Venante - Capítulo 38
Com uma loja de pontos tão cheia de recompensas, era óbvia a participação da maioria dos alunos no uso de desafios. E, para Leonardo, não foi diferente.
O conflito que enfrentava sobre participar de algo que ia contra sua moralidade foi suprimido pelos benefícios do que poderia receber.
A respiração dele ficou errática por um breve momento, e logo desativou o holograma do Nelink.
Seus olhos fixaram nas três garotas ao lado, cada uma reagindo diferente.
A loira havia terminado ao mesmo tempo que ele, e logo começara a contar algo nos dedos, concentrada. Enquanto isso, a morena, toda boba, mexia na barra de rolagem dos itens da loja, já que era bem longa. E a gótica tinha acabado de fechar o holograma e soltou um longo suspiro, sem mostrar o que sentia.
— É um sistema incrível… — Leonardo não segurou sua opinião.
Quando as meninas se viraram para ele, viram-no olhando para o teto, com um pequeno sorriso no rosto e com a mão fechada em um punho.
Elas sabiam o que queria dizer; mesmo ele não poderia ir contra a animação de poder crescer como um Venante. O colégio Marvente, assim como os outros colégios Venantes, auxiliava o crescimento dos jovens nessa área, favorecendo aqueles que mais se esforçavam em alcançar o topo.
De alguma maneira, o jovem de olheiras sentia que algo mudara nele, não em sua forma de pensar, mas no que seus olhos conseguiam enxergar.
“Isso ainda não é certo. Mas sei que nem todos podem ter tudo isso…” refletiu com base no que sentia. “Se é assim que jogam conosco, vou jogar junto e mudar isso um dia.” Estava mais decidido e convicto.
Charlotte viu o brilho nos olhos do colega, como naquele dia que se apresentou para a turma, e seus lábios subiram — era bom vê-lo assim.
— I’ll participate too. — A voz da gótica soou depois de um breve momento de contemplação pela reação do garoto.
Os três ficaram surpresos, já que a Agatha era a última que imaginavam participando ativamente disso.
Ela revirou os olhos pela reação deles e deu um sorriso pequeno. — Tem como comprar um dia de folga. And — seus ombros subiram e desceram — you know how it is.
Depois de rir pelo nariz, ele balançou a cabeça. “É, bem a cara dela isso.”
Nesse momento, a aguda voz de Luca foi escutada. — Gente, ser a Júlia ali? —Apontou em direção do balcão do secretário Thales.
O quarteto encarou as duas figuras, que conversavam sobre algo, enquanto os outros alunos saíam do prédio. Júlia estava com o torso sobre o balcão, perto do secretário.
— Júlia! — Charlotte a chamou. — Onde você estava?!
Com o grito, a menina se assustou e olhou para os lados com velocidade, até que encontrou a loira. — Lô! Eu que te pergunto isso, menina! — Começou a andar em direção do quarteto.
Logo que se encontraram, Júlia ficou na frente deles e cumprimentou cada um.
— Por que estava falando com o secretário Thales? Aconteceu algo? — questionou a garota.
— Ai, amiga, fala baixo. — Repreendeu e começou a sussurrar. — O Lê é conhecido do meu pai e tal.
Charlotte deu uma espiadinha por trás de Júlia, e viu que o Thales olhava para eles, chegando até sorrir e acenar para eles, mas logo voltou a mexer no Nelink, já que era seu trabalho.
— Tá… é só isso? E onde é que você estava antes?!
— Lô, é óbvio que eu te procurei, menina. Eu até achei, mas você tava do lado do você-sabe-quem, sabe… — Os olhos dela se moveram rápido para a direção do Leonardo e voltaram para Charlotte. — Então, nem quis incomodar e vim falar de uns babados com Lê.
— Jú-Júlia! — O rosto ficou vermelho e tapou a boca da amiga com a mão.
Mais acostumado com essa “tiração de onda”, Leonardo limpou a garganta e começou a falar: — Khm! É com o Sr. Thales que você consegue as informações do colégio?
Júlia se virou com um sorriso, fugindo da mão da amiga. — “Sr. Thales”, ai, ai, esse Leozinho. — Riu da forma como falou. — Mas pra te responder, sim, é com ele. Claro, eu sei muita coisa pelos outros, mas o Lê que tem as coisas mais interessantes.
— Interessante. — Leonardo ficou mais sério quando pensou em algo. — Tem acontecido algo esses tempos que pode nos contar?
— Heh. O Leo gosta de uma fofoca agora, é? — Júlia zombou e logo continuou: — Mas tem sim, algo bem recente até.
Ela deu uma olhada aos arredores para ver se tinha alguém perto.
“Pelo visto é algo que ela não quer que outros saibam… Mas o que será que os outros sabiam sobre o Singular que veio se passar por mim aqui?” A mente de Leonardo estava mais preocupada com isso. Por isso que queria saber dos boatos que Júlia conseguira.
— O Lê me contou de um garoto que veio aqui uns dias atrás para reclamar de bullying. Um professor veio conferir a história e descobriu que tinha uns marmanjos enchendo o saco dele faz dias.
Leonardo e Agatha deram uma olhada rápida em Luca, que olhava para o chão e apertava uma mão.
— Ele tinha alguma marca? — O pálido indagou. — Expulsaram ou suspenderam os caras?
— Nadinha. O moleque não tinha machucado nenhum. — Balançou a cabeça em negação. — Ele só veio falar que tavam incomodando, como se quisessem que ele ficasse puto, sei lá.
— E como só foi incomodo verbal, o colégio não tem muito o que fazer — concluiu Charlotte. — É possível que tenham visto nas câmeras que não aconteceu nada demais. É ultrajante ver algo assim acontecendo na Marvente.
Como uma garota criada em uma casa rica, Charlotte não estava acostumada a ver esse tipo de coisa acontecendo. Ela adorava pesquisar o que tinha interesse, então fazia ideia do que acontecia nos colégios Venantes, mas vivenciar algo assim era diferente.
Leonardo aproveitou o final do boato para perguntar mais diretamente: — E sobre o Singular que você falou há tempos para nós? O que aconteceu com ele?
Com uma sobrancelha levantada, Júlia parou por um segundo e tentou lembrar.
— Pois é, né? O que aconteceu com ele? — Mesmo ela ficou confusa e curiosa. Sem esperar, se virou e foi em direção do secretário de entrada.
— Por que dessa curiosidade, Weirdo? — Agatha se aproximou.
— Bem, até agora ninguém falou disso. E… Sabe… Eu gosto de Singulares. — Coçou o pescoço, com dificuldade de falar uma inverdade.
— Hmm… Saquei.
— Ei, gente, a Jú está nos chamando.
A garota estava com o cotovelo apoiado no balcão e acenava com os dedos para que aproximassem.
Quando o grupo chegou, Júlia começou a falar: — Foram eles que perguntaram, Lê.
— Eu não te falei para ficar quieta sobre isso? — Thales, decepcionado, balançou a cabeça.
— Mas você me conhece! Eu adoro um babado! Agora deixa isso, quem vive do passado é museu. Desembucha o que aconteceu.
— Hah… — Depois de suspirar, ele olhou para o grupo e apertou as vistas, como se estivesse incomodado com algo ali. — Qual de vocês quer saber disso, fora a Júlia?
As garotas olharam para Leonardo, então não pôde evitar de dizer: — Eu.
— Você, então? Tá, eu até posso dizer, mas tenho que pedir para que vocês não contem e que controlem a língua dessa menina. — Apontou para Júlia.
— Não se preocupe, Sr. Thales, vou manter ela de boca fechada. — Charlotte colocou a mão no ombro da amiga.
Com uma vistoria do secretário, ele encarou cada um dos jovens, terminando pela Luca, que parecia estar mais distante deles.
Antes de responder, engoliu a saliva acumulada e ajeitou os óculos. — Acontece que o Singular… Ele é um caso especial para o colégio, por isso que nem eu sei direito o que ele está fazendo. Mas deve estar indo direitinho para as aulas, já que nada aconteceu.
Leonardo colocou a mão no queixo. “Então o pessoal do colégio não sabe o que ocorreu? Ou só alguns sabem? É assim que evitam que tirem informação de alguém; mentindo até para os seus parceiros?”
— Mas então, garoto, por que a curiosidade nesse assunto? — A voz de Thales cortou as reflexões de Leonardo. Na verdade, o tom do secretário estava até mais sério.
— Hã? E-eu…
— Você…? — perguntou na hora, sem esperar que o adolescente desse uma resposta demorada.
— Ele gostar de Singulares, né, Leo? — Luca respondeu, fazendo todos a olharem. A resposta que deu uma sensação estranha para todos ali.
Thales mais uma vez estreitou os olhos e, devagar, disse: — É só isso, então? Entendo. — Olhou para o lado, onde estavam os hologramas, e finalizou: — Bem, como respondi, agora podem ir. Tenho trabalho para fazer ainda.
Júlia sentiu o clima estranho, mas deu a resposta. — Obrigada, Lê! Você é demais! Aposto que um dia vai conseguir uma namorada que ature seu jeito seco.
— Vai logo antes que eu te coloque na supervisão — respondeu.
O grupo começou a sair de perto do secretário. Charlotte estava do lado de Júlia, e a Luca no meio do Leonardo e a Agatha.
De certa forma, esses três estavam mais quietos do que de costume. Leonardo pensativo sobre o espião, já Agatha analisava a sua amiga calada.
E, como uma brisa, uma voz, vinda de trás, ressoou para eles naquele cômodo: — Aposto que o Auct dele é incrível, garoto. Me impressiona que permitiram que ele estudasse como os outros. Bem, os dois.
Leonardo se virou e viu o ocupado secretário mexendo nos hologramas a sua frente.
“Os dois…?” Cessou seu passo e ficou parado lá, pensativo. “Eu sei que um Singular estudando com outros é algo muito difícil de acontecer, já que os antecedentes não foram muito bons. Mas o que ele quer com ‘os dois’?”
Uma mão morena, de unhas pintadas com estrelinhas, segurou a manga do paletó dele. — Leo, vamos. — Luca o puxou para continuar a andar.
Fora do prédio principal, os cinco jovens, agora três de um lado e dois do outro, estavam para resolver a sua última pendência.
— Leo, vamos marcar o desafio?
Leonardo assentiu e respondeu: — Tá bom. Você tem alguma data em específico?
Charlotte começou a pensar. “Nós dois precisamos de tempo para acostumar a usar as armas pessoais… Será que 1 mês e meio é suficiente?” Balançou a cabeça de um lado para o outro, refletindo sobre, até que terminou por dizer: — Que tal um mês ou um mês e meio?
— Um mês e meio é um bom tempo. Eu aceito o desafio.
Após dizer isso, o Nelink dos dois apitaram. — Desafio registrado. Dia 13 de Junho.
Foi a primeira vez que escutaram isso, então causou uma surpresa rápida nos jovens. Um sentimento quente subiu pelos ombros dos dois, sabendo que lutariam mais uma vez.
Charlotte e Leonardo sorriram um para o outro.
— Bem, acho que vamos nos separar por agora, não é? — O garoto comentou por cima.
— Sim, a Jú e eu temos que encontrar a Miranda, uma amiga nossa.
— Belê, vamo então. — Agatha foi a primeira a querer sair de perto desses dois.
No entanto, assim que deu o primeiro passo, Júlia falou: — Calma aí, gente. Os dois vão lutar e vai ficar por esse clima chato?! Nananinanão! Não comigo aqui. — Ela colocou o braço na nuca da Charlotte e a levou alguns passos de distância dos três. — Lô, é a sua chance.
— Chance? Que chance? Jú, por que você falou aquilo para eles?! — A loira estava confusa com esses papos da sua amiga.
— Menina, você tá toda decidida a ganhar dele e não quer nem aproveitar para colocar algo no meio?
— Colocar algo no meio? Jú, eu não estou entendendo o que está tentando falar para mim.
— APOSTAR, AMIGA! Aposte algo com ele! — Ficou toda animada, erguendo a outra mão ao alto. — Você pode tirar dele um beijo…
— Beijo?! — A vermelhidão apareceu.
— Uma ficada, sabe? No cantinho de algum lugar…
— Ficada?! Can-cantinho!? — Um vulcão explodiu de dentro dela.
— Até um encontro, Lô! Imagina que romântico!
— En-en-encontro…?! Ma-mas… — Seus olhos trêmulos pareciam espiralar, quase a fazendo cair no chão. Sua mente nebulosa e a respiração pesada indicavam que ela estava prestes a quebrar.
Júlia adorou ver isso. Ela queria provocar ao máximo sua amiga com a “paixonite” que tinha. Então, para isso, estava esperando por um momento assim para que fizesse sua amiga ser mais ativa.
De longe, os três olhavam para o vapor que saía da cabeça da loira.
Leonardo perguntou: — Vocês… acham que deveríamos ir lá?
— Eu não saber. Dever ir?
— Nah. Elas vão voltar mesmo para nos dizer.
Depois de mais um minuto de tortura psicológica através dos delírios verbais que Júlia lançava em Charlotte, a garota gritou: — Chega, Jú! Tá, eu faço uma aposta! Chegaaa!
Júlia 1, Charlotte 0. Foi uma luta nada difícil.
As duas voltaram, uma radiante, vitoriosa e alegre, já a outra, trêmula, com semblante aterrorizado e com o rosto rosado.
Os três tinham medo de perguntar o que aconteceu, porém logo a voz triste de Charlotte iniciou o assunto: — Leo… Podemos a-apostar algo no nosso desafio?
— Apostar? — Leonardo abriu os olhos, surpreso. “O que será que a Júlia falou para ela apostar que a deixou assim?” Até ele sentiu medo do que poderia ser apostado.
— Oh? — Agatha ficou imediatamente animada. — Qual vai ser a aposta? Se o Weirdo apanhar, vai ter que andar pelado pelo colégio todo? Que tal se ele tiver que fazer…
— Por que eu que tenho que apanhar? E por que eu que tenho que sofrer sempre?!
Agatha até riu com isso. — Right, right. Qual é a ideia, Stalker?
— Se eu ganhar… eu quero uma coisa de você… — Se forçou a falar, fechando os olhos e os punhos.
As garotas ali ficaram animadas. Seus olhos encaravam o rosto dela e seus ouvidos desejavam saber o que sairia da boca da garota.
— Você… quer algo meu…? — Leonardo, sendo o oponente e vendo a situação, ficou temeroso. — O que você quer?
— Eu… quero…
— Ela quer… — As garotas repetiram.
— Saber… — A voz da garota ficou mais baixa.
— O que? — Leonardo se aproximou, para ouvir.
— Eu quero saber po-por que… — Com dificuldade de falar, ela respirou algumas vezes até que concluiu: — Eu te machuquei antes…
Luca, ao ouvir isso, não conseguiu segurar a questão: — Machucar Leo antes? Charló… — A língua dela se embolou no nome, mas deixou de lado e só pulou isso para concluir: — Bater nele antes?!
— Weirdo… — A cara de Agatha era apenas de desgosto. — Eu sabia que tinha gostos estranhos, mas ser masoquista…
— Não sou masoquista! E você não sabe de gosto nenhum meu, sua mentirosa! — Leonardo também perdeu a compostura. Toda a situação era de outro mundo para ele. — Ela tá falando da nossa discussão de antes — exclamou para que ficasse claro.
— Ah! — As três, Júlia, Luca e Agatha, exclamaram. — Agora faz sentido.
Por estar presa na dificuldade em falar disso, Charlotte não percebeu a situação constrangedora que colocaram o amigo.
Com um suspiro sincero, ele sorriu e disse: — Certo. Se você vencer, eu te conto.
— Sério!? — Os olhos dela ficaram brilhantes. Antes de apostar isso, imaginava as dezenas de formas dele negar e até ficar bravo por isso. — Ufa!
Sem esperar que o assunto progredisse, a gótica se proferiu: — E a aposta do outro lado? — Olhou para o colega.
Foi como se um raio tivesse atingido a loira. Havia esquecido que o oponente também podia exigir algo.
“O que ele vai pedir?!” Seu peito arfava com peso. “O que ele quer de mim? Comigo? Ele vai pedir algo indecente? NÃO! Eu não devia ter apostado… Charlotte, sua idiota, idiota, idiota.”
Leonardo colocou a mão no queixo, encarando a loira. — Hmm… Eu posso apostar qualquer coisa, né?
— Nã… — Charlotte tentou negar.
— Claro que sim! — Mas Júlia a interrompeu.
A garota foi traída pela própria amiga, sem chance de revidar.
— Eu poderia apostar quem sabe… conhecer seus pais…
— Meus pais!? Na minha casa?!
— … São os famosos Veneditte, afinal.
Leonardo sabia que suas pausas eram intencionais para que fizesse a garota ficar ainda mais perturbada. Mas, de fato, sentia vontade de conhecer os pais de Charlotte, porque eram figuras renomadas mundialmente, além de Venantes experientes. Até um autógrafo poderia conseguir deles.
— Weirdo, você me dá nojo… — A gótica encarava a forma como ele provocava a garota.
Nem Júlia ficou quieta, balançou a cabeça e disse com pesar: — Não imaginei que o Leo fosse brincar com o coração da minha amiga assim.
— Leo ser cruel… — Luca finalizou o golpe.
As garotas podiam provocá-la, mas ele era o único que, quando fazia isso, era julgado! Leonardo só pôde apertar os dentes.
“Injusto!” A mente dele gritava isso. Também gostava de ver a jovem vermelha e sem reação, mas na frente dessas meninas era ele quem seria o errado.
— Charlotte, eu quero algo. — Dessa vez, sem o tom instigador, falou sério. — Algo que quero há bastante tempo.
Ao ouvir isso, todo o corpo dela travou. “Ele quer algo há bastante tempo de mim?”
— Agora ficou interessante. — Júlia não ficou quieta e até queria a sua pipoca.
— Se eu vencer, quero que aceite um pedido meu.
A loira encarou o rosto dele e viu o resoluto olhar. Ela não sentia que seria algo errado ou por apenas provocação, então deu a sua resposta: — Eu aceitarei.
A cabeça dele pendeu em dúvida. — Você não quer nem saber o que é?
— Pois é, Lô, vai que ele te pede algo absurdo! Pelo menos saiba o que ele quer antes de aceitar!
— O Weirdo é capaz de coisas absurdas. Uma vez ele me fez mostrar o que tava usando por baixo do moletom… — Balançou a cabeça de um lado para o outro. — Um pervertido de carteirinha.
— Quê?! — Leonardo olhou para as duas. Elas esperavam o pior dele! E, pior, acusando por algo que ele não fez.
Charlotte se aproximou dele e falou mais calma: — Para ser uma aposta onde ele quer ganhar, não pediria algo indecente ou sujo. O Leo que eu conheço não é assim.
Em uma comparação simples, Leonardo depois de surrado e jogado no chão sujo e frio, como um mendigo, acabara de ver uma santa estender-lhe a mão. Ela confiava nele!
— Sabe que eu falaria se perguntasse, né? — Ele perguntou.
— Sim, mas acho que não saber nos motiva mais a querer ganhar. — Ela se virou, não aguentando ficar tão próxima dele depois de falar algo assim, e falou virada para a amiga: — Vamos, Jú. Temos que ver a Miranda.
A amiga riu disso e segurou a mão da amiga, indo embora dali.
Um soquinho caiu no ombro do garoto. — It’s time, Weirdo. Para de olhar pra bunda delas e bora se alongar.
— Uma hora vou te fazer arrepender de ficar falando essas coisas de mim, Agatha.
— Belê. I’m waiting. Até lá, vou aproveitar bastante.
Os três foram em direção do dormitório, já que Leonardo não queria ir ainda no ginásio mostrar seu magro corpo sendo quebrado por uma gótica contorcionista.
Agradecimentos:
Meu imenso agradecimento aos Despertados:
Pedro Kauati e Bruna Bernadino
E tão incríveis quanto, os meus Perpétuos FODELHÕES:
? Paulinha Foguetão e Alonso Allen?
Se você tem interesse de ter de fazer parte desses apoiadores fodas para caralho, ver coisas inéditas dos projetos, faça o seu apoio também e ajudem a levantar ainda mais esse nicho.