A Voz das Estrelas - Capítulo 11
— Isso é para você, meu amor…
A sorridente mulher, deitada na cama inclinada na altura da cabeceira, entregou à garota um colar.
— Ah!! Que lindo, mamãe! O que é!?
A jovem perguntou ao encarar a marca de uma onda no medalhão central.
— É um símbolo do significado do nome que nossa família possui. Quero que carregue por mim sempre que puder, está bem? — Acariciou a cabeça da garota, que acenou positivamente. — Por favor… fique com seu irmão, custe o que custar.
Com o acessório já envolto ao pescoço, ela se despediu da mulher e caminhou até a porta do leito, onde seu irmão esperava encostado na parede.
Através de um aceno fraco, ele deu as mãos a ela e os dois avançaram solitários pelo corredor hospitalar.
— A mamãe… vai melhorar, não vai, irmão? — Cabisbaixa, conforme encarava o colar, a garota mussitou.
O rapaz manteve o silêncio num primeiro momento.
— Ela vai — murmurou.
— Claro que vai!! — A garota mostrou os dentes num sorriso, a ponto de causar ainda mais dor no peito do rapaz.
Ele não teve coragem de mudar sua resposta.
Sequer a indicou alguma possibilidade de tudo dar errado. Como eventualmente ocorreria…
Por conta de uma doença degenerativa, a mãe deles carecia de poucos dias de vida a mais.
O estado avançado mostrado pelos médicos apenas ao garoto entregava a sua constante aproximação com a morte.
De todo modo, faria o possível em prol de proteger sua irmã do sofrimento.
Bastava ele e apenas ele.
Estava preparado para lidar com as dificuldades impostas por conhecer a verdade sozinho.
E esse dia nem demorou a chegar…
Quando retornou à porta do quarto, ela paralisou.
— Mamãe!?
Deixou a bolsa de frutas cair no chão ao ver uma dúzia de médicos rodeava a cama da mulher.
— Por favor, peço que se afastem!
Um dos doutores esbravejou, na tentativa de impedir a entrada dos irmãos aterrorizados.
Mal podiam ver a mulher, imóvel sobre o colchão levemente reclinado.
Os únicos movimentos de seu corpo nem vinham dela, mas da massagem cardíaca desesperada feita pelas mãos de uma doutora.
Com o passar dos segundos que pareciam uma eternidade, os sons ao seu redor desapareceram.
A imagem sem cores se apossou dos olhos arregalados dela. Os ruídos distantes restaram, destacados que nem zumbidos de estática em seus ouvidos.
Quando tudo desmoronou, as lágrimas tomaram conta dos cílios trêmulos.
Sem conseguir discernir mais a realidade de um pesadelo, ela abriu a boca…
Com um grito assustado, Isabella despertou do sonho perturbador.
Levantou a parte superior do corpo, ficando sentada. A respiração arfante fazia seus ombros subirem e descerem.
Assim permaneceu durante um tempo, até experimentar as dores vindas das costas e da costela machucada.
Quando virou o rosto para verificar a região afetada, se deparou com a queda das gotas transparentes.
Elas nasciam dos olhos trêmulos. Levou os dedos lentamente ao rosto, até tocar nos fios de lágrimas.
— Sonhou com aquilo outra vez? — Ao seu lado, sentado em uma cadeira de madeira, Isaac indagou. — Tenta respirar. Vou trazer um pouco de água.
Ele se levantou e partiu do cômodo aclarado pela chegada da luz solar através da janela.
A jovem nada disse a seu irmão. Apenas desceu o rosto até os joelhos trêmulos e secou as lágrimas com o dorso das mãos.
Com o tempo, ele retornou e ofereceu o copo d’água a ela. Depois de a irmã beber o líquido todo e se acalmar, ofereceu seus óculos.
— Como estão seus machucados?
Isabella o encarou em silêncio a princípio.
Quando controlou a respiração ofegante, trocou o copo com os óculos com ele e os colocou no rosto.
Enfim voltou a enxergar com perfeição, voltando a observar o semblante plácido exprimido pelo gêmeo.
Só então respondeu sua pergunta:
— Ainda dói. Mas não ‘tá tão ruim. Dá pra aguentar. — Alisou com delicadeza a costela. — O que a gente faz agora? O plano na faculdade não deu certo. E as coisas só pioraram…
— Sabíamos que não seria fácil. — Isaac levou o copo a uma das mesas próximas. — Por enquanto, vamos descansar mais um pouco. Temos que encontrar o responsável por ter feito o que fez com aqueles soldados.
Isabella arriou as sobrancelhas, pensativa.
— A gente deve mesmo confiar naquela garota? — Desviou o olhar para a janela entreaberta.
— Não diria que devíamos. Mas… — O garoto voltou a se sentar na cadeira. Inclinou o torso, repousou os antebraços nos joelhos e uniu as mãos. — Ela parecia conhecer melhor do que qualquer um a gravidade da situação. Sabia até mesmo… que aqueles homens tinham sido enviados por um outro marcado.
— Isso foi estranho, mas mesmo assim…
— Sem contar que ela parecia saber… — Interrompeu a voz da garota, que voltou a fitá-lo. — Desde quando minha marca ressoou com a dela na noite anterior, planejamos como poderíamos emboscá-los naquela universidade. E ela reagiu com uma tranquilidade que nem eu conseguiria.
“Se ele ‘tá dizendo”, Isabella abriu um sorriso desconcertado, visto que seu irmão era, talvez, o ser mais calmo que já tinha conhecido desde sempre.
— Era como se estivesse sempre a um passo na nossa frente… — Prendeu um suspiro no peito. — Enfim. Não devemos confiar nela, mas podemos nos aliar por enquanto. Essas coisas devem acontecer. E me intriga um pouco ela estar com aquele garoto…
— O Norman?
— Então sabe até o nome dele? — Ele prendeu um riso entre os lábios. — Se eles não forem de uma mesma constelação, como nós dois…
Interrompeu a própria explicação durante um instante breve de devaneio.
Capaz de experimentar o desconforto de seu irmão, ela apertou as mãos entrelaçadas sobre as pernas cruzadas.
— Foi difícil, sabe? — E indagou, fazendo-o levantar a cabeça até pregar os olhos castanhos nela. — Quando eu empurrei ele no elevador…
Lembrou-se do instante que chutou as costas de Norman, após tê-lo feito confiar em sua historinha.
O instante que viu o transporte despencar, com o rapaz dentro, esticando o braço desesperadamente para tentar salvar a si mesmo.
— Você não precisa continuar nisso… — A voz de Isaac a arrancou daquelas lembranças, fazendo-a lhe encarar. — Se eu vencer, você também vence. Podemos dar um jeito de…
— Não. Vou continuar com você até o fim. — Confrontou o incômodo da costela e se ergueu de vez da cama. — Foi a promessa que eu fiz naquele dia…
Isaac estreitou as sobrancelhas ao sentir certa comoção soar das palavras gentis proferidas pela menina.
Sem objeções, apenas aceitou sua escolha.
Àquela altura, já estava envolvida o suficiente na batalha para ter outra escolha que não fosse seguir com ele.
Durante o amanhecer, uma van preta estacionou em frente a uma casa de médio porte.
Imediatamente após a parada, as portas traseiras foram abertas com força, permitindo que quatro pessoas armadas saíssem.
Com capacetes que impediam a identificação, dispararam até a porta de entrada.
Um deles, com cautela, girou a maçaneta que a abriu, o permitindo conferir a região da sala.
Os quatro entraram em conjunto, fazendo uma varredura cuidadosa no local.
— Como imaginei, eles iriam agir novamente.
Sobre o galho de uma árvore próxima à esquina da rua, Isaac observava a invasão.
Estava de pé ao lado de Isabella, essa sentada com ambas as mãos sobre as laterais das hastes dos óculos.
— Então é aqui que aqueles dois moram? — ela indagou.
— Foi o lugar onde minha marca ressoou, então…
— E se o outro marcado estiver com eles? — Franziu o cenho. — Se ressoarmos um com o outro, ele vai saber sobre nós.
— Se fosse o caso, já teria ocorrido. Ele não deve aparecer. Pelo menos, não agora… — Fechou os olhos durante a breve explicação. — Ele não deu as caras nem na universidade, seria difícil levar fé que iria se arriscar para invadir uma casa.
— E como ele sabe que eles moravam ali?…
Isaac não conseguiu responder à pergunta inquieta da irmã, mas já tinha pensado um pouco a respeito.
Ainda mais com o fato de o ataque na universidade ter sido coordenado no exato mesmo dia e horário que eles foram até lá.
Tais coincidências o levavam a pensar em algo, porém os pensamentos acabaram interrompidos quando os homens de preto deixaram a casa.
— Seria bem surpreendente se não fosse óbvio. — Estreitou as sobrancelhas.
— Não estão em casa…
De fato, com aquela garota no comando, não seriam tão ingênuos de esperarem por um ataque inimigo naquele lugar.
E isso o fazia crer que estava correto ao imaginar o motivo pelo qual o marcado misterioso parecia saber onde eles estariam.
No tocante a esse detalhe, imaginou, também, que ele já deveria estar ciente de que nada encontraria naquela residência.
E mesmo que não estivesse, que acreditasse em uma oportunidade de os abater de surpresa…
— Ele não buscaria uma resposta tão fácil de ser traçada por nada.
— Como assim? — Isabella o encarou de lado.
— Quero dizer que ele está aqui com um segundo objetivo implícito… — Isaac se preparou quando todos entraram na van. — Você não consegue correr, certo?
— Não muito agora. O que houve?
Sem responder a princípio, o Marcado de Rígel conciliou suas ponderações até chegar a um ponto que poderia ser favorável ao adversário.
Um encontro total, determinou conforme vestia a luva escura na mão onde residia sua marca.
Portanto, pensou que ficar parado se afastando do cenário almejado não adiantaria de nada.
— A gente vai seguir essa van — declarou com afinco, estendendo a mão para a garota. — Vamos entrar no jogo que ele está tentando dominar… e tomaremos a vantagem.
Assim, ficariam mais próximos de seus desejos, terminou em silêncio.
Mas era o suficiente para que a gêmea entendesse igual e abrisse um sorriso leve, pegando a mão convidativa dele.
— Você consegue pensar em tudo.
Após o elogio, ela se levantou e, logo depois, foi induzida pelo garoto a cair junto com ele do galho em direção ao solo.
Antes de terminar a queda, ele ativou o Áster, cujo cintilar ficou restrito à mão coberta. Então, o corpo tornou-se totalmente leve, o permitindo a reduzir o impacto da aterrissagem.
No fim, juntou as mãos para segurar as coxas de Isabella, que caiu de maneira a se agarrar às suas costas para que fosse carregada.
Com rapidez, o garoto disparou pelas alas da calçada quando o transporte dobrou a outra esquina.
O fluxo nulo de pessoas àquela hora colaborou para o avanço deles.
Podiam saltar entre os arvoredos e até alguns telhados no caminho, evitando ao máximo de entrarem na linha de visão dos retrovisores do transporte.
Assim se seguiram, sem nem imaginar que, não muito distante dali, também eram observados…
— Estão se movendo — disse a garota de cabelo níveo, escondida no quintal de uma das casas mais próximas.
Com ela estava o rapaz de cachos castanho-escuros, se livrando dos arbustos que soltaram algumas folhas a ficarem presas em seu cabelo.
— Aliás, como ele sabe onde eu moro? — Encarou-a de soslaio, dando tapinhas a fim de tirá-las dali.
— Digamos que, na última noite, certa ressonância entre marcas o fez se envolver igualmente.
“A gente ‘tava na mira de todo mundo o tempo todo…”, Norman resmungou, ainda um pouco confuso com tal justificativa.
— Então, deixa eu adivinhar. — Parou ao lado dela. —A gente também vai seguir eles.
Layla caminhou até a cerca que separava a calçada da rua, observando a virada que os marcados gêmeos tomaram no itinerário.
— Essa é a grande chance de sairmos vantajosos nesse confronto. Tudo vai depender do primeiro encontro…
— Primeiro?…
À pergunta de Norman, ela não disse nada.
Na grande mansão, Levi caminhava pelos corredores sem alguma pressa.
Seu destino era o quarto obscuro onde Bianca estava desde a noite anterior.
Ao chegar lá, destrancou a porta e a abriu com delicadeza no intuito de não assustar a menina que devia estar dormindo.
Para o contraria, ela estava acordada. Logo após a luz do corredor adentrar o cômodo, levou os braços frágeis sobre o rosto e apertou os olhos doloridos.
Levi entrou e de cara observou o prato de comida largado no chão, intocado.
— Se recusando a comer de novo? Se continuar com a palhaçada, vai acabar doente. — Apanhou a bandeja e se aproximou da cama. — Tanto faz… Vamos. Está na hora.
Ao reconhecer o propósito do chamado, a menina não apenas hesitou em segui-lo como tentou se proteger ao ir para a parede.
No entanto, ao reconhecer o olhar afiado dele, o temor arrepiante a fez se mover em sua direção, ficando de pé.
Os dois seguiram pelo lado de fora, sem trocarem palavras durante todo o percurso até a sala de estar.
Depois de ter jogado a comida no lixo, ele a conduziu à saída pelas portas que davam direto no pequeno pátio diante da rua.
Puxou um rádio do bolso da calça ao receber a brisa do amanhecer…
— Lobo Um, na escuta — murmurou próximo à caixa.
— Senhor Levi. — Uma voz com fundo de estática soou pelo alto-falante. — Estamos retornando da residência que indicou, não tinha ninguém nela. Câmbio.
— Como eu esperava — murmurou fora do alcance do falador do equipamento. — Pois então, conseguem identificar alguém os perseguindo?
— Não vemos nada de especial até o momento, senhor. — A voz do homem no outro lado da linha demonstrou dubiedade ao afirmar.
— Mantenham o percurso à mansão, sem desvios.
Encerrou a comunicação e entregou o dispositivo a um dos guardas de prontidão ao lado.
Descansou a mão pesada sobre o ombro esquerdo da menina, que sentiu um aperto esmagador nascer em seu peito.
Ao arregalar os olhos trêmulos, ela foi dominada pela pressão nefasta provinda do mais velho, que inclinou o corpo de maneira a aproximar o rosto do ouvido dela.
— Muito bem, Bianca… — sussurrou com crueldade — Chegou a hora.
— N-não… por favor…
Ela tentou implorar enquanto cerrava os pequenos punhos, o máximo de esforço para não ir aos prantos.
Porém, Levi pouco se importava.
Apertou o ombro que tocava, como se no desejo de elevar a intimidação sobre o corpo dela.
Era tão grotesco que ela se sentia sufocada, incapaz de trazer o ar para os pulmões.
Ficava ainda mais difícil de resistir.
— Isso… Muito bem. — Abriu um sorriso quando experimentou um arrepio retornar a si.
Do braço enfaixado dela, um fluxo de calor intenso irradiou ao espaço, contagiando não só o homem como a dupla de soldados na guarda de ambos.
Com os olhos fechados pelo esforço repentino, Bianca se tornou o próprio silêncio… até os ruídos de diversas vozes invadirem agressivamente sua cabeça.
Em choque, esgazeando as vistas ao limite, ela cambaleou no mesmo ponto onde se mantinha de pé, mas foi amparada por Levi para que não caísse.
Só pôde levar uma das palmas à cabeça, que doía como se fosse explodir a qualquer momento.
Controle…
Entre os incontáveis tons, surgiu o de Levi, cuja ordem podia superar todas sem muitos problemas.
A criança, incapaz de sentir algo além de agonia, voltou a fechar os olhos marejados. De pouco em pouco, o incômodo das vozes invasivas foi diminuindo.
Até que teve sucesso em identificar duas mentalidades determinadas não muito longe dali.
— D-dois… — Tentou gritar, mas para ela soou apenas como um sussurro distante. — Estão vindo… eles querem… te encontrar!…
— Magnífico. — Levi, com a mão canhota sob o queixo, deu um tapa fraco na cabeça dela, que enfim caiu de joelhos. — Devo recebê-los da forma devida, portanto.
Bianca retraiu a utilização de seu Áster, até o brilho da marca cessar e as vozes desaparecerem. O que restou a ela foi a respiração arfante, além da enxaqueca poderosa.
Lágrimas finas escaparam dos olhos atônitos, direcionados às suas pernas, mas incapaz de enxergar algo adiante.
Levi deixou-a agonizando ao caminhar a passadas curtas na direção dos portões.
Contraiu as sobrancelhas, subiu um dos palmos a tocar o tapa-olho com leveza na ponta dos dedos…
— Hora de devolver o favor… — E enfim decidiu se inserir no tabuleiro estelar.
Isaac e Isabella ainda mantinham contato visual com a van escura.
Com os limites da utilização do próprio Áster, o garoto controlava um bom ritmo conforme mantinha-se no encalço do veículo.
Daquela maneira, segurava o melhor para um eventual conflito, tanto fisicamente quanto no âmbito do poder sobrenatural.
Agarrada às suas costas, Isabella estava preocupada, a ponto de desejar trocar um pouco na perseguição com ele.
“Ele não vai deixar mesmo”, pensou ao desviar o rosto, escondendo um suspiro tímido que a fez se perder por alguns segundos daquele momento.
Quando o rapaz parou de pular sobre um poste, ela tornou a encarar o caminho a seguir.
A van estava a poucos metros de distância e já havia percorrido alguns quarteirões. Naquele momento, parecia estar diminuindo a velocidade, como se fosse…
“Estacionar”, Isaac resolveu se aproximar um pouco ao saltar do ponto elevado.
Seus olhos se fecharam por apenas uma vez. Uma piscada singular, rápida. Quando voltaram a se abrir, se depararam com um absurdo: o veículo desapareceu.
O efeito semelhante dominou a visão de Isabella. Incrédula diante daquilo, ela boquiabriu e gaguejou:
— S-sumiram!!?
Pela primeira vez, o Marcado de Rígel experimentou o nervosismo. Até mais do que quando viu aquela garota de cabelo branco fazer o que fez com sua irmã no dia anterior.
Ele paralisou no meio da rua, sem conseguir sequer se importar com a vulnerabilidade.
O momento bizarro o deixou sem qualquer saída. Não havia maneiras de decidir como proceder.
Então, em uma nova piscada, ainda descrentes sobre o que acabara de ocorrer… uma granada sem pino surgiu acima de suas cabeças.
O som da explosão à queima-roupa se alastrou pelo quarteirão inteiro, acompanhado de uma pequena onda de choque.
— Uma bomba? — indagou Norman assim que ouviu o estampido.
Levou os olhos atônitos para o alto, onde viu a camada de fumaça crescer no espaço em direção ao céu.
Não parecia tão longe de onde eles tinham parado enquanto seguiam a pé.
— Parece que começou — disse Layla, em sua companhia, mantendo o semblante plácido de sempre.
O Marcado de Altair não proferiu uma palavra com relação àquilo. Apenas continuou no contemplo dos resquícios da detonação, imaginando o que poderia ter acontecido.
De qualquer maneira, via-se muito prestes a adentrar mais um campo de batalha mortal em meio àquele evento maluco.
“Eu…”, pressionou os lábios, cerrou os punhos e apenas se deixou levar pelo misto de emoções que o dominava.
Quieto, direcionou toda a severidade que podia reunir dentro daquele olhar contra o cruel destino ao qual era imposto.
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