Naruto Renegado - Capítulo 11
Capítulo 11: O Time 8 é atacado!
Em outro ponto da Floresta da Morte, longe dali, estava uma equipe diferente de Konoha. O time 8 era composto por três integrantes: Hinata Hyuuga, Shino Aburame e Kiba Inuzuka.
Hinata, cujos olhos eram claros, quase brancos, e seus cabelos azuis escuros, caminhava lentamente, um pouco atrás de seu time. Não gostava daquele lugar, a todo momento parecia que algum animal os atacaria.
Embora tivesse uma habilidade genética de observar a quase 360°, isso não a deixava inteiramente tranquila. Ao contrário de seu parceiro de equipe, que parecia sempre confiante.
— Espere — disse Shino, ao perceber que sua parceira estava ficando para trás.
— Vocês tem que acelerar o passo aí atrás — respondeu Kiba, sem sequer olhar para trás. — Já já vai ficar escuro demais, então precisamos montar um acampamento logo, e até agora não nos encontramos com nenhum ninja.
Shino, o genin que usava óculos escuros, redondos, esperou até que Hinata ficasse junto dele, a apenas alguns passos de distância. Com isso, Kiba ficou ainda mais longe do resto do time.
— Com mais razão temos que ficar juntos, a qualquer momento podemos ser atacados. — Shino observou seu parceiro, embora não teve certeza se ele o ouviu.
— Shino… — Hinata apressou o passo e ficou ao seu lado. — Não acha que devemos montar acampamento e preparar armadilhas ao redor? Não gosto da ideia de sermos atacados de noite.
Os dois ouviram latidos e, quase ao mesmo tempo, correram até seu companheiro. Kiba estava com seu cachorro, um animalzinho pequeno, aparentemente inofensivo, que latia para todos os lados e tentava farejar.
— O quê isso? Ele achou algum animal? — perguntou Shino.
— Eu não sei, ele nunca fica desse jeito, parece desnorteado. — Ele se virou para o cachorro. — Ei, Akamaru, o que aconteceu?
O cachorro colocou ambas as patinhas nas orelhas e choramingou. Depois continuou latindo para todos os lados. Kiba o agarrou e o colocou em cima de sua cabeça, onde se acalmou um pouco.
— Hinata, dá uma olhada ao redor e procura alguma coisa, isso não é normal, nunca vi o Akamaru desse jeito.
— Hum. — Hinata concordou. Sentia-se um pouco aliviada por poder usar sua habilidade, já que todo esse tempo esteve poupando seu chakra.
Em sua mente, ela disse “Byakugan”, e ao redor de seus olhos suas veias ficaram pulsantes. Seu campo de visão se estendeu a 50 metros de distância, e sua visão que ultrapassa as árvores percebeu um inimigo se aproximando.
— Kiba, cuidado! — gritou. No instante seguinte uma figura saiu da floresta, dando pouquíssimo tempo para desviar de seu ataque.
Kiba se defendeu, mas foi jogado pra longe, batendo em uma árvore. Seus braços e costas ficaram doloridos, onde havia recebido o impacto. Quando olhou para cima, percebeu o porquê.
O genin tinha um braço feito de madeira, pelo menos três vezes maior do que o normal. No punho, tinha metal formando um soco inglês e algumas cordas conectavam o braço ao antebraço.
Ao mesmo tempo que o ataque foi feito, Hinata se virou rapidamente e jogou uma kunai por entre as árvores, obrigando um segundo inimigo a se fazer visível. Ele saiu das árvores e partiu direto pra cima dela.
Esse segundo genin usava roupas diferentes, escuras. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo, sua bandana presa no pescoço. Seus olhos pareciam sedentos por sangue.
O impacto do seu ataque fez as pernas de Hinata cambalear para trás, fazendo-a perder o equilíbrio. Seu punho que segurava a kunai não conseguia medir forças com a arma inimiga.
O genin, estranhamente, usava uma katana ao invés da faca convencional que todos os ninjas usavam chamada kunai. Embora fosse uma espada curta, não era comum para a aldeia do som, cujo símbolo ostentava na bandana.
— Você é fraca demais. — Deu um chute no estômago de Hinata, derrubando-a.
Assim que ela caiu, o genin ergueu os olhos e viu uma onda de insetos vindo em sua direção, como um punho negro. Ele foi jogado para trás longe o bastante para golpear o tronco de uma árvore.
Os insetos continuaram atacando. Shino aproveitou a oportunidade para ajudar Hinata a se levantar. Depois estendeu sua mão direita para o genin da prótese de madeira. Centenas de insetos saíram de duas mangas, formando outra rajada.
O genin com a prótese percebeu o ataque e recuou para o lado, e novamente quando os insetos fizeram a curva. Hinata percebeu a movimentação dele e pelo lado oposto ao dos insetos, acertando o peito do garoto com a palma de sua mão.
Kiba tentou se levantar, mas sentiu sua perna dormente e caiu de novo. Quando percebeu estava com uma agulha cravada na coxa. Ele a retirou e jogou no chão, ergueu sua visão e tentou encontrar o terceiro inimigo. Quando percebeu que este se aproximava por trás de Shino.
— Cuidado, atrás de você! — gritou. — Akamaru, vai!
Shino virou de costas e agarrou a mão da genin. Era uma garota morena escura, com várias tranças. Sua bandana com o símbolo do som estava amarrada na cintura. Ela segurava uma agulha entre os dedos.
O cachorro atacou o genin da katana, mordendo seu antebraço e impedindo-o de investir contra Shino. O garoto soltou a arma e tentou tirar Akamaru de si, balançando o braço e girando.
Ainda segurando seu punho, Shino apertou ainda mais forte, e de sua manga saiu mais insetos, que começaram a rodear o corpo da garota. Ela gritou e tentou se soltar, mas não conseguia se libertar.
— Tá na hora de aumentar a frequência — disse o genin da katana. Ele esboçou um sorriso e começou a assobiar com os dentes.
Akamaru, ouvindo esse som extremamente agudo, soltou o garoto e tentou tapar seus ouvidos. Começou a latir para todos os lados e morder o ar. Ao mesmo tempo, os insetos que rodeavam a garota se dispersaram, indo para todas as direções.
Alguns dos insetos caíam, outros batiam contra as árvores, mas nenhum seguia os comandos de Shino. A genin aproveitou o momento para girar a agulha entre seus dedos e acertar a munheca.
Por reflexo, ele soltou a garota, que se afastou com saltos para trás, até ficar ao lado do genin com a prótese, que já estava em pé novamente. Hinata também se posicionou ao lado de Shino.
— Parem, sugiro que deem uma olhada para o seu companheiro — disse o genin da prótese.
Shino e Hinata olharam para o lado, o garoto da katana segurava sua lâmina na garganta de Kiba, que tinha uma feição surpresa. Embora o antebraço do garoto estava com sangue pelas mordidas que recebeu, ele mantinha a arma firme.
— Entreguem o papiro — mandou. — Ou mato esse cara.
Hinata ficou paralisada de medo, tremendo. Mas Shino colocou a mão lentamente por dentro da roupa e tirou o seu papiro, com uma faixa marrom e o símbolo da Terra. O time inimigo se mostrou decepcionado.
— Mas o quê? Eles também tem o pergaminho da Terra! — reclamou a garota.
Depois de pensar um pouquinho, seu parceiro que ameaçava Kiba disse: — Não importa, se ficarmos com o pergaminho deles vai ser uma equipe a menos na próxima fase. Eu duvido que eles consigam pegar dois pergaminhos até o final.
— Certo. — Shino olhou para Hinata, esperando que ela entendesse o que ele faria. — Vocês podem pegar… Se conseguirem.
Assim que disse a última frase, um inseto de uma espécie diferente mordeu a nuca do genin com a katana, causando uma dor enorme em todo seu corpo e fazendo-o se contorcer e cambalear.
Shino fez um selo de mãos e um clone de insetos partiu para atacar a dupla em frente. Hinata foi até seu companheiro caído e o ajudou a levantar, apoiando-o em uma perna só. Akamaru também voltou à sua cabeça.
O genin golpeou com sua prótese o clone de insetos, que se desfez com o impacto. Os três genins da aldeia do som rodearam o time 8. O garoto da katana recomeçou o seu assobio, mas logo foi interrompido.
— Cúpula de insetos — disse Shino, juntando suas mãos e fazendo um selo. Milhares de insetos se juntaram ao redor do time e voaram para todas as direções, atacando os genins.
A garota que segurava a agulha fechou os olhos e tentou se proteger. O da prótese também fez o mesmo, tentando afast-los.
O garoto da katana tentou golpear os insetos, acertando o ar. Recomeçou o seu assobio com os dentes e os insetos novamente se dispersaram, mas quando saíram todos, o time da aldeia do som estava sozinho na floresta.
— Eles sumiram.
— Droga. Eu vou matá-los — disse o da katana.
— Não importa, não precisamos do pergaminho deles, vamos buscar outra equipe. — O genin da prótese não deixou espaço para outras ideias e começou a caminhar em direção ao centro da floresta.