Menos 9999K Pontos de Vida - Capítulo 12
Cinco anos atrás, poucos dias após a morte de Jun
— Selins, aqui está o jantar. É de seu restaurante preferido…
— Escuta… Eu sei o quanto ele significava para você, mas se ele for mesmo tudo aquilo que você me contou, ele com certeza não iria querer a ver dessa forma. Então escute seu irmão, por favor saia daí… Evan suspirou pesadamente por sua irmã.
Selins estava sentada em sua cama abraçando fortemente seu travesseiro com seu olhar vazio e sem esperanças, ela estava olhando fixamente para a parede, não havendo nada na mesma além da sua pintura que uma vez fora branca, mas agora a jovem mulher só enxergava o cinza sem vida.
Selins se levantou e se dirigiu até a sua penteadeira
— Ele, aquele que mais escondeu seus problemas para si, não deixando ninguém à sua volta se preocupar por ele, ele que mostrou sempre ao mundo um sorriso que irradiava calor, mas que Implorava por dentro por ajuda, ele com certeza iria me dar um soco se descobrisse como estou.
Selins olhava para o espelho à sua frente viu sua cara inchada, com olheiras e seus olhos avermelhados de tanto chorar, ela deu então um sorriso determinado. Selins pegou a sua tesoura que estava na penteadeira
— Está na hora de fazer o que ele iria fazer, virar a página…
Quando Selins ia cortar o seu cabelo o seu espelho começou a brilhar e as letras começaram aparecer, formando a frase [você tem certeza disso?], selins, assustada falou.
— O que vocês querem? Não estão se divertindo o bastante me vendo nesse estado deplorável?
Várias palavras começaram a surgir, formando frases.
[Não se preocupe, eu apenas vim te dar uma boa notícia.]
[jun Saie não está morto.]
[Daqui a alguns anos ele voltará.]
[Se não acredita, vá para o apartamento dele e olhe o seu quarto.]
Selins sem pensar duas vezes saiu correndo do seu quarto.
” Devo estar alucinando não pode ser verdade…”
Selins viu um prato de comida no chão e deu um sorriso caloroso ao lembrar os esforços do irmão para tentar ajudá-la.
Rapidamente, ela corre para sair de sua casa.
— Obrigada, irmão.
Mais de uma hora havia passado e Selins chegou no apartamento de jun
Chegando lá ela viu na porta, que estava trancada, uma chave surgir na fechadura da mesma, vendo isso
Selins abriu a porta e foi direto para o quarto de seu amado.
Entrando no quarto ela viu o quarto todo bagunçado e uma esfera multicolorida flutuando em cima de uma cópia exata de jun na forma de holograma, tendo apenas uma das mãos recuperada.
— Não é mentira…, mas como… como isso é possível? Eu vi diante de meus olhos a espada…
[Pare de pensar nisso, apenas viva normalmente até o dia de seu retorno.]
Uma janela apareceu da esfera com tal frase, desaparecendo logo em seguida junto do corpo de Jun, deixando apenas a chave do apartamento dele.
[não conte para ninguém, Selins.]
A mensagem apareceu na tela da televisão enquanto Selins fechava a porta do apartamento com um sorriso no rosto.
Atualmente na casa da Selins.
— Selins, você está bem?
Evan com a mão toda enfaixada perguntou ao ver Selins, paralisada olhando para a televisão da sala desligada.
— Ah! Sim, eu estou bem, apenas estava perdida em pensamentos.
Evan se sentou do lado dela.
— Entendi, me fala o que houve lá em cima?
O jun saiu como se nada tivesse acontecido.
— Isso, bem…
Dia anterior no sótão.
Selins apertou a mão de Jun percebendo que sua pele agora não estava gélida como antes, ao olhar para seu rosto ela viu seus olhos com mais cor.
jun quando percebeu o cartão em seu colo lembro a razão por trás dele.
“Não é o momento de voltar a ser o fraco jun Saie, tenho coisas para terminar e pessoas
Para cuidar.”
Com a voz em um tom ainda baixo ele falou — Selins, sua comida ainda pode me matar?
Selins ao ouvir isso ignorou o insulto à sua habilidade culinária e abriu um sorriso percebendo que seu amado voltou para ela.
— Então você gosta desse tipo de coisa, fazendo as pessoas passarem mal com a sua comida. Eu não sabia desse seu lado sadista.
— Olha quem fala, a coisa que mais fez desde que acordou foi apanhar.
Jun ficou quieto por alguns segundos.
— Voltando ao assunto, se prepare, pois, vamos fazer o maior banquete depois que achamos minha irmã e, nessa altura ela terá que mudar de ideia sobre você.
— Kilia… Onde será que ela está agora? Depois do acontecimento com seus pais ela sumiu, se não fosse isso ela possivelmente seria uma das maiores corredoras do Brasil.
Jun estava parado na frente da porta do sótão.
— Selins, você realmente gosta de mim?
Selins soltou um pequeno riso olhando para jun
— Foi sem querer, mas você precisa se despedir de pessoas importantes não é mesmo?
Evan olhou um pouco confuso para Selins após ouvir tudo.
— Vocês dois são um pouco estranhos, mas fico feliz que tudo tenha dado certo
Jun chegava na sala após ter tomado um banho. Ele estava com uma camisa branca e um short preto
— Será que dá para parar de usar minhas roupas?
— Certo, certo. Depois eu vou comprar algumas para mim, mas até lá vou continuar usando as “nossas” roupas.
Selins, sentada no sofá polindo sua espada falou
— Por que não, compra algo agora? Você tem dinheiro o bastante para comprar um equipamento caríssimo
— Na verdade, ele não tem nada, selins. Esse animal usou sua conta antiga, não é estranho um morto comprar algo?
Jun fingiu não ouvir o que Evan disse.
— Bem, apesar de que eu devia ter percebido isso quando ele falou ir comprar uma Arma…
— Exatamente, você devia ter me avisado. Lembra? Eu voltei a vida recentemente.
— Vocês dois, calem a boca.
Selins se levantou segurando a espada e mostrando uma aura verde em volta de seu corpo
— Então foi isso que fez aquela maldita vim aqui, Evan…
Evan suando frio falou
— Por que eu? Se quem comprou foi o jun
Selins parou de andar em direção a Evan e voltando a si, com um sorriso no rosto olhou para jun e falou
— Ei, jun, se aquela maldita conseguiu te achar porque você comprou algo você não poderia fazer isso com sua irmã?
— Faz sentido, já que se o dinheiro ainda ficou no banco depois de tudo isso é porque alguém ganhou a posse da conta e só pode ser sua irmã.
Jun, ouvindo Selins e Evan, pegou seu celular olhando os gastos, enquanto Evan e Selins continuavam a falar sobre rastrear a última pessoa, fora o jun, que usou a conta.
— Não seria mais fácil ver os gastos mais recentes da conta?
jun falou mostrando o celular para eles, na tela estava escrito “Hotel Paraíso – O melhor hotel da Rússia” jun ficou olhando os dois em silêncio profundo sem entender o motivo de estarem paralisados.
— Falando nisso, eu apaguei do histórico que falava do gasto do machado, agora se me derem licença,
vou ir dormir, amanhã preciso ir nos sangues negros para entregar os núcleos e ver essas lacunas em branco na minha licença de Jogador.
Jun guardou o celular e foi dormir, selins deu um riso e falou.
— Acho que pensamos demais? Não é?
Ela falou isso enquanto subia os degraus da escada. A noite passou e jun acordou do lado de Selins. Ele se levantou e saiu do quarto vestindo uma roupa formal pegando seu Machado e os núcleos e foi para o centro da cidade, onde estava os sangues negros.
— Novamente aqui. Jun abriu a porta e foi até a recepcionista, uma jovem que usava uma camisa preta com o desenho de uma gota de sangue no busto, escrito na manga de sua camisa estava “Sangue Negro”.
— Como posso ajudá-lo, senhor?
— Queria entregar alguns núcleos.
— Certo, poderia me entregar sua licença, senhor?
A recepcionista falou enquanto abria uma tela digital em sua mesa, pegando a licença de jun ela olhou sorrindo e falou
— Tome cuidado, senhor Relen Kin Lee.
— Não se preocupe, eu sei muito bem me cuidar nas fases.
— Que bom! isso mostra porque você é o prodígio escolhido pela nova presidente.
Jun olhou a sua volta percebendo os olhares de todos após descobrirem que ele era o Relen Kin Lee.
— Entendo o que quis dizer, agora mais não se preocupe, eles não passam de um bando de invejosos.
Jun piscou para recepcionista que devolveu sua licença para ele.
— Tudo certo, senhor. Sobre essas lacunas, caso esteja se perguntando são apenas para marca o tanto de núcleos e quantia que recebeu por eles.
— Então a forma de pagamento mudou também…
“Ainda bem, odiava ter que cuidar dos ladrões que apareciam para roubar o dinheiro que carregava”
A recepcionista fechou a tela e começou a mexer em seu celular, jun vendo isso, foi até a saída.
— Onde pensa que está indo, oh! Grande Relen Kin Lee?
— Indo encontrar uma pessoa importante, por quê? Já vou dizendo, não gosto de formar equipes.
O jovem, que abordou jun, tinha cabelos cinzas, usava uma camisa azul com o desenho de duas mãos esqueléticas segurando uma esfera vermelha e uma calça jeans, olhou para jun fechando a mão com força.
— Não é nada disso, é que mesmo você sendo o queridinho da nova presidente não irá escapar do teste de aptidão dos novos membros.
— Ah! Certo. Por favor, me leve até a arena da guilda que irá acontecer o teste.
O jovem levou jun e ao chegar lá haviam mais três jovens os esperando.
— Chega de fingimento, venham todos, é isso que vocês querem, não é Mesmo?
Jun falou arrumando a manga de seu paletó enquanto sorria para os jovens