Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 13
Eles estavam descendo as escadas lentamente, Gourt estava a exatos 9 degraus de distância de Drolvos, Martin e suas cavalheiras.
Gourt caminhava pelas escadas, carregando seu elmo como se nada estivesse acontecido. Porem ele sabia que o que havia feito.
“Afe, mas que maldito ataque de raiva eu tive. Quem diria que uma simples liberação de aura faria eles reagirem daquela forma, e ainda fazer aquele gordão desmaiar!” — Pensou Gourt, aborrecido com sua atitude.
Gourt olhou de relance atras dele. Martin o olhava com um foco indescritível a ponto de parecer um stalker. Drolvos fazia o mesmo, porém apenas prestava atenção na sua espada ligada ao sinto de sua armadura, e as cavalheiras caminhavam a frente deles, com suas mãos sobre a bainha de suas espadas, prontas para saca-las a qualquer segundo.
Gourt suspiro levemente — “Óbvio que agiriam dessa forma, depois de uma aura assassina que deixei sair como não tomariam cuidado.” — Ele refletiu por um tempo sobre aquela situação e sobre as opções que podia tomar depois daquilo, e então uma pequena resposta apareceu — “Talvez isso funcione.”
Ele estalou seu pescoço algumas vezes e lentamente reduziu a velocidade dos passos. — Ei, me diga uma coisa Drolvos. Porque você mesmo não vai para o abismo?
Drolvos tomou um leve susto, pois não esperava ser questionado com toda aquela tensão em que se encontrava, mas rapidamente retomou sua compostura
— Bom, é até simples. Se eu for para lá, quem irá protege as fronteiras do império. — Gourt o olhou por alguns instantes
— Se eu te disser que posso fazer isso, o que diria? — Perguntou Gourt apaticamente.
Drolvos o analisou, e depois soltou um leve sorriso — Para esse tipo de coisa é necessário ter uma mão de ferro para poder controlar os soldados. além de precisar ser firme e saber usar as palavras em tempos de crise para poder animar suas tropas, e sem citar o fato de que é necessário ser bem poderoso para não morrer em campo de batalha.
Gourt o olhou com uma expressão de deboche, porem segurou sua risada — Você disse que é necessária uma mão de ferro, e saber usar palavras em tempos de crise. Agora me diga como você acha que eu consegui meu título de nobre, sir drolvos. crê mesmo que eu só o consegui por meros contatos?
— N… Não, se eu estiver certo você lutou várias batalhas, consideradas impossíveis, quando ainda era apenas um mero soldado, e fez um nome dentro das forças militares. — Respondeu Drolvos com desconforto.
— E qual foi minha primeira missão quando recebi meu título de nobre? Tenho certeza que se lembram dela, especialmente você Martin, afinal você que convenceu traidon a me enviar para lá.
Martin engoliu um seco, mas ainda relutante respondeu — Foi para proteger uma madeireira de uma tribo de mais de dez mil orks. Que estavam constantemente a atacando.
— E com quantos soldados foram mesmo? — Perguntou com um sorriso no rosto.
— Com 200 se eu me lembro bem. — Disse Martin arrogantemente, olhando para ele com desdém.
Gourt franziu a testa e o fitou com um olhar perigosamente sério, um que nem sequer pareceu humano — Desculpe, mas acho que tem um erro na sua memória. Porque se eu não me engano, sequer havia 120 soldados naquele lugar.
O corpo de Martin instintivamente tentou sacar sua espada, mas na mesma hora se forçou a parar antes de toca-la. Por que? Porque antes mesmo de sequer chegar a tocar na espada, sentiu como se tivesse sido cortado em mais de mil pedaços, porem isso não tinha acontecido, aquilo era apenas uma breve visão do futuro que haverá previsto caso tocasse em sua arma.
Com uma voz mais tremula que haverá feito em toda sua vida ele se corrigiu — E… Era… Eram 100 so… soldados!
O olhar de Gourt mudou de um sério para um contente e alegre — Você deveria se lembrar melhor das coisas Martin assim vai acabar perdendo a posição de cavalheiro sagrado, mesmo com a graça da Deusa. — Brincou ele
— S… Si… Sim, você está certo! — Riu Martin, amedrontado. Drolvos e as cavalheiras o olharam confusos, sem entender o seu nervosismo.
— Com isso creio que agora você sabe de minhas conquistas, e meu punho de ferro, quando comandei uma pequena armada contra o que? Um exército 100 vezes maior, logo você não pode mais dizer que eu não tenho as qualidades necessárias. Não concorda Drolvos?
Drolvos soltou uma leve risada. — O que é tão engraçado, poderia me explicar? — Perguntou Gourt aborrecido.
— Não é nada de muito engraçado não, eu concordo que você realmente tem as duas primeiras qualidades. Talvez até seja um pouco melhor que eu nelas. — Respondeu Drolvos.
Gourt Franziu sua testa, e ergueu um de seus cílios — Sim e o que mais? Você não pode estar dizendo que ganharia de mim em um duelo mano a mano, ou está?
Drolvos sorriu para Gourt — Eu sinto muito se isso fere seu orgulho, mas o Fato é que se nos lutássemos, eu o venceria. Mesmo que por muito pouco.
Gourt o fitou aborrecido — Bom isso nós veremos logo.
Após uma longa descida pelas escadas eles chegaram a um corredor com duas passagens, uma a direita e outra à esquerda, e seguiram pela direita chegando a um portão guardado por outros dois soldados com uma alavanca de madeira do lado de cada um. Seus corpos tinham uma quantia moderada de músculos, e estavam equipados em armadura metálica, com o elmo mostrando uma pequena parte de seus rostos, e carregando duas longas lanças. E a frente deles estava um simples portão de madeira, com apenas algumas decorações de metal.
— Abram. — Ordenou Gourt.
Os dois homens puxaram as alavancas, e então a porta se abriu. Porém por terem ficado por um certo tempo na sala do trono, um lugar mal iluminado, ficaram cegos por um momento com a inesperada forte luz do sol.
Quando seus olhos se acostumaram a luz, depararam-se com um largo campo de treinamento. Era uma sala enorme de prováveis mais de 100 metros quadrados de área com vários soldados ao redor treinando com os equipamentos do campo. Seu piso e parede eram feitos de mármore, e o teto era uma larga placa de vidro magico, que era tão duro quanto ferro, sustentado por várias pilastras de madeira.
Naquele campo haviam bonecos de treinamento de palha, um local para treino de arquearia, e algumas estantes de armas como lanças espadas e escudos, e áreas de musculatura, porem o que mais chamava atenção era uma larga arena que cobria um terço do local.
Gourt andou até uma das estantes de armas que tinha algumas espadas de ferro e outras de madeira. Ele pegou duas de madeira e de ferro.
— Prefere qual? —Gourt mostrou elas para Drolvos.
Drolvos cuidadosamente foi se aproximando de Gourt, e quando estava a um passo de distância, olhou para ambas as espadas e as analisou por um tempo. Depois pegou a espada de madeira.
— Será com a de treino então. Muito bem que seja então! — Gourt guardou as duas espadas de metal na estante, e então se dirigiu ao lado esquerdo da arena, e ali empunhou a espada.
Drolvos foi para o lado direito, e assim como Gourt empunhou a espada e assumiu sua postura de batalha.
— Antes de começarmos. — Interrompeu Gourt — So vou querer garantir que… Se eu vencer. Você Drolvos irá para o abismo e eu me encarregarei da defesa das fronteiras, combinado?
Drolvos o fitou com um olhar relutante, porém pós um sorriso forçado no rosto — Claro, concordo com os termos, agora isso so acontecera se você me vencer, caso contrário você terá que ir com a tropa para o abismo sem questionar. Porém em um posto inferior ao que você teria antes, também está de acordo com isso?
— Sem problemas! — Cantarolou Gourt, que logo em seguida assumiu uma postura de combate idêntica à de Drolvos, o qual o mesmo começou a olha-lo irritado, fazendo Gourt sorrir levemente.
Martin ainda cuidadoso foi para o centro da arena e estendeu sua mão — Quando eu terminar a contagem vocês começarão o duelo, todos a favor? — Sua pergunta foi recebida por um silêncio mortal dos dois lados.
Martin engoliu um seco — Bom entenderei isso como um sim. — Ele respirou fundo, e começou a contagem — 3… 2… 1… Comecem! — Martin rapidamente caminhou para fora da arena. E de uma distância que considerara segura começou a observar a luta.
No início eles não tinham feito nada, mas depois de alguns instantes eles começaram a circular um ao outro.
Gourt observou Drolvos, seus passos, seus braços, seu abdômen, seu olhar, cada pequeno movimento que ele fazia. Seu foco sobre ele era tão grande que até mesmo o ar causado por sua respiração e expiração automática de suas narinas, eram notáveis aos seus olhos.
Após alguns segundos se passarem, Gourt suspirou — “Então eu estava irritado com isso. Realmente, agora que vejo de perto, não entendo porque sequer explodi daquela forma mais.” — Pensou Gourt decepcionado com seu oponente.
Repentinamente Drolvos, Avançou em direção a ele, com um corte vertical direcionado a nuca de Gourt, que sem demostrar surpresa em sua expressão, defendeu o ataque facilmente, e contra atacou com um simples balanço horizontal no tórax.
Drolvos se defendeu por pouco, e tomou distância de Gourt
— Vamos lá, eu sei que você pode fazer melhor que isso Drolvos. — Ele começou a encurtar a distância entre os dois, enquanto balançava a espada desleixadamente.
Quando estava a 2 passos de distância, Drolvos Avançou contra ele em uma calculada sequência de ataques, Gourt com o balançar de sua espada repeliu os ataques sem dar um passo sequer.
Os soldados à medida que ouviam as colisões das espadas, começaram a se agrupar ao redor da arena para assistir a luta.
“Hm, acho que já tem pessoas o suficiente para presenciar isso, então que tal começar.” — Pensou Gourt enquanto defendia-se dos ataques, ele então empurro a espada de Drolvos fazendo com que perdesse equilíbrio, e por consequência distanciando-se de Gourt.
Quando recuperou o equilíbrio, Drolvos Olhou para Gourt com suas veias dilatadas, e um olhar ameaçador — Você sequer está levando isso a sério Gourt! — Gritou enfurecido.
— Óbvio que estou. Até me certifiquei de atrair as testemunhas de sua derrota para ter certeza de que você cumprira a sua parte de seu acordo. — Disse Gourt com uma expressão despreocupada.
Drolvos não entendeu de início, mas quando olhou ao seu redor percebeu sobre o que Gourt estava falando. Ao seu redor estava uma grande multidão de soldados, e alguns nobres e sacerdotes que haviam sido expulsos da sala do trono durante a discussão. A expressão de Drolvos virou de um enfurecido para uma pálida e espantado.
Ele olhou para toda a multidão que observava o duelo com muita concentração. Drolvos olhou para sua espada, e então suspiro profundamente, e olhou para Gourt com tristeza — Eu não queria ter que usar isso, mas foi você que me forçou. — Drolvos entrou em uma postura de combate, na qual segurava sua espada com as duas mãos acima da cabeça, com a ponta dela apontada para cima, uma de suas pernas mais a frente que a outra. E em alguns segundos sua espada começou a emanar uma aura dourada.
Gourt Não havia entendido o olhar de Drolvos, apesar disso, so conseguiu sentir raiva, Por que? Porque ele havia tido vários outros momentos para se arrepender do que tinha feito, porém em vez disso ele insistiu em o colocar em um esquadrão para exploração.
— Sabe Drolvos é por isso que eu odeio, quando sai uma palavra da sua boca, você se arrepende sempre quando já é tarde demais. — Suspirou Gourt.
— Há, foi mal por isso, mas não esperava que fosse realmente fazer isso aqui agora, então eu não tenho muito o que fazer, não leve pro pessoal, mas vou parar de me segurar!
Gourt segurou sua risada para não rir freneticamente — Que seja so mantenha sua palavra depois que estiver no chão! — Gourt entro em uma postura, segurando sua espada com seu braço direito e pondo atras de seu ombro esquerdo, com seu braço esquerdo estendido a frente com sua palma da mão aberta e apoiado para frente em uma de suas pernas, em quanto a outra ficava atras para tomar impulso. E assim como a de drolvos sua espada começou a brilhar porem um brilho vermelho sangue. — Se conseguir ao menos sequer conseguir manter sua espada depois disse ataque eu admitirei derrota — Disse Gourt olhando de forma ameaçadora para Drolvos.
Uma grande discussão se iniciou entre os soldados nobres e sacerdotes com aquela declaração, alguns até achando aquilo um exagero e burrice de Gourt, porem foram interrompidos por drolvos que com um grito respondeu:
— Hm, espero que mantenha sua palavra caso eu consiga fazer isso, GOURT! — A aura de ambas as espadas se intensificara, causando ondas de ar tão fortes que mandavam as coisas ao redor para longe.
Os soldados, nobres, e sacerdotes, tentavam não ser jogados para longe pelas correntes de ar. Os sacerdotes se escondiam atras dos soldados e nobres que se seguravam nos pilares para não serem lançados pelo ar.
Martin e suas cavalheiras, esforçavam-se para se manterem sobre o solo — Meu deus esses dois são realmente monstros! — Exclamou de boca aberta, de tão impressionado que estava.
Uma gota de suor frio deslizou sobre a face de um dos soldados, chegando ao seu queixo e então caindo, e quando caiu sobre o solo Drolvos avançou contra Gourt, com um largo poderoso e veloz balanço vertical de sua espada. Gourt atacou com um golpe horizontal tão veloz quanto o de Drolvos.
O choque de seus golpes causou uma grande cortina de fumaça, e fez uma forte onda de ar destruindo o solo da arena e lançando todos que seguravam as pilastras para longe.
Martin que quase havia sido lançado para longe pelo choque se recuperou e com seu rosto todo suado olhou para a arena, querendo descobrir quem havia vencido o duelo.
A fumaça aos poucos foi se dissipando, revelando uma visão chocante para Ele e suas cavalheiras.
La estava Gourt de pé como se nada tivesse acontecido, segurando os restos do que será a sua espada de madeira, e perto dele estava uma pequena trilha de destruição, que se alastrava até uma pilastra de madeira onde Drolvos estava caído desacordado, com sua espada de madeira a vários metros de distância de sua mão
Gourt olhou em volta, notando o estrago que havia feito e então olhou para Drolvos, e notou a espada dele ao longe, o que o fez dar uma leve risada. ele caminhou até Drolvos, se ajoelhou e deu alguns tapinhas em seu ombro — Agora só falta você cumprir sua palavra pequeno nobre.