O Som da Guerra: A Origem - Capítulo 30
Capítulo 30
Ezrael contemplava o ambiente ao seu redor, absorvendo a tranquilidade que emanava do jardim. O sol filtrava-se através das folhas das árvores, criando padrões dançantes de luz no chão de madeira polida de seu aposento. Mesmo com a simplicidade da decoração, a presença de símbolos orientais esculpidos nas paredes conferia um ar de reverência e misticismo ao espaço. O jovem mago sentia que cada detalhe, cada entalhe, contava uma história de sabedoria e poder que permeava a Torre Mágica Amanhecer.
Ele se sentou em um dos bancos de madeira do jardim, a mente cheia de reflexões sobre as responsabilidades que viriam com o título de discípulo do Supremo Ancião Zephyr Bright. “Agora que sou seu pupilo, devo me esforçar ainda mais. Cada ensinamento será uma oportunidade para crescer,” pensou, enquanto a brisa suave acariciava seu rosto. O jardim era mais do que apenas um espaço bonito; era um santuário onde ele poderia meditar e se conectar com a energia mágica que pulsava ao seu redor.
Em um canto do jardim, um pequeno altar estava dedicado à meditação. Ezrael se levantou e caminhou até lá, sentindo o solo sob seus pés. Ele fechou os olhos e começou a respirar profundamente, tentando sincronizar sua energia com a do ambiente. As flores ao redor pareciam responder à sua presença, exalando um aroma que despertava memórias de suas batalhas e conquistas. “Preciso ser mais forte, não apenas para mim, mas para meus amigos e para a Torre,” ele murmurou para si mesmo, a determinação ardendo dentro dele como uma chama inextinguível.
Enquanto meditava, sua mente se enchia de imagens de seus amigos e suas recentes conquistas. Mike, Barbarossa e Vindalf também estavam aproveitando suas novas acomodações e, em breve, eles se reuniriam para discutir os próximos passos em seus treinamentos. Com isso em mente, Ezrael sorriu. “Estou ansioso para ver como todos estão se adaptando. Juntos, somos mais fortes,” ele pensou, sentindo-se mais leve. A nova vida na Torre estava apenas começando, e ele estava decidido a aproveitar cada momento.
De repente, um som de risadas e conversas alegres cortou a tranquilidade do espaço. Ezrael abriu os olhos e se virou, notando que alguns de seus amigos estavam se aproximando, suas expressões radiantes de entusiasmo. “Parece que a diversão começa,” ele pensou, levantando-se para se juntar a eles, pronto para compartilhar as experiências e fortalecer os laços que os uniam na nova jornada que se desenrolava diante deles.
Ezrael observou enquanto Mike, Barbarossa e Vindalf se acomodavam no jardim, suas expressões refletindo curiosidade e preocupação. O ambiente tranquilo parecia intensificar a gravidade do que estava prestes a compartilhar. Ele respirou fundo, chamando a atenção dos amigos.
— Precisamos falar sobre Lirian — começou Ezrael, a voz firme. — Depois que terminamos a seleção de discípulos, ela foi convidada por uma Grande Anciã para se tornar sua pupila pessoal.
Os olhos de Mike se arregalaram, enquanto Barbarossa cruzou os braços, incrédulo. Vindalf inclinou-se para frente, interessado.
— Como isso aconteceu? — perguntou Mike, ainda processando a informação. — Ela nem mesmo fez um teste!
Ezrael acenou com a cabeça, reconhecendo a incredulidade dos amigos. — Eu também fiquei chocado. No entanto, a Grande Anciã viu algo nela, algo que a fez acreditar que Lirian tem potencial. — Ele pausou por um momento, observando as reações dos amigos. — Não posso negar que ela tem habilidades únicas.
Barbarossa balançou a cabeça, um sorriso se formando em seus lábios. — Isso é impressionante! Mas, o que significa isso para nós? Ela se tornou discípula de alguém poderoso, e nós… bem, estamos apenas começando.
— É uma oportunidade incrível para ela, — acrescentou Vindalf, pensativo. — Mas e se ela não conseguir lidar com a pressão?
Ezrael olhou para eles, os olhos determinados. — O que precisamos entender é que o caminho dela agora é diferente do nosso. Enquanto nós treinamos e lutamos, ela terá seu próprio conjunto de desafios e ensinamentos. Precisamos apoiá-la, mesmo que à distância.
Mike franziu a testa. — Você acha que vamos vê-la novamente?
Ezrael fez uma pausa, refletindo. — Espero que sim. Mas por enquanto, precisamos focar em nosso treinamento. A Torre Mágica Amanhecer é um lugar repleto de oportunidades, e nós temos que aproveitá-las ao máximo.
— Concordo! — disse Barbarossa, animado. — Temos que nos tornar ainda mais fortes. Se Lirian está sob a tutela de uma Grande Anciã, não podemos ficar para trás!
Vindalf sorriu, a determinação refletindo em seu olhar. — Então, o que está planejado para nosso treinamento?
Ezrael olhou para o céu, os pensamentos começando a fervilhar com ideias. — Temos muito a fazer. Eu sugiro que cada um de nós se concentre em desenvolver suas habilidades. Podemos formar grupos de treino e explorar as diversas salas de treinamento que a Torre oferece.
A energia no ar mudava, uma sensação de excitação percorria o grupo. Eles estavam prontos para enfrentar os desafios à frente, determinados a se tornarem não apenas fortes, mas verdadeiros mestres em suas artes. O futuro estava se desenrolando diante deles, e juntos, enfrentariam qualquer adversidade que viesse em seu caminho.
Após uma breve pausa, Ezrael observou seus amigos, percebendo a determinação em seus olhares. Ele se sentia animado com a possibilidade de um novo desafio e decidiu compartilhar sua ideia.
— O que vocês acham de começarmos a aceitar missões? — sugeriu, a voz firme e convincente. — Elas são uma ótima maneira de ganhar pedras puras.
Mike arqueou a sobrancelha, intrigado. — Pedras puras? O que você tem em mente?
Ezrael prosseguiu, explicando a importância dessas pedras. — As pedras puras são extremamente valiosas para nós, magos. Cada uma delas contém uma quantidade imensa de energia mágica. Podemos usá-las para aumentar nossa cultivação, acelerar nosso crescimento e aprimorar nossas habilidades.
Barbarossa, animado, interveio. — E eu ouvi que elas também são a moeda desse mundo. Você pode usar pedras puras para trocar por mercadorias, equipamentos de combate, artefatos e até mesmo comida!
Vindalf assentiu, a compreensão iluminando seu rosto. — Então, quanto mais missões fizermos, mais poderemos acumular. É uma excelente forma de nos prepararmos para desafios maiores.
Ezrael continuou, enfatizando a lógica por trás de sua proposta. — Além disso, as missões nos permitirão treinar juntos, enfrentar situações desafiadoras e nos tornarmos mais coesos como grupo. As experiências que adquirimos durante essas missões serão tão valiosas quanto as pedras puras que ganharmos.
Mike cruzou os braços, pensativo. — Mas que tipo de missões você tem em mente?
Ezrael explicou com entusiasmo. — A Torre Mágica Amanhecer tem uma variedade de missões disponíveis. Algumas podem ser de exploração, outras de combate ou até mesmo de resgate. O importante é que escolhemos aquelas que nos desafiem, mas que ainda possamos completar como um time.
Barbarossa sorriu, a energia do grupo começando a aumentar. — Estou dentro! Sempre quis testar minhas habilidades em combate real.
Vindalf, empolgado, concordou. — Vamos mostrar a todos que não somos apenas discípulos, mas também guerreiros dignos de respeito.
Ezrael sentiu a determinação de seus amigos se intensificar e continuou. — Então, vamos ao Salão de Ensinamento Público de Mestres e conferir as missões disponíveis. Juntos, podemos decidir quais se encaixam melhor nas nossas habilidades e objetivos.
Com isso, o grupo se levantou, a ansiedade e a expectativa pulsando no ar. Eles estavam prontos para enfrentar o desconhecido, coletar pedras puras e crescer em força e habilidade. Era o início de uma nova jornada, e juntos, eles estavam determinados a conquistar o que o mundo tinha a oferecer.
O Salão de Ensinamento Público de Mestres era um local imponente, com paredes adornadas com tapeçarias que narravam histórias de grandes conquistas e descobertas mágicas. Os discípulos que ali estavam sabiam que o conhecimento era tanto uma ferramenta quanto uma arma, e cada palestra, cada lição, poderia ser a chave para enfrentar os desafios que o mundo exterior lhes reservava. O salão tinha dois propósitos distintos: o primeiro era educar os jovens magos sobre os perigos que poderiam encontrar em suas aventuras, enquanto o segundo era desvendar os mistérios dos Domínios Superiores da Magia.
Ezrael e seus amigos adentraram o salão com um misto de expectativa e ansiedade. Era evidente que o grupo estava determinado a escolher a primeira opção — enfrentar as feras mágicas que assombravam os arredores da Torre. Assim que chegaram à bancada de missões, encontraram um painel repleto de inscrições e detalhes sobre as tarefas disponíveis.
— Aqui está! — exclamou Ezrael, apontando para uma das missões. — Esta missão fala sobre derrotar feras mágicas que têm atacado viajantes na floresta próxima. O prêmio é generoso e, claro, as pedras puras que poderemos coletar.
Mike leu a descrição em voz alta. — “As feras mágicas são criaturas imensas e poderosas, dotadas de habilidades que vão além do imaginável. Elas protegem seus territórios ferozmente e qualquer intruso deve estar preparado para uma luta difícil. A recompensa para a eliminação de cada fera será proporcional ao seu poder e dificuldade.”
— Parece desafiador, — Barbarossa comentou, uma expressão de excitação em seu rosto. — Mas é exatamente isso que precisamos para treinar nossas habilidades e nos fortalecer como grupo.
Vindalf, sempre cauteloso, fez uma pergunta. — Temos certeza de que estamos prontos para isso? Feritas mágicas não são brincadeira.
Ezrael, confiante, respondeu: — Com o que aprendemos até agora e a força que adquirimos em nossas batalhas anteriores, tenho certeza de que podemos lidar com isso. Além disso, temos um ao outro para apoiar. Vamos nos manter unidos e respeitar os limites de cada um.
Depois de um rápido debate, o grupo concordou em aceitar a missão. Ezrael se dirigiu a um dos responsáveis pela bancada de missões, um ancião de cabelos brancos e expressão sábia. — Gostaríamos de aceitar a missão de derrotar as feras mágicas. Estamos prontos para isso.
O ancião olhou para eles com uma mistura de aprovação e cautela. — Vocês parecem decididos. Lembrem-se, o que encontram na floresta não é um jogo. Preparem-se bem e, mais importante, confiem uns nos outros. A força do grupo é crucial em situações adversas.
Ezrael agradeceu e, após concluir a formalidade da aceitação da missão, o grupo se retirou da bancada. Eles trocaram olhares determinados, uma mistura de ansiedade e empolgação pulsando no ar.
— Vamos nos preparar, então. — Ezrael disse, liderando o caminho. — Precisamos de suprimentos e informações sobre as feras. Quanto mais soubermos, melhor preparados estaremos para essa batalha.
Com um plano em mente, os amigos se dirigiram para os corredores da Torre Mágica Amanhecer, prontos para enfrentar os desafios que a missão lhes proporcionaria. O caminho adiante era incerto, mas juntos, eles estavam determinados a conquistar qualquer obstáculo que se interpusesse em seu caminho. Era hora de mostrar ao mundo do que eram capazes.