Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 14
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- Capítulo 14 - Encontro com um conhecido vulgar
Gourt se levantou e olhou em direção a Martin e suas cavalheiras. Martin tinha uma expressão pálida de tanta surpresa, e as cavalheiras estavam imóveis olhando para Drolvos caído no chão, derrotado.
Ele caminhou até eles passando por soldados, nobres, e sacerdotes jogados no chão por conta do excesso de força usado para não serem lançados aos ares durante aquele choque do ar causada colisão dos golpes de Drolvos e Gourt.
Quando estava para passar por Martin, ele parou por um momento e o olhou com um sorriso no rosto.
— Você é uma testemunha de minha vitória, e como você é próximo de Drolvos te encarrego de falar isso para ele. — Gourt olhou para as cavalheiras, uma delas o olhava com admiração, e a outra em guarda para qualquer coisa que ele fosse fazer. Notando isso ele tentou falar algo para faze-la parar de ficar tão tensa em relação a ele — Bom, para vocês duas só deixo uma dica, escolham melhor a quem oferecem suas espadas. — Disse olhando para martin.
A cavalheira que o olhava admirada corou por um momento, enquanto a que estava tomando cuidado com ele começou a abaixar sua guarda, Gourt deu um leve aceno para elas, e voltou-se a caminhar.
— Espere! — Exclamou uma das cavalheiras de Martin, Gourt parou e olhou para ela, a qual a mesma retirou seu elmo revelando sua face.
Ela tinha cabelos loiros, longos e lisos, uma pele branca e bem cuidada, olhos pontudos, com pupilas azuis. — Quero que saiba de algo sir Gourt! — Ela bateu as pernas e esticou o corpo e pôs sua mão direita sobre a cabeça não sinal de respeito militar — A partir de hoje eu Karla Von Draves lhe respeito, como cavalheiro e homem! — disse Karla com um brilho nos olhos. Martin e a outra cavalheira a olharam chocados com o que haviam ouvido.
Gourt apenas a olhou preguiçosamente por um momento e então deu um simples aceno. — Você que sabe Karla até uma próxima então.
Ele passou por mais alguns nobres, e sacerdotes até chegar ao portão guardado por outros dois guardas.
Eles o olharam pasmos como se tivessem visto um fantasma — Vão abrir para mim, ou eu mesmo vou ter que arrombar?
— N… Não senhor… agora mesmo iremos abrir! — um dos guardas correu até a alavanca de madeira de forma agoniada e apressada. O outro guarda fez a mesma coisa, porém enquanto caminhava para a alavanco, tropeçou, e caiu de cara no chão.
— Porcaria! Anda logo e puxa essa alanca, não está vendo que Lorde Gourt precisa passar? — Gourt riu levemente da situação que vira o outro guarda, porém restringiu-se na mesma hora.
O soldado se levantou nas apressadamente e puxou a alavanca, e diferente da primeira vez engrenagens puderam ser ouvidas, à medida que o portão se abria. Quando estava totalmente aberto Gourt começou a caminha para fora daquele cômodo.
— Aonde você está indo nós não terminamos a discussão sobre os planos ainda! — Disse Martin tentando impedir Gourt de ir embora.
Gourt olhou aborrecido — Sinto muito, mas eu tenho um compromisso com um certo conhecido meu, e agora estou encarregado das fronteiras do império, e quem liderara a tropa será Drolvos então converse com ele. — Gourt deu as costas e então seguiu seu caminho, ignorando os outros chamados de Martin.
Quando chegou até as escadas que havia usada para descer da sala do trono até ao andar em que estava agora seguiu reto perante a passagem, e após algum tempo de caminhada encontrou o portão que dava acesso ao lado de fora do castelo.
O portão tinha um desenho exatamente igual a bandeira do império, e também possuía uma gigantesca engenhoca que era ativada por uma larga alavanca de metal, que possuía o dobro do seu tamanho.
Ele se aproximou da alavanca e a puxou sem muito esforço, ativando o sistema. O portão começou a se abrir aos poucos, fazendo a luz do sol adentrar aos poucos sobre o corredor.
Quando eles se abrirão completamente, Gourt o atravessou, a luz do sol bateu em seus olhos o cegando por um instante.
Quando sua visão voltou, surpreendeu-se com o que viu, mas depois lembrou-se — É mesmo, tinha esquecido que o palácio ficava sobre uma alta colina. — Sussurrou para si, enquanto olhava a paisagem.
Gourt viu vários tipos de construções pelo local, haviam lojas largas com palavras gigantescas e chamativas como slogans para atrair clientes, até ferrarias onde forjavam armas e armaduras, e hotéis que hospedavam certos aventureiros e burgueses. Ele também avistou algumas casas de alguns nobres e sortudos que venceram na vida.
— Muito bem, agora onde está a ferraria daquele velhote! — Gourt olhou para tudo o que via, procurando uma certa construção, até avistar uma com o nome, ‘Gran Fames Korn’ em um slogan que nem sequer cobria um quarto — E ali está, depois vou ter que falar para o velho aumentar o tamanho do slogan nunca que ele iria conseguir chamar a atenção de algum cliente com aquilo.
Ele entrou em uma posição de impulso, e saltou em direção a ferraria, alcançando incríveis centenas de metros de altura ao céu, quando estava a uma certa altura, começou a cair.
O vento batia em seu rosto fortemente por conta da velocidade que estava descendo. Porem para Gourt aquilo era agradável especialmente por causa do calor que estava sentindo depois do que havia acontecido.
Gourt continuava a cair, e quando estava a algumas dezenas metros do chão, notou o erro que fez — Putz… Agora o velho vai ficar puto. — Gourt atravessou o telhado da ferraria, a travessia foi tão devastadora que quando tocou o chão os destroços do telhado caíram junto com ele, criando ao redor dele uma larga cortina de fumaça.
— Fala aí velhote! Como que você vai, notei o seu slogan, sugiro aumentar o tamanho dele, atrai mais clientes! — Gritou Gourt, tentando disfarça o estrago que fez
— GOURT!! — Rugiu alguém com uma voz rouca e grossa, Gourt conseguiu ver uma silhueta na fumaça. Ela se aproximou, causando sons de passos na madeira da ferraria.
O indivíduo quando surgiu da fumaça demonstrou-se ser um velho que parecia estar em seus 60 ou 70 e poucos anos de idade, tinha uma altura não mais que 1 metro e 60 de altura, seu corpo era estufado de músculos, com destaque para seus braços por conta das constantes marteladas, possuía uma gigantesca barba que cobria seu rosto inteiro e se estendia até sua cintura. Vestia-se de uma regata vermelha, uma calça marrom, e vestia botas negras, e segurava um gigantesco martelo de guerra que tinha quase o seu tamanho.
— Opa! como vai velho Korn tudo na bo… — antes de terminar de falar ele recebeu uma martelada na sua cabeça que o empurrou para fora da ferraria. — AII! Pra que isso tudo velhote, só foi um acidente com o telhado depois eu pago.
Korn caminhou da ferraria juntamente com o martelo em sua mão, respirou fundo e depois soltou um largo suspiro, e olhou para Gourt com um olhar furioso — Um telhado! Se fosse só isso era bãom! Mas esse já é o vigésimo que você destrói Sua peste, e nem faz 2 dias desde que foi concertado, após a outra vez no mês passado!!
— A qual é eu já pedi desculpa pôr aquela vez, não pedi?
— Se desculpa resolvesse as coisas, ela seria ouro, mas ela não resolve. — Os gritos de Gourt e de Korn começaram a atrair a olhar da multidão.
— Ok, ok, desculpa! Eu vou pagar pelo telhado assim como fiz nas outras vezes, feliz agora?!
— Só pagar não vai servir! E eu te falei o que iria acontecer na próxima vez que fizesse isso, não falei!
— Ei espera aí! Não é pra botar pra lascar também não, foi só um telhado ele pode ser consertado, já meu crânio não.
— Tarde demais! Se vai dançar na batida do meu martelo, seu bixo sem vergonha! — Korn correu pra cima de Gourt empunhando seu martelo
Porém antes de conseguir acertar o golpe, Gourt deu um salto desengonçado que por muito pouco, conseguiu desviar do ataque do velho. Que haverá deixado um grande buraco de onde acertou.
— Ei espera um pouco, esqueceu que nós estamos na capital, e ainda tem civis aqui!
Korn virou sua cabeça lentamente para Gourt, mostrando suas veias pulsando, seus dentes rangendo, e olhos que pareciam pegar fogo. — Eu não to nem ai! Agora traz essa teu trazeiro de boiola pra cá, pra eu te pôr o pouco de juízo que te falta.
“Agora fudeu de vez.” — Pensou Gourt que logo começou a correr. Korn por sua vez, o perseguiu.
Gourt corria o mais rápido que era permitido para poder desviar das pessoas em seu caminho. Já Korn avançava desenfreadamente fazendo as pessoas saírem de seu caminho.
” A merda, ele ta me alcançando!” — Gourt olhou em sua volta procurando desesperadamente locais melhores onde poderia correr mais rápido, porém sem sucesso — Ah que se foda!
Gourt se aproximou da parede de uma loja que estava ao seu lado e saltou para o telhado, e começou a acelerar o seu passo, deixando Korn para trás aos poucos.
— Quero ver me alcançar agora velhote! — Comemorou Gourt olhando para Korn que diminuía de tamanho à medida que Gourt continuava a correr.
Korn o olhou enfurecido, e então saltou para o telhado e começou a ir mais rápido dando cada passo que estraçalhava o telhado. — Você dizia o que mesmo muleque!
“Ai, ótimo eu e minha boca grande.” — Gourt quando olhou para sua frente viu um grande amontoado de pessoas aglomeradas comprando nas lojas nas ruas. — “Bingo!” — pensou enquanto fazia um sorriso de alivio.
Ele olhou para Korn que o perseguia como um búfalo — Ae velhote! — O velho o olhou confuso, mas ainda furioso, foi quando notou o sorriso de Gourt — Come poeira!
Gourt desembainhou sua espada, e a balançou ao redor. Fazendo a poeira que antes estava na rua subir até o telhado, criando uma cortina de fumaça.
Korn rapidamente balançou seu martelo causando uma ventania que dispersou a poeira, porém quando fez isso Gourt não estava mais ali. Ele olhou por todo os lados porem sem sucesso em o encontrar.
As veias de Korn pulsaram mais ainda e seus dentes rangeram ainda mais, e enfurecido soltou um grito — Gourt seu pirralho maldito quando eu te pegar, te darei a maior lição da sua vida MOLEQUE!
Agora para onde Gourt havia ido: era simples, no momento que criou aquela nuvem de poeira ele aproveitou o momento e saltou para a multidão e entrou em um dos estabelecimentos.
Sua barriga roncou após mais de 10 minutos esperando que fosse embora. — E a fome ataca. Bom de qualquer forma só preciso aproveitar e comer a comida que minha fez para mim e depois posso vol… — Quando ergueu sua mão notou que o pote de comida não estava ali, ele procurou desesperadamente em si qualquer coisa que pudesse ser do pote, porém sem sucesso.
“Merda onde eu deixei aquele pote!” — Gourt tentou lembrar-se das últimas vezes que estava com o pote, pensou ter deixado na carruagem, mas na mesma hora lembrou que havia levado consigo quando havia saído. Até que lembrou onde foi a última vez que segurara aquele pote. —” A merda agora vou ter que ir buscar ele no palácio, isso que eu chamo de azar.” — Ele pôs sua mão sobre a testa se arrependendo de todas as coisas que fez lá dentro no campo de treino.
“Ah! Mas o que eu faço agora pra pegar de volta?” — ele começou a pensar em formas de adentrar o palácio de uma forma que não fosse vergonhosa. Afinal ele não podia simplesmente aparecer ali, apenas para pegar o pote como se nada tivesse acontecido. Depois de ter nocauteado Drolvos e destruído uma parte da sala de treinamento dos soldados e falado daquela forma com Martin.
— Sir Gourt! Você não deveria estar na reunião? — uma voz feminina foi ouvida por trás dele, Gourt se virou para ver quem era.
A jovem estava vestida com uma camisa branca e usava uma saia longa de cor preta porem ele conseguiu reconhece-la pelos seus olhos azuis cabelos loiros e musculatura.
Gourt deu um sorriso aliviado e sagaz— Ah, Heliz! logo quem eu precisava ver!