Uma Rotina Escolar Comum Depois do Apocalipse - Capítulo 23
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- Capítulo 23 - Embate no deserto
Embate no deserto
Assim que pousou no chão, Hina olhou ao redor, estava no meio do nada, longe o suficiente para que a luta não causasse problema a ninguém. Ela não queria destruir a pequena cidadezinhas daquelas pessoas que já sofriam tanto.
Seu próximo movimento foi uma tempestade de raios, por todo lado, sua mana se espalhou causando destruição. Ela não sabia bem o que aquele vulto era, talvez tivesse se escondido ou fosse invisível.
Nada, no mínimo nos arredores próximos, o inimigo não estav… Boom! Antes que pudesse pensar, Hina já descobriu onde estava aquela coisa, por baixo da terra, tentáculos negros vieram atacá-la.
Reagindo rápido, Hina escapou daquela coisas dando alguns passos para trás, apenas para dar de costas com um urso gigantesco. Aquela besta nem hesitou em atacá-la com toda sua ferocidade.
Não só pela frente, a direita e esquerda vários lobos surgiram, todos com estranhos chifres na testa. Não eram monstros tão fortes assim, mas o número de inimigos parecia problemático.
Decidida, a vampira começou atacando o urso, com um chute poderoso o mandou voando metros de distância. Em seguida, seriam os lobos, mas…
— Estou aqui. — De novo, era aquela voz bizarra.
Vindo de cima, o vulto negro atacou com centenas de tentáculos, ao mesmo tempo, os lobos se transformaram num estranho líquido preto, então se misturaram em apenas um lobo que investiu na direção da ruiva.
Naquela situação, restou a garota levantar defesas como podia, com isso aguentou os ataques, mas os danos não foram pequenos.
Em desvantagem, recuou alguns passos para trás, com isso podia ver claramente o inimigo.
Um garotinha completamente tomada pela escuridão, de cabelo negro e da qual saia uma escura energia, atrás, dela, centenas de bestas gigantes.
Era um inimigo perturbador, contra aquela quantidade de oponentes seria muito difícil se defender.
Restava o ataque.
— Morra! — Em uma corrida, de certa forma desesperada, Hina avançou contra seu inimigo, tinha que destruí-lo antes que se exaurisse.
Começou com centenas de bolas de fogo, era uma linda dança de fogo, com aquelas coisas girando ao redor da vampira e sendo disparadas eventualmente.
O som de explosão ecoava a quilômetros de distância, enquanto vários mini sóis apareceram na terra. O fogo foi tanto, que a garota até teve que limpar o suor do rosto, mas não pararia por ali.
Se aproximando do problema principal, a garotinha, ela acelerou ainda mais. Segurou aquela coisa pelo pescoço e, com toda sua força, a lançou contra o chão.
Seguiu com uma sequência de socos. Dando sua vida em casa golpe, a ruiva seguiu socando e socando.
Era bizarro como aquela coisa não precisa resistir, mas ela sentia que não podia parar.
Se eu parar vou morrer, seu corpo teve essa certeza, por isso continuou.
Boom! Boom! Boom! As bolas de fogo também não pararam, aniquilando qualquer monstro que ousasse se aproximar.
Enquanto isso, na base dos socos, a vampira abria uma enorme cratera naquele solo árido e plano.
Socou até sentir seu punho ficar em carne viva, não se importava com a dor.
— Está satisfeita, acho que já é minha vez de lutar, né? — Sua voz continuava carregando a leveza de sempre.
Um tentáculo cortou a bochecha da Hina.
Foi um segundo, tão rápido que ela nem pode ver o que atacou, só desviou por reflexo. Alguns centímetros a mais e estaria morta naquele momento.
Por mais experiente que fosse, frente a esse poder, ficou em choque por um milésimo de segundo.
— Sabe, achei que fosse melhor que isso. — Um chute forte e a vampira voou pelo ar.
Centenas de tentáculos saíram do chão e formaram, em suas pontas, cabeças de feras, cheias de dentes e ansiando sangue.
Então, claro, todos foram na direção da Ruiva que ainda estava no ar sem possibilidade de desvio.
— Uma dica, se eles te morderem você está frita, fofinha. — O monstro mantinha um tom que lembrava o de um amigo falando sobre um jogo qualquer.
Hina foi cercada, no ar sem ter o que fazer, viu tudo aquilo se aproximar.
Sem tempo de reação, decidiu liberar tudo o que tinha.
Sua mana vazou em um instante, um ato insano que fez sua pele rachar por toda parte.
Então uma explosão, era uma quantidade avassaladora de mana. Era quase uma supernova no céu, sua luz brilhava ainda mais intensa que a do próprio sol, tudo ao redor foi completamente aniquilado.
Mas a garota não tinha tempo para descansar, ainda estava no ar e sem mais nenhuma energia.
Não tinha o que fazer, o máximo que conseguiu foi cair em pé, aguentando, como podia, a dor da queda. Era um milagre que suas pernas não tivessem quebrado.
Hina estava acabada, por todo o seu corpo sangue fluia numa quantidade anormal. Era visível em sua respiração irregular quanto estava cansada, seu único alívio era não ter mais nenhum inimigo por perto. Foi uma decisão arriscada, mas tinha conseguido eliminar a ameaça.
Como pode, ela se sentou no chão, melhor, ela caiu no chão, suas pernas perderam toda a força que tinham. Até mesmo o ato de respirar causava uma dor insuportável e, nela, não restava energia nem mesmo para pensar direito, sua mana estava quase acabada.
“Primeiro preciso me curar… né? Que merda de dia.”
Como podia, Hina exprimia seus restos de mana para usar cura, apenas o suficiente para se impedir de sangrar ainda mais. Já o sangue que ela já tinha perdido, usou uma magia para moldá-lo numa esfera, para reabsorve-lo aos poucos.
Como vampira, seu sangue carregava muita mana e tinha propriedades curativas, mas se consumido demais só traria uma overdose, principalmente naquele estado, não lhe sobravam muitas opções.
Com o olhar cansado, tentou pensar no que fazer, foi quando…
— Ei! Realmente achou que eu morreria com só aquilo. — O anúncio de sua morte soou.
A ruiva conhecia aquele padrão, por isso tentou desviar do ataque que viria. Estava certa, seu movimento brusco para a esquerda a salvou da morte.
Dor.
Estava viva, mas não escapou de sofrer uma dor insuportável. Levou sua mão ao braço direito, pretendia usar magia de cura para diminuir a dor, mas…
Que braço?
Com a adrenalina baixando, notou algo: uma imensa trilha de destruição à sua direita, parecia que o chão tinha sido desintegrado por um poderoso raio.
Pior ainda, seu braço estava na linha daquele ataque, mas só restava a dor como prova de que ele existiu.
— Estou cansada, por isso vou deixar o Laiserzinho cuidar de você. — Depois que aquelas palavras ecoaram, um monstro gigante se mostrou no horizonte.
Ele parecia um grande sapo azulado, brilhava muito e… era monstruoso! A quantidade de mana que ele tinha estava muito além de qualquer coisa que Hina conhecia.
Não havia dúvida, o traço da destruição levava a ele, aquele monstro que tinha aniquilado com o braço da Hina.