Reencarnação do Vampiro - Capítulo 11
Um belo jovem de cabelos negros caminhava por um beco sem saída até chegar ao final. Lá, havia uma porta negra metálica.
Toc Toc Toc.
A batida foi ouvida. Um homem alto e musculoso abriu a porta e direcionou um olhar frio para o garoto. Quando seu rosto pálido entrou em contato com o sol, a cor empalidecida desapareceu revelando um belo rosto com um leve rubor.
— O que quer, garoto?
“O rosto dele ficou vermelho ao se expor ao sol. Foi algo instantâneo, esse é um dos sinais”.
— Estou aqui para contratar os serviços de Joana.
— Como ficou sabendo desse lugar?
“O que é que esse moleque tem? Tá olhando fixamente pra mim desde que nos encontramos. É o primeiro humano que faz isso dessa maneira, parece que minha alma e intenções estão expostas.”
O segurança olhou as mãos de Jonathan.
“Anel de prata na mão direita… Ele com certeza sabe, mas é muito jovem para ser um caçador. Vou tomar cuidado mesmo assim, já vi caçadores bem mais novos, mas eram tempos diferentes”.
— Deixe-o entrar, Manuel. O rapaz disse que queria contratar meus serviços, então é um cliente.. E clientes devem ser bem tratados.
O segurança abriu caminho e o jovem entrou.
“Que nome incomum. Esses dois devem ter no mínimo 400 anos. Julgando pela origem dos nomes, são de Portugal, mas esse tipo de informação não é tão confiável, um vampiro pode trocar de nome várias vezes durante sua vida.”
— Eai? Qual serviço vai contratar? Quer que eu mate alguém, proteção, espionagem?
— Preciso que localize alguém para mim e também, quero que seja minha guarda-costas, vou pisar no território inimigo.
— Você está no lugar certo.
“Sem questionar ou julgar. Do jeito que um mercenário deve ser”.
Jonathan veio até esse lugar para contratar um mercenário, pois iria negociar com os agiotas que estão ameaçando Gabriela. Porém esses mercenários não são comuns, são vampiros.
— Pela cor do seu cabelo, foi transformada quando era já era uma idosa.
A bela mulher parou no meio do caminho e virou-se em direção a ele.
— O quanto sabe sobre nossa raça?
— O suficiente para saber que você sozinha seria capaz de me proteger de bandidos armados e ainda matar todos.
Joana tinha cabelos da cor branca bem como seu rosto pálido, mas não era como se estivesse doente, era semelhante a quando se usa maquiagem, percebe-se que não é normal, mas não parece estranho. Seus lábios eram finos e extremamente vermelhos e, aliados a seus olhos azuis e rosto fino, a tornavam extremamente bela.
Ela usava um vestido vermelho que se vestia semelhante a uma jaqueta, porém sem zíper, era preso por um cinto. O tecido tinha dobras como as de um leque. O cinto era preto e grosso, com uma fivela de ouro, cobria toda a região do abdômen.
A saia era mais larga atrás, porém curta na parte frontal.
Quando uma pessoa idosa se transforma em vampiro, quase todo seu corpo se rejuvenesce, exceto uma parte: a pigmentação capilar. Os cabelos continuam brancos, porém a parceria é de um cabelo saudável pintado.
Vampiros que se transformam em uma idade muito avançada podem alternar entre a aparência jovem ou velha. Já pessoas que se transformam muito jovens, como crianças por exemplo, com o passar dos anos, elas crescem naturalmente, mas param de envelhecer aos 30 anos.
Eles também podem alternar entre a parecia jovem ou mais velha, até a idade em que pararam de envelhecer.
Os que foram transformados em uma idade mais avançada podem escolher mudar o pigmento do cabelo, fazendo-o voltar a sua coloração original, mas alguns vampiros preferem o cabelo branco.
O belo rapaz a olhou de cima a baixo e depois voltou a fazer contato visual.
“Moleque estranho, me olhou de cima a baixo sem disfarçar. Não é como se estivesse me olhando com desejo, ele está coletando informações. E o que há com esse olhar penetrante? A maioria das pessoas quebra o contato visual”.
— Você sabe meu nome, mas nós ainda não nos apresentamos — Estendeu a mão — Sou Joana Martins.
O jovem retirou o anel de prata em sua mão direita, deu um passo, curvou-se levemente, segurou a mão da dama e deu um beijo.
— Jonathan Crane. É um prazer conhecê-la.
A mulher tinha um olhar de superioridade, com sua cabeça erguida e olhar baixo.
“Então é assim que humanos se sentem quando estão na presença de vampiros. A sensação de impotência e vulnerabilidade. Mesmo que tente, não posso fazer nada contra ela”.
— Bem educado. Onde aprendeu tanto sobre vampirismo?
“Esse garoto age como se fosse um nobre. Esse tipo de etiqueta nem é mais ensinado hoje em dia”.
— Digamos que a Internet é mais útil do que achamos que é.
— Tá, tanto faz. Vamos aos negócios.
Joana o chamou fazendo sinal com o dedo indicador.
— Como deseja que o localizemos? Tecnologicamente, ou do jeito antigo?
— Eu não conheço a pessoa, então o jeito antigo está fora de cogitação.
— Então como vamos localizá-lo?
— Hoje alguém ligou pra minha casa e ameaçou a empregada, quero que identifique o número e me passe a localização dele. Aqui está o número do telefone usado para atender casa, você pode obter o histórico de ligação.
— Certo. — Pegou o papel e deu uma olhada rápida.
— Tenho alguém que pode nos ajudar.
Eles andaram por um corredor apertado onde havia várias portas e entraram em uma delas. Um cara de óculos e com vestimenta comuns digitava algo no computador.
— Bom dia, Jonas.
— Já é tarde Joana.
— Tanto faz. Esse aqui é Jonathan, é um cliente.
O homem de óculos se levantou e cumprimentou o jovem com um aperto de mão.
— Seja bem vindo.
— Muito obrigado.
— O que nosso cliente precisa é que você acesse o histórico de ligações desse número. — Entregou o papel.
— Senhor Jonathan, sabe qual foi o horário que sua empregada recebeu essa ligação?
— Por volta das 10:30 às 11 horas.
— Espera um pouco… Consegui! — disse o rapaz de óculos.
— Qual foi a última ligação? — perguntou Joana.
— Às 10:35, bate com o horário que nos passou. Espera um minuto, estou buscando os dados do proprietário e a localização dele. Por ser um número de celular, é provável que esteja com o dono agora.
— Em outras palavras, vamos ter a localização dele em tempo real.
— Essa pessoa é bem perigosa. Está envolvido em tráfico de armas, lavagem de dinheiro além de já ter sido preso por latrocínio quando era mais jovem. Aqui! As ligações na sua casa começaram há três dias.
“Esse desgraçado, ousa ligar para minha casa e ameaçar minha família”.
— Ele está em um galpão, na rua São José da Silva. Aqui a localização dele no mapa. — Virou o monitor.
— Fica perto da minha casa. — disse Jonathan.
“Eu pretendia ser um pouco mais tolerante que o normal, mas agora… Vou dar apenas uma chance”.
— Como vai ser? Vamos até lá? Vai me mandar sozinha?
— Não… Se possível, quero fazer isso sem derramar sangue. Tentarei a diplomacia.
Joana levantou as sobrancelhas, valendo dobras em sua testa.
— Olha, garoto, criminosos nunca escutam ninguém, eles ficam cegos por causa do poder limitado que obtiveram. Se bem que no final, todos imploram pela vida quando veem o verdadeiro poder. Então não me importaria tanto.
— Por isso vou levar te comigo.
— Isso vai custar bem caro, está preparado?
— Se esse é o problema. — Jonathan tirou a mochila das costas e abriu.
Lá, havia uma grande quantidade de dinheiro, com notas variadas entre 100 e 50 presas em maços.
— Pagarei o que for necessário, desde que garanta que eu não sofra sequer um arranhão. E claro, que mate meus inimigos, caso necessário.
Os olhos da mulher mostraram um brilho nunca visto antes.
— Isso vai ser fácil, as pessoas na maioria das vezes nos contratam para se proteger de outros vampiros. Para uma vampira como eu, matar humanos será mamão com açúcar.
A primeira organização a adotar o sistema de mercenários vampiros foi o clã Oblivion. Ele não teve os primeiros mercenários desse tipo, mas foi o primeiro a adotar essa prática como fonte financeira central.
Vampiros são mais do que úteis no campo de batalha. Por serem imortais podem servir como escudo de carne. Seu sangue pode curar ferimentos humanos, além de sua força e velocidade sobre-humanas, dando a possibilidade de apenas uma pessoa matar dezenas e até centenas de inimigos.
— Então cobrem o valor necessário e vamos.
…
Em cima de um prédio, um borrão vermelho e preto foi visto se movendo até parar quase na ponta. Quando parou de se mover, a imagem de Jonathan sendo segurado por Joana ficou nítida.
Ele o segurava como um noivo segurando a noiva na lua de mel. Isso era vergonhoso de certa forma, mas ele não se importava. A única maneira de ser carregado por longas distâncias em velocidade sobrenatural sem quebrar os pés ou vomitar, era essa.
— De acordo com as informações, está acontecendo uma venda de armas aqui, não é? — disse Jonathan, saindo do colo da mulher.
— Sim, vamos esperar?
— Vamos entrar agora, não importa quem esteja na porta, não deixe nos impedir.
A vampira mais uma vez pegou o jovem no colo e pulou de cima do prédio. Ela pousou como se tivesse pulado de um banquinho, mas o prédio tinha 120 andares.
Eles foram em direção a um balcão de paredes brancas, portões e tetos azuis.
— Esse balcão é usado como local de trabalho para uma empresa de fachada, que é usada para lavar dinheiro. — comentou Jonathan, com si mesmo.
— Disse algo?
— Estou falando comigo mesmo. Se eu precisar matar aquele cara, saberei que pagou pelos crimes que cometeu.
Os dois se aproximaram de um homem negro careca e bem alto. Usava terno e óculos escuros.
“Ele realmente parece um segurança, mas é um criminoso disfarçado. Se apontar uma arma para mim, vai morrer”.
Jonathan odeia ser ameaçado, mas o que mais odeia é que apontem armas para si. Como humano isso é ainda mais estressante, já que pode ser realmente morto.
— Onde pensam que vão?
— Joana, ele vive.
A vampira assentiu e se aproximou do “segurança”. Ela olhou bem fundo nos olhos do homem e disse:
— Você vai nos deixar passar, mas vai continuar aqui e não vai sair por nada. Depois que entramos, ninguém entra ou sai, além de nós, entendeu?
— Sim, eu entendi. — respondeu o homem com uma expressão vidrada, por causa do transe imposto pela ativação do controle mental enquanto mantinha contato visual.
A habilidade de compulsão mental prende por completo a atenção de qualquer ser suscetível ao ela, desde que elas estejam na linha de visão do usuário e esteja olhando nos olhos dele.
“Sinto falta do controle mental, as coisas são sempre mais fáceis com isso”. Pensou Jonathan.
Os dois entraram e viram um grupo em frente a traseira de um carro do tipo SUV de cor preta e foram em direção ao bando.
As pessoas os viram se aproximar e o foco se voltou completamente a eles. Era de se esperar, já que havia um adolescente com roupas pretas e uma mulher de beleza sobre-humana com um vestido que a deixava ainda mais atraente.
— Não me lembro de ter convidado vocês. Como entraram aqui?! Não tinha alguém cuidando da entrada?
— Nós viemos tratar de “negócios”. — disse Jonathan.
— Negócios? Não tenho negócios com um pivete.
— Deve se lembrar de uma mulher chamada… Gabriela Junqueira. O ex-noivo da pessoa em questão pegou dinheiro emprestado e, como o rato desprezível que é, fugiu. Estou aqui para pagar essa dívida.
— Tu é um parente dela por acaso? Familiar?
— Somos Família, mas não somos parentes sanguíneos. Ela trabalha para meus pais e é alguém importante para eles. Mas isso não importa, apenas pegue o dinheiro, quero me retirar logo daqui.
Jonathan pôs a bolsa cheia de dinheiro em cima da mesa. Todos olharam para a bolsa, pois parecia estar bem pesada. Haviam 14 pessoas no local. O traficante de armas e seus 10 capangas fazendo a segurança. E o comprador com dois guarda-costas altos e absurdamente músculos.
Sobre a mesa, havia várias armas variando entre pistolas, metralhadoras e fuzis.
O “cliente” do criminoso vestia um terno caro e elegante, com um lenço roxo no bolso do paletó. Seus protetores também usavam as mesmas vestimentas, porém era padrão para seguranças, algo mais barato.
Os lacaios do bandido usavam camisetas meia manga variando entre básica e com estampa. As peças inferiores eram bermudas largas a ponto de ser difícil saber se eram calças curtas ou bermudas grandes.
“O que seria essas vestimentas? Eles compraram o número menor de calça ou maior de bermuda? Isso os faz parecerem anões…. E idiotas”.
— E porque o riquinho mimado iria se importar com uma empregada? Já sei! Tu comeu a empregada? Ela tirou seu cabaço? Hahahahahahaha!
Todos os capangas também riram de Jonathan. O comprador e seus empregados estavam extremamente sérios.
A aparência do “cliente” era de um homem de meia idade, magro, com uma postura extremamente reta, cabelos grisalhos, era branco, aparentemente alemão. Ele estava com as mãos juntas sobre a região da virilha.
O traficante de armas usava uma jaqueta sem manga, feita de poliéster. Tinha uma bombeta sobre a cabeça.
Joana cerrou os punhos, não por sentir raiva e sim porque achava irritante pessoas tão fracas e insignificantes zombarem de um de seus clientes. Era uma afronta a si mesma como mercenária, a fazia sentir impotência.
— Não faça nada até que eu mande. — Um tom de voz calmo e firme, porém transmitia uma ameaça oculta.
A vampira estremeceu levemente. Ela olhou para o garoto.
“Esse jovem, não teve nenhum tipo de alteração nas expressão e nenhum músculo moveu-se um sentimento sequer. Também não sinto cheiro de adrenalina. Não está com medo e nem raiva? E o que há com essa aura?”.
Jonathan estava completamente imóvel, mas liberava uma aura ameaçadora. Ele olhava bem nos olhos do chefe dos criminosos.
— Aquele que ri por último, ri melhor. Esse é o ditado. Infelizmente para mim, não será possível.
— Chega de zoar o mimado. — disse o líder e fez um sinal com a cabeça em direção a bolsa.
Um dos homens foi até a mesa, pegou um maço de dinheiro e levou até o chefe. Tendo o maço em mãos, deu um trago bem fundo em seu charuto, o tirou da boca e soltou a fumaça.
— Héhéhéhé. É disso que eu gosto… Verifica a quantia.
O lacaio prontamente seguiu as ordens. O rapaz e Joana viraram as costas e deram alguns passos.
— Se não temos mais nenhum assunto pendente, vou me retirar.
— Esperem! Não terminamos de checar.
Os dois interromperam seu caminhar e ficaram completamente imóveis. O adolescente olhando sempre para frente, sem mover a cabeça ou desviar o olhar.
— Tenho certeza de que está tudo aí. Garanto que se minha intenção não fosse entregar o dinheiro, isso tudo aqui… Não estaria de pé.
— Aqui tem 40 mil, gordão. — disse um dos capangas do criminoso.
Gordão era a alcunha desse traficante.
— 40 mil? Cadê o resto da grana?
— Acredito que já fui muito benevolente ao vir aqui pagá-lo. A dívida era de 30 mil.
— Já ouviu falar de um negócio chamado Juros?! Então, isso existe e eu cobro.
Todos os dez “seguranças” engatilharam seus fuzis e os apontaram. O jovem suspirou e olhou para o comprador.
— Você é uma pessoa inteligente, espero que use sua inteligência e escolha o lado certo, quando as coisas ficarem complicadas, lembre-se: a neutralidade é a melhor opção.
Ele virou-se, retomando novamente o contato visual. Mantinha o olhar fixamente em seu alvo, não picava e nem demonstrava o que pensava.
— Quanto quer?
— Por causa do tempo que se passou e do aborrecimento que isso me causou, quero 100 mil, aqui na minha mão. — disse Gordão, erguendo e abaixando sua mão cheia de dinheiro.
— Me recuso.
— O moleque, acho que tu não entendeu a situação em que está.
O criminoso retirou uma arma da cintura.
— Tá vendo isso aqui? É uma arma. Aquelas ali também! Esses caras, estão prontos para atirar em qualquer um. Tu vai virar uma peneira, isso não é como as armas de plástico que usava no seu condomínio, não! Vamos estragar seu funeral.
— Olhe para mim… Sou algo e alguém muito diferente de tudo o que já passou pelos seus olhos. Então, apenas tente descobrir os meus limites. Já presenciei a morte duas vezes. Acha mesmo que tenho medo da morte? Eu e ela somos amigos de longa… Data.
— Que que você tá bostejando ai?
— É apenas um jeito bonito de dizer que vocês morrerão aqui.
— Haahahaha. Esse fudido acha que é o homem de ferro. Hahahaha. Bom, pelo menos uma coisa é verdade, ele não tem medo de morrer. Porque para vir aqui sem nenhuma arma ou pessoal, só se não tiver medo da morte mesmo! — falou Gordão, em tom de deboche.
O traficante e os capangas riram por muito tempo até sair lágrimas do olhos.
— Quem disse que não tenho pessoal, essa pessoa ao meu lado é mais do que o suficiente para me proteger.
— O que? Tu contratou uma puta pra fuder comigo e sair vivo? Talvez eu aceite Hahaha.
Jonathan ergueu a cabeça e deixou o olhar baixo. Seus olhos ainda fixados no homem a sua frente. A expressão de nojo e desdém ficou aparente.
— Já que tá se achando o fodão, desvia dessa bala aqui.
O criminoso atirou em direção a cabeça de Jonathan. A trajetória da bala era exatamente o meio da testa jovem. Sendo apenas um humano, nem sequer conseguia ver o projétil.
Um borrão entrou em seu campo de visão e parou de se mover, podendo assim, ser focado por seus olhos mortais. Era uma mão feminina e delicada. Joana pegou a bala com sua mão direita.
A bela mulher fez questão de mostrar o projétil em sua mão para os criminosos enquanto o deixava cair. O garoto já esperava por essa atitude, por isso se manteve imóvel.
Ele se sentia completamente seguro, pois sabia que ao seu lago, havia um ser que detinha um fragmento do verdadeiro poder.
— Mas que porra foi essa? Atirem neles!
Todos os dez capangas disparam seus fuzis em direção ao garoto e a vampira de cabelos brancos. O homem alemão já havia se escondido muito antes do primeiro tiro ser disparado.
A dama imortal usou sua velocidade sobrenatural e moveu-se e retirou Jonathan do local antes que fosse atingido.
Atrás de um pilar de concreto, deu uma ordem.
— Se o cliente não atirar, deixo-o viver. Quero que você deixe o líder deles vivo, quero ter uma conversa com ele.
— Parece que vou me divertir um pouco.
Um dos lacaios chegou ao local onde estavam, mas antes que pudesse atirar, Joana moveu-se para suas costas e golpeou seu pescoço com a lateral da mão direita, decapitando-o.
À primeira vista, esse golpe parece uma reprodução da técnica de quebrar tábuas de madeira, usada no karatê, porém era apenas uma forma mais fácil e rápida de se arrancar a cabeça de um indivíduo, visto que a lateral da mão é mais fina, facilitando o corte.
O corpo caiu, fazendo um barulho alto de impacto e sangue jorrando. Outro criminoso a avistou e disparou. A vampira usou velocidade sobre humana e desviou dos projéteis. Em um piscar de olhos ela estava do lado do bandido.
Pôs uma mão na arma, outra no peito do homem e puxou a arma, fazendo a bandoleira rasgar seu corpo.
— Guooo.
A bela mulher deu um salto e enquanto estava no ar, usou seus sentidos sobrenaturais e começou a ver seus inimigos em “câmera lenta”. Disparou nas cabeças de três dos lacaios e na perna do homem denominado Gordão.
— Aaaaaaa! Minha perna , caralho!
Caiu no chão gritando de dor. Sua perna teve um ferimento enorme, destruindo boa parte do local.
Durante o pouso, Joana teve um atraso em sua movimentação, o que foi suficiente para ser atingida na perna esquerda, interrompendo seus movimentos e foi atingida por uma “chuva de balas”, causando estragos enormes por todo seu corpo.
Surpreendentemente, seu corpo delicado sofreu lesões menores do que uma pessoa geralmente sofreria. A vampira caiu no chão com o corpo cheio de mutilações. Quando o sangue começou a vazar, vapor emanou de seus ferimentos
— Agora matem o filho da puta riquinho!!!
Os homens seguram suas ordens e rumaram em direção ao garoto, mas o que ouviram fez com que suas crenças não passassem de contos de fadas. A noção de realidade foi completamente distorcida.
— Hahahaha. Não há sensação melhor que essa! Estar de pé depois de ser massacrado é realmente maravilhoso! A imortalidade é mesmo esplêndida!