Um Segredo Esquecido - Capítulo 2
Lucas após sua conversa com a vampira descobriu algumas informações bem interessantes. Como por exemplo, seu nome Isabella, porém, a jovem vampira resolveu não revelar sua linhagem nobre.
Quando os alunos começaram a notar uma demora, o professor Carlos apareceu na porta. A aura da sala de aula muda quase que subitamente com sua aparição.
— Olá alunos, meu nome é Carlos e eu serei responsável por ensinar teoria mágica há vocês — disse o professor com uma voz grave mas acolhedora.
O professor Carlos era semelhante ao vovô, um coroa bombado, nas palavras de Lucas. Com seus curtos cabelos grisalhos e uma barba de dar inveja, ele começou a explicar os conceitos chatos e irritantes daquele mundo.
Com um ânimo nunca antes visto, Lucas ignorou boa parte da aula, mas algumas coisas chamaram a atenção daquele jovem:
— As moléculas de mana em nosso universo são como partículas invisíveis, mas que são essenciais para a estabilidade e para o funcionamento de nosso universo — disse o professor Carlos.
Enquanto o professor continuava sua explicação sobre as moléculas de mana, Lucas percebia que a magia não era apenas um conjunto de truques e encantamentos, mas algo profundamente ligado à estrutura do universo.
— Essas moléculas de mana estão presentes em tudo ao nosso redor, desde as folhas das árvores até o ar que respiramos. É a manipulação dessas partículas que nos permite realizar feitiços e encantamentos. Cada ser neste mundo possui uma afinidade única com as moléculas de mana, o que determina suas habilidades mágicas — explicou o professor.
Lucas começou a prestar mais atenção, percebendo que a magia não era apenas uma questão de memorizar feitiços ou fortalecimento dos nossos corpos, mas envolvia uma compreensão profunda da conexão entre o indivíduo e o fluxo de mana ao seu redor.
Enquanto a aula prosseguia, o professor Carlos apresentava diferentes conceitos mágicos, desde os elementos básicos até teorias avançadas sobre a manipulação de mana. O tempo voava, e Lucas estava surpreendentemente envolvido naquelas explicações.
Após a aula de teoria mágica, os alunos se dirigiram para a próxima disciplina: Conjuração e manipulação de mana. A sala de aula se transformou, agora cheia de mesas e cadeiras dispostas em um formato circular, com uma grande mesa no centro. O professor Carlos se transformou em uma versão mais jovem de si mesmo, e seu entusiasmo era palpável.
— Bem-vindos à aula de Conjuração e manipulação de mana ! Aqui é onde colocaremos em prática tudo o que aprendemos na teoria. Cada um de vocês terá a oportunidade de realizar feitiços e encantamentos básicos. E quem sabe, talvez descubram algumas habilidades ocultas! — anunciou o professor Carlos, sorrindo.
A sala de aula estava carregada de expectativa enquanto os alunos se acomodavam ao redor da grande mesa central. O professor Carlos começou a distribuir pequenos cristais de mana para cada estudante.
— Estes cristais são como armazenadores de mana, para esta aula, concentrem-se neles e sintam a energia fluir. A manipulação de mana é uma habilidade fundamental para qualquer praticante de magia — instruiu o professor.
Lucas pegou o cristal de mana e fechou os olhos. Ele se concentrou na sensação do cristal em suas mãos e começou a perceber uma corrente de energia sutil. Era como se o cristal estivesse pulsando em sintonia com seu próprio ritmo cardíaco.
Com a energia fluindo, o professor Carlos começou a demonstrar o primeiro feitiço. Ele ergueu as mãos e murmurou palavras em uma língua antiga, e o cristal em suas mãos começou a emitir uma luz suave. Pequenas chamas dançavam ao redor dele, criando um espetáculo mágico.
— Agora é a vez de vocês. Concentrem-se na energia do cristal e tentem replicar o feitiço que acabei de mostrar. Lembrem-se, a magia é uma extensão de quem vocês são. Sintam a conexão com as moléculas de mana ao seu redor — incentivou o professor.
Os alunos começaram a praticar, alguns com mais sucesso do que outros. Lucas sentiu uma resposta imediata à sua tentativa. Pequenas chamas começaram a surgir ao redor de seu cristal, e ele mal podia acreditar que aquilo era extremamente entediante.
Lucas, acostumado com aquela situação, manifestou chamas mais intensas. No entanto, algo não estava certo. As pequenas chamas não tomavam as proporções que os cristais que ele usava tomavam, elas pareciam mais fracas.
Foi aí que Lucas entendeu o motivo para aquela ser a melhor academia do país. Os cristais tinham um limite de mana que eles poderiam armazenar, e quando esse limite era ultrapassado a mana em excesso era expelida para fora.
À medida que Lucas ajustava sua abordagem, as chamas começaram a obedecer, diminuindo gradualmente de intensidade até se transformarem em pequenas faíscas novamente. Ele olhou para o professor.
O professor assentiu com aprovação. — Muito bem Lucas! para alguém sem nenhuma afinidade elemental seu controle de mana é excepcional.
Enquanto os alunos continuavam a praticar, a atenção de Lucas foi atraída por um murmúrio na sala. Isabella estava observando-o de longe, seus olhos amarelos pareciam intrigados.
— Parece que você é mais simples do que eu pensava — disse Lucas.
— O que você quis dizer com isso! — retrucou Isabella.
A aula continuou, com os alunos explorando diferentes feitiços e técnicas de manipulação de mana. Isabella no entantosentiu uma pequena dificuldade em manter o fluxo de mana, seus feitiços eram fortes, porém instáveis. Enquanto o dia na escola de magia avançava, a hora do intervalo finalmente tinha chegado.
Lucas aproveitou o intervalo para sair da sala de aula de e explorar um pouco o campus da escola de magia. Enquanto caminhava pelos corredores movimentados, ele se deparou com outros estudantes praticando magia em diferentes áreas. Alguns estavam praticando conjuração, enquanto outros tentavam o fortalecimento.
Decidindo explorar mais, Lucas se dirigiu ao jardim, um local repleto de plantas encantadoras e criaturas mágicas de todas as formas e tamanhos. Enquanto caminhava entre as árvores exuberantes, ele notou Isabella se aproximando.
— Parece que você se saiu bem na aula, considerando que não tem afinidade elemental. Devo admitir que foi surpreendente — disse Isabella, analisando Lucas com curiosidade.
Lucas rebateu.
— Para uma garota com uma afinidade tão comum, não esperava que tivesse tanta dificuldade.
Isabella, furiosa com a provocação tentou se explicar.
— Aquele cristal estava com defeito só isso. — Isabella continuou — Além do mais um novato como você não deveria sair andando por aí como se fosse o dono da parada.
Lucas sorriu de maneira desafiadora.
— Defeito no cristal? Não parece ser um problema para os outros estudantes. E quanto a andar por aí, eu só estou explorando o lugar. Não é o que fazemos na escola?
Isabella bufou, visivelmente irritada com a resposta de Lucas.
— Você é realmente irritante. Vamos ver se vai manter a pose quando as coisas ficarem mais difíceis aqui.
Lucas ainda confuso pergunta para a Isabella.
— Por qual motivo eu não poderia andar livremente pela escola com um aluno normal.
Isabella com a paciência esgotada explica a Lucas que nessa escola existem vários grupinhos que podem arrumar problemas.
— Em si eles não são muito fortes, mas geralmente esses grupinhos são compostos por nobres irritantes e super arrogantes.
O sinal anunciou o fim do intervalo, interrompendo a conversa entre os dois. Lucas e Isabella se dirigiram para a próxima aula, mantendo uma conversa amigável.
Mas no caminho até a sala de aula Lucas encontraria um obstáculo irritante que ele teria que lidar.
— Olha só quem nós temos aqui — Disse um garoto que a princípio Lucas não conhecia. — A princesa dentuça é o plebeu sem talento.
Lucas entrou em choque, afinal ele acabou de descobrir que a sua nova amiga era nada mais nada menos que, uma das pessoas mais importantes do reino.
— Jake, por favor não venha me encher o saco. Disse Isabella.
Jake, como Isabella tinha chamado, deu um sorrisinho e disse.
— Por que eu faria isso? Eu só quero dar as boas vindas ao nosso plebeuzinho.
Lucas percebeu a fúria de Isabella crescer, então ele tentou acalmar os ânimos.
— Ei cara, eu sei que vocês nobres se consideram deuses ou coisas do tipo, mas aqui dentro somos iguais, então é melhor você sair da minha frente agora ou, você vai conhecer o criador agora mesmo.
O jovem jake começou a rir incessantemente
— Iguais!! Não me compare com lixos iguais a você — disse Jake. — Mas como eu sou educado vou te dar a chance de provar o seu ponto. Hoje na aula de esgrima eu te desafio para um duelo…