Reencarnação do Vampiro - Capítulo 1
Em uma noite chuvosa há quatro pessoas que se encaram de forma séria, porém calma. Não é pra menos, afinal o assunto que eles tinham para resolver era tão importante que estavam debaixo de chuva. Uma chuva tão gelada quanto os corações dos indivíduos ali presentes.
Esses indivíduos eram Vladmyr Vangreat. Um vampiro poderoso e respeitado por quase todos na sociedade vampírica.
Sua aparência jovem por volta dos 25 anos, pele branca, cabelos longos e lisos de cor negra como carvão que escorriam pelos ombros, seus olhos estavam da cor vermelha, pois ele era um vampiro. Suas características mais marcantes eram seu olhar frio e seu rosto inexpressivo. Com as pálpebras levemente caídas, parecia que estava descontente a todo momento. Seu olhar era penetrante, a ponto de parecer que ele estava observando a alma daqueles que estavam na mira de seus olhos.
Ele era o criador e líder do clã mais poderoso de vampiros da Europa antiga: O clã Oblivion.
E atrás de Vladmyr estava Faustos Miller. O Melhor e mais antigo amigo de Vladmyr.
Por ser um dos membros mais antigos e mais velho do clã, ele ocupava a posição de membro do conselho. Sua aparência era de um hom velho, com cabelos brancos e longos, barba que cobria apenas a área ao redor da boca onde a barba a partir do queixo era grande suficiente para fazer tranças.
E do outro lado estava Vincent Alciven. Era membro da família Nosferatu. Só por isso já era um oponente perigoso, mas não só isso,ele era filho adotivo de ninguém menos que Nosferatu, um vampiro puro sangue que era líder de uma das famílias mais poderosas na sociedade vampírica.
Os vampiros puro sangue são a elite, sendo de sangue puro, o denominado ”sangue real” faz com que eles sejam intocáveis tanto pelo status social quanto pelo poder que têm por serem puro sangue.
A aparência de Vincent era por volta de 38 anos, barba por fazer, sobrancelhas nem muito finas nem muito grossas, cabelo curto, com um penteado totalmente jogado para trás, pele branca, porém com um leve bronzeado.
Logo atrás de Vincent estava Joseph Wayland, que era o servo mais próximo e leal de Vincent. Tudo o que Joseph queria era servir seu mestre. Sua aparência é de um homem jovem, por volta dos 19 anos, sua pele é branca como a neve, olhos verdes, seu cabelo é liso, de cor loira, o cabelo está amarrado em forma de rabo de cavalo, deixando bem nítido seu rosto. Rosto esse que carregava uma expressão de bravura, de fé inabalável. Ele estava pronto para morrer em batalha pelo seu mestre. Seu único objetivo era ser útil ao seu mestre.
Depois de um tempo se encarando, Vincent disse com um tom de deboche:
— Então você veio mesmo ao meu encontro.
— E por que eu teria medo de alguém como você? — disse com um tom calmo, porém de desprezo com uma pergunta retórica e completa dizendo: — Eu tenho contas a acertar com você. Porque você é o tipo de pessoa que é como uma bola de neve descendo uma montanha: começa pequena e quanto mais tempo passa sem ter uma obstáculo para pará-la, ela fica maior, e chega um momento em que não há mais nada que possa pará-la. Então é por isso que estou aqui hoje… para pará-lo.
Vincent, percebendo o tom de desprezo na voz de Vladmyr, retira completamente o sorriso debochado de seu rosto e muda para uma face séria.
— Pessoa, como eu você diz? O filho de Nosferatu? Ou… o segundo na hierarquia da família nosferatu?
Vincent deixou o tom de voz irritado e disse com um tom de voz confiante.
— Mesmo que você me mate aqui, você teria que lidar com a minha família… não, na verdade você teria que lidar com o meu pai.
Vladmyr ergueu sua cabeça levemente e deixou seu olhar baixo mostrando claramente o desprezo que tinha em relação à Vincent.
— Foi isso que eu quis dizer com pessoas como você. Pessoas que usam sua família ou seu clã, apenas para benefício próprio. Que usa do grande poder e influência de sua família apenas para satisfazer seus desejos pessoais. Você não enxerga os membros de sua família como irmãos, você os enxerga como subordinados — disse Vladmyr.
Vincent, que estava com uma expressão confiante se gabando sobre seu pai e imediatamente fez uma expressão de raiva profunda, pôs sua mão esquerda na bainha de sua espada e, usando sua velocidade sobrenatural, correu em direção à Vladmyr. Com a mão direita Vincent desembainhou sua espada e lançou um golpe vertical de cima para baixo.
Vladmyr fez um saque rápido com sua espada japonesa de lâmina reta. Seu ataque foi horizontal da esquerda para a direita repelindo assim o ataque de Vincent. Esse ataque tinha aberto a guarda de Vincent dando a chance para Vladmyr acertar Vincent com sua lâmina de prata.
Vladmyr deu uma estocada em direção ao peito de Vincent visando acertar o coração, mas então sua lâmina foi parada por algo duro por baixo da roupa de Vincent.
— Surpreso? — exclamou Vincent.
— Uma armadura por baixo da roupa, você não se garante, não tem vergonha?
— Vergonha? Não é você quem sempre dizia que a suposição é a mãe de todos os fracassos? Resolvi seguir seu conselho, até porque não posso simplesmente supor que vou vencer você.
— Não faz diferença, vamos acabar logo com isso — disse com um tom de voz impaciente e partiu para cima de Vincent.
Usando sua velocidade de vampiro que o fazia ser tão rápido a ponto de só ser enxergado como borrão até mesmo por vampiros que eram de nível comum, ele atacou com movimentos extremamente precisos mesmo em velocidades sobre-humanas. A luta durou um tempo com Vladmyr atacando e Vincent defendendo.
A princípio Vincent parecia prever todos os movimentos de Vladmyr, Não importava onde Vladmyr atacasse Vincent sempre defendia. Então Vincent para tentar irritar Vladmyr disse:
— Parece que mesmo sendo um vampiro com o fator de evolução você ainda não consegue superar um vampiro mais velho do que você, um século é demais para você?
No mesmo instante Vladmyr fez um movimento tão rápido que nem mesmo Vincent conseguiu enxergar. O movimento foi tão rápido, preciso e forte que quebrou a espada de Vincent, isso fez com que quase todos ali se impressionassem, menos Faustos que estava surpreso por isso.
“Em todos esses anos que o conheço ele nunca mostrou essas habilidades, mesmo em momentos de dificuldades. É isso que o fator de evolução pode fazer?”
— Parece que você não seguiu meu conselho corretamente — disse Vladmyr em um extremamente sério, indicando que não estava brincando.
— Como você quebrou minha espada? A lâmina é reforçada com magia justamente para evitar que nossa força sobrenatural a quebre.
— Minha espada também é reforçada com magia, quando duas espadas reforçadas por magia são usadas uma contra a outra, seria como duas espadas comuns sendo usadas, e espadas comuns se danificam quando usadas. Partindo desse princípio eu só precisei danificar sua espada em pontos estratégicos para que apenas a sua lâmina se quebrasse quando eu usasse aquele nível de força.
“Ele me fez acreditar que estava lutando com todo seu poder, usando investidas e movimentos extremamente habilidosos, esse desgraçado foi a primeira pessoa que me enganou desse jeito.” Então Vincent começou a se afastar de Vladmyr andando para trás. Vladmyr estava mostrando uma face completamente impiedosa, suas pálpebras que eram levemente caidas agora estavam abertas, seus olhos pareciam vazios, cabeça erguida mostrando superioridade, movimentos tranquilos como se tivesse todo o tempo do mundo, ele estava mostrando sua dominância.
Vincent que até então estava confiante imediatamente se lembrou das vozes das testemunhas presenciaram Vladmyr no campo de batalha, sejam como aliados ou até inimigos que tiveram a sorte de terem sido agraciados com a piedade de Vladmyr, as vozes diziam coisas como: “Ele é um demônio”, “Ainda bem que estávamos do mesmo lado no campo de batalha” e “Nem mesmo se eu fosse para o inferno e ficasse cara a cara com o diabo eu sentiria tanto medo quanto do quando estava lutando contra ele”. Com essas lembranças passando por sua mente o medo em Vincent aumentou a ponto de arregalar os olhos.
Vincent escorregou na grama molhada e caiu sentado, Joseph vendo a situação de seu mestre partiu para cima de Vladmyr com tudo, ele balançou a espada fazendo um movimento vertical de cima para baixo. Mas não teve nenhum efeito. Vladmyr segurou a espada de Joseph com a mão em formato de garra de caranguejo para que a espada não cortasse sua mão, Vladmyr olhou para Joseph sem mover a cabeça e apenas um olhar de Vladmyr já foi suficiente para amedrontar o garoto.
Vladmyr forçou a ponta dos dedos e quebrou a lâmina da espada com o braço esquerdo que não era seu braço dominante. Joseph então disse assustado:
— Mas a minha espada é reforçada com magia. Como você a quebrou as mãos?
— Tanto você quanto seu mestre não me conhecem e muito menos sabem do que sou capaz — disse em um tom calmo.
Ele virou a cabeça para a Joseph, pôs a mão esquerda em seu ombro direito.
— Já que você deseja tanto morrer em batalha para proteger o seu mestre, eu realizarei o seu desejo, considere isso como cortesia.
Ele dá um tapa com a mão direita na cabeça do garoto com tanta força a ponto de arrancar sua cabeça.
A cabeça do garoto foi lançada a dez metros de distância. Vincent que ainda estava no chão salta para trás com o máximo de força para se afastar o mais rápido possível de Vladmyr. Temendo que Vladmyr fizesse com ele o mesmo que fez com Joseph ele pretendia fugir pela floresta.
Então Vladmyr sem nem mesmo sair do lugar estendeu o braço esquerdo a uma altura um pouco abaixo do queixo e usou uma habilidade.
Vincent vendo isso pensou “Não pode ser, ele não pode usar essa habilidade nessa forma.” então ele foi imediatamente puxado por uma espécie de habilidade telecinética até Vladmyr.
Vladmyr segura Vincent pelo pescoço, Vincent então perguntou a Vladmyr:
— Como você usou essa habilidade na forma humana?
Vladmyr levantou sobrancelha direita e perguntou:
— Você não sabia disso? Tem cem anos a mais do que eu e não sabe disso? Tem certeza de que é um vampiro superior? Não é preciso assumir a forma vampírica para usar habilidades superiores. Eu sinceramente não entendo o que Nosferatu viu em você a ponto de compartilhar seu sangue puro.
— Desgraçado. Meu pai não vai deixar isso pa….
— Você fez três suposições sobre mim. A primeira foi achar que eu ia me acovardar só por causa de seu pai, segunda, você achou que eu viria pra um batalha contra um vampiro da mesma classe que eu com cem anos de diferença de idade sem ter a força necessária para vencer? Terceira você achou que um peitoral de metal iria me impedir de chegar até seu coração. Se eu não posso perfurar com uma espada eu perfuro com minhas próprias mãos, mesmo sendo reforçado com magia. A suposição é a mãe de todos os fracassos, e isso causou a sua morte.
Quando Vladmyr ergueu sua mão direita para perfurar o peito de Vincent e arrancar seu coração, então ele sentiu algo perfurando suas costas e perfurando seu coração.
Vladmyr perdeu completamente as forças e largou o pescoço de Vincent, quando ele olhou para trás, ele não podia acreditar no que estava vendo, seu melhor amigo Faustos havia o apunhalado pelas costas.
— A estaca é de prata, mas por que não estou sendo colocado em estado de morte temporária? — perguntou Vladmyr.
— Porque da ponta até a metade é de madeira e a outra parte é de prata — respondeu Faustos.
— Então é por isso que você está usando luvas, nunca vi você as usando. Então você já estava planejando me trair. Apenas me diga o porquê.
— Porque você não é um bom líder para o nosso clã. Se eu te deixasse matar esse homem, nosso clã inteiro seria aniquilado junto com você. Você também sempre toma as decisões erradas, está sempre priorizando os humanos… é por isso que está nessa situação. Você até colocou mulheres para liderarem junto com você, se uma delas fosse sua esposa estaria lado a lado com vo…
— CHEGA!!! Você é só um traidor imundo que quer o meu lugar como líder e se sente humilhado por estar recebendo ordens de mulheres!!! — interrompeu Vladmyr com raiva.
Algo que nem mesmo Faustos havia presenciado nesse tempo em que esteve junto com Vladmyr.
— Aí está mais uma coisa que eu nunca vi você fazendo: ficar com raiva. Aliás você nunca me mostrou até onde conseguiu aumentar sua força com o fator de evolução, nem aquele movimento de espada. Por acaso você nunca confiou completamente em mim?
— Eu nunca confiei completamente em ninguém e você não tem razão alguma para ficar ofendido, já que você acabou de provar que estou certo não é mesmo? — respondeu Vladmyr.
Vincent se aproximou de Vladmyr e disse:
— Parece que até mesmo você não pode evitar de fazer suposições. Supôs que seu amigo era leal a você mas no fim, ele só cobiça o que você conquistou em séculos.
— Ele nunca vai roubar de mim o que eu conquistei, mesmo depois de morto. Porque… minhas maiores conquistas nunca foram e nunca vão ser, dinheiro, poder ou fama. Minhas maiores conquistas sempre foram, respeito, admiração e o mais importante, a família.
— Ele virou a cabeça para o lado para olhar para Faustos em suas costas.
— Coisa que ele nunca vai ter. Ou você acha que nossos irmãos vão aceitar o que você fez?
Faustos então fez um olhar de preocupação, sabendo que se ele fosse descoberto seria punido por todos do clã sem exceção.
Vincent olhou nos olhos de Vladmyr e disse como provocação:
— Que bela família você tem. Sabe… seu amigo aí já estava conspirando comigo a muito tempo, ele me procurou a um ano atrás. Eu só estava me alimentando no seu território por autorização do seu amigo aí, não que eu precisasse, mas se não fosse isso eu teria procurado outro lugar. Eu acho que ele planejou sua morte desde o começo.
— Você sabe que quando minhas filhas descobrirem elas vão te matar, não sabe? — disse Vladmyr ouvindo aquilo tudo.
— Se elas tentarem ir atrás da verdade, eu mesmo me encarrego delas
Quando Faustos terminou de falar, Vincent enfiou a mão direita dentro do peito de Vladmyr, agarrou o coração.
— Eu venci — disse Vincent arrancando o coração para fora do peito.
Logo depois Faustos colocou o corpo de Vladmyr com cuidado no chão, pois mesmo que ele seja um traidor, ele outrora já foi amigo de Vladmyr. Enquanto Vladmyr morria, sentia os pingos de chuva em seu rosto, sua visão ficava escura enquanto ele perdia todos os outros sentidos. Então Vladmyr Vangreat morreu.
♦ ♦ ♦
Em uma noite chuvosa, em um carro em alta velocidade há duas pessoas, eles são casados, a mulher está grávida e em trabalho de parto, o homem está desesperado e dirigindo o mais rápido que pode. A mulher está feliz, pois estava realizando o sonho de ser mãe.
— Suzan, você está bem? — perguntou o homem.
— Suzan? Você nunca me chama pelo nome, você está nervoso mesmo. E não, eu não estou bem, eu vou parir um bebê — respondeu Suzan.
Ela olhou para o lado e viu seu marido todo molhado de suor e pensou: “Ele quase nunca soa”.
— Eu vou parir uma criança e não estou suando desse jeito hahahaha.
Quando Suzan soltou sua gargalhada as contrações ficaram mais fortes, então Suzan soltou um grito de dor.
O marido imediatamente tentou confortá-la dizendo:
— Calma, nós já estamos chegando, estamos perto.
— Essa dor não é nada comparada com a felicidade que eu estou sentindo.
O marido segurou a mão de Suzan.
— Nós planejamos isso por cinco anos.
Suzan tinha 25 anos. Sua aparência era de uma mulher magra, pele branca tão macia quanto pelo de gato, cabelo preto escuro, estava solto e o corte era chanel, e os olhos de cor comuns como a maioria das pessoas.
O marido era magro, de olhos verdes claros, pele branca e cabelo castanho claro, o corte era um comb over longo, rosto liso não tinha barba, sua idade era 24 anos. Eles planejaram essa gravidez por 5 anos, e agora o bebê está prestes a nascer. Suzan fez carícias em sua barriga.
— Nós tivemos tantos problemas, passamos por tanta coisa e agora finalmente nossa família vai estar completa, esse é o dia mais feliz da minha vi… — De repente o marido perde o controle do carro e ele capota.
O carro gira 5 vezes até parar, por sorte o carro parou em pé, se é que se pode chamar de sorte um acidente.
Suzan estava acordada porém um pouco tonta, eles dois sobreviveram porque estavam usando cinto de segurança, mas o marido estava desacordado e com o rosto cheio de sangue.
— Marcos, Marcos querido — chamou Suzan, mas sem resposta.
Ela viu que estava saindo fumaça do capô do carro então decidiu tirar Marcos dali. Depois de muito esforço e dificuldade, ela finalmente conseguiu carregar Marcos até um local longe do carro, caso ele explodisse.
Era um local com grama, e não tinha local para se protegerem da chuva, ela pegou o celular e ligou para o 192, a ambulância já estava a caminho. Suzan decidiu esperar o samu chegar porém, as contrações ficaram mais fortes e ela sentiu que a criança ia nascer naquele momento, então ela deitou sobre um pano que pegou no carro e começou a fazer força.
A dor que ela estava sentindo naquele momento não se comparava a nenhum tipo de dor que ela já havia sentido na vida. Ela não sabia como estava gritando e fazendo tanta força ao mesmo tempo sem desmaiar.
Até então o parto estava indo bem até que ela sentiu seus ossos abrindo caminho para o bebê passar, toda a dor que ela havia sentido antes era só o começo, pois também estava sentindo a cabeça do bebê começando a sair pela vagina, o que fez com que ela quase desmaiasse, mas o amor de mãe vence até a dor física, e a criança finalmente nasceu.
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PdV Vladmyr
Estava tudo escuro, de repente eu recobrei a consciência. “O que é isso no meu rosto?” A chuva estava caindo no meu rosto, pingos gelados como a neve. “É a chuva… então eu não morri?” Eu finalmente tinha conseguido enxergar, eu estava me sentindo estranho então decidi olhar para as minhas mãos. “Minhas mãos são iguais às de um bebê.”
Eu recobrei todos os outros sentidos, então alguém apareceu em minha visão do nada e eu me assustei. Era uma mulher, e ela estava me segurando, eu estava enrolado em uma espécie de blusa. Eu estava confuso, e também não conseguia falar. A situação só ficou clara para mim quando a mulher que estava me segurando percebeu minha reação de susto.
— Tá tudo bem a mamãe vai te proteger.
Por algum motivo, quando eu senti o cheiro dela pela primeira vez, eu acreditei que ela era minha mãe mesmo não tendo motivos, e isso me fez me sentir seguro nos braços dela, parecia que era o lugar mais seguro do mundo.
Então umas luzes estranhas começaram a bater no meu rosto, e depois um barulho estranho, eu não sabia o que era aquilo, na verdade, naquela época eu não sabia de nada. Eu havia reencarnado, ganhado uma nova chance na vida, ou melhor dizendo uma nova vida, um novo corpo, uma nova chance de consertar os erros do passado e retomar tudo o que foi tirado de mim pelas costas, e me vingar daqueles que me traíram e me assassinaram.