Reencarnado Como um Inseto Humanoide - Capítulo 7
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- Capítulo 7 - Capítulo 7- Uma Batalha Brutal
Kairo estava acompanhando a luta ao longe esperando por qualquer chance para poder ao menos ajudar a Gauss, sem arriscar a sua vida
— Droga! — grunhiu Kairo irritado consigo mesmo.
Embora Kairo tenha decidido ajudar Gauss a combater Akuri, a tarefa, no momento em que ambos os dois começaram a lutar, demonstrou-se ser, por um período curto de tempo, impossível para ele. Mesmo que tenha se acostumado a velocidade deles com o decorrer, por causa do rápido aprendizado, dos trokans e do aprimoramento que havia recebido, de Kress, ainda se provava uma tarefa difícil.
Gauss trocava golpes com Akuri. A luta estava equilibrada, com Gauss atacando com seus chutes e socos bem direcionados, e Akuri usando suas chamas.
Em busca de uma vantagem Akuri tomou distância e atacou com gigantescas bolas de fogo, e Gauss por incrível que pareça conseguiu refleti-las para uma montanha ao seu lado que acabou por desaparecer pelo ataque.
Gauss avançou contra akuri movendo-se verticalmente enquanto saltava pelos detritos que estavam no ar, rapidamente encurtando as distancias um do outro.
Num movimento que parecia ser desesperado, Akuri intensificou as chamas de seu corpo criando uma cortina de fumaça antes de Gauss se aproximasse.
“Ele está tentando se esconder?!” — pensou Kairo
Gauss notando a cortina de fumaça parou seu avanço e recuou rapidamente destruindo o que estivesse atras dele no processo.
— Foi muito tarde Gauss! — gritou Akuri alegremente.
No mesmo momento toda a fumaça se uniu rapidamente formando uma pequena esfera, Akuri a engoliu e disparo uma grande rajada de chamas.
Gauss rapidamente usando sua cauda, redirecionou a direção que seu corpo estava indo escapando por um triz do ataque, o qual havia pulverizado uma larga quantia de montanhas de onde havia acertado.
— Meu Deus! — disse Kairo boquiaberta pelo que havia presenciado —” já não basta ter que me cuidar para sobreviver dos choques dos golpes deles, agora isso! Era o que me faltava!” — pensou angustiado.
Akuri notando que Gauss havia desviado de seu ataque, deixou escapar um sorriso — Realmente você nunca deixa de me surpreender, Gauss!
Gauss ficou calado apenas esperando o próximo movimento de seu inimigo.
— Ai ai! — suspirou Akuri — Para que tanta seriedade Gaussinho, estamos nos divertindo aqui, não é?!
— Você pode estar se divertindo, mas eu não estou, e quanto mais cedo você morre melhor para mim! — exclamou o trokan.
Akuri o olhou com um olhar de decepção, porém logo em seguida notou uma coisa na qual podia se aproveitar, o que o fez dar um sorriso largo e sádico.
— A Gauss por acaso… você ainda está com raiva de min por conta do seu irmão?! — Disse dando pequenas risadas.
Gauss no momento que o ouviu dizer aquilo, seus punhos cerraram e suas veias começaram a ficar visíveis em seu exoesqueleto.
— Poxa vida Gauss, e eu achando que você tinha deixado tudo de lado — dizia num tom de insulto — Afinal aquele trokan não só era fraco como também era uma vergonha para sua raça!
” Ele está falando do Grotos! ” — pensou Kairo, que em seguida olhou para Gauss. Ele estava já com todas as veias de seu corpo a mostra seus punhos cerrados agora estavam sangrando, de tanta força que os estava segurando, como se estivesse se contendo ao extremo para não ir para cima.
— E eu ainda digo mais, ele até mesmo implorou para eu poupar a vida dele, dá pra acreditar?! Aliais se eu não me engano o nome do covarde era…
— Não se atreva a falar o nome dele seu DESGRAÇADO! — gritou Gauss, rachando o solo no qual pisava.
Akuri o olhou atentamente, analisando cada parte de seu corpo, o que o fez sorrir sadicamente — Grotos, era esse o nome do covarde não era Gaussinho?
Gauss ao ouvir aquilo, então começou a entrar em uma estranha posição de batalha, posicionando seus 4 braços perto de seu quadril, e uma de suas pernas para trás, e sua outra perna para frente. E então de repente uma energia roxa azul começou a emanar de seu corpo, criando fortes ondas de ar que assopravam todos os destroços perto dele para longe, e de pois disso se direcionaram para seus braços e pernas.
— Truquezinho novo gaussinho? agora você conseguiu minha atenção mais ainda! — disse Akuri sorridente.
Gauss posiciono dois de seus braços para a direção de Akuri — Eu te garanto… Mesmo que você não morra, eu garantirei que tenha o pior momento de toda a sua miserável vida! — disse num tom de voz que parecia perfurar a alma.
— Tenta a sorte! — assim como antes criou uma cortina de fumaça maior que a última que havia feito, e a focou toda em uma pequena esfera negra na qual abocanhou — vamos ver se consegue perfurar isso Gauss! — sem nenhum tipo de demora ele disparou a rajada de chamas, na qual era maior do que a última que havia feito antes.
— Merda! — exclamou Kairo, vendo a rajada de fogo indo em sua direção.
O jovem na tentativa de escapar do ataque começou a correr, mas de repente um fortíssimo vento o arremessou para um dos rochedos que ainda estava milagrosamente intacto.
Recuperando-se rapidamente do choque, ele olhou em sua volta: O meio agora estava completamente diferente, o chão estava totalmente carbonizado, a paisagem agora destruída com quase nenhuma montanha a alguns quilômetros de distância, restos de rocha despedaçada por todos os lugares, a ponto de deixar quase impossível o movimento sem conseguir tropeçar.
— BOOM! — Um ensurdecedor som vinha a alguns metros de onde Kairo estava, repetindo-se cada vez mais.
— O que diabos está acontecendo merda! — O jovem se ergueu de onde estava e caminhou para a origem do som, preocupado com Gauss, e quando chegou lá se deparo com fortes ondas de choque querendo o assoprar para longe novamente e uma chocante visão.
Gauss estava lá de pé desferindo sem parar socos que faziam uma pressão no ar forte o suficiente a ponto de vaporizar rocha solida, e Akuri desferia socos flamejantes numa tentativa de poder parar os ataques de Gauss.
Os golpes entre os dois continuavam incessantemente sem parar por um só milissegundo, e a cada choque entre os golpes, causava uma onda de ar mais forte que outra lançando mais e mais destroços para longe.
Akuri estava olhando atentamente para Gauss, sem sequer piscar uma só vez. Pois ele sabia que no momento em que parasse ou até se diminuísse o ritmo de seus ataques, seria o momento de sua derrota.
Já Gauss estava cada vez mais acelerando o ritmo de seus ataques, sem parar, até conseguir uma chance, de desferir um ataque a queima roupa.
As ondas de ar ficavam mais intensas a ponto de Kairo precisar prender os seus pês e mãos ao chão para não ser arremessado aos ares novamente.
Os golpes continuaram até que repentinamente um dos braços de Gauss se quebrou.
— Crack! — um som alto capaz de ser ouvido por Kairo e Akuri.
Akuri ao ouvir o som fez um largo sorriso, pois sabia que era questão de tempo até os ataques cessarem e ele dar o último golpe.
Já Gauss com seu braço quebrado que simbolizava a sua derrota iminente, porém, ele não sentiu tristeza, muito menos desespero, ele sentiu RAIVA.
Raiva pelo fato de em sua frente ter o seu maior inimigo e assassino de seu irmão e não poder derrota-lo, raiva de seu corpo aquilo que ele mais confiava durante a batalha o estar traindo naquele momento, e aquilo que o mais dava raiva era o fato de que caso perdesse ele teria que lidar com o fato de que aquele monstro iria começar a caçar mais livremente o resto de sua raça.
Porém ainda assim o normal seria parar com os ataques, mas Gauss não fez isso, e tomado pela fúria consigo mesmo ele fez o oposto, fazendo com que a energia roxa e azul de seu braço quebrado se intensificasse, e voltando a dar ataques com ambos os braços.
Os ataques continuavam outro braço se quebrou, Gauss fez o mesmo que havia feito com o outro, mais outro de seus braços se quebrou, e ele fez o mesmo, seguindo dessa forma até seu último braço se quebrar.
Ele fez o mesmo que fez com os outros, porem dessa vez ele acelerou seus ataques até o seu limite, fazendo com que cada golpe fizesse com que sangue voasse em sua volta.
Akuri estava ficando desesperado e ansioso, ele queria terminar a luta o mais rápido possível, pois em sua cabeça não iria aguentaria aguentar por muito mais tempo. E essa decisão de tentar acelerar o que já estava decidido, foi o seu pior erro.
Pois Akuri ao tentar dispara uma rajada de chamas, acabou por ser acertado por vários ataques de pressão de ar causados pelos socos de Gauss, os quais o fizeram vomitar sangue.
E Gauss vendo uma oportunidade cessou seus contínuos ataques contra Akuri, pondo seus braços todos quebrados para descansar, e então avançou contra ele, correndo com ambas suas pernas e rachando o solo a cada passo que dava.
Quando estava a meio passo de Akuri, Gauss desferiu um chute, um embutido com toda a sua força e determinação.
O chute acertou o rosto de Akuri, e afundou nele, e depois disso uma grande explosão aconteceu, criando uma nuvem de fumaça pelo local.
Kairo dessa vez não foi arremessado para longe, mas sofreu pequenos danos dos destroços que o atingiram depois da explosão, ele desprendeu seus membros do solo, e começou a procurar por Gauss.
— Gauss! — Gritava Kairo numa tentativa de conseguir encontra-lo em meio a toda aquela fumaça, olhando em volta a procura de algum sinal de vida — Gauss!
— Hurrr — um grunhido de dor ecoo ao longe, Kairo correu em direção ao som.
Quando chegou ao local viu Gauss todo jogado no chão, seus braços todos quebrados, e a perna na qual golpeara Akuri muito ferida.
— Aaaan… você ta bem?
Gauss o olhou com tortamente — Não eu to ótimo… Só estou com uma perna lascada e meus 4 braços quebrados, é obvio que eu não estou bem desgraça! — disse irritado.
— Pra que tanta ignorância, só perguntei se você estava bem!
— Não dá pra ver só de olhar?!
— OK… Nós discutimos isso depois que dermos o fora daqui — Kairo se aproximo de Gauss e com cuidado o levantou e pôs em suas costas.
— AI AI! Toma cuidado onde toca, você atingiu meu osso interior!
— Eu não sou médico desgraça, e para de gritar no meu ouvido!
— Então olha onde você mexe!
— Ta bem, vou andar com cuidad…
— Desgraçado! — Uma voz profunda e familiar foi ouvida por trás deles
— Não é possível! — Kairo rapidamente virou-se para ver quem era. A fumaça que fazia uma silhueta aos poucos foi se dissipando e revelando a ele uma visão inacreditável.
— Akuri! — o corpo de Akuri estava com os todos os ossos expostos com um pouco de musculo grudado ao que restava, suas pernas estavam tremendo apenas com o peso do corpo, metade de seu torso coberto com músculos e o resto apenas ossos rachados, sem nenhum dos braços, seu crânio quebrado e com a parte inferior de sua mandíbula balançando como se fosse cair a qualquer momento.
— Como… Como você conseguiu usar Aura? Sua maldita raça não deveria sequer ser capaz de acessar esse tipo de poder, Ainda mais manusear! — Exclamou Akuri furioso.
— Até parece que eu vou falar, ainda mais para alguém que está tão perto da morte! — retrucou Gauss, com um tom de satisfação.
O resto das veias de Akuri engrossaram demonstrando o quanto ele estava enfurecido.
— Vamos logo sair daqui Kairo, não quero mais ver o rosto desse canalha nunca mais. — disse Gauss
— Mas ele ainda não ta morto, tem certeza? — Perguntou o jovem inseguro.
— Sim eu tenho, ele não vai conseguir se regenerar de um ataque de Aura.
— O que é essa coisa chamada de Aura aliais? me explica ae.
— Te explicarei depois que eu tiver me curado.
— A qual é não me deixa curios…
— Ha… Ha… Hahahaha — Kairo havia sido interrompido por Akuri que ria freneticamente como um maniaco.
— Enlouqueceu agora que está para morrer é isso?! — Disse Kairo confuso.
— Eu vou morrer, tem tanta certeza disso?! Olhem em sua volta, o lugar está totalmente incendiado cinzas e fogo para todos os lados!
— E o que isso tem a ver? — retrucou Kairo
— MERDA! Kairo corre agora! — gritou Gauss desesperado
— Que porqu…
— Apenas corra!
— Tarde demais! Vocês só têm alguns minutos, ou devo dizer alguns tros, hahaha! — Ria Akuri freneticamente — Esse é o preço por ter me deixado nesse estado Gauss!
— O que ta fazendo, corra ou você quer morrer!
— ta bom, ta bom! — Kairo enquanto segurava firmemente Gauss para que não caísse, começou a correr para o mais longe que pudesse, enquanto ouvia uma sinistra gargalhada de Akuri sendo deixada para trás.
— Agora me explica o que ta acontecendo aqui!
— Akuri está absorvendo as chamas e o calor do ambiente.
— E isso quer dizer?
— Quer dizer que ele vai se regenerar.
— OH!
— E quando ele se regenerar ele será obrigado a devolver o que ele pegou do ambiente.
— Só isso?
— Seria bom se fosse só isso.
— Como assim?
— Pense comigo, com tanto calor, e fogo concentrado em um só ponto sendo liberado de uma vez o que acha que aconteceria?
— Bem uhh… Puta merda!
— Entendeu agora, então acelera!
— Ce… Certo — Kairo começou a correr com todas as suas forças, deixando um rastro de fumaça para traz.
O jovem corria e corria, sem sair do ritmo por um segundo sequer, até mesmo atravessando obstáculos em sua frente para poupar tempo.
Então uma grande explosão pode ser ouvida
— Oh merda! — exclamou Gauss
— Fica quieto! não me deixe desesperado, caso contrário nos dois vamos virar churrasco.
Kairo começou a acelerar o seu passo desesperado, o vento que se chocava contra ele, e os escombros deixados pela luta dificultavam sua corrida.
— Olhe lá — disse Gauss apontando com sua cauda.
O jovem voltou-se a olhar a direção apontada. Era uma cadeia de montanhas, que estava milagrosamente intacta.
— Corra para lá, e corra pelas paredes você deve conseguir ir mais rápido. — Concluiu Gauss.
— Certo! — concordou o jovem.
Kairo se dirigiu até montanha, e quando chegou nela, saltou em suas paredes, e usando as garras de seus dedos dos pês, começou a correr sobre elas, a pressão do vento agora era de alguma forma mais fraca e deixará de ser um problema para ele assim como os obstáculos que agora eram quase nulos. Ele seguiu assim, saltando sempre para uma outra montanha quando não tinha mais solo para correr pelas paredes.
O raio de explosão estava a 50 metros, depois 40, 30, 20, 10, 5, e então chegou nos centímetros de distância, suficiente para fazer com que Kiro conseguisse sentir a explosão perto dele.
A quantia de solo estava para acabar, logo ele teria que saltar novamente, porem no momento que saltasse a explosão o atingiria, e não tinha nada que pudesse fazer, a não ser confiar na sorte.
A quantia de solo estava a mio passo de acabar, Kairo saltou, o tempo pareceu parar, com o fogo prestes a tocar o seu corpo, e rapidamente se aproximando.
“É o fim” — pensou Kairo sem esperança, mas então de repente um clarão branco consumiu o meio e de alguma forma puxou Kairo e Gauss para o chão. O jovem por sorte conseguiu pousar no solo seguramente, e voltou-se a olhar a fonte da luz.
De alguma forma qualquer tipo de coisa relacionada a todo aquele poder destrutivo causado por Akuri havia sumido, e a única coisa que se mantia no ar era aquela pequena fonte de luz, que descia lentamente até chegar ao chão, e quando tocou o chão o clarão se dissipou e revelando sua forma verdadeira.
— Ta de brincadeira! — disse Kairo, sem acreditar no que estava vendo.
Apesar de ter algumas diferenças desde a última vez que a vira, ele sabia quem era, era uma figura alta e feminina, vestida com apenas algumas roupas cor de nuvem para cobrir seu torso e um pouco das pernas, uma pele branca, com uma estrutura corpórea de deixar qualquer homem com água na boca, cabelos longos e pretos, e um belo rosto e olhos com cruzes cor amarela no lugar de sua pupila que escondia uma personalidade sádica.
— Você! — exclamou Kairo
— Olá novamente humano!