Sirius - Capítulo 24
Capítulo 24: Pesadelo (Final)
— SOLDADOS, SEGUREM A INVESTIDA! — gritou Bator na linha de frente.
O exército de goblins avançava sem medo ou temor pela morte. No centro da batalha, um grande monstro lutava arduamente contra um guerreiro e uma arqueira, a batalha seguia por um fio, entretanto, esse impasse central era temporário. Com o avanço das tropas menores, a desvantagem numérica se tornava cada vez mais evidente, os soldados já exaustos caiam rapidamente.
— Não hesitem, homens! — uma voz um pouco mais velha soou na linha de trás do exército. — Ispedes curtim us cias. — Rodando a ponta do cajado que utilizava para apoiar-se, um círculo surgiu em meio ao campo de batalha. — Sengui parofique us curpas dissis humins!
Assim que terminou o encantamento, os soldados sentiram a força retornando aos seus corpos. Todos gritaram em comemoração, a moral instantaneamente subiu por todo o campo de batalha.
TSK*
Xu estalou os lábios, seu sangue ferveu, mas rapidamente ele se conteve e ordenou:
— Ei, Elfa, desacelere, não estamos com pressa! — disse Wang.
— O que você está dizendo? Nesse ritmo vamos cansá-lo em breve! — Bator rebateu.
Entretanto, Akemi apenas acenou a cabeça e concordou, como se fosse natural.
“Como esperado, ela também percebeu.”
Wang havia notado assim que adentrou o campo de batalha, o Rei Goblin estava diferente, a magia sinistra que exalava do monstro havia desaparecido e apenas uma besta comum permanecia em frente a eles. Apesar disso, ainda era uma besta extremamente forte para o nível atual dos participantes da missão, mas nada que a experiência de batalha e a inteligência humana não pudesse superar. Enquanto batalhavam, Xu e Bator alternavam para segurar o foco do Goblin, simultaneamente, Akemi o bombardeava, esse processo, se repetindo ao longo do tempo, desgastava-o pouco a pouco.
“Xu deve ter percebido” Pensou Akemi. “Entretanto… não acho que de para tirar conclusões de nada apenas pelo inimigo ter ficado mais fraco… ele deve ter outra razão.”
Pouco a pouco o Rei Goblin foi perdendo as forças, até que finalmente suas pernas cederam, sua espada caiu e seu corpo deitou-se ao chão. Assim que o líder das forças inimigas foi derrotado, o exército entrou em desespero e começou a se dispersar.
Gritos de comemoração foram ouvidos pela pouca quantidade de soldados que sobraram no campo de batalha.
— Vencemos! — o capitão da guarda declarou em meio aos seus homens.
Beldor se posicionou ao lado de Bator, com um leve tapa nas costas de seu amigo, ele sorriu. Subitamente uma machadinha voou na direção da cabeça do velho, ao mesmo tempo, as costas de Bator explodiram, atirando o capitão para longe. Os soldados, sem entender o que acabara de acontecer, se olharam em choque por alguns segundos, os mais velhos e experientes correram em direção ao corpo atirado.
— Capitão, o senhor está bem? — disse um deles.
O homem ainda respirava, entretanto, seu corpo estava extremamente ferido.
— Algum médico, precisamos de um médico urgentemente! — outro soldado gritou.
— Ora ora, parece que eu errei por pouco… apesar disso preferiram checar o seu capitão ao invés do homem que é como um pai para vocês… eu devo ter criado vocês errado! — o velho líder da vila declarou. — Parece que preciso tomar providência quanto a isso… Mintis freces, PADEÇAM! — Nesse momento, todos os soldados já olhavam em direção ao que deveria ser Beldor. Repentinamente dezenas de homens caíram no chão, suas mãos levadas a cabeça urrando pela dor que era lhes causada.
Uma esfera elétrica e vermelha cercou o velho, seu rosto era pouco a pouco derretido pela magia e uma face escura e horripilante tomava o lugar. Presas decoravam o rosto do monstro, olhos amarelos brilhavam e seu corpo rapidamente deteriorou-se até a sua forma original, a de um Goblin humanoide. Antes que pudesse falar mais alguma coisa, uma flecha voou em sua direção, mas foi rapidamente destruída pela esfera que cercava Beldor.
— HAHAHA e vocês… o que farei com vocês… mas estou profundamente curioso… como descobriram?
Xu pulou em direção ao monstro, com seu último machado acertou com tudo o campo elétrico.
— Não é da sua conta! — gritou Wang, logo antes de ser repelido e jogado em pé a alguns metros de distância. Seus olhos brilhando em vermelho.
— Hm… ahhHHHHAHAHAHA EU ENTENDO AGORA! — Beldor gargalhou quase que loucamente, como se tivesse feito a descoberta do milênio. — Quem diria que eu cometeria um erro tão burro! Usar linguagem perdida perto de um High Human? Eu devo ser muito sortudo, não achei que encontraria outro desses em vida!
— Cale-se desgraçado! — O sangue do bárbaro ferveu, a lâmina de seu machado aqueceu-se e como uma guilhotina desceu na direção do campo de defesa.
BUM
Uma grande explosão fez a barreira tremer, mas o rebote foi tão forte quanto, atirando Xu para mais longe do que antes. Ao mesmo tempo, uma chuva de flechas caiu dos céus em cima do goblin.
— Que chateação, por que você não pode ser igual aos seus ancestrais e fugir com medo?
A temperatura explodiu, fazendo o ar ao redor tremer com o calor. As veias do corpo de Wang saltaram em todo o seu corpo.
— Você… eu vou ACABAR COM VOCÊ! — em fúria, Wang circulou o monstro, alcançando seu outro machado, que instantaneamente pegou fogo, absorvendo a mana que ele liberava.
— E como pretende fazer isso? Mal consegue causar dano as minhas defesas… meu escudo só cairá quando minha mana esgotar e eu te garanto garoto ela não vai…
— Isso é o que vamos ver! — Assim que terminou de falar, Wang pulou, descendo fervorosamente em direção a barreira.
BUM
O escudo tremeu pela primeira vez, Xu foi atirado ainda para mais longe, mas vendo sua magia enfraquecer, a expressão de Beldor mudou para uma de desgosto.
— Parece que terei que levar essa luta a sério. — O shaman esticou uma das mãos para os céus, na ponta de seus dedos fios se teceram do ar. — Agora, cumpram a finalidade de suas vidas! Etequim Ilis! — as linhas espalharam pelos céus e novamente os soldados que estavam afligidos pela magia do monstro subitamente gritaram e logo após se calaram.
— Ei! Você está bem? — perguntou um dos guerreiros que não estavam sob efeito do feitiço para outro agoniando.
O soldado não respondeu, apenas sacou sua espada e balançou-a na direção do que até então era seu amigo.
— NÃO! — gritou Akemi, tarde demais… sangue caia pela boca do homem atingido enquanto seus olhos confusos perdidos de vida questionavam o porquê.
— HAHAHAHA, VÃO! MATEM A TODOS!
Beldor ria, os soldados até então aliados começaram a atacar uns aos outros, o que havia sobrado do exército estava em caos.
— Por quê? — Bator se apoiava em sua espada, olhando para o homem de quem sempre foi amigo, o homem que o criou desde criança. — Por que o senhor faria isso conosco? Somos o seu povo…
— Tolice! — rebateu. — Beldor se foi há muito tempo… apenas um servo de Grindar restou.
— Mas… por que nos ajudar a derrotar o Rei Goblin? — ainda em choque, sem entender o que se passava, tudo que o capitão da guarda poderia fazer era questionar o monstro.
— Aquela besta imbecil não me diz respeito! — zombou — tudo que ele pensava era tornar o ninho mais próspero e no futuro de sua raça… já eu? Minha visão é muito maior do que isso! — O shaman posicionou o cajado no chão a sua frente e abrindo os braços urrou aos céus, que o responderam iluminando suas mãos em fogo. — DESCENDA!
— Como se eu fosse deixar! — gritou Xu, seu corpo ensanguentado resistia para se manter de pé, o sangue do berseker o mantinha em frenesi, ignorando toda a dor. — Vamos ver quem quebra primeiro! AKEMI!
— Já entendi! — A Meio Elfa esticou a corda de seu arco, projetando uma flecha devastadora e logo a soltou em direção ao monstro.
A flecha cortou o ar em alta velocidade e atingiu com toda a força o escudo do Shaman.
— INÚTIL! — Com esforço, o goblin novamente agarrou o seu cajado, e como se a repulsasse, mandou a flecha para os céus. Após alguns segundos o projetil explodiu no nada.
— Por quê!? — uma espada atingiu a lateral do escudo, um golpe tão insignificante que o monstro nem se importou em defender, porem, um que carregava toda a mágoa dos soldados que lutavam para defender suas próprias vidas, sem tirar as de seus colegas controlados. — Por que você fez isso? Brincou com nossas vidas, nossos corações!
— Não perca seu tempo com palavras ao vento, sua futilidade não amolecera meu coração! — com apenas um balançar de mãos, Bator foi empurrado. — Você, sua família e seus soldados são apenas brinquedos descartáveis que utilizei para matar aquela besta… nada mais do que isso!
BUM
Incessantemente o bárbaro atacava.
— E você? — o shaman esticou as mãos e como se utilizasse de uma força sobrenatural, levantou Wang do chão. — Você fara um lacaio interessantíssimo.
Xu sorriu, seu corpo completamente ferido não parecia incomodá-lo nem um pouco.
— Você demorou muito, seu desgraçado.
— Hm? — o shaman rapidamente virou-se para trás e olhou na direção do homem que caia dos céus.
— BELDOR!!!
O punho brilhando em branco atingiu fortemente o escudo, a explosão trincou a defesa e como se fosse de vidro, a barreira elétrica partiu-se e dissipou, ao mesmo tempo que Jihan era lançado para longe.
— IMPOSSÍVEL! — o Shaman amaldiçoou o garoto, mas foi interrompido por uma flecha que raspou em seu rosto e pela primeira vez o feriu. — Você deveria estar morto!
— Tenho que admitir… ele é duro na queda — Já um pouco sem forças, Xu sussurrou. — Agora é com você, moleque…
— Se pensa que pode me derrotar apenas por que meu escudo se partiu, está terrivelmente enganado! — debochando, Beldor atirou Xu para longe e virou-se para Li — Bem… posso ter perdido a chance de te matar uma vez, mas esse erro não se repetira novamente…
O corpo de Jihan, ainda completamente ferido do ataque surpresa de mais cedo, mal conseguia se manter de pé.
— Haha… se eu fosse falhar apenas por algumas cicatrizes no meu corpo, o albino atrás de você me assombraria pelo resto da minha vida — levantando ambos os punhos em guarda, Li declarou — Você vai cair e pagará por tudo que fez a essa gente!
— Venha, garoto! — já perdendo a paciência, o feiticeiro atirou diversas flechas negras na direção de Jihan, que rapidamente desviou para o mais longe possível. Os locais atingidos pelos projéteis se deterioravam e derretiam.
“Parece que não vou ter muitas oportunidades… espero que aquele anão não tenha mentido para mim!”
Quando uma flecha certeira alcançou Jihan, ele a socou com toda a força, Járngreipr coberta de luz tremeu, mas não parou. A magia sombria se desfez.
— SEU BASTARDO! — gritou Beldor — MORRA! — Levantando ambas as mãos, uma onda de magia negra avançou em direção a Li.
“Droga!” Pensou rapidamente quando viu a quantidade de poder que o feiticeiro ainda podia exercer.
Mas antes que pudesse atingi-lo, um homem de armadura surgiu na frente de Jihan, levantando seu escudo o guerreiro avançou em direção a mare destruidora, segurando-a e a quebrando no meio. Seu equipamento rapidamente deteriorou-se, como se derretido por ácido.
— BATOR! — gritou Jihan.
— VÁ, GAROTO! NÃO SE IMPORTE COMIGO! — o homem gritou com toda a força que lhe restava. — POR FAVOR!
— Verme desgraçado! Como ousa interferir! — exclamando, o monstro desferiu uma flecha negra, atingindo o peito do Capitão. — E você! CAIA! — novamente apontando o seu cajado na direção de Jihan, Beldor iniciou a conjuração de outro feitiço, mas antes que pudesse finalizá-lo foi interrompido por outra flecha que voou em sua direção e interrompeu a própria conjuração para desviá-la. — TODOS VOCÊS INSIGNIFICANTES PERECERÃO! Argh-
— Não comigo aqui! — Xu que havia se levantado, afundou o seu machado no ombro do servo de Grindar.
— MORRA! — o velho feiticeiro amaldiçoou a própria mão e perfurou o corpo de Xu, que no último momento conseguiu desviar, sendo acertado apenas no ombro.
O Berseker rapidamente utilizou de sua outra mão para segurar o braço do Shaman.
— Agora… eu te peguei!
— Me solte! — A mão na ferida do homem ferveu, mas Xu não soltou em momento algum.
— Não é comigo que deveria se preocupar…
— O quê? — O shaman virou-se para trás em desespero, apenas para encontrar um garoto quase inconsciente circulando o ar com as próprias mãos, deixando rastros de luz por onde passavam, seus punhos brilhando fortemente. — SEU…
— QUEBRA-
— DESGRAÇADO!
— CASCOS!
Concentrando o poder que acumulava do vórtex de luz em suas mãos, Jihan desferiu um golpe que parecia quebrar o ar, acertando por completo o corpo do feiticeiro, que foi atirado dezenas de metros de distância. Com sua coluna destruída e órgãos perfurados, o Shaman não se levantou. Xu, que estava na área de alcance do golpe, absorveu um pouco da força e caiu desacordado.
Os soldados controlados um a um voltaram a consciência e pararam de lutar. Sem conseguir lembrar do que haviam feito, correram em direção aos seus irmãos de batalha feridos para tentar ajudá-los. O capitão estava inconsciente. O que deveria ser uma vitória era mais similar a uma derrota esmagadora.
Li caiu de joelhos lamentando e mesmo com os olhos fechados, uma mensagem apareceu em sua visão.
Missão: O Pesadelo do Rei Goblin
Objetivo: Impeça a destruição da vila.
Dificuldade: B-
Requisitos: Min: 3 | Max: 5
Recompensa: 800p + Elixir de Hércules.
Missão secundaria: Salve a filha de Bator.
Status: Concluída.
“Concluída? Pro inferno com isso!” pensou Jihan
— Pense o que quiser, essa missão foi um sucesso — uma voz desconhecida ecoou na mente de Li, fazendo-o abrir os olhos. Ele não estava mais no campo de batalha, mas sim em completa escuridão. Apenas um homem se erguia em meio as sombras.
— Quem é você? — A pessoa em questão lembrava muito Wang Xu, apenas seu rosto era mais velho e cheio de cicatrizes e seu cabelo era mais longo.
— Eu sou a pessoa cuja missão é baseada.
— Sendo assim, como pode dizer que foi um sucesso? Nós perdemos TUDO!
— Não seja um tolo, garoto! Você não tem ideia do que é perder tudo!
Li se calou. O homem misterioso passou a mão pelo ar, e o cenário escuro se tornou diferente. O primeiro pesadelo de Jihan apareceu, o exército de goblins ouvindo o encantamento de um feiticeiro.
— Esse é…
— Beldor… não… o monstro que utilizava o velho homem como casca. E, além disso, esse é o resultado da minha história.
— Quer dizer que-
— Eu falhei? Sim. Não só falhei como fui um covarde, eu percebi tarde demais o verdadeiro inimigo… eu… abandonei tudo e fugi. Esse é um dos meus fardos… — Apesar da fala, o homem não transpareceu um pingo de remorso. — Nesse dia perdi dois de meus amigos, minha confiança, toda a vila, nem mesmo aquela pequena garotinha eu consegui salvar! Então não ouse falar que sua missão não foi um sucesso, pois dessa forma o que isso faria de mim?
— Como consegue falar disso tão sobriamente?
— O que aconteceu, aconteceu em uma época longínqua, um tempo em que nenhum de nós pode alcançar, não adianta ficar remoendo o que não sé pode mudar…
Jihan permaneceu calado.
— Não pense no que não pode mudar, garoto… o passado já passou, o futuro ainda está por vir… o presente é onde podemos fazer a diferença… todos os dias que passamos vivos são uma dádiva, por isso se chama presente. — O homem olhou para o além, como se observasse algo que há muito se perdeu de vista. — Enfim… é tudo que tenho a dizer, eu espero grandes coisas de você Jihan… não me decepcione.
E como se desfizesse em névoa, o cenário apagou-se.
Quando abriu os olhos novamente, Li olhava para o teto de uma tenda.
— Déjà-vu?
— Graças aos deuses, não — Akemi ao lado de sua cama respondeu.
— Akemi? Como você está?
— Você devia estar mais preocupado consigo mesmo… bem, de qualquer forma a missão acabou, mas eu preferi esperar vocês dois acordarem antes de partir.
— Dois?
— Digo, Wang já acordou, mas você aparentemente gosta bastante de dormir — brincando a Meio Elfa sorriu.
— O que você achou do resultado?
— Você deveria ver por si mesmo… vamos, levante-se.
Apoiando Jihan em seus ombros, a arqueira o arrastou para fora. Assim que suas vistas se adaptaram, o cenário fez uma lagrima correr no rosto de Li.
— Eles são um povo resiliente… — sussurrou Akemi.
— De fato… hahaha — rindo levemente, ele não pode deixar de sorrir.
A população que restava do que uma vez foi Edremit trabalhava pouco a pouco para reconstruir sua cidade, suas casas e seus estabelecimentos. O povo sorria, ainda aflito pela tristeza das perdas, mas nunca abaixando a cabeça por elas. Não tem nada de errado em lamentar por aqueles que se foram, assim como não tem nada de errado de sorrir por aqueles que ficaram.
— Finalmente acordou?
— Bator! Você está bem!
— Não totalmente, acho… — O capitão da guarda mostrou seus braços, o antebraço dominante do guerreiro havia desaparecido.
— Desculpe…
— Não. Não se desculpe garoto… — de trás do soldado, uma pequena garotinha colocou o rosto pela metade, como se espiasse Li.
Bator ajoelhou-se no chão.
— Ei, não precisa di-
Ignorando o pedido de Jihan, ele permaneceu imutável em sua ideia. Apoiando sua cabeça no chão, o homem, que parecia duro e seco, deixou lagrimas molhadas escorrerem por seu rosto.
— Obrigado! Obrigado por salvar o meu povo! Obrigado por salvar a minha filha! — engasgando-se nas lagrimas, ele clamou.
A garotinha se curvou levemente.
— Obrigada por ajudar meu pai!
“É apenas uma visão do passado” Li lembrou-se… mas ainda assim, não pode deixar de levar os pedidos ao seu coração. “Mas um dia não vai ser, e nesse dia poderei verdadeiramente agradecer de volta.
— Parece que acabamos por aqui — disse Wang, andando em direção aos quatro. — Precisamos ir.
Li olhou para Akemi e depois para Xu, concordando com a decisão. Assim que tomaram consciência do fim da missão, ela automaticamente se encerrou, mas antes que pudessem desaparecer, Li sussurrou para o pai e filha.
— Eu que tenho que agradecer a vocês…
E assim, o trio teleportou de volta ao centro de treinamento.