Uma Rotina Escolar Comum Depois do Apocalipse - Capítulo 9
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- Capítulo 9 - Rindo para a morte
Rindo para a morte
— Seu! — Juan tomou mais duas pílulas, então sua aura negra explodiu por toda região. Ali morria um homem e nascia uma besta irracional.
Taka não se intimidou, pelo contrário, seu sorriso se tornou mais provocativo.
“Se for para morrer mesmo, pelo menos vou te levar comigo”
Juan não era o único irritado ou com intenção assassina, toda a situação tinha levado Taka ao limite da sua tolerância. Já o brutamonte, por seu orgulho ferido, queria se provar mais forte, naturalmente ele se enfureceu com a provocação.
— Pode vir, vou acabar com sua raça. — Taka finalizou com sua última provocação e já desviou do primeiro soco.
No instante seguinte, um chute forte o mandou voando para longe. Com reação rápida, pelo menos se defendeu e conseguiu pousar no chão mais ou menos.
Contrariando todas as expectativas, o garoto mal conseguiu parar de voar e, desequilibrado, decidiu correr na direção do seu agressor. Sua raiva transbordando não permitia outra atitude.
Por um instante, Juan chegou a se sentir intimidado pela loucura do seu inimigo que ia para morte sorrindo, mas seu susto foi suprimido pela raiva.
— Vou te matar!!! — E um rugido saiu carregando toda a intensidade das emoções daquela besta. Então disparou duas esferas elétricas de suas mãos.
Taka se aproximou ainda mais e conseguiu desviar do primeiro golpe daquele valentão que, irritado, criou uma bola de fogo gigante. — Quero ver desviar disso, seu merda.
Quase sem mana, Taka tentou apenas resistir ao fogo passando por ele rapidamente. As queimaduras por todo o corpo, logo provaram que foi uma má ideia.
De qualquer forma, avançou com uma pequena magia formada na mão. A mana dele se concentrava em um minúsculo ponto, formando uma ponta de espinho.
Juan não deu a mínima para um detalhe pequeno desses, apenas continuou a tacar ainda mais fogo para todos os lados em um ataque destrambelhado.
Essa era a chance que o garoto esperava. Com tanto fogo no caminho, ninguém conseguia ver as coisas direito, nesse momento ele conseguiu se aproximar o suficiente do inimigo.
Claro, a consequência foram inúmeras queimaduras e uma dor horrenda, mas ele precisava suportar e manter o foco.
Por fim, apareceu na frente daquela parede de músculos. O homem tentou reagir o socando, mas Taka desviou por milímetros e disparou o pequeno espinho em direção ao peito do brutamonte.
Logo a mana negra se juntou para protegê-lo, porém foi facilmente atravessada. O pequeno ataque, como um raio azul, atravessou o musculoso corpo do brutamonte em um instante.
Foi preciso, o coração dele tinha sido perfurado e, claro, os danos eram visíveis rapidamente. Primeiro que ele não conseguia parar de tossir sangue, além de uma grande dor.
— Filho da puta! — Como uma besta, Juan abriu sua boca muito ais doque um humano deveria conseguir e rugiu para os céus, então tomou mais pílulas, várias de uma vez.
Seus músculos contrairam de uma forma bizarra, algumas veias pelo seu corpo estouram, deixando hematomas roxos por todo o corpo. Sangue saia dos seus olhos, os manchando de vermelho. A aparência de Juan se tornava cada vez menos humana.
“Merda, agora fudeu.”
Taka só teve tempo de constatar sua morte certa e preparar mais um ataque.
Seu coração parou de bater e, por um instante, o medo veio como correntes amarrando seu corpo e o sufocando.
Mas…
Tudo ficou parado e as correntes foram destruídas. De forma quase invisível, coisas parecidas com runas mágicas aparecem no centro da testa do garoto cujo olho, por um instante, brilhou em um vermelho vívido.
Sua mente estava mais calma que nunca. Na verdade, seu sorriso até aumentou.
Suas reservas de mana estavam praticamente zeradas, mas ainda tinha um pouco. Era impossível se defender, por isso tentar fugir da morte seria inútil. Ele ainda queria poder matar aquele cara.
Depois de pensar em tudo, Taka já estava decidido. Juntou os restos de mana em um espinho ainda menor, se desse tempo, podia conseguir perfurar a cabeça do Juan.
As chances disso eram quase nulas e, mesmo se conseguisse, isso não mudaria o fato de que, levando o soco, sua morte seria certa.
No meio de todo o turbilhão, ele conseguiu ficar ainda mais concentrado, para criar um espinho perfeito.
Rapidamente ele levantou o braço, enquanto via aquele punho cada vez mais perto dos seus olhos.
Não ia dar tempo.
O fato era inegável, infelizmente, tinha sido lento demais, fraco demais. Morreria antes mesmo de atacar.
O pior, era ver a morte se aproximando em câmera lenta, enquanto seu braço subia tão devagar.
Se ele fosse mais rápido…
Se fosse forte…
Se…
Era frustrante.
Em seus últimos segundos, Taka só podia desejar por mais poder e, no mínimo, mover seu braço o suficiente para perfurar o estômago daquela besta.
E o tempo acabou.
Booomm!!
A explosão foi ensurdecedora, tudo em volta foi tomado por chamas e escuridão que se fundiam numa dança horrenda. O ar, aquecido rapidamente, se expandiu ferozmente causando ondas de choque por todos os lados.
— Quanta violência. — Um gordinho ironizou. — Pô cara, roubaram seu way por acaso? Toma um chá de camomila e relaxa.
Juan não conseguia entender como, mas algo duro como o ferro tinha parado seu ataque, não só isso, mesmo quando tentava puxar o braço nada acontecia.
— Você é Juan, estou correta? Já recebi certas reclamaços sobre você, mas esse nivel de vioência é… — Hina olhou o redor e apertou com ainda mais força o punho do homem. — Claramente, isso foi uma tentativa de assassinato, é bom começar a se explicar e muito bem.
— Me solta! — A aura negra explodiu, envolvendo o braço da vampira que sentiu uma forte dor, mas manteve sua face calma, ela nunca mostrava dor ou medo, para não deixar os outros em pânico.
Dito isso, por causa da dor repentina, ela acabou soltando sem querer, o que deu a oportunidade para Juan lançar um ataque em direção ao gordo. Ele ficou muito puto com a pequena provocação. Sem se importar muito, Hina criou uma barreira entre Rim e a onda de energia negra, porém a barreira foi facilmente atravessada, se mostrando inútil.
A ruiva achou aquilo muito estranho, por outro lado, o alvo do ataque teve que desviar. — Nossa, foi quase. — E ele ainda quis ironizar mais.
— Rim, cala a boca! — Chegando um pouco atrasada, estava Mila, ela não conseguia acompanhar a velocidade de corrida dos outros dois.
Hina não disse nada, apenas olhou curiosa, era estranho que sua barreira fosse destruída, mesmo que não fosse tão forte quanto a do Yan, era muito poderosa. Claramente, Juan estava muito mais forte do que deveria ser, mesmo assim ele não deveria ter conseguido aquilo.
Outra coisa a preocupava, a energia negra continuava em seu braço e parecia estar queimando sua mana aos poucos, aquilo era desgradávle e problemático, apesar dela já ter se acostumado com a dor. Se Taka estivesse acordado, ele poderia remover a energia negra da Hina, mas ele já tinha desmaiado naquele ponto.
A vanpira respirou fundo, a sua volta tinham dois garotos muito machucados, um brutamonte irritadinho e seus “dissipulos” já tinham começando a brigar de forma idiota e, para piorar, ela estava sentindo uma enorme dor, claro, tudo isso a deixou irritada.
Boom! Com um chute, ela fez aquele corpo gigante subir quase 4 metros, Juan não conseguia nem reagir.
— Dois, parem de brigar agora.
— Si-sim. — Tremendo de medo, Mila concordou com a ordem, ela temia a punição que Hina pudesse lhe dar.
— Eu tinha prometido te treinar e agora é uma boa oportunidade, lute contra aquele troço sem usar Mana, tente refinar sua movimentação para derrotar alguém mais forte fisicamente. — Hina olhou para Mila e apontou para Juan. — Agora, você, garanta que ninguém mais chegue perto daqui, enquanto isso vou cuidar dos dois feridos. Hina acabou de dar suas ordens e foi ver o estado do Taka.
Mila foi forçada a uma difícil luta, que se resumia a apanhar para alguém que tinha ainda mais força bruta do que ela.
Hina nem sequer olhou para trás e usou magia de cura em Taka, não era seu ponto mais forte, mas era o suficiente. Em seguida, foi até Luca e o curou também, garantindo que ele continuasse vivo.
Quando acabou, a luta atrás dela continuava acontecendo e Mila não estava indo bem, seu corpo inteiro estava coberto pela energia escura e suas espadadas mal arranharam Juan.
“Ok, isso pode ser perigoso, melhor fazer alguma coisa.”
A vampira entendeu que a situação não era das melhores, então lembrou de algo que viu um pouco antes de salvar Taka. O garoto tinha um pequeno ataque na mão que soltou errado no desespero e ela viu que, com aquilo, ele tinha conseguido perfurar a perna do brutamonte.
Ela nem precisou pensar muito, apenas resolveu fazer o mesmo. Hina não chegava a ter o mesmo controle de mana que Taka, por isso não conseguia fazer algo tão concentrado, em contrapartida, tinha poder o suficiente para atacar centenas daqueles espinhozinhos.
Foi assim que, em instantes, Hina tinha copiado a técnica que viu o garoto usando. — Mila, já chega, vai acabar se machucando, eu assumo daqui.
A mulher nem sequer ousou desobedecer, ela até queria ganhar aquela luta por si mesma, mas deu alguns passos para trás. Em seguida, a ruiva tomou seu lugar e uma metralhadora de espinhos atingiu Juan.
Os primeiros ataques foram absorvidos pela mana negra e nem chegaram a tocar Juan, mas bastou que ele aumentasse a quantidade de espinhos lançados ao mesmo tempo e a quantidade de mana em cada um de tal forma que a mana escura não pudesse proteger o brutamonte.
Ainda assim, a primeira leva não fez grandes danos, estava muito longe e tinha mirado apenas nos braços e pernas, não queria matar o inimigo sem aviso.
— O próximo golpe vai ser no seu peito, é bom se acalmar e me explicar tudo, se não vai morrer, ok? — Ela ainda tinha que seguir os protocolos, não podia só matar alguém.
Naquele ponto, o brutamonte nem mais consciência tinha, ele tinha se tornado um animal selvagem, uma besta que só pensava em atacar, nem instinto de sobrevivência lhe restava.
Sem ter resposta, Hina suspirou e deu o primeiro tiro mais poderoso que destruiu o pé do inimigo. Ela iria dar o próximo quando…
— Desculpa, ele escapou de mim! — Com a cara machucada por um soco, Rim veio correndo avisar; estranhamente, a ironia típica do gordinho não estava visível, ele só estava com medo das consequências do seu erro. Logo na frente dele estava…