Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 5
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- Capítulo 5 - Capítulo 5— O verdadeiro começo
assou-se algumas horas após aquela situação que Kairo haverá provocado por seu egoísmo. O esquadrão se encontrava em um local com uma superfície com várias ondulações e rochas gigantescas espalhadas pelo lugar, estavam também cercados por montanhas que pareciam se fechar à medida que avançavam na direção em que apontava
Kairo estava atras de todos eles, pois apesar de poder andar normalmente, não era capaz de andar na mesma velocidade que todo aquele grupo, isso por causa do seu recente ferimento que fora causado por Gauss.
Eles caminharam por mais 2 minutos, até que o próprio comandante os parou
Kairo deu um olhar de relance para o céu nublado, o que o fez notar que já estava perto de anoitecer.
— Aqui já está bom, vamos montar acampamento, continuaremos a viagem amanhã, será melhor do que continuar a viagem na noite — disse Gauss enquanto olhava para a superfície das paredes das montanhas
Enquanto isso o comandante estava olhando em sua volta com a cabeça apontada para cima. — Ha uma caverna naquelas paredes, podemos nos estabelecer lá durante a noite — Disse ele apontando seu braço para cima de uma das montanhas.
O garoto olhou para a direção que ele apontava, era uma caverna, estava a alguns metros acima do solo, e parecia ter espaço suficiente para todos os 5 entrarem.
— Ok, e como nós chegamos lá em cima? — Perguntou o jovem
— é simples. Escalando as rochas — respondeu Gauss, enquanto se aproximava da parede rochosa.
O garoto observou ao trokan enquanto ele aproximava-se da parede, o qual em seguida, cravou suas garras das mãos e dos pês nas rochas e as escalou em uma surpreendente velocidade em direção da caverna deixando marcas na rocha.
Todos os outros o seguiram fazendo o mesmo feito de subir aquela parede, exceto Kairo, que havia ficado parado lá chocado com o que havia visto.
— Ei, para de dar massada e sobe aqui logo! — exclamou a trokan que ele haverá conversado, algumas horas atras.
— Então sobre isso… — Disse o garoto, envergonhado de si mesmo — Eu não consigo subir dessa forma que nem vocês!
— Espera ae… você nunca subiu numa rocha em toda sua vida?!
— Bem, em minha defesa, eu nunca precisei… sabe.
— Eu não acredito, nisso! — ela pôs uma de suas mãos sobre o rosto, soltando um longo suspiro aborrecida pela — apenas se aproveite dos buracos que nós fizemos enquanto escalávamos, e venha rápido!
“Bom melhor obedecer, não quero ter que ser arremessado de novo” — Pensou ele
O jovem se aproximou da parede e começou a escala-la através das aberturas, cuidadosamente para evitar ferimentos como os que foram feitos por Gauss, por conta de seu egoísmo.
À medida que escalava, uma sensação de desconforto começava tomar conta de seu corpo. Porque ele estava sentindo isso?
Ele não sabia, só sabia que o motivo daquela sensação era por causa da forma que estava subindo aquela montanha, indo pelos buracos.
Era uma sensação comum para quando se fizesse uma atividade de uma forma diferente do acostumado.
Mas não era para Kairo sentir isso. Afinal ele nunca haverá sequer feito qualquer tipo de atividade de escalada ou de alpinismo em toda sua vida, até naquele momento.
“Será possível” — pensou o garoto, que em seguida esticou um de seus braços para uma área lisa intocada pelas garras dos outros trokans
E depois as cravou na superfície da parede, e começou a repetir o processo com seus braços e acelerando cada vez mais até que já estava escalando da mesma forma que os outros trokans haviam escalado.
Quando chegou ao topo ele estava sem palavras. Pois havia conseguido escalar aquela montanha sem muitos problemas, na sua primeira tentativa.
— Ora ora, veja se não foi alguém que acabou de aprender a escalar! — disse a trokan, que estava sentada em uma pequena rocha bem no fundo da minúscula caverna, com os outros membros do esquadrão deitados descansando — Confesso que estou impressionada. Afinal geralmente é preciso mais de 5 ou 6 tentativas para escalar tão bem como nos — Disse ela arrogantemente
— Tem certeza? você não quis dizer semanas ou meses? — Disse enquanto coçava sua cabeça com seus dois braços direitos
— Não — Respondeu ela seriamente — Se realmente tivesse algum trokan que fosse dessa forma não sobreviveria sequer um segundo no lado de fora.
— O… OK… Eu acho — disse o garoto em um tom nervoso.
— Bom, voltando ao trabalho — a trokan apontou para uma rocha em sua frente, e em seguida deu algumas batidas nela com seu outro braço — sente-se — disse com uma voz mais gentil.
— Não precisa — respondeu o jovem.
— Foi ordem do comandante Gauss, ele pediu para eu tratar seus ferimentos, de quando ele te arremessou naquela rocha. E como a responsável pelos cuidados médicos do esquadrão devo fazer isso.
Kairo sem questionar se aproximou do rochedo: sentou-se, e se aconchegou com as costas virada para a mulher
— Bom, eu não quero levar outro ataque daqueles. E minhas costas estão doendo da outra vez. — Brincou ele.
— Muito bem então vamos começar, tente não se move — retrucou ela
— Mas pera ae, o que você vai usar para tratar meus ferimentos, nós não trouxemos nada?
— Para isso vou pedir que você apenas confie em mim. Pode ser?
— Bom tudo bem — Disse desconfiado, mas confiou na palavra da trokan
Ele ficou quieto por alguns segundos, até repentinamente sentir algo agradavelmente quente, tocando suas costas.
Virando sua cabeça de relance para a trokan, viu algo que o deixara sem palavras, de suas mãos saia um tipo de onda de energia que projetava uma luz verde, que apesar de parecer fraca, iluminava uma boa quantia de espaço da caverna.
— Terminei — A trokan, soltou um leve suspiro de cansaço.
— Sério! — Exclamou Kairo não acreditando no que havia ouvido, esticou seus braços para suas costas e procurou por qualquer tipo de ferimento que pudesse achar em seu corpo, sem sucesso.
— Não fique acordado durante muito tempo, pois estaremos revezando a vigia durante a noite, e você é o segundo turno logo sugiro que vá dormir — Disse a mulher enquanto deitava-se no chão.
— E… Espera, antes de fazer isso pode me responder algumas coisas primeiro? — Perguntou o garoto ansioso.
— Agora não, estou com sono, amanhã eu te respondo qualquer tipo de pergunta que você tiver — Respondeu a mulher, que em seguida se deitou no chão para dormir — Aliais caso queira mais informações sobre a vigia da noite, pergunte a Gauss, ele te informara de uma forma mais objetiva sobre a vigia da noite.
— Pera ae, ao menos me fala quando é minha vez — Disse Kairo tentando prolongar a conversa, mas antes que percebesse, ela já havia dormido, cujo a mesma roncava — “Eu em essa ae cai no sono rápido “— Pensou ele, impressionado com a mulher.
O jovem apesar de não querer falar com Gauss. Se viu obrigado por causa da sua falta de informação dos turnos de vigia.
Olhou em volta da caverna a procura dele, e o avistou, estava de pé na entrada da caverna, apoiado com um dos braços do seu lado esquerdo na parede, enquanto olhava atentamente para o terreno abaixo deles, procurando por qualquer coisa que pudesse representar ameaça.
Kairo se aproximou dele, cuidadosamente para não acordar os outros, já que eles seriam os próximos na fila depois de sua vez.
— Ei Gauss — Chamou o jovem, fazendo com que o comandante desse uma rápida olhada de relance, mas voltou sua atenção para onde estava olhando antes.
— O que você quer? — Perguntou ele
— Nada demais é só que aquela mulher falo para falar com você sobre os detalhes da vigilância noturna — Ele apontou para a mulher deitada na ponta da caverna.
— Muito bem, foi até bom Kress ter dito isso, eu queria poder falar com você sobre uma coisa primeiro, antes de te dar as instruções da vigilância
— Kress né, então esse é o nome dela — disse o jovem soltando um leve riso
Gauss usou sua cauda para apontar para uma rocha com a parte superior plana — Sente-se, você ficando de pé me dá agonia enquanto falo
— Tudo bem — Concordou Kairo, que se sentou na rocha
— Bom primeiramente devo te dizer isso, você nasceu faz nem sequer 1 dia, o que faz com que sua puberdade esteja bem longe de chegar, e ainda não sabe como correr usando todos os seus membros do corpo, como também mal sabe manejar a sua cauda direito, estou certo?
— Bom… sim. mas o que a puberdade tem a ver com todas essas coisas?
— É quando nós começamos a ter um certo surto de crescimento de força, nossas mentes deixam de entrar muito na fase de aprendizado e começamos a ter uma evolução corpórea, em certas palavras nós ganhamos mais força, só que ainda temos a principal do nosso corpo na da puberdade, que devo dizer é a melhor, ou pior dependendo do indivíduo.
— E qual seria essa mudança, agora fiquei curioso — disse Kairo, colocando toda sua atenção para as próximas palavras de Gauss.
— Bom, é na puberdade que os seus órgãos sexuais aparecem.
— Vai se fuder! — Gauss soltara uma gargalhada, enquanto Kairo se encolhia de vergonha, por conta da inesperada informação.
— Foi mal, foi mal, sei que foi uma informação um tanto desnecessária, mas é melhor saber agora do que nunca! — Disse Gauss, ainda dando algumas risadas.
— Tudo bem, só não me mata de vergonha, de novo! — disse o jovem.
— Pronto era isso que precisava saber. — Interrompeu Gauss, com um tom sério — Bom sinto muito dizer isso, mas, hoje infelizmente você ficara a noite tentando pelo menos dominar o movimento da sua cauda.
— Espera porque a noite, e não no dia!
— Primeiramente, abaixe o tom de voz, tem gente tentando dormir. Segundamente de dia nos estaremos em movimento constante sem nenhuma pausa.
— Não tudo bem, mas toda a noite não é um exagero.
— Eu acho que você não entendeu, se não puder nem mesmo controlar sua cauda nesse mundo, não será nada menos que comida para as criaturas do abismo.
Kairo se calou, ele sabia que não poderia discutir com esse fato, de não saber sequer o básico daquele mundo, e isso o tornava uma presa indefesa. Uma expressão mais especifica seria “saco de carne ambulante”.
— Eu entendo. — Concordou o garoto
— ótimo, depois do meu turno você irá vigiar, depois disso será a vez de Kross, que está deitado perto de você — disse apontando sua cauda para um dos companheiros de esquadrão.
O trokan tinha um corpo com uma musculatura que parecia que ia quebra o exoesqueleto a qualquer momento, suas pernas tinham algumas marcas de cortes, seu abdômen tinha uma marca de soco no centro, de seus 4 braços 2 deles estavam com aberturas que pareciam ter sido queimados, enquanto o resto era algumas feridas de cortes, e um de seus olhos compostos estava cego.
— Esse ae é bombado — disse Kairo, brincando
— Ah sim, e tem o mais importante
Gauss caminhou para o jovem, e o olhou com seriedade nos olhos, e disse — Se você ver, qualquer mínima fonte de luz, por mais fraca que seja, durante a noite, acorde todos — ele em seguida voltou para a posição em que estava antes, perto da saída da caverna.
Kairo observou Gauss, ele havia notado o jeito em que pressionava suas mãos, na hora de ter dito aquilo.
— Você perdeu alguém não foi? — Gauss voltou-se para kairo com uma expressão surpresa estampada em seu olhar
— Como você…
— Soube? Bom é só que o jeito de você falar do akuri acabou por dar algumas pistas, então eu só fiz chutar a resposta — o jovem soltou uma leve risada.
— Ha ha, bom você me enganou direitinho — Gauss deu uma leve pausa para pensar — Acontece que, eu perdi um parente meu, para ser mais exato meu irmão mais velho.
— Todos nós não somos irmãos? — perguntou Kairo, confuso
— Até somos, mas eu e ele nascemos no mesmo ovo, só que ele saiu primeiro uns 3 ou 5 segundos na minha frente, não sei quanto ao certo, ouve até uma briga entre nós sobre quem seria o mais velho, isso por causa desse pequeno tempo, mas fatos não se discutiam, então foi decidido que ele seria o mais velho — Ele deixava uma alegre voz sair enquanto falava.
Gauss não parava de falar, incansavelmente de seu irmão mais velho Grotos, ele havia contado sobre alguns momentos de sua vida, uma vez na qual eles haviam soterrado um túnel no qual os operários demoraram mais de 5 meses para construir, outra quando eles haviam destruído a passagem principal de entrada e saída para a colônia dos caçadores.
Cada vez mais que Gauss falava mais alegria sua voz demonstrava, isso por conta da alegria dos momentos com seu irmão, que também era seu melhor amigo
Mas quando chego no momento em que falaria sobre seu encontro com akuri ele hesitou.
— Acho que já deu de falar por hoje — Afirmou Gauss, dessa vez com um tom de tristeza — comece a sua vigia, já é a sua vez afinal de contas.
— Tudo bem, boa noite
— Boa anoite — o comandante se dirigiu para um espaço aberto da caverna e se deitou lá, e rapidamente adormeceu.
Kairo se dirigiu para a entrada da caverna e lá fico fazendo a vigia, enquanto treinava o manuseio de sua cauda.
Após o seu tempo de vigia acabar foi quando ele acordou Kross que foi fazer a vigia. Logo em seguida o jovem se dirigiu para um local e continuou o treino do manuseio de sua cauda até adormecer
[…]
O dia já havia nascido e Kairo estava se levantando normalmente, porem havia algo de estranho no momento em que acordou.
Seus olhos estavam embaçados, por isso de início ele não conseguia ver direito, mas com o passar de alguns instantes sua visão se acomodou, e revelou uma visão que o fez ficar horrorizado.
Logo a sua frente estava um corpo decapitado de Kross, que fazia um caminho com o sangue até a entrada da caverna, onde ELE se sentava com a cabeça do trokan morto em um de seus braços
O ser possuía um corpo cheio de músculos, uma pele negra e vermelha ao mesmo tempo, seus pês eram virados para trás, pernas longas e compridas, de seu abdômen para cima havia várias cicatrizes de cortes, possuía 4 braços largos e monstruosos com unhas pontudas, e seu rosto não possuía lábios pois seus dentes afiados negros a cobriam e no lugar de olhos ele possuía duas pequenas bolas de fogo, e todos os pelos de seu corpo pegavam fogo.
O ser soltou uma leve risada — A criança finalmente acordou, ha ha!