O Invocador Sagrado - Capítulo 3
“De um lado, Jigral, o senhor do abismo, do outro, Zapion, o senhor do céu. A luta implacável daquelas deidades durou 5 dias intermináveis, devastando o campo de batalha com poderes nunca antes vistos. Lá, no alto do pico de Gondrael, faíscas elétricas e torrentes de chamas subiram até as nuvens, a terra tremeu com o choque dos elementos, a atmosfera se tornou densa e impossível de atravessar.
Os que assistiam de longe viam criaturas mitológicas batalharem ao lado dos senhores, monstros saídos do paraíso e do inferno, que usavam cada gota de seu sangue naquele confronto. Porém, quando todas as criaturas morreram, apenas Jigral e Zapion ficaram de pé.
O senhor dos céus era retalhado pelo senhor do abismo, sua armadura e cajado foram destroçados em questão de segundos contra o oponente. Numa tentativa desesperada, ele utilizou os últimos resquícios de seu poder e selou Jigral no topo do pico, para salvar o continente de Serpentina. Em seus últimos gritos de fúria, o senhor do abismo jurou um dia retornar e trazer devastação àquele mundo, e que não importava quantas vezes Zapion reencarnasse, ele voltaria das cinzas para se vingar.”
Roan respirou fundo, fechou o livro e bateu os dedos na mesa antes de se levantar. Caminhou até às prateleiras e guardou-o no canto.
Não conseguia conter a animação ao analisar os tipos de histórias que aquelas estantes continham: odisseias, dramas, suspenses e uma infinidade de palavras que nunca viu. O mais impressionante era que podia lê-los, pois estavam em português.
“Meu Deus, talvez eu fique preso nesta vila pra sempre…” Esfregou a face com as mãos e assim saiu do recinto.
A biblioteca ficava de frente para uma praça central, por sua vez demarcada por uma fonte com a estátua de uma mulher alada. A maioria das casas e estabelecimentos, como ferrarias e a feira local, se conectavam por pequenas estradas de barro partidas desse ponto.
Porém, as ruas eram silenciosas, as pessoas passavam com rostos mal-humorados, as crianças sequer apareciam para brincar. O máximo que se via eram grupos ao redor de um mural negro, localizado perto de outro estabelecimento que muitos chamavam de “Guilda”.
O mural era um quadro de recados, preenchido por pedidos de outras pessoas que recompensavam quem realizasse o pedido a tempo. Por isso eram reconhecidos como “aventureiros”, mas elas sumiam depois de um tempo. O coração de Roan remexia de curiosidade por imaginar o que acontecia àquelas pessoas.
“Será que o trabalho no mural negro dava muito dinheiro?”, pensou, enquanto seu cérebro era fuzilado de perguntas. “Ou será que era muito perigoso?”
Mesmo assim, precisava voltar para o lugar que estava abrigado, então iria procurar respostas mais tardes. Desceu as curtas ruas até uma pequena lojinha escondida entre as casas. Tinha uma placa cheia de rachaduras cravada acima da porta, escrito “Alfaiataria da Dona Benia”. Ao entrar, um sino tocou.
— Bem-vindo… — Uma senhora meio corcunda e de rostinho fofo esperava do outro lado do balcão. — Ah, é você. Sua amiga tá esperando nos fundos com um montão de animaizinhos para serem esfolados.
— Obrigado por avisar, dona Benia. — Roan caminhou até um corredor ao lado do balcão e parou abaixo do portal. — Ehh… desculpa perguntar, dona Benia, mas por que a senhora deixou a gente ficar na sua lojinha?
— Ora, não diga besteiras! — A velha tirou um bolo de moedas debaixo do balcão. — Nenhuma alfaiate seria tão burra ao ponto de recusar uma remessa tão grande de peles por um preço tão pequeno como o seu! Fazer roupas novas e oferecer abrigo pra duas pessoas é nada comparado a isso… mesmo que tenham quebrado a porta da frente. — Ela esfregou as moedas no rosto e esboçou um sorriso largo e maligno.
— Entendi, dona…
Ele fugiu antes que a velha puxasse fofoca sobre como sua loja era melhor do que a da dona Neide. Depois de atravessar o corredor, chegou a um armazém de cheiro terrível, que Roan imaginava ser madeira podre.
Cassandra, de frente para a parede, jogava corpos de lebres e passarinhos em uma tábua de pedra, vestida com um avental sujo e com uma faca nas mãos. A mulher se virou ao escutar passos se aproximarem, revelando um leve sorriso de lábios vermelhos.
— Estava demorando, Roan!
A cena de Cassandra com uma faca ensanguentada se tornou uma das imagens mais marcantes no subconsciente de Roan. Vestiu um avental, pegou outra faca e se colocou próximo à tábua de madeira.
— Cass, me faz um favor?
— Qual?
— Nunca mais use batom aqui dentro. — Suas mãos tremiam tanto que errava os cortes na carne.
Ela respondeu com um aceno de cabeça e uma piscadela. Era engraçado relembrar como pararam naquele lugar; primeiro tinham quebrado a porta do estabelecimento e em seguida compraram roupas com algumas peles e penas que estocaram no caminho.
Ao menos, dona Benia foi simpática e interesseira o suficiente para aceitar sem reclamar, além de oferecer um pequeno trabalho em troca de se acomodarem nos quartos do segundo andar. Este trabalho, no caso, era caçar animais e em seguida tirar a pele, depois vender a carne para o açougueiro Henato.
Agiam como empregados; limpavam a casa, cozinhavam, atendiam clientes, tudo para dormirem dentro de uma casa e não na rua. Por conta disso, o mais estranho era o contato com as pessoas, que eram sempre tristonhas ou agitadas.
— Amém, senhor, enfim acabou! — comentou Cassandra ao soltar a faca, indo até uma bacia de água para lavar as mãos. — Meu Glifo de Remoção Animal até evoluiu. Nossa, nem parece que chegamos aqui há poucos dias, me sinto realmente em casa…
— Cass, você não sentiu algo estranho? Um tipo de pressentimento de algo ruim…
— Só um pouco. As pessoas parecem mortas, sabe? Eles não demonstram vontade alguma, nem mesmo quando dei uma passada no bar local pra tomar uma me recepcionaram bem.
Roan, após escutar aquilo, ficou mais inquieto. Guardou o avental, então a chamou para passear pela vila e coletar informações. Dona Benia lhes entregou dinheiro antes de saírem, e assim puderam iniciar uma pequena exploração pela vila.
— Quando voltarem consertem a maçaneta, por favor! — Foram as últimas palavras da dona.
O restante das lojas já estavam abertas naquela hora, as vitrines, bancadas e varandas possuíam várias mercadorias à venda. As ruas, desertas, criavam um ar de solidão, assim como os murmúrios de dentro das casas incomodavam a cada passo; todos os observavam e julgavam constantemente.
Durante a caminhada, viu pessoas pela calçada de cabeça baixa, a maioria andava com o passo torto e suspirava com frequência. Certa vez, pensou que alguém o observava, mas apenas viu um rapaz maltrapilho sentado próximo ao mural.
Dentre as poucas casas, havia uma pequena igreja que se destacava pela cor negra das paredes e pilastras. Roan imaginou que as pessoas estavam ali, numa missa; era o contrário do que esperava, o lugar também estava vazio.
Tinha um altar na extremidade do templo, com a figura de uma mulher alada, as asas cobriam as partes íntimas e uma longa cauda enrolava as pernas. O altar era feito de uma rocha negra e trazia uma impressão aterradora, aquela figura poderia esmagá-los se fosse de carne viva.
— Que bicho feio… — Cassandra seguiu na frente, encarando o monumento.
— Será que tem alguém aqui? — Roan passou o dedo nos bancos. — É bastante limpo, não tem nem um fio de poeira nos bancos…
— Com licença — interveio uma terceira voz, surgida do além. — Posso ajudá-los, visitantes do templo de Yondra?
Viraram-se e viram uma mulher em um manto negro, com os olhos escondido por uma venda e poucos fios de cabelo cinza que saiam das bordas do capuz. Ela escondia as mãos por baixo das mangas, os passos eram lentos e ficava constantemente de cabeça baixa.
— M-me desculpe, não sabíamos que era um lugar reservado, moça. — Roan coçou a própria nuca, com tanta vergonha ao ponto de querer colocar a cabeça em um buraco.
— Ah, não se preocupe com isso. O templo de Yondra não recebe visitas frequentes, é uma benção que… cof… cof cof.
Uma tosse violenta atrapalhou a pobre sacerdotisa, que colocou as mãos na boca e virou a cabeça. Tirou um pequeno lenço das vestes e limpou os lábios, sujando o tecido com uma cor vermelha.
— É uma benção que tenham vindo. Precisam de algo?
— Precisamos sim! — Cassandra se colocou um pouco a frente, com as mãos na cintura. — Bem, sabe, essa vilazinha parece tão vazia e tudo, a maioria das pessoas só tem a cara fechada, como se tivessem algo no meio da… — Antes de terminar, o amigo deu um tapinha na nuca dela, para evitar que falasse mais.
— Oh, desculpem, eu também não sei dizer. É como se um mal-humor abatesse todos nós, mesmo que a colheita e caça tenha sido farta.
Roan achou o comentário estranho, assim como os gestos lentos e a voz fraca da mulher. Os aventureiros ao redor do quadro negro não demonstravam aquela fraqueza e mal-humor, pelo contrário, eram sorridentes e muito ativos.
Um palpite seria uma possível doença, contudo descartou no instante que lembrou de Benia. Se fosse uma doença, a velha já estaria com os sintomas, levando em conta que vivia ali há muito tempo por causa de sua velhice.
“Se nada ocorreu nesse lugar nos últimos dias, e se não é uma doença, o que poderia ser? Estamos em um mundo diferente em que existem criaturas estranhas e níveis, poderia ser uma maldição ou magia? Não, talvez não… mas eu invoquei um bicho, então…”
Glifo de Discernimento Mágico Desbloqueado.
Rank — Passivo
Por instinto, o usuário sentirá flutuações de mana no ambiente. Quanto mais perto da ondulação, maior será o efeito sob o usuário.
| Deseja equipar o glifo agora? |
Ele engoliu as próprias palavras e internamente amaldiçoou o sistema por refutá-lo tão rápido. Ao equipar o glifo, um miasma roxo se espalhou pelo templo e para as ruas da vila. Olhou para o próprio braço, a fumaça deixava marcas pretas pela pele.
A habilidade produzia rastros, certas casas eram totalmente cobertas pelo gás roxo, ao mesmo tempo que outras eram livres do miasma.
— Moça, você poderia…
— Lezandra — interrompeu ela, levantando a mão. — me chame de Lezandra, por favor.
— Certo, Lezandra. Você poderia me tirar algumas dúvidas sobre a vila? Chegamos a pouco tempo, então acho que seria de grande ajuda.
— É claro, duvido que venha uma pessoa ao templo hoje, já que os moradores são infiéis. Me acompanhe, senhor.
Acompanhou-a e recebeu olhares estranhos de uma Cassandra emburrada com as bochechas infladas. Roan se sentiu enjoado ao colocar os pés para fora do templo, o miasma parecia intenso e cobria parte da linha de visão, forçando-o a desequipar o glifo.
De acordo com a sacerdotisa, o nome da vila era “Hirote”, uma região muito remota e que se sustentava a partir da caça na Floresta de Marfim. Muitas pessoas visitavam para realizarem expedições e contemplarem algumas belezas naturais da floresta.
Como a maioria do lucro vinha do turismo, a forja e os alfaiates locais ganhavam mais dinheiro do que se podia imaginar. Outras pessoas, mais interessadas na floresta, procuravam um lugar de sossego e estudo, mas teve um detalhe muito curioso naquelas informações.
— Como assim elfos vem aqui? — questionou o homem. — Você quer dizer pessoas de orelhas pontudas? Que são anexadas com a natureza e tudo mais?
— Sim, isso mesmo. Pensei que tinham percebido, já que há muitos por aqui… — Ela tirou o capuz e revelou um par de orelhas pontudas, junto do cabelo grisalho. — Eu sou uma, inclusive.
O queixo de Roan caiu, por um momento o coração pulou uma batida. O rosto fino e oval, as bochechas claras, o cabelo liso; era a pessoa mais bonita que já tinha visto em toda vida, mesmo que as rugas na testa indicassem uma vida longa e dura. Cassandra o cutucou com uma forte cotovelada nas costelas.
Ao voltar à realidade, acenou com a cabeça e estapeou o rosto. Por um momento, imaginou ter visto uma cabeça sair dos becos, que logo sumiu. Com a visão dividida entre a aparição e a bela mulher, seus olhos vaguearam por todo canto, até que enfim pararam numa peculiar casa arruinada perto dali.
— Lezandra, e aquela casa? — Apontou com o dedo para a estrutura. — Ela parece meio acabada… alguém mora ali?
— Ah, essa era a casa do antigo curador, senhor Bodon. Ele cuidava do templo de Yondra antes de mim, mas certa noite desapareceu. Dizem ter sido por um animal selvagem que o levou, um grande lobo verde. — Ela fez um gesto de “X” e beijou os dedos. — Torço para que a deusa Yondra guarde sua alma.
— Senhor Bodon, certo… — Roan gravou-a na mente, era uma das casas que estava com uma espessa nuvem de miasma.
Continuaram o passeio, logo foram apresentados a Toninho, o guarda local. Por algum motivo, quando Cassandra o viu, ele desviou o olhar. Ainda assim, as informações recebidas pelo guarda provaram ser bem preciosas.
A vila se localizava distante da capital, por isso o comércio era mais focado na troca de mercadorias do que no uso da moeda, chamada “liros”. A moeda era dividida entre cobre, prata, ouro e platina, porém apenas 5 liros de cobre eram necessários para alimentar uma família inteira por dia.
Felizmente, Roan já estava com uma poupança boa nos bolsos; os trocados e pelagens vendidas para dona Benia trouxeram um belo lucro. O único problema era saber onde gastá-los, por isso precisava tanto conhecer o restante dos estabelecimentos da vila.
Cerca de uma hora depois, com o sol no zênite, Lezandra retornou ao ponto inicial, o templo de Yondra.
— Espero que seja suficiente, Cassandra e Roan. Há mais alguma coisa que necessitem?
— Óbvio que não, né, Roan? — A loira o cutucou mais uma vez com o cotovelo, com uma carranca no rosto.
— Na verdade, tem uma coisa sim. — Ele fez uma longa pausa, o que atraiu os ouvidos da elfa. — A senhora me ensinaria magia?
Mais um palpite de Roan, a magia. Durante seus momentos que ou estudava na biblioteca ou esfolava animais, viu pessoas controlarem esferas de fogo e levitarem rochas na ponta dos dedos. Logo, incitado pelo sistema, ele precisava testar em primeira mão se também era capaz de realizar magia.
Se descobrisse como a magia funcionava e aprendesse como usá-la, seria uma forte arma no futuro. Relembrou dos grandes magos das histórias de fantasias, o famoso bruxo Doubledoor e o mago Gunhalf, e o quão incríveis eram seus feitiços nos filmes.
— Claro que posso, mas você já deveria saber. — Lezandra inclinou a cabeça para o lado. — Por que precisa da minha ajuda? Seus pais, ou quem sabe professores, nunca tentaram testá-lo para verificar sua mana? Como não sabe usar magia?
— É porque ele não podia. — Cassandra elevou a voz com um tom tristonho, a mentira estava na ponta da língua. — Roan foi órfão e tinha dois irmãos mais novos que precisava cuidar! Nunca teve tempo nenhum para outras atividades que não fosse o trabalho, mas depois de anos trabalhando sem parar, os irmãos cresceram e Roan pôde enfim explorar um pouco do mundo!
— E como a senhorita se encaixa nisso? — A sacerdotisa apontou para a loira.
— Eu? Bem… eu sou… — Ela enrolou o braço no de Roan. — E-eu sou a companheira dele, oras! Não é óbvio? Sempre andamos juntos, somos muito próximos um do outro. O que mais seria? — A atuação de Cassandra era perfeita, fazendo-o corar.
— Santa dama alada! — Aquela reação os surpreendeu, Lezandra estava à beira de chorar. — É realmente uma pena que não conseguiu desfrutar da magia, Roan, mesmo sendo um grande homem de bem! Nunca imaginei que existiria um humano com o coração tão dourado e unido de uma mulher tão boa!
Ela agarrou as mãos do casal e largou um grande sorriso. O homem se encheu de receio, o mal-entendido e as mentiras estavam indo longe demais. Por um momento, quis revelar a verdade, mas o olhar mortal da amiga o fez mudar de ideia.
Ao adentrarem a igreja, a elfa pediu para que esperassem próximo ao altar, enquanto buscaria alguns artifícios para ajudar no aprendizado.
Cassandra cruzou os braços, franziu as sobrancelhas e disse: — Eu vou é porra esperar. Te vejo depois, viu? E nunca mais olhe pra bunda dela daquele jeito, seu nojento!
— E-ei, eu não tava olhando! — Suas tentativas de se explicar foram em vão, logo foi ignorado pela mulher.
Com o passo rápido, não demorou tanto para que ela sumisse de vista. O estômago de Roan revirou quando a viu com o rosto furioso, certamente esperava que ela se acalmasse depois de um tempo, se não, seu pescoço seria arrancado mais tarde.
A loira passou entre as casas e entrou num bar não muito longe dali, logo pegou a primeira mesa disponível. Era o ponto onde costumavam comer, o “Chifre de Bói”, que sempre a fazia pensar que tipo de corno tinha colocado um nome tão ridículo a um bar.
O estabelecimento estava quase vazio, o bardo tocava uma música tristonha com o alaúde. Depois de pedir uma cerveja, Cassandra suspirou e começou a relembrar do que tinha dito.
“Aí droga…” Bebeu um copo de cerveja, passando as mãos no cabelo. “Foi muita vergonha alheia, Cassandra, pelo amor de Deus! Como você teve uma ideia dessas? O que ele vai pensar de você agora? Puta merda, que essa deusa Yondra me defenda e me perdoe por chamá-la de feia!”
Um pouco imersa nas memórias vergonhosas, um rapaz encapuzado se aproximou da mesa. Pelo rosto, julgava que devia ter uns 17 anos ou menos, além de escutar um vulcão roncar em sua barriga.
O olhar de cachorrinho dele indicava fome, a boca abria como se quisesse falar, para logo se fechar em seguida. Ela o olhou de relance, as roupas esfarrapadas falavam muito mais que as mãos sujas. Com um suspiro, puxou uma cadeira da mesa.
— Senta aí, moleque. Vou pagar algo pra ti.
As pupilas do jovem inflaram, suas lágrimas quase caíram. Em meio ao choro, respondeu: — N-não precisava… eu só queria saber se a senhora consegue ver essa coisa flutuando.
Cassandra saltou da cadeira. Flutuava uma conveniente tela amarela ao lado do rapaz, que ninguém além deles podiam ver.
Glifo de Furtividade Desbloqueado