Reencarnação do Vampiro - Capítulo 26
Todos os vampiros avançaram em direção a Raina. Um dos homens pulou alto.
Antes que pudesse acertá-la com uma voadora, ela o atingiu com um soco na cabeça. O golpe foi forte o bastante para lançar pedaços minúsculos no ar.
Um dos inimigos tentou atacá-la por trás, mas a loira havia antecipado seus movimentos antes mesmo de acertar o primeiro oponente e usou o sangue que ficou preso em sua mão ao atacar o vampiro anterior e passou sobre a tatuagem entre seus seios.
A runa brilhou, ativando o feitiço. Sua espada que havia sido jogada para longe pela explosão ao tentar absorver a alma de Jonathan, atingiu o peito do homem que tentará atacá-la por trás, interrompendo sua investida.
A caçadora usou o corpo do agressor como escudo para se proteger de um ataque vindo da esquerda. Ao chegar às costas da pessoa que acabara de matar, retirou sua arma e golpeou a mão de um dos inimigos.
A mulher usou o corpo de um dos homens golpeados como apoio para se lançar ao alto. Ela aterrissou no meio de vampiros agrupados e girou todo corpo dando golpes com a espada.
— Droga! Ela matou cinco só nesse ataque.
Raina foi golpeada no rosto. A força do ataque quebrou seu pescoço.
A Regeneração instantânea se ativou, fazendo-a recobrar a consciência. Ao se regenerar, usou sua mão esquerda como apoio e chutou o queixo da pessoa que a matou, lançando-a para longe.
A loira pegou algo de seu cinto e jogou no chão. Em seguida, apontou para o homem que havia sido lançado e em de repente, trocou de posição com ele.
O vampiro caiu no chão e viu o objeto que a caçadora largou.
— Uma granada?
A granada explodiu e lançou estilhaços de prata para todos os lados.
— AAAAA MEUS OLHOS!
— Gwa cof cof. — Uma mulher foi atingida na garganta.
A matadora de vampiros aproveitou a chance e correu em direção aos seus inimigos, cortando todos pela frente. Um simples golpe de sua espada dividia os vampiros ao meio.
♦ ♦ ♦
Jonathan estava no chão, sobre uma poça de sangue.
— Arf arf.
Sua regeneração estava lenta e seus sentidos bagunçados. A cada respiração, seus pulmões, garganta e cérebro ardiam por causa da prata.
“Tenho que tirar isso do meu corpo, ou Raina vai terminar seu serviço e me capiturar”.
O jovem sabia que sua inimiga centenária não iria tentar matá-lo novamente. Afinal, o que é melhor que uma cobaia vampira do que uma cobaia vampira que é imune a sua espada?
O belo rapaz se concentrou e estabilizou o fluxo de mana em seu corpo. Ao fazer isso, podia sentir cada sentimento de seu corpo externa e internamente.
— Gooooa. Cof cof. — Expeliu uma grande quantidade de sangue.
O vampiro usou sua respiração para estabilizar seu organismo, porém essa ação acelerou a propagação da prata em seu corpo.
“Se eu não fizer isso, vai ser pior”.
Iniciou a respiração novamente e espalhou sua magia por todo corpo. Ao identificar todos os fragmentos de prata em seu organismo, usou sua mana para isolá-los.
“Agora tenho que expelir”.
— Gwooooo. Buooo. — Jonathan vomitou uma grande quantidade de sangue e até mesmo pequenos pedaços de seus órgãos.
“Perdi muita energia mágica agora. Mas ela já está contaminada pela prata, não vai funcionar direito”.
— Evitem mortes desnecessárias! Apenas causem ferimentos a ela. Quando a energia mágica dela se esgotar, vai começar a usar as almas como fonte de energia. Com isso vamos conseguir tirar mais vidas dela.
Jonathan escutou um dos homens gritar para seus aliados.
“Então deu certo mesmo”.
O jovem vampiro colocou em seu site de compra e venda de informações, a informação de como funcionava o feitiço de caçadora de Raina.
A energia mágica vampírica não está presente em todos os lugares como a energia mágica comum e a mana. O feitiço de caçadora foi criado usando como base a magia vampírica.
O que quer dizer que para continuar funcionando, a caçadora deve matar vampiros para manter seu feitiço funcionando.
“Espera. Mesmo nós vampiros quando ficamos sem energia, não morremos. Todos os nossos poderes ficam inutilizáveis e nosso corpo seca, mas porque não morremos? Raina morrerá se isso acontecer. De onde vem a energia para nos manter vivos?”
O rapaz se levantou, foi até a janela e usou sua mana para manipular os fótons no ar, ficando invisível para os espectadores fora da janela. Acima do campo de batalha, viu várias pessoas dando ataques suicidas na mulher.
Aqueles vampiros eram do clã Eternos. Essa facção é conhecida por utilizar a descoberta humana sobre clones, para criar infinitos corpos e utilizá-los em batalha.
Tanto o corpo quanto o DNA dos vampiros não envelhecem, então o problema de duração de vida que as demais criaturas têm ao ser clonados, não existe para esses seres sobrenaturais.
Autor: Eu poderia explicar aqui, mas a explicação é muito longa, então… Usem o Google.
Os membros dos Eternos foram atingidos pela espada da caçadora, mas levantaram logo depois.
“Esses corpos são apenas clones, os verdadeiros estão longe. A espada dessa mulher absorve almas e não puramente a mente. As almas dessas pessoas não estão em seus verdadeiros corpos. Esses clones estão sendo controlados a distância como marionetes. Sem saber, eles criaram um ótimo jeito de neutralizar a habilidade dela”.
…
Após um tempo de luta, Raina já havia perdido muitas vidas. Apenas os membros do clã Eternos e o líder da equipe designada para esse lugar pelos Apóstolos Da Mãe Sangrenta estavam vivos.
“Está quase na hora”.
O rapaz tirou uma pequena garrafa achatada da cor prata e feita de alumínio, do bolso interno de seu sobretudo e bebeu o sangue que havia dentro.
O jovem saiu da janela e foi buscar algo. Ao voltar, tinha uma sniper AW .308 em sua mão.
— Não vai conseguir nos matar. Sabe… A tecnologia faz bastante diferença durante um combate, né? Bom, você sabe bem disso. Bombas de pó de prata, granada de fragmentos que lançam estilhaços de prata. Deve ter mais coisas. Porém, não importa o quanto tente, nunca vai se igualar a nós, seja com magia ou tecnologia. Nós, por outro lado, só precisamos de um pouco de engenharia genética e já temos vantagem.
— É mesmo? E como estão controlando esses corpos? A humanidade não tem esse tipo de tecnologia ainda, com certeza é magia.
— E o que sabe sobre os humanos? É só uma caçadora de vampiros. Sabe mais de nossa raça do que sua própria. Devo admitir que a humanidade é mesmo interessante. A alguns séculos, eram apenas ignorantes imbecis que abominavam tudo o que não conheciam. Hoje em dia, criam tecnologias incríveis que até mesmo nós apreciamos. Claro, também ajudamos eles a criar algumas coisas, mas nada muito notável.
— O benefício de vocês vai acabar logo logo. Quando acabar com vocês, seus irmãos serão os próximos.
— Por que perde seu tempo? Você nos trata como se fossemos o maior mal que assola a humanidade, quando na verdade, o maior mal são vocês mesmos. A guerra no Afeganistão mal tinha acabado e a Rússia já iniciou outra guerra contra a Ucrânia. Como se já não bastasse a pandemia que matou milhões do seu povo. Aliás, muitas das vacinas criadas por vocês, utilizaram nosso sangue como cura. Nem sequer cobramos sua raça por isso. A humanidade ao invés de estar unida, estava separada. Vocês se odeiam desde que eu me conheço por gente. A maioria das mortes por assassinato são causadas por humanos, sabia?
— Quem és tu para dizer tal coisa? Os vampiros nunca estão em paz. Facções matando umas às outras sem parar. Antes de se organizarem em clãs, era uma matança desenfreada entre vocês… cof cof.
“Ela está fraca. Deve ter uma ou duas vidas sobrando. Tanto faz se tiver mais, dou um jeito”. Pensou Jonathan.
— Nós somos imortais. Se não nos matarmos, vamos superpopular esse planeta. Já as vidas humanas, cada uma vale muito mais do que qualquer coisa pra vocês. Tirar algo importante do amiguinho não é legal. A diferença entre nós e vocês, é que suas vidas são passageiras e dão espaço para outras vidas ao morrerem, nós ficamos vivos pela eternidade, alguém tem que tirar o lixo para que alguém melhor possa surgir.
“Concordo com esse cara. Porém já falou demais, estou perdendo meu tempo aqui. O que esqueceu de mencionar, é que você faz parte do lixo que ocupa espaço”. Pensou o jovem de cabelos negros.
O Jovem magnetizou os pés dos vampiros.
— Que merda é es.. Guu.
Espinhos gigantes de prata saíram do chão e perfuraram o peito de todos os membros do clã Eternos.
Raina estava de costas. Ao se virar, a primeira coisa que viu foi o rosto impiedoso daquele homem. Os olhos dela olhos arregalados, seu coração batendo forte. Era uma sensação familiar, algo que não sentia a muito tempo… Era medo.
“No fim das contas eu acabei perdendo”.
O vampiro apontou a sniper e puxou o gatinho. Sua força física fez com que a arma não tivesse nenhum recuo, como uma arma de brinquedo.
A bala de 51 milímetros atravessou o peito da mulher, destruindo vários órgãos internos e deixando um buraco enorme.
O jovem largou a arma, pulou pela janela e pousou elegantemente. Era como se a definição de elegância tivesse sido criada ao observá-lo.
O rapaz ativou sua velocidade sobrenatural e decapitou todos os corpos presos pelos espinhos de prata.
— Maldito Oblivion. Atingiu o coração deles com prata para que morressem temporariamente, assim você poderia matá-los sem ser descoberto. Filho…
Jonathan usou sua velocidade sobre-humana e ficou frente a frente com o homem, agarrou em seu pescoço e usou a outra mão para segurar seu coração.
— Vocês do clã Filhos Da Mãe Sangrenta veem todos os vampiros como irmãos, certo?
— Sim… A rainha criou todos nós, somos todos descendentes dela.
— Então não temos motivos para nos matar. Vou te fazer uma proposta. Eu te deixo viver e você vai dizer aos seus superiores que foi tudo um mal entendido.
— Mal entendido. Vários irmãos nossos morreram aqui!
— Seu clã se meteu em assuntos que não eram da conta de dele. A armadilha era para os Filhos Da Noite. O clã Oblivion não tem o sangue dos seus nas mãos, mas se quiser, nós podemos mudar essa situação, caso decida continuar com tudo isso, pois eu vou te matar. Sabes muito bem que não estou te fazendo essa proposta por medo e sim por piedade. Vocês não são nossos inimigos. Querem ser?
— Eu aceito. Mas… Por que mostrar piedade quando podem simplesmente passar por cima de nós e tomar tudo o que temos?
— Por que o clã Oblivion não é assim.
— Não é isso que as ações dos últimos séculos dizem.
— O que?
— Desde a morte do antigo líder, Oblivion vem oprimindo os clãs mais fracos e menores por todos esses séculos. Cobrando tributos daqueles que querem viver ou se alimentar na área dele. Basicamente estão utilizando os humanos como mercadoria.
Jonathan soltou o homem, fazendo-o cair de bunda no chão.
— Vá. — O Tom tinha mudado completamente. A voz soava incrédula e chocada.
O vampiro se levantou e antes de ir embora, disse:
— Parece que encontramos alguém interessante. Espero que não seja punido, pois está sendo observado pelos seus.
— Estou ciente.
“Faustos jogou nossa reputação na lama. Nosso clã era pra ser o paraíso dos vampiros. Aqueles em quem qualquer um podia confiar. Mas agora… Você irá pagar”.
Raina estava de joelhos, tentando respirar.
— Ainda está viva? Deve ter sobrado um pouco de magia em você, mas não vai ser suficiente.
— Fui… O primeiro rosto que viu quando fez aquilo. Fo.. cê… Sente… Algo?
— Como você mesma disse antes, perdi minha humanidade.
Jonathan se agachou e aproximou sua boca do ouvido dela.
— Não sinto nada, nem por eles, nem por você. Estou tão arruinado que nem sequer consigo sentir raiva. Você tem ideia do que é isso?
A mulher deu um leve sorriso, cuja as forças que ela usara para fazer, eram as últimas.
— Mentiro…so.
A caçadora caiu com o rosto no chão.
— Gostaria que nossa luta tivesse sido melhor. Não me considerava um inimigo e sim um rival, não é? Você exitou por um momento naquele dia. Por isso estou aqui agora. Bom, tanto faz, o que está feito está feito.
O rapaz se posicionou em frente ao corpo da mulher. Ergueu a mão e disse:
— Erga-se.
Autor: Hehehe. Não é cópia se for referência.
Uma esfera de névoa negra se formou. O belo jovem apontou para o corpo e lançou a esfera. A magia assumiu a forma de uma cabeça de dragão com o corpo semelhante a uma serpente.
Ao atingir o cadáver, se espalhou em volta dele e o penetrou. Depois de alguns segundos, os dedos das mãos e pés começaram a ter espasmos. O corpo levitou, os braços moles e balançando.
Até então parecia apenas um corpo morto, porém no segundo seguinte, algo mudou. As pálpebras se abriram, os olhos voltaram-se para o rosto de Jonathan e não saiam dele, não importando para onde a cabeça se movia.
— Nunca vou me acostumar com isso.
Raina ficou de pé sem dizer uma única palavra, apenas olhando fixamente para o rosto dele.
— Curve-se.
A morta-viva se curvou imediatamente sem dizer uma palavra.
— Quem é o seu mestre?
— O senhor, é claro. Ninguém mais poderia ser.
— Qual seu objetivo?
— Servir ao mestre. Estou aqui apenas para isso.
— Você não guarda nenhum ressentimento por eu ter te matado?
— Nenhum. O senhor me trouxe de volta do outro mundo. Eu também tentei matar o mestre e acho que deveria ser punida por isso.
— Não, deixa pra lá. Como é do outro lado?
— É igual a esse galpão, porém não havia ninguém. E a estrutura intacta. Minha visão estava cinza, como aqueles filmes antigos.
— Só isso?
— Tinha um homem brilhante lá. Ele me atacou e eu perdi a consciência. Não pude ver direito a aparência dele, mas acho que tinha asas… Pelo menos é o que parecia.
— Asas… Qual era a cor do brilho?
— Dourado.
“Estranho, eu não me lembro de nada disso. Reencarnei com todas as memórias, o que quer dizer que não passei pelo processo de restauração da alma. Ela também não passou. Qual é a diferença entre nós?”
— Pegue sua espada e vamos.
— Sim senhor.
♦ ♦ ♦
— Ele transformou a caçadora em morta-viva. É bem ousado da parte dele.
— Nesse momento ele tem arma mais poderosa para matar vampiro e tenho certeza que o garoto sabe disso. — disse Zuri.
— Como assim? — questionou Sara.
— Os mortos-vivos comuns são desfeitos com prata na cabeça ou coração, mas se o feitiço de caçadora dela ainda funcionar, vai ser difícil acabar com ela.
— Ele tem a posse do único morto-vivo no mundo que não pode ser destruido e que é letal para qualquer vampiro, independente do nível.
— Exatamente. — disse Zuri tentando esconder o sorriso.
— Por que está tão feliz por isso? Tem algo que não está me contando? — perguntou Sara.
— Nada. Só acho esse garoto muito interessante.
— Sei.
♦ ♦ ♦
Jonathan parou em frente ao portão do clã Oblivion.
— Espera aí. Quem quer entrar.
O jovem voltou apenas seus olhos para o porteiro.
— Ah é você, pode entrar. Como descobriu nossa nova base?
— Isso não é importante.
O porteiro abriu o grande portão negro.
“O outro era mais bonito”.
O rapaz passou pelo portão e Raina o seguiu. O homem responsável pela entrada arregalou os olhos ao perceber quem era aquela mulher.
— Ei! Espera, essa pessoa é Raina Lopes, por que trouxe ela aqui?
— Você é só o porteiro, não deve saber o que acontece lá dentro. Aliás, quantos anos tem? Não sabe nem sequer reconhecer um morto vivo.
— Ah morto vivo, ela? Tá dizendo que matou Raina Lopez? E também, não dá pra saber se está morta ou não, o estado do corpo está bom.
— É porque a invoquei logo após sua morte. E sim, matei a caçadora.
— Entendo… Bem, se você é tão forte, não ia adiantar eu tentar te parar.
— Quantos anos tem?
— 332. Antes que pergunte, sou um vampiro comum.
— Porque te colocaram para cuidar do portão? Qualquer vampiro superior com pelo menos 50 anos de idade já pode te matar sem dificuldade. Sabe que quando se luta com um superior, não é apenas força, velocidade e resistência que se deve considerar, certo?
— Não se preocupe, tenho um feitiço de proteção no meu corpo. Se for pego, vou ter uma segunda chance. Se o feitiço for ativado, as bruxas vão saber.
— Então te colocaram como bucha de canhão… Que interessante. — As últimas duas palavras foram ditas ironicamente.
O rapaz continuou a seguir seu caminho, subiu os degraus, abriu a porta e entrou. Raina tentou entrar, mas foi impedida por algum tipo de barreira invisível.
O rapaz se virou ao ouvir os passos da mulher tentando se equilibrar depois de bater a cabeça.
— Você não consegue entrar?
— Tem uma barreira na entrada.
“É verdade. Fui eu que dei a ideia de instalar essas barreiras em nossas bases. Agora que penso nisso. Não fui convidado, então como posso entrar? Talvez… É isso! A barreira não consegue me diferenciar, afinal como conseguiria? Mesma alma, mesmo corpo. De acordo com o que aprendi sobre genética, o que define minha aparência é o código genético, que significa que é exatamente idêntico ao corpo anterior. A barreira não identifica a diferença entre o meu atual eu e o antigo. Não identifica porque não existe, sou literalmente a mesma pessoa”.
Jonathan olhou em volta da porta, imerso em pensamentos, sem nem prestar atenção no que estava olhando.
“O que acontece se eu encontrar meu antigo corpo? Fui criado por Helena tanto na antiga, quanto nessa vida, então não há diferença…. Quando terminar tudo o que tenho para fazer, vou testar minha hipotese”.
— O que está fazendo aí na entrada? Procurando alguma coisa?
O belo jovem se virou e viu Elisabeth, no início do corredor. A mulher caminhou e estendeu sua mão com a palma para baixo. O rapaz, percebendo as intenções da mulher, apertou ao invés de beijá-la.
“Elisabeth. É a primeira vez que falo com ela desde minha chegada”.
— Sei que já deve saber quem sou, mas vou me apresentar novamente. Sou Elisabeth, é um prazer conhecê-lo. — disse a mulher, olhando com as sobrancelhas levemente levantadas para o garoto após seu ato sem sentido.
— Você pode entrar. — disse Jonathan para Raina.
A caçadora deu um passo e seu pé passou sem problemas pela porta.
— Venha, todos estão te esperando. Hmm. Transformar a caçadora mais implacável de vampiros em sua serva. Acho que vamos nos dar muito bem.
O jovem continuou em silêncio.
— Não gosta de falar muito? Parece com alguém que conheço.
— Vladmyr Vangreat?
A mulher de cabelos cacheados parou no meio do caminho.
— Você deve ter ouvido isso muitas vezes. Me desculpe, o que eu quis dizer foi que o seu modo de agir me lembra ele e não só a aparência. Bom, isso é estranho, não é?
— Vampiros, bruxas, magia e imortalidade, tem muitas coisas estranhas aqui e ninguém questiona.
— Haha. Tem razão. Porém, quem disse que não questionamos? Vai aprender muita coisa no futuro.
Ao chegar no corredor que dá acesso ao salão principal, desceu a escada lentamente, sem se importar com os olhares em sua direção.
— Você conseguiu. Fez o que disse que ia fazer. — disse Faustos.
— Mas é claro que consegui, afinal sou eu. Não me compare com os outros.
— É claro que com força, também há arrogância.
— Não é arrogância se for verdade.
— Tanto faz. Não vou discutir com um moleque. Vejo que trouxe a arma dela também. Me entregue, é propriedade do clã agora. — disse enquanto estendia a mão.
— Não.