A Voz das Estrelas - Capítulo 14
Reunidas à mesa, crianças trajadas com seus hábitos escuros agradeciam ao alimento de cada dia de mãos entrelaçadas e olhos fechados.
Guiadas pelas vozes das grandes freiras, entoavam sua oração em voz alta antes de poderem degustar.
Mesmo sendo um lugar estreito para comportar diversas meninas, a maioria delas na adolescência e início da vida adulta, todas se agraciavam com o momento.
Mesmo que a fartura não fosse a melhor possível, com muitas vezes apenas pedaços velhos de pão, arroz e acompanhamento dividido estritamente entre todas…
Nenhuma delas reclamava. Apenas sorriam e agradeciam da maneira que podiam.
Vivendo um dia de cada vez e fazendo daquele o melhor de todos os dias, sempre. Mesmo quando, em um desses dias, o inesperado chegou.
Um curto-circuito em uma das fiações antigas soltou as faíscas responsáveis por iniciarem minutos de puro terror.
As chamas engoliram o pequeno orfanato em um piscar, assim como a igrejinha que ficava numa região isolada da cidade, onde o campo prevalecia.
Por mais que as luzes alaranjadas alcançassem as vistas urbanas, nenhuma ajuda viria.
A ficha só caiu quando os gritos agonizantes de socorro ecoaram aos ventos, alcançando ninguém além de três meninas paralisadas à frente do incêndio.
Aos poucos, eles foram cessando, enquanto o sinal de fumaça subia aos céus até se unir às nuvens esporádicas a flutuarem sob as estrelas.
No puro choque daquela paisagem, nem mesmo perceberam os fios de lágrimas a escorrerem dos rostos pálidos.
E nas mãos de uma delas, a mais alta e que se encontrava entre as outras duas, um pequeno pedaço de bolo.
Nele, escrita a palavra “parabéns”, abaixo do número dezessete.
Cercadas por um fluxo considerável de pessoas da cidade, os hábitos sujos e com pequenos rasgos nas extremidades chamavam a atenção.
Amedrontada pelos olhares dos desconhecidos, a menor das três tentava se esconder atrás da mais velha, essa ansiosa, porém sustentando certa segurança.
A outra, que ficava entre ambas, não parava de olhar a todos os lados, também bastante próxima delas.
— Está tudo bem — murmurou a maior. — Eles são… pessoas como a gente, sabe? Não vão nos machucar…
Apesar do semblante de quem tentava confortar o nervosismo das outras, sua voz soou um pouco trêmula.
Nenhuma delas respondeu a princípio, mas durante o conturbado trajeto, um ruído estremecido ressoou por entre as três.
Quando pararam de andar, a maior delas percebeu que tinha sido um ronco vindo da barriga da mais nova…
— Irmã Judith… — Que murmurou com a voz manhosa. — Eu ‘tô com fome…
— Irmã Judith… — A outra se agarrou ao braço livre da maior, forçando a sua voz manhosa. — Eu também ‘tô…
Tão dramática quanto a caçula, fez Judith torcer as sobrancelhas enquanto a encarava.
Porém, não havia muito o que fazer. Desceu o rosto, de maneira que encarou a cruz dourada que carregava sobre seu peito e por meio de um breve suspiro:
— Está bem. Eu também tenho fome, mas podem tentar aguentar mais um pou…?
Antes mesmo de conseguir terminar, seu braço direito foi apertado com força pela manhosa empenhada.
— Sarah — resmungou por meio de um sorriso sinuoso. — Eu sei que você, mais do que a Karenzinha, consegue muito bem aguentar…
Mesmo ao receber o olhar maquiavélico, a garota chamada Sarah permaneceu na insistência.
Queria levá-la a encontrar uma maneira mais imediata de obter algum alimento.
No fim, as três seguiram por mais alguns metros.
Judith observou os estabelecimentos que havia no caminho, até que a própria barriga começou a dar indícios sobre também estar faminta.
— Irmã Judith… — Sarah iniciou.
— Por favor… — E Karen finalizou.
— Está bem, está bem! — Judith abriu os braços, se livrando do aperto das duas.
Mesmo que numa posição nada aprazível por conta da pressão exercida por ambas, ela pressionou os lábios e ponderou seriamente:
“Como protetora dessas duas, preciso aguentar.”
O oásis surgiu após aquilo, quando os olhos castanho-escuros se depararam com uma lojinha de conveniências em um posto de gasolina na esquina da rua.
“As irmãs falaram uma vez sobre essas lojinhas”, sentiu-se mais confiante ao reconhecer pelo que havia escutado.
Portanto, puxou a dupla faminta consigo até atravessarem a rua para a entrada do estabelecimento.
Abrindo as portas, um som característico anunciou sua chegada. E, de imediato, a feição delas foi dominada por alívio graças ao ar-condicionado.
— Uaah… que fresquinho… — Sarah regozijou ao ficar parada bem abaixo de onde o ar frio saía pelo equipamento.
— Quero ficar aqui… podemos ficar, irmã Judith!?
Karen, ainda enlaçada ao braço da mais velha, a puxou ao perguntar com um sorriso.
— Não, Karen. Não podemos ficar. — Fez carinho sobre a cabeça dela, mesmo que coberta pelo capuz do hábito. — Vamos pegar algo para comer e ir embora.
— Aaaah…
Dando de ombros à birra das menores com uma fraca risadinha, Judith começou a se aventurar entre as prateleiras do estabelecimento.
Com uma quantidade de pessoas em que era possível de contar nos dedos, procuraram sempre se desvencilhar das encaradas alheias.
Portanto, a mais velha se empenhou em concluir o objetivo o mais rápido possível.
Chegou até as prateleiras onde havia diversos biscoitos salgados e doces. Só de enxergá-los, elas brilharam as vistas e quase salivaram.
Judith decidiu que seria aqueles, mas…
“Não temos dinheiro”, engoliu em seco, já começando a pensar em formas de contornar a situação.
A que passou pela sua mente na frente de todas a fez arregalar os olhos e balançar a cabeça para os lados.
“Não, não e não! Nem pensar. Roubar é errado”, findou aquela mínima possibilidade, até que uma segunda solução se revelou.
Essa a deixou um pouco aflita, a ponto de uma gota de suor frio escorrer na lateral do rosto. Mas não havia o que fazer, ela se decidiu a partir disso.
Não era algo tão correto, mas talvez fosse melhor que pegar sem permissão.
— Karen, Sarah… — Chamou-as de canto e sussurrou: — Me esperem um pouquinho aqui…
Sem dar alguma justificativa, ela deixou-as escondidas na prateleira e caminhou até a virada.
Se deparou de cara com uma moça que carregava uma cestinha de produtos no braço.
E de sua bolsa de couro, quando foi ao caixa, ela retirou papéis verde-acinzentados e os utilizou para passar as compras.
“A irmã Lídia mostrou isso uma vez…”, cédulas de dinheiro, completou ao retornar para onde as mais novas esperavam.
Em silêncio, as puxou até que ficassem abraçadas a seu corpo e fechou os olhos para se concentrar.
Um súbito arrepio envolveu todas as três, ao passo que um fraco brilho escapou da gola alta do hábito, na lateral esquerda do pescoço.
Sem que ninguém pudesse ver, ela ergueu a palma destra voltada para o alto… de onde algo começou a tomar forma.
Com o passar dos segundos, a luz branco-azulada tornou-se as mesmas cédulas daquelas que enxergou há pouco.
E, depois de serem formadas quase dez delas, caíram à leveza de uma pluma sobre sua mão.
Um pouco cansada, Judith driblou a fadiga por meio de um fraco suspiro. Então, sorriu contente para as duas, que seguiam um pouco perdidas.
— Então, podem escolher o que quiserem! — Deixou-as livres de novo. — Vamos pegar o que der para sobrar até o amanhecer, está bem!?
Dito e feito, a ansiedade das duas se tornou uma comemoração contida. Elas pegaram cestas livres e derrubaram os mais variados tipos, marcas e sabores de biscoitos nelas.
Mesmo diante do espanto do dono da loja quando chegaram ao caixa…
— Aqui está, moço! — Judith mostrou o dinheiro.
Ele paralisou por um momento, mas executou seu trabalho de passar as compras no leitor que somou o preço fixo do pagamento.
Mas o que o assustou ainda mais foi quando pegou as cédulas em mãos…
— Querida, isso é mais do que suficiente para comprar a loja inteira…
A voz dele, um pouco atordoada, foi sucedida pela quietude absoluta vinda da compradora desconhecida.
— Ah…
Que só pôde soltar aquilo, sem saber o que fazer.
No fim, deu tudo certo.
As três saíram do estabelecimento, cada uma com duas sacolas cheias de biscoitos, felizes da vida por poderem matar a fome por mais um tempo.
Para não chamarem a atenção das pessoas, rumaram a um pequeno parque nas redondezas, livre de movimento.
Se sentaram em um dos banquinhos e começaram a escolher quais iriam comer naquele início de entardecer.
Foi quando Judith tirou a peça que cobria sua cabeça e revelou seus bonitos cachos ruivos. Combinavam com a pele parda que ainda tinha sardas de uma orelha a outra.
Sarah e Karen fizeram o mesmo.
A primeira, também de pele escura, tinha o cabelo mais liso e castanho-escuro, a cair até metade das costas.
A segunda, branquinha de um aspecto um tanto bronzeado, tinha o cabelo curtinho que nem chegava até depois da nuca, com um tom castanho-claro.
Entre essas duas, a mais velha juntou as mãos e proclamou em voz alta:
— Obrigada Senhor, por nos conceder a oportunidade de sermos agraciadas com tamanha benevolência em saciar nossa fome. Dessa forma, iremos aproveitar vossa generosidade com prazer. Amém.
— Amém! — As outras complementaram em uníssono.
Seguindo as próprias preces, as meninas abriram os pacotes e não se intimidaram a atacar as iguarias com tudo.
— Aliás, irmã Judith — disse Sarah, de boca cheia enquanto mastigava. — A gente também não… pode fazer a oração?…
— Engole antes de falar, Sarah. — Ao retornar com tal bronca, a morena engoliu com medo. — Bem, como as irmãs me tornaram uma freira, eu posso fazer isso por todas nós. E vocês são muito novas ainda, minhas amadas pequenas noviças.
Ela deu uma risada triunfante, o que arrancou um resmungo da questionadora.
Um momento de silêncio tomou conta do ambiente e logo foi cortado pelos ruídos de Karen, que comia os salgadinhos com um sorriso gracioso.
— Sua boca ‘tá toda suja, Karenzinha.
Judith, por meio de uma nova risada, usou um pequeno pano para limpar as migalhas da bochecha dela.
As três comeram o quanto puderam. Para aquele momento, antes do jantar que viria com a chegada da noite, um pacote foi o suficiente para cada uma.
Só que essa degustação às pressas fazia nascer um terceiro problema…
— Sede… — resmungou Sarah.
— Seeede… — repetiu ainda mais sofrível a caçula.
— Não tinha pensado nisso… — A mais velha suspirou, se levantou rapidamente da cadeira e pegou o tecido que cobria o cabelo cacheado. — Vou lá na loja trazer água.
— Eu quero suco! — Karen ergueu o braço pequeno.
— E eu também, grandissíssima irmã! — E Sarah tirou proveito com um sorriso forçado.
— Certo, então… — Quase com um tique nervoso sob o olho esquerdo, Judith deu a volta pelo banco.
Ainda tinha sobrado dinheiro do troco que lhe foi dada ao comprar os biscoitos, então não seria necessário criar mais com o poder.
Só que, antes que pudesse ir até o estabelecimento outra vez…
— Aê, olha só! Olha as roupa’ que elas ‘tão usando!
Um garoto cheio de piercings no rosto atravessou a trilha asfaltada entre os gramados.
— Como é que é? E ainda são crianças…
Mais dois jovens recheados de tatuagens estranhas o perseguiram até fecharem a passagem da freira.
Ameaçada pela postura do trio de que parecia ser bem mais velho, Judith tomou a atitude de se postar à frente de Sarah e Karen sem pensar duas vezes.
— O que foi? Por acaso estão perdidas, freirinhas? — O terceiro, o mais gordo deles, se aproximou e destacou a diferença de altura comparado a elas. — Que tal nos passarem esses biscoitos? Vocês compraram bastante, né? Acho uma covardia não dividirem.
— Não iremos dividir, pois eles são nossos.
A resposta firme da líder causou uma reação estranha nos três garotos.
Eles arregalaram os olhos, boquiabertos.
Trocaram olhares silenciosos e, logo na sequência… começaram a gargalhar.
— Olha só! Olha só! A menininha é bem corajosa, né!? — O das tatuagens apontou com o indicador enquanto segurava a barriga com a outra mão. — Não ensinaram na igreja de vocês que devem compartilhar com os necessitados!?
— Acho que ela não entendeu a situação em que se encontra… né!?
O dos piercings executou um rápido movimento que levou o joelho esquerdo até o abdômen da garota.
O golpe a fez expelir bastante saliva até que os joelhos fossem derrubados no relvado.
— Irmã Judith! — Sarah tentou se levantar ao acompanhar a cena.
Apesar da tentativa, Judith estendeu o braço estremecido como se implorasse para ela não se mover.
Tentava recuperar o oxigênio perdido ao passo que tocava a testa na grama fria. Ainda soltava fios de saliva pelos cantos da boca.
— Não banca a heroína, garota. Só passa esses biscoitos logo, antes que a gente leve disso pra uma pior!
O responsável por derrubá-la com o rápido golpe se agachou apoiado nos joelhos flexionados.
Ele segurou nos cachos volumosos dela e puxou sua cabeça para o alto, a deixando frente a frente com seu olhar assustador.
A jovem freira, com uma das vistas fechadas por conta da dor, rangeu os dentes na tentativa de aguentar.
Precisava se concentrar caso desejasse evitar o pior. A única saída que vinha em sua mente era a de criar algo a fim de protegê-las.
— Sabe, ‘cê me tirou do sério — murmurou o que vinha depois, na direção das outras. — Agora a gente vai fazer você pagar.
— N-Não! Esperem…!
Judith tentou suplicar pela clemência dos arruaceiros, mas não podia mais interromper o avanço deles em direção às mais novas.
“Oh, meu Senhor… por favor… Nos ajude”, clamou mentalmente àquele que devotava sua crença de corpo e alma.
Quando o gordo e o tatuado estavam próximos das indefesas… o silêncio tomou conta de todo o parque.
O uivo do vento atravessou a demora da conclusão que o líder dos garotos esperava, o fazendo erguer o olhar.
— Ei, o que foi!? — esbravejou aos companheiros paralisados. — Por acaso ficaram com peninha!? ‘Cês ‘tão…
Assim que se levantou para conferir a situação, foi assolado por um calafrio surreal por todo o corpo.
A exemplo dos criticados, também percebeu estar incapacitado de seguir adiante. Ainda por cima, largou o cabelo da jovem baqueada.
Depois de recuperar o fôlego, Judith olhou para trás.
“Isso é…”, a pura apreensão cresceu, tanto quanto a de Sarah, bem ao lado de onde a influência pesada ressoava.
E ela vinha de Karen, cujos passos curtos sobre o gramado se manifestaram solitários na direção dos arruaceiros.
Com as vistas bem abertas, os três perceberam sua heterocromia — o olho direito era azul-claro, enquanto o outro era dominado por um tom de avelã.
Eles, que pareciam brilhar, abalaram todo o cenário.
Apesar disso, era o mero efeito causado pelos raios de sol do entardecer que a abraçavam dos pés à cabeça…
— Deixem… minhas irmãs… em paz!
Após entoar sua ordem, a luz no par de íris de cada um desapareceu.
Segundos se passaram, até que a postura deles mudou e a gritaria desesperada teve início. No fim, os três sucumbiram à terra com mãos sobre a cabeça, chorando e trêmulos.
Judith se reergueu, acompanhando aquela reação nada usual. No entanto, logo venceu o espanto no intuito de pegar suas protegidas e fugir dali o mais rápido possível.
E esse desejo aumentou quando Karen, de súbito, perdeu as forças e desmaiou, quase indo de encontro ao relvado.
Foi segurada por Sarah, no estalo necessário para que a respectiva saísse do transe assustado.
Mesmo assim, os moleques continuaram a suplicar em prol de que “aquilo tudo” parasse.
— Irmã Judith… — A morena engoliu saliva, num timbre atordoado.
Judith recuperou as rédeas ao pegar as sacolas de biscoitos no banco.
— Vamos sair daqui.
A determinação foi acompanhada por Sarah, que apanhou as pequenas bolsas plásticas e trocou-as pela caçula, que foi colocada sobre as costas da mais velha.
Carregando-a daquela maneira, as três partiram.
A única coisa que esqueceram foram os capuzes do hábito religioso responsável por protegê-las do próprio mundo.
Quando a noite tomou o controle do céu recheado de estrelas, Karen ressurgiu assustada.
Tinha a cabeça deitada sobre as pernas de Judith, o suficiente para a tensão que dificultava sua respiração esvair-se rapidamente.
E perante o despertar repentino da menina, a ruiva lhe ofereceu um leve sorriso de alívio.
Sarah dormia no banco de madeira ao lado; as três tinham encontrado um outro parque, esse um espaço que parecia bem mais tranquilo para descansar.
— Você está bem, Karenzinha? — indagou ao levar os curtinhos fios de cabelo na testa dela para o lado.
— Irmã Judith… — Com dificuldades para dizer algo, a criança segurou na mão da mais velha. — Tive um pesadelo… Não consigo dormir…
Mesmo com o conflito de mais cedo, Judith sabia que o conteúdo dos pesadelos vinha da tragédia que as assolou.
Afinal, desde esse dia, toda aquela história sobrenatural tinha começado para elas três…
Com um gesto de afago, pôde, dessa vez, acariciar a cabeça dela sem ser atrapalhada pelo gorro que foi deixado para trás.
Judith ergueu o rosto, de maneira a contemplar a abóbada escurecida recheada de pontos luminosos.
— Hoje está uma noite linda…
Em proveito à posição favorável, a pequena também se deparou com o topo inalcançável, mas que podia fazer qualquer um sonhar.
— Irmã… — Fechou os olhinhos de diferentes tons. — Pode… cantar pra mim?…
Ao escutar o pedido da menina, assentiu com leveza.
Então, também fechou os olhos em busca por se inspirar, do jeito que ela adorava.
— Brilha, brilha, estrelinha… Eu queria ser você…
A voz aveludada se misturou à fraca brisa da noite, que fazia seus cachos ruivos oscilarem pelo espaço.
Com um sorriso alegre, Karen aproveitou a canção de ninar, aos poucos sendo puxada pela inconsciência.
Aquele momento pacífico, somente a lua e as estrelas eram permitidas a contemplar.
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