente da sala principal do cinema, ao abrir ele pôde ver um gorila com mais de dois metros de altura com os pelos azuis e brancos se misturando com azul-claro dos olhos do primata e com uma enorme calda, batendo as mãos no peito ele rugiu lançando um raio branco de sua boca na direção de jun congelando tudo a sua frente até dez metros fora da sala.
— O que mais eu deveria esperar? Do chefe final deste lugar.
Jun Saie falou com seu braço direito na frente de seu rosto completamente azul que se despedaçou quando ele começou a andar em direção ao gorila que começou a correr em direção a jun fazendo sua cauda ir para o lado e acertando jun que virou 360 graus para reduzir o impacto do golpe. Com um rápido movimento de braço ele cortou um pedaço da cauda que tinha duas vezes o seu tamanho, fazendo ela passar voando na sua frente não o acertando.
— Mas você ainda não tem chance contra mim.
Jun Saie falou por trás do gorila que começou a perder o equilíbrio, pois jun com seu machado cortou os tendões de suas pernas, a criatura então caiu e ficou tentando atacar jun Saie com sua cauda novamente, contudo agora jun estava atrás dele é isso reduziu em muito seu manejo com sua cauda.
— Muito lerdo.
Jun Saie falou no ar após pular sobre a cauda do gorila caindo nas costas do mesmo em seguida, com um movimento para baixo ele criou um corte que ia do meio das costas do monstro até o fim dela, com a pressão do vento o corte do Machado fez o enorme gorila caído urrar de raiva e dor, enquanto isso jun saie ainda estava em cima de suas costas.
Uma janela apareceu de seu lado.
[Perda de membro por congelamento – dano = 380]
— Você está se divertindo muito vendo isso, não é? Demorou para aparecer esta mensagem.
Quinze minutos se passaram e Jun saiu com uma grande esfera branca que perdeu seu brilho. Em seu rosto havia diversas formações de gelos e riscos azuis iguais raízes de planta que desciam pelos cantos de sua boca passando pelo pescoço e sumindo de vista, pois estava escondido pelo seu paletó que escondia a sua falta de um braço apesar de que se olhassem direito daria para perceberem.
“O bom é que as roupas voltam ao normal após sairmos das fases. Mesmo assim eu já tô no limite do corpo humano, preciso upar de Rank quanto antes”
O jovem do outro lado da rua vendo jun ir embora ficou com seus olhos vermelhos brilhando, com um sorriso no rosto ele pegou seu celular e ligou para alguém.
— Presidente, achei algo interessante, além dele ter dois Ranks que é motivo suficiente para chamar a sua atenção ele também completou uma fase, sozinho em menos de três horas.
Em um lugar distante um senhor com cabelos ruivos, olhos laranja com uma calça moletom branca estava segurando o keigoki de um rapaz inconsciente o impedindo de cair no chão falou calmamente — Espero que tenha certeza desse rapaz, pois esse aqui que você disse que quebraria minha defesa nem sequer conseguiu encostar em mim.
O senhor soltou a vestimenta do jovem o deixando cair no chão e ficou ouvindo a ligação por um fone em um dos seus ouvidos.
— Essa é sua última chance.
O senhor desligou e olhou para dois rapazes usando keigokis pretos e pegou sua camisa vestindo ela tinha como desenho um macaco segurando um bastão com a boca, o senhor então falou para dois rapazes.
— Levem-no para a sala de medicamentos, lá ele será curado e depois não pisem mais aqui.
Os jovens olhavam em seus olhos enquanto sentiam como se tivessem suas cabeças arrancadas, os dois saíram tremendo enquanto pegavam o rapaz perto do senhor que saia da enorme sala que possuía diversas arenas e quase todo tipo de equipamento de treino para artes marciais.
Poucos metros longe da casa de Selins, Jun Saie passou a mão em sua costela que estava extremamente fria.
— Vou dar um pouco de trabalho para ela agora.