Passos Arcanos - Capítulo 178
Em seus braços, a filha do Imperador Nero. Oliver Baker não se lembrava de quando tinha algo tão poderoso e também tão importante em seus braços. Nem quando segurou seu primeiro filho, e viu sua amada esposa sorrir, sentiu-se tão imponente.
Seu segundo filho, Orion Baker, lhe deu uma missão quase suicida. Se algo acontecesse a ela, sua cabeça iria rolar. O próprio Imperador viria cortá-la.
A porta se abriu com força e Silena Vidian entrou com sua espada em mãos. Cairo Rent a seguiu, tão preocupado quanto.
— O que houve? — Ele olhava ao redor. — Eu senti uma imensa pressão de mana e deformidade no ar. — Parou quando avistou a jovem nos braços de Oliver. — Espera, eu conheço essa garota. Oliver, o que aconteceu aqui?
— Orion.
Silena andou até ela e tirou o pano sobre seu rosto.
— Ele veio por um portal, não foi? — Retraiu a mão. — Essa é a filha do Imperador Nero.
— Disse que era para eu protegê-la. — Oliver só não sabia como ou o que fazer. — Levo para sua residência, senhora?
— Não, coloque-a no quarto de Orion e vamos esperar que ele volte. Cairo, peça para os Magos se retirarem, não queremos que ninguém saiba sobre nós. E diga que o surto foi uma runa que Oliver estava estudando, assim ganhamos tempo.
— Sim, senhora.
Cairo saiu pela porta e Oliver levou Cecilia para o quarto junto de Silena.
I
Assim que o portal se fechou atrás de si, os muitos dos Selectores desceram em sua direção. Orion não ficou para recebê-los e correu para o abismo que daria para o Oceano Congelado. Pulou ouvindo Tauros gritar seu nome.
O ar frio ressecou sua pele durante a caída. O norte era realmente cruel com os despreparados. E ele não seria submetido nem pela natureza, nem pelos homens e seus desejos. A Ordem e os Feiticeiros, Orion pouco se importava com eles.
Nunca precisou deles, em primeiro lugar.
A mana espalhou-se pela sua perna e pés e seu peso diminuiu. Num só empurrão, o ar o jogou para frente. Rock Albone e Nero Defoul criavam ventos gélidos e chamas azuladas para todos os cantos, se enfrentando como guerreiros antigos.
A magia era só um mecanismo, para aqueles que se forjaram nos tempos antigos, o punho matava mais rápido do que runas e cânticos. Espadas eram mais afiadas e letais, e palavras se tornavam precárias quando o que dizia era o instinto assassino dos lados opostos.
E Rock era como uma sólida pedra se mantendo firme na posição. Os ventos rodopiavam ao seu redor, mas suas chamas se libertavam no movimentar de seus braços. Sem precisar de uma única sílaba, ele as conjurava como suas próprias.
Os ventos de Nero eram o mesmo atirados pelos punhos fechados e palma abertas, trocando de ângulos e querendo penetrar a defesa flamejante a qualquer custo. Entretanto, o vento fortalecia as chamas, dificultando o trabalho.
A luta continuaria com a derrota de Nero, desse jeito. Orion se jogou para cima do Campeão da Luz, sacando sua lança e a girando entre os dedos.
— O traidor está aqui — Rock soltou sua raiva e guiou um tufão horizontal de chamas azuladas contra ele. — Morra, moleque.
Orion simplesmente desviou e tocou o gelo, deslizando para perto de Rock. Sua lança girando velozmente e uma runa agarrado a si.
— ‘Hidro: Amarra’.
Dez laços racharam o gelo abaixo de Rock e tentaram segurá-lo. Seu salto foi mais rápido, escapando e conjurando uma imensa onda azul. Mais de dez metros, num espaço de quase cinquenta.
As placas de gelo abaixo não foram afetadas, curiosamente.
— ‘Hidro: Fortuna dos Peixes Dourados’.
A água se elevou do Oceano e bloqueou o avanço do fogo. Os braços tensos, a mana gasta. Ele não tinha como repor tudo tão rápido. Use tudo o que tem se quiser o que o poder.
O Sol Negro, as chamas que corrompiam… Era necessário gastar tudo o que tinha para aquele momento?
— Faça — a voz gritou em sua mente. — Ou nunca mais terá a chance.
No entanto, um turbilhão entre as chamas e a água criou uma pressão que ele não previu. Seu peito direito, nem mesmo entendeu o que o acertou. Só sentiu a dor latente e ser jogado para longe, arrastado no gelo e caindo dentro da água extremamente gelada.
— Menos um para me preocupar. — Rock lançou mais uma onda de poderosas lanças de fogo no ar. Sem cessar, chutava e socava o ar, arremessando mais e mais poder.
A paciência de Nero tinha limite. Seu punho se abria e o ar desviava os disparos. Sua visão grudada em Rock, mesmo com aquela quantidade de chamas ao redor. Nada parecia tocá-lo, uma muralha feita de puro ar.
E quando abriu os braços, lançou um grito de guerra que expeliu todas as chamas de uma só vez.
— Eu esperava que o Imperador Nevasca tivesse mais habilidade com a Natureza Arcana, mas vejo que desde que sua esposa faleceu, sua praticidade decaiu. — Rock zombava com o maldito sorriso no rosto. — Diga, como foi perder sua amada para uma doença tão terrível?
— Que as Entidades dos Sete Infernos ouçam, mas até que esteja morto, eu não vou parar de te caçar. — Ele balançou os braços, passando pela frente do peito e reunindo uma quantidade de mana muito acima do comum. — Minha filha foi salva, posso focar apenas em você.
— Salva? — Rock deu um sorriso. — Acha que aquele garoto conseguirá manter sua preciosidade longe de mim? Nós dois sabemos o que vai acontecer depois que estiver morto, Nero. Eu vou atrás dela, assim como fiz com sua esposa, e sua filha não vai ter a sorte de retirar o próprio núcleo para não me ver ganhando. Ela não tem esse culhão todos.
A raiva subiu a cabeça do Imperador. Ele respirou o máximo que conseguiu e uniu a palma. Ele liberou tudo de uma vez, de baixo pra cima. As placas de gelo se desgrudaram, já rachadas anteriormente, e subiram.
Largas demais, Nero esticou os braços e jogou em frente.
— Acha que isso é suficiente, Nero?
— Ainda nem comecei. — Sua mão desceu e um fio rasgou o gelo ao meio, caindo em mais de cem partes bem grossas. — Minha esposa morreu por minha causa, vou vingá-la a qualquer custo.
Uma runa apareceu em sua mão, pequena e girando, Nero apontou para o alto.
— ‘Antiga Gali: Redemoinho Ancestral’.
Ouvia-se a risada de Rock ao queimar o gelo com suas chamas azuladas.
— Quer brincar de conjurar magias? Ótimo. — Abaixo dos seus pés cresceu uma amarelada. — Porque eu estava mesmo querendo começar a lutar a sério. ‘Viesk: Sete Demônios Conjugados’.
Do céu, as nuvens tiveram sua rotação alterada em círculos completos. A névoa e umidade se reuniram, descendo em largura muito diferente do que um furacão comum. E sua velocidade acelerada era comum por conta da mana.
Do solo, as chamas azuladas se espalharam e criaturas de focinhos e garras, de mais de dez metros tomaram proporções a queimar e aquecer o mundo gelado ao seu redor. Rock Albone gargalhava enquanto seu corpo produzia as chamas que alimentavam sua conjuração.
E os dois se enfrentaram de uma só vez. Nero forçava os dentes, seu núcleo mágico atingia o máximo de mana que poderia libertar de uma só vez. Sentia o corpo esfriando por doar o próprio calor, mas seu Redemoinho não conseguia perfurar os Sete Demônios.
Altos e fortes demais, se alimentavam do próprio vento e conseguiam se tornar maiores. Nos dez segundos de magias conjuradas, Nero perdeu a vantagem, encurralado por Rock e seus demônios.
— Seu redemoinho é alimento para minhas crianças. Nada que faça poderá ultrapassar meu poder. A história se repete, Nero Defoul. Há dez anos, você perdeu para mim e sua esposa foi morta, e agora, você vai no lugar da sua filha. — O dedo apontado lentamente para frente, e um prazer imensurável ao dizer: — Acabem com esse lixo de Imperador.
Os Sete pularam, a mão de apenas um deles era capaz de esmagar uma parte da costa congelada. Rock buscou os Diretores no alto, nenhum deles fez questão de se aproximar, nem seus Selectores.
— É como dizem os grandes mestres, ninguém pode superar o poder. Nem mesmo os mais lecionados diretores das Academias Mágicas do continente. Fogem com o rabo entre as pernas enquanto assistem um dos seus maiores Magos sendo destruídos.
Uma barreira de ar protegia Nero, mas os golpes dos Sete caíam impiedosamente.
— Quebre — ouvia os demônios gritando. — QUEBRE. QUEBRE. QUEBRE.
O restante da mana de Nero, ele não podia segurar mais, nem fortalecer. Conjurar o Redemoinho Ancestral foi um erro, admitia isso para si. Segurar a luta, devia ter levado seu inimigo para seu campo de batalha, no ar.
Lá teria chances.
Do que adiantava pensar naquilo sabendo que suportaria só mais umas dezenas de ataques?
— Pelo menos, Cecilia está segura. — Respirou fundo. Um dos ataques pressionou a barreira e ele caiu ajoelhado pela pressão. O sangue escorria pelos dentes, um sorriso avermelhado, de gosto férrico. — Ela está bem.
— Acabou, Nero.
A barreira se desfez e a mão azul desceu com mais dez atrás dela. Nero fechou os olhos.
— Sai da frente — o grito ecoando como uma rajada pelo Oceano Congelado.
O beiço de Rock se ergueu, em desprezo.
Uma calda elétrica passou rasgando o ar completamente, descendo e passando entre Nero e a mão. As placas de gelo afundaram e uma névoa quente subiu pelo choque entre os elementos. Rock continuou fitando o raio se esticar pelo horizonte ao redor.
Não só ele, os diretores também observaram pasmados. Handley afiou sua visão.
— Aquele não é o…
— Sim. — Magnus mostrou um sorriso confiante. — Martin Crons. E aposto que não está sozinho. Essa é a comitiva dele.
Ao mesmo tempo, raios amarelos também se formaram no ar, atrás de Rock Albone. Num lapso, cerca de centenas de Feiticeiros surgiram flutuando em criaturas como os Tigres Eunucos, Águias Platinadas e Andorinhas Fervecentes.
Criaturas domadas e usadas como montaria de voo.
— Parece que Nero tem um apoio mediano. — Rock observou os Magos que apareceram caminhando para fora de um portal. Uma mulher segurava um pergaminho e o largou no chão, revelando sua postura desafiadora. — E uma comandante também.
Cersei abriu a boca, chocada.
— Aquela é a Matilda Defoul, irmã mais velha de Nero. Capitã das Forças Marítimas. Como ela chegou aqui tão rápido?
Magnus também não sabia, mas a batalha que ia se desenrolar estava longe de acabar. Ele olhou para trás, Tauros e seus Selectores esperavam pela ordem.
— Desçam e protejam Matilda. Não importa como, essa mulher não pode morrer hoje, por nada.
— Rock também tem muitos aliados poderosos — observou Johan. — Aqueles são os Irmãos da Morte, considerados na colocação de 60 e 61 dos mais procurados. E Jenny, Canino Elétrico, na 72. Tem mais de dez procurados entre os cem mais perigosos.
— Eu já estou de saco cheio de observar — disse Gargantus. — Eu vou lutar, mesmo que isso custe minha postura como diretor. A Ordem que se foda, eu vou matar esses desgraçados de uma vez por todas.
— A filha de Matilda também está lá — Charlote avisou. — A prodígio de armas. Se a Ordem perder essas pessoas, vai ser pior do que Archaboom ser tomada. Não posso ficar parada vendo isso.
— Nem eu — Johan respondeu. — Selectores, comigo.
Gargantus, Johan e Charlote desceram velozmente com seus homens logo atrás em marcha. Pousaram lado a lado com Matilda e sua filha, Nayomi Defoul. De couraça esbranquiçada por cima de seus trajes de batalha de cor gelo, elas eram consideradas beldades que o próprio continente protegeria.
De importância relevante em qualquer tratado, de qualquer assunto, mãe e filha lideravam um exército de quase quinhentos homens.
— Senhora Matilda — Gargantus tocou o peito, abaixando a cabeça. — Estamos sob sua ordem. Diga e faremos o que for preciso.
— O mesmo, senhora — Johan e Charlote seguiram o exemplo do diretor de Gargantus.
A mulher lançou-lhes um olhar de lado, indiferente.
— Os Sete Demônios são um problema grande demais para meus homens cuidarem. Tome conta deles. — Indicou a mão para as criaturas no ar. — Nayomi, reduza as cinzas aqueles Feiticeiros e Magos traidores.
— A ordem da senhora é uma dadiva, minha mãe.
De braço erguido, os arqueiros se separaram do restante dos Magos e Cavaleiros, ficando na retaguarda. Nayomi, como dito, enchia os olhos de Johan e Gargantus. Ainda nova, com seus dezenove anos, era talvez a maior prodiga que o continente teria nos próximos anos.
Não. Eles conheceram alguém fora da curva recentemente. E se lembraram onde caiu.
— Orion está na água — Johan falou para os Selectores. — Acham e tragam de volta. Vivo ou morto, precisamos tirar ele daqui.
— Debaixo da água? — Matilda questionou e fitou o gelo na sola da bota de couro branca. — Esqueça ele, foque seus Magos nos Feiticeiros. Um homem morto não pode fazer nada pela gente.
A calda elétrica passou rasgando perto deles e Nero foi largado. A palma de sua mão ergueu um jato de ar e seu pouso foi seguro. Lado de sua irmã, cuspiu um bocado de sangue e limpou a boca.
— É ele, irmã.
— Não precisa falar. Fique como suporte dos ataques a longa distância. — Matilda abriu e fechou a mão, o frio ainda era um incômodo. — Metade da Liga da Neve apareceu pra ajudar ele. Deixei meu posto pelo chamado do colar de nossa mãe. Sua situação é deplorável. Deixou a emoção subir a sua cabeça.
Nero reconhecia seu erro.
— Fiz o que achava certo.
— O seu certo é um erro que poderia custar muito. Discutiremos isso depois. — Fria como o próprio gelo, Matilda deu o primeiro passo. — Avançaremos, agora.
O primeiro movimento foi da Capitã. Magnus observou as duas forças saírem de seus postos para se enfrentarem. Martin voou até eles, seus raios pareciam guiá-lo no ar, quebrando as partículas de ar e o suspendendo.
Isso é diferente do que costumamos fazer. Onde ele aprendeu isso?
— Senhor diretor, eu vim o mais rápido que consegui. Lafel Forwe disse que o Quadro Arcano de Orion travou. Ele está aonde?
Claro, o Quadro Arcano. Se alguma coisa acontecesse ao seu usuário, quem estivesse utilizando saberia na hora. Orion deixou com Lafel.
— Ele foi jogado para dentro do Oceano Congelado. Não fazemos ideia de onde. Tudo ficou turbulento.
— Certo. Está naquela água congelada.
Martin respirou fundo e se preparava para descer.
— O que está fazendo, rapaz? — Cersei o parou com a pergunta. — Aquela água está em uma temperatura muito abaixo do que você imagina.
— Essa é uma desculpa pequena para o Rei Relâmpago. — Ele gargalhou. Magnus ficou surpreso. Desde que ele tinha entrado na Academia, perdendo para Orion, se tornou mais recluso. Agora, ria com a mesma facilidade que antes. — E se eu conseguir resgatar o futuro Rei Arcanus, ele ficará me devendo um favor.
Explodindo raios em suas costas, Martin desceu como um foguete elétrico e bombardeou outra placa de gelo. As águas subiram em jato para o céu, chamando mais atenção.
Os Sete Demônios avançaram e Gargatnus foi confrontá-los. Eram tantas frentes, a decisão de Magnus deveria estar a par de onde e quando entraria naquela batalha.
— Senhor — Handley o chamou desesperado —, o que faremos? Ficaremos expostos aqui em cima para os Feiticeiros e os Sacerdotes.
Magnus piscava os olhos. Ainda observava as águas, agora claras por conta dos raios de Martin Crons. Ele realmente se enfiou no lendário mar que congelou o Dragão Carsseral. Seria petrificado em gelo em instantes por causa da temperatura.
Ele não hesitou nem por um segundo em ir buscá-lo.
— Magnus. — Tauros quase berrava pelos estrondos que aconteciam lá embaixo. — Temos que fazer alguma coisa. Agora.
— Vamos nos retirar, por ora.
— Retirar? — Handley ficou paralisado. — Senhor, todos estão lutando.
— Não é nossa luta. Temos que retornar para a Academia. — Ele deu as costas aos Feiticeiros. — Esse evento se tornará grande demais e vai se espalhar. Se os Caçadores de Órgãos avançarem contra nossos alunos.
Senma bloqueou a passagem.
— Sabe muito bem que se ele estiver vivo, nunca mais o terá.
— Orion Baker é um rapaz, não é maior do que nenhum dos nossos alunos e alunas. — Magnus passou por seu pai. — Não é maior que nenhum de nós. Vivo ou morto, ele virá atrás de nós. Temos Cristina também.
Nenhum dos Selectores voou junto dele.
— Isso é errado, Magnus — disse Tauros. — Ele salvou as nossas economias, nos ajudou a permanecer firmes. Entrou em contato com tantas pessoas, e manteve-se firme para nos proteger até aqui. Ele merece ajuda.
— Querem ajudar alguém que foi contra nossas ordens? — Virou-se, furioso. — Uma ordem direta. Nada disso teria acontecido se Orion tivesse nos escutado. Por mais que ele tenha salvado a Academia de um prejuízo, ela não seria destruída. Mas, aqui, tinhamos uma chance única de achar o esconderijo de muitos dos procurados. Agora, vão lutar até a morte. — Apontou para o montante de magias conjuradas e explosões. — Morte aguarda quem for, então, vão se quiserem. Se derem um passo para lá, não precisam voltar para a academia. Estarão dispensados.
Cersei nunca tinha visto Magnus agir daquela forma. Realmente, a situação não era das melhores, mas isso tudo? Até mesmo ela via o valor de Orion Baker. Magnus recuaria por uma desculpa daquelas?
Ele escondia algo e não queria revelar.
— Voltaremos também — revelou Cersei aos seus. — Ninguém fica. Sigam-me.
Poulius olhava para baixo, para a água ainda cristalina e meio azulada pelos raios. Martin ainda o procurava, ainda tinha esperanças. Um golpe direto no coração, viu Orion ser acertado e afundar desacordado.
Mesmo o golpe no coração não tenho o matado, ele engoliria água até não aguentar mais.
Era morte certa.
Até mesmo gênios morriam prematuramente. E Joia, uma criança para ser cuidada. Arriscar-se por um rapaz — Não. Poulius deu as costas, o primeiro. E Mey, Rayssan, Drieck. Edward Limoi todo choroso, e por fim Tauros, Senma e Handley.
A Academia de Magnus se retirava do campo de batalha.