Uma Rotina Escolar Comum Depois do Apocalipse - Capítulo 37
Me dá
Shiori, que estava perseguindo um suspeito dela por ali, ouviu a explosão no armazém e foi correndo para lá. Seu senso de curiosidade e de história interessante estava apitando, por isso o que a maioria ignoraria, se tornou uma descoberta interessante.
Estava longe do som, por isso quando finalmente chegou lá, a maior parte da luta já tinha acontecido, Lola estava nas últimas e Taka já tinha matado duas pessoas.
Olhando a cena, a primeira coisa que notou foi: Kevin estava caído morto. O homem suspeito que ela estava investigando; estava morta a única pista que tinha encontrado até agora para a origem das drogas que Juan usou.
Ela se sentiu um pouco irritada com isso, mas não tinha o que ser feito, não iria se expor tão cedo. Ainda curiosa, ficou olhando tudo em silêncio.
Lola parecia realmente frágil, chorava e uma cena dramática se formou em sua frente. De longe, Shiori não entendia o conteúdo, mas achou bonito de ver. Antes que notasse, estava entretida assistindo a cena.
Por fim, viu os dois caírem no chão de forma apaixonada. Sim, ignorando os dois inimigos que estavam desmaiados, mas não presos e ignorando toda a situação, os dois se entregaram para emoções.
Uma burrice naquele nível era algo que definitivamente tinha o selo de aprovação da Shiori, por isso ela adorou ver. Ao mesmo tempo, ver a cena a irritava um pouco, em sua mente, começou a formar desculpas do porque deveria parar os dois.
O ideal era só continuar olhando e reunindo informações, até porque ela poderia postar tudo no jornal, porém…
— Mas que belo casal. — Antes mesmo que notasse, seu corpo se moveu para interromper a cena. Como Shiori já era do tipo que só seguia seus desejos, ela tacou o foda-se para sua possível matéria e continuou. — Vão ficar se pegando até quando, e se aqueles dois acordarem?
Fazendo biquinho e caminhando com passos firmes até o “casal”, a garotinha olhou para os dois inimigos com a cabeça enfiada no chão e se segurou para não rir. Em seguida, foi até um canto esquecido da sala e disse:
— Mais uma coisa, pretendem ignorar a existência desta garota até quando? — Apontou para uma demi-humana em um estado semiconsciente escondida num canto do armazém e visivelmente assustada.
Sendo a vela de sempre, a baixinha acabou completamente com qualquer clima. Os dois levantaram um pouco envergonhados, mas Taka se recuperou logo e começou a dar ordens:
— Lola, pode levar esses dois para outra sala e amarrá-los, também seria bom nos livrarmos dos corpos e dos destroços, se as coisas continuarem assim, logo vão notar que aconteceu alguma coisa por aqui.
A coelhinha rapidamente concordou em ajudar, primeiro ela criou uma muralha de terra para tapar o não muito grande puro feito no armazém, depois pegou os dois e os levou para longe dali. Claro, teriam que resolver a situação melhor depois, mas por hora, um muro era melhor que nada.
Enquanto isso, Shiori tentou de tudo com a garota, mas ela não respondia, continuava em um estado estranho, parecia completamente drogada. Mesmo Taka, quando tentou desfazer as runas nos seus brincos, não conseguiu muito, a causa do seu estado não era uma magia, mas sim alguma poção que a fizeram beber, por isso tinha pouco que pudesse fazer.
De qualquer forma, ele já tinha chamado Yan e, talvez, o elfo conseguisse dar um jeito. Naquele momento, o mais importante era outra coisa, uma certa garotinha que tinha visto tudo e não era exatamente confiável.
— Agora, Shiori, é bom você me dar essa câmera que tem em mãos. — De repente, a atmosfera amigável que o garoto tinha sumiu, seu olhar era assustador.
— Ei! Quer roubar minhas coisas agora, buu! Por acaso quer ver as fotos que tenho, pervertido! Não vou te mostrar, sai fora!
— Não estou brincando, além disso, pode me dar o celular, a câmera que está escondendo no bolso da camisa, a câmera que esconde na bolsa e a que tem no seu óculos.
Olhando de forma desafiadora, Shiori sorriu. — Por que eu faria isso? Ou por acaso o todo poderoso Taka vai me obrigar a alguma coisa.
Taka, que tinha roubado a pistola do calvo, a apontou para a garotinha. — Não vou confiar em você com todas essas imagens. — Shioria levantou as mãos de forma irônica e manteve o sorriso confiante, ao que Taka respondeu baixando a arma. — Não tenho como te obrigar a nada, mas quanto tempo acha que demora para a Lola correr até aqui?
De repente, um arrepio de medo percorreu aquele pequeno corpo. Uma coisa era enfrentar o fraco Taka, outra era lutar contra uma força da natureza como Lola. Se as duas se enfrentassem com intenção de matar, era duvidosos se Shori duraria dois ou três segundos, mas com certeza não seria mais que isso.
— Quer fazer uma aposta, em quanto tempo acha que ela vai vir te pegar se eu gritar? Aposto minha vida que ela vai me obedecer e você não vai conseguir escapar. — Sorrindo de forma um pouco sádica, Taka esticou a mão exigindo que as coisas fossem entregues para ele.
A resposta da garota foi fazer biquinho, ficar muito brava, mas se render, naquele momento tinha sido derrotada. — Tá, tá, que saco! Vou te dar tudo, mas você matou a única pista sobre o caso do Juan, como vai me compensar por isso?
— Espera! Esses caras estão envolvidos com aquela merda?
Shiori deu de ombros. — Bem, a gente já tinha combinado de se ajudar na investigação, então não faz mal entregar o que sei, aqui. — Entregou um pequeno caderno com várias anotações, junto disso, entregou as cameras, mas só depois do Taka prometer que compraria novas.
Lendo as anotações, Taka descobriu que recentemente algumas demi-humanos, principalmente garotas, tinham desaparecido. Além disso, um certo professor de alquimia, estava gastando uma suspeita quantidade de reagentes nos últimos dias. Acima de tudo, om suas conecçõs no mercado negro, Shiori também descobriu que algumas novas drogas estavam sendo cormercialidzadas.
Todas as poucas pistas que encontrou, a levaram a achar um suspeito, Kevin, um funcionário público gordo, solteiro, frustrado e corrupto. Nos últimos dias, estava tentando seguir ele, mas, apesar do seu tamanho, o homem sempre dava um jeito de sumir da sua vista. Depois de ler tudo, Taka fez a proposta:
— Que tal assim, você me ajudar e descobrir qual é a desse grupo, nós acabamos com eles, salvamos várias pessoas, consigo limpar meu nome e você arruma uma história boa. Aquém disso tudo, se dermos sorte, vamos acabar descobrindo qual é a dos caras que eram aquelas drogas pro Juan.
E, mais uma vez, apertaram as mãos.