Reencarnação do Vampiro - Capítulo 8.2
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- Capítulo 8.2 - Memórias de um passado trágico. Parte 2
Matt estava de pé em frente a John. Agachou-se, segurou o maxilar do Ferreiro com força e usou o controle mental.
— Corra o máximo que puder em direção a entrada da vila. Se eu sair daqui e não te ver, você vive, mas se eu ainda conseguir te ver, você vai morrer!
O loiro empurrou John com força, fazendo-o cair de costas. O homem amedrontado cumpriu as ordens do vampiro e imediatamente saiu correndo.
— Vou contar até 10 pra te ajudar hahaha.
“Droga, por que isso está acontecendo comigo? Eu não queria fugir mas, se eu conseguir escapar vou poder buscar ajuda.”
— 9, 10.
Matt saiu pela porta e avistou o humano correndo quase virando a esquina.
— Poxa, você não conseguiu nem sair da minha visão humana? Bom, a culpa não é minha.
O vampiro correu em velocidade sobrenatural e colocou seu pé no caminho de John, derrubando-o.
— Isso não é nada divertido, certo? Seu povo fazia isso comigo e com a minha mãe sempre que estavam entediados.
O homem de cabelos loiros estava prestes a morder o pescoço do sujeito caido.
— Bom, minha mãe sempre dizia para não brincar com a comida. Como eu sou um filho obediente, vou obede…
Ele foi interrompido por um impacto violento em seu braço direito, fazendo-o perder o equilíbrio. Sentindo uma grande dor, verificou e havia sido arrancado.
Depois de alguns segundos, seu machucado começou a soltar vapor.
— Fazendo o mesmo que eles, não será melhor e nem pior que seu opressores, apenas igual.
— Aaarg. — Matt olhou para a direção da voz gentil e viu uma mulher ruiva.
A bela dama usava luvas finas e brancas. A peça da mão esquerda estava suja de sangue. Cuidadosamente puxou a ponta de cada dedo da luva e a tirou, jogando-a no chão.
Fez isso enquanto olhava séria e fixamente para o vampiro. Ela estava imóvel, com respiração calma. Parecia que não sairia dali nem se um exército viesse em sua direção.
“Mas que merda! Quem é essa mulher? O jeito que olha pra mim, parece um lobo observando sua caça.”
Não saber o próximo movimento dela, o deixou nervoso.
— Por que está olhando assim pra mim? Odeio olhar de julgamento.
— Você queria que eu batesse palmas e te desse parabéns? Esse território não tem caçadores por que nós tomamos medidas para isso. Você achou que era esperto o bastante para se aproveitar disso e massacrar pessoas.
— E quem é você? Minha mãe.
— A lei é clara: a punição para aqueles que matam humanos, é a morte permanente.
Sara levantou a barra da saia longa de seu vestido amarelo e deu dois passos.
— As exceções são para vampiros recém transformados que não conseguem controlar sua sede sangue ou em casos de acidentes por falta de controle das novas habilidades. A! Tem também a morte de criminosos mas, nós nem os consideramos pessoas, então…
O Loiro desmembrado piscou uma vez e, nesse meio tempo, a vampira de cabelos vermelhos estava cara a cara com ele.
— Eu o sentencio a morte. — Sara moveu sua mãe em direção ao coração de Matt.
Porém escutou o som de atrito com o ar em alta velocidade. Também sentiu um movimento irregular no ar à sua volta.
“Há alguém se movendo atrás de mim. Pela perturbação no vento, é um vampiro”.
A ruiva olhou para a esquerda e avistou um punho se movendo lentamente e quase acertando seu rosto. Suavemente, dois passos para trás.
“Quantas aberturas. Eles não têm conhecimento de combate. Eu tenho a vantagem”.
Sara segurou o braço da vampira e desferiu um soco em seu estômago.
— Gwaa.
O punho afundou na barriga de Marie, tirando seus pés do chão. A dama elegante baixou seu braço, fazendo a agressora cair de cara no chão.
— Cof, cof, cof. — A mulher caída soltou sangue pela boca.
— Eu usei pouca força para não atravessar seu corpo e mesmo assim seus órgãos foram destruídos? Espera… você vomitou o sangue que bebeu? Nunca vi um vampiro vomitar… Tá aí algo raro de se ver.
A mulher cabelos vermelhos olhou para John caído no chão, gemendo de dor.
— Você quebrou a perna dele.
— Foi mal, eu não sabia que ele era tão fraco. — disse Matt, sarcasticamente.
— Você ainda não entendeu a situação, não é? Vou matar os dois! Só que antes… quero saber quem transformou vocês.
Olhou o vampiro de cima para baixo.
Marie ficou em silêncio, apenas limpando sua boca do vômito.
— Pela diferença de resistência, você é um pouco mais velha do que esse ai.
Sara esperou a garota parar de vomitar, mas não teve respostas.
— Eu te fiz uma pergunta!
A ruiva se moveu em velocidade sobrenatural e mordeu o pescoço de Marie, que se debateu, mas logo parou devido ao relaxamento causado pela saliva vampírica. Ela segurou a vampira para que não escapasse.
Quando conseguiu a informação que queria jogou a jovem vampira no chão.
— Eu disse para a Elisabeth que transformar Rose era uma ideia ruim, mas nunca me escuta! Por que tua senhora te largou? Ela devia ter ficado com você por pelo menos um ano após sua transformação.
— Você conhece minha criadora de onde?
— Quando a conheci era apenas uma pirralha com uma péssima personalidade.
— Eu perguntei de onde você a conhece!
— Agora você sabe o quanto é ruim não ter a resposta que quer. Eu conheço sua senhora desde que era humana… quem a transformou em vampira, foi minha irmã gêmea.
Marie arregalou os olhos e a expressão de medo tomou conta de seu rosto. Levantou-se rapidamente e puxou a manga rasgada de seu parceiro.
— Matt! Vamos fugir daqui, nós não podemos lutar contra essa pessoa!
— Por que?
— Vocês acham mesmo que eu vou deixar vocês fugirem depois de matarem quase um vilarejo inteiro?
Sara em apenas um segundo encurtou a distância entre ela e Marie. Com uma velocidade absurda, a ruiva desferiu um soco na garganta da jovem vampira, lançando-o contra a parede de uma das casas.
John desferiu um soco contra a bela dama, que reagiu com um tapa em seu punho, jogando seu braço para trás e, com um chute no peito, lançando-o para longe.
A mulher de cabelos ruivos aproximou-se da garota no chão e disse:
— Você tem potencial para ser uma vampira forte no futuro. Dominar a sede por sangue em apenas um mês, é impressionante! É uma pena ter jogado seu futuro fora.
Sara sentiu que alguém a estava atacando por trás e se virou em velocidade sobrenatural.
Antes que Matt lhe acertasse um soco, ela desviou e passou dentro da abertura que seu soco deixou e acertou um Soco violento no queixo do vampiro, que o lançou para cima, fazendo-o cair no final da rua.
Marie tentou atingi-la com uma voadora usando os dois pés , mas Sara se abaixou e segurou nas duas pernas a lançou violentamente contra o chão, batendo o rosto.
— Gwooo. — Marie soltou sangue pelo nariz e pela boca.
Matt se aproximou de John e usou o controle mental.
— Se a mulher ruiva tentar nos atacar ou matar aquela pessoa no chão, morda a própria língua com o máximo de força que puder.
O vampiro levantou-se e disse: — Você ouviu, não? Se você mata-la, ele morre.
— Vocês são covardes. Tudo bem! — Sara soltou Marie. — Estão atrasando sua morte.
— Vamos embora daqui, Marie.
A jovem vampira correu em direção ao seu companheiro.
“Eu posso facilmente arrancar a cabeça dele antes que o refém perceba que me movi. A morte dele vai liberar o humano do controle mental, fazendo com que ele não se mate”.
Antes que Sara pudesse agir, sons de gemidos roucos vieram de dentro das casas. Olhou em volta, com olhar de descrença.
— Não… isso só pode ser brincadeira.
À primeira vista, as pessoas saindo não tinham nada incomum. A não ser pelo fato de estarem todos ensanguentados e seus olhos não tinham vida.
— Eles transformam os moradores em mortos-vivos.
— Mesmo que você consiga quebrar o meu controle mental, ainda vai ter que lidar com os meus mortos-vivos. — disse Matt.
Ele e sua companheira fugiram com sua velocidade sobrenatural.
“Mesmo se eu quebrar o controle mental dele, não vou poder segui-los. Se eu deixá-lo aqui, os mortos vivos vão matá-lo.”
Sara se aproximou de John usando super velocidade, segurou seu rosto com as duas mãos, fez contato visual e utilizou seu controle mental.
— Não morda sua língua.
Vários vampiros podem controlar um humano só ao mesmo tempo, porém se as ordens dadas forem contrárias, o indivíduo que chegou depois, poderá quebrar o controle mental anterior se ele for mais forte. Se for mais fraco ou do mesmo nível de força, o controle mental falhará.
“A perna dele está quebrada, se eu usar me velocidade sobrenatural para carregar ele, o estado da perna pode piorar.”
— Ei, olhe pra mim. — Sara usou novamente o controle mental — Beba meu sangue.
Sara usou sua presas para morder seu pulso e o levou até a boca de John, que consumiu o sangue. Em segundos a perna quebrada do ferreiro começou a se regenerar.
— Minha perna está curada, como você fez isso?
— Compartilhei meu poder de cura com você. Agora temos que dar um jeito de sair daqui, mas não sem resolver esse problema.
Sara levantou sua saia, revelando uma adaga de prata em sua coxa direita.
— Fique aqui enquanto eu resolvo isso.
— Ma-mas o que você vai fazer!?
— Libertá-los desse sofrimento. — E partiu para cima dos mortos vivos.
Enterrando sua sua adaga no peito dos mortos-vivos, os reduzindo a pó. Continuou assim por mais alguns minutos, até que o último escravo de vampiro tornou-se poeira.