A Voz das Estrelas - Capítulo 3
Perdido em meio a todas as bizarrices vivenciadas nos minutos recentes, Norman não viu outra escolha.
Ele clamava por uma ajuda, qualquer ajuda. E ela tinha se oferecida diante de si, quando tudo parecia perdido.
Sem hesitar, aceitou a mão estendida e tratou de acompanhá-la pela saída do prédio onde o caos tinha nascido.
Atravessaram todo o pátio, inclusive por onde tinham se encontrado mais cedo, no intuito de acessarem o bloco vizinho.
O garoto estranhou, pois pensava em correr para fora do hospital.
— Pra onde a gente…?
— Não conseguiremos auxílio fora daqui. — O antecipou no ato. — Confie em mim.
Norman escondeu o sentimento, mas era bem complicado fazer aquilo que ela tinha pedido.
Poderia até ser uma emboscada e ela estava junta com aquele maníaco de máscara. Manteve-se em alerta ao pensar nisso.
Os dois terminaram a travessia até o interior do prédio vizinho. Foram em direção ao elevador, que já tinha as portas abertas para agilizar a subida deles.
Ela apertou o botão do terraço.
— E qual é o seu nome? — Norman perguntou.
Vendo que ele parecia desajeitado ao falar daquela maneira, a alva prendeu um riso enquanto as portas se fechavam.
— Então essa é sua primeira pergunta? — Usou os dedos e levou fios rebeldes do cabelo branco para atrás da orelha. — Layla. E você?
Incomodado com a rápida brincadeira feita por ela, enrustiu as sobrancelhas ao dizer:
— Norman.
Layla deu uma risadinha.
— Norman, então.
Só então a máquina estreita solavancou, iniciando sua subida pelos andares superiores.
Tenso toda a vida, Norman batia a sola do pé esquerdo repetidamente no chão.
Depois que o elevador passou dos primeiros pisos, em meio a um silêncio ensurdecedor, o garoto tratou de quebrar o gelo da forma que a companhia esperava a princípio:
— Então você sabe o que ‘tá acontecendo?
— Diria que sei. — Fechou os olhos, tranquila.
— Quem é aquele cara? Por que ele quer me matar? O que é esse brilho que aparece na minha testa e como diabos o hospital tremulou daquela forma? — Fez uma pausa para remediar o fôlego. Então, completou: — E quem é você?…
Após enfim disparar tudo — ou quase tudo — que possuía de dúvidas gritantes em mente, Norman fechou as mãos com vigor.
Era impossível aliviar aquela angústia. Esperar alguma explicação da desconhecida, enquanto ouvia o barulho do indicador da subida dos andares, piorava tudo.
Layla permaneceu serena, até abrir os olhos azulados de novo. Virou o rosto à direção dele, por si só lhe causando um arrepio.
Depois, ela girou a postura no intuito de se aproximar a ele, o acuando cada vez mais.
O garoto sentia-se abraçado por aquela aura mística de um frio estremecedor. Como no encontro de mais cedo, viu os rostos se aproximarem.
Então, os lábios delicados dela se moveram:
— Você é um Marcado.
A voz soou murmurada.
— Marcado?… — Ele arregalou os olhos sem entender nada.
— Você foi escolhido pelas estrelas. Assim como eu.
Layla subiu a mão ilesa e, na ponta dos dedos, tateou a região da testa que trazia dor e incógnitas ao rapaz.
O arrepio foi realçado em sua coluna. Não conseguia se mexer um músculo sequer.
Mas, em contrapartida, foi preenchido por um conforto indescritível.
De certa maneira, aquele toque era…
— Como imaginei… Altair.
Ao ouvir o nome, o novo solavanco indicou a chegada do elevador ao destino. E as portas se abriram, deixando a lufada fria do exterior se envolver na interação.
— A estrela da Águia… — ele balbuciou, espontâneo.
Com o sorriso mais firme, Layla deu a entender que ele tinha compreendido o significado.
Retirou os dedos do lado esquerdo da testa dele, cujos cachos saltitaram de leve.
O problema de receber aquilo: novas perguntas acabavam de surgir, sem que as outras anteriores fossem esclarecidas.
— Você conhece mesmo de estrelas. — Ela girou sobre os tornozelos para a saída. — Vem. Vamos detê-lo aqui.
Num tom seguro, ela avançou despreocupada até o terraço, um espaço que possuía somente algumas vigas metálicas, materiais de construção e uma enorme caixa d’água.
Com os dedos na própria testa, onde havia sido tocado, Norman foi atrás dela. Nada novo sob a lua, não entendeu qual intuito tinha aquela declaração.
— Acho que temos algum tempo até ele chegar. Posso responder suas perguntas de forma resumida. — Se virou a ele e subiu o dedo indicador. — Primeiro: “o que está acontecendo?”. Você é um Marcado, um dos escolhidos para a Seleção Estelar.
— Seleção… Estelar?
— O Rei Celestial, aquele que governa o cosmos e todas as leis universais, irá se retirar em breve. Portanto, ele tratou de selecionar potenciais sucessores para despertarem em prol de lutarem para obter o direito de substituí-lo.
“Mas… que merda!?”, ele não sabia se ria daquela resposta ou se entrava em pânico de vez.
— Os escolhidos são denominados como os Marcados. Cada um possui uma estrela representativa, daquelas que são conhecidas e difundidas entre os humanos. — Apontou a ele. — Você é o Marcado de Altair.
Tudo era fantasioso demais para ser verdade, só que a expressão de Layla parecia desprovida de qualquer traço de dissimulação.
Para piorar, havia evidências a favor daquela explicação. Mínimas, mas havia.
Tanto a luz em sua testa, quanto o momento em que se salvou do galho em chamas antes de desmaiar e quando o homem mascarado foi lançado contra o balcão.
Depois, ainda sobrava o tremor que ocorreu duas vezes no prédio principal enquanto fugia.
Foi num relance, mas imaginou ter visto o homem colocar a mão no chão na segunda ocasião.
Layla ergueu o dedo médio e prosseguiu:
— Segundo, “quem é aquele cara?” e “por quê ele quer te matar?”. Você já deve ter entendido, mas ele é um dos selecionados, ou seja, um Marcado. Talvez você não tenha visto, mas todos possuem um símbolo referente à constelação da estrela que o representa. É a prova de que você foi um dos escolhidos pelo Rei Celestial.
A explicação começou a ficar maior e cada vez mais séria. Tão logo a possibilidade de rir daquilo tudo passou a desaparecer.
— Ele queria te matar simplesmente por um motivo: para eliminar um concorrente.
Norman engoliu em seco. A ficha custava a cair, porém não dispunha de nada para se apoiar contra aquela bizarrice.
Seria a melhor sensação do mundo descobrir que tudo aquilo não passava de pesadelo para despertar na cama sem que nada tivesse acontecido.
A realidade o puxou de volta ao momento de aflição assim que o som de passos abafados ecoou pelo local.
Sem terminar as respostas, Layla abaixou o braço.
— Está vindo.
Norman se virou, vendo que o elevador estava parado, ainda com as portas abertas. Portanto, a resposta veio da entrada no outro lado, com acesso às escadarias.
A estrutura vertical foi aberta num chute forte, quase sendo arrebentada.
O garoto sentiu o corpo inteiro tremer.
Não de frio. De medo.
O mascarado saiu das sombras da escadaria para se revelar à dupla parada bem próxima da beirada.
Ele avançou alguns passos até o meão do terraço.
— Como já te disse o básico, essa será nosso primeiro desafio, Norman.
Norman, perdido num dilema mortal, virou o rosto até a garota, cujo cabelo branco esvoaçou conforme aguardava as ações do inimigo.
Os dois não tinham outra opção. Ou era enfrentá-lo de vez — a proposta inicial — ou encontrariam uma queda para a morte.
O mascarado continuou na direção deles, a faca preparada para ceifar suas vidas. Ainda tinha seu poder bizarro, do qual jamais fora explicado pela alva.
O que restou foi torcer por ela ter algo parecido. Porém um formigamento estranho o induziu a subir o braço direito.
Assim como fez no acidente de cinco dias atrás. Assim como fez naquela madrugada, para se livrar da morte.
Tudo parecia ter se tornado uma lentidão assustadora. Por algum motivo, sentiu a mesma aura encontrada em Layla rodear sua palma aberta.
Só tinha um toque de diferença; era quente.
— Dois de uma vez, então? — indagou o mascarado, ao parar a caminhada e se agachar.
Tocou a palma no chão e, do dorso do membro, surgiu o brilho branco-azulado. Nem durou cinco segundos para que o tremor se alastrasse por todo o prédio.
Conforme a estrutura chacoalhava, Norman perdeu a absorção em sua mão. Por pouco não cambaleou para cair no abismo mortal.
Sua única medida para manter-se seguro foi se agachar e se segurar no pequeno parapeito.
Foi o momento da investida.
Quando o mascarado tirou a mão do chão, o abalo passou a perder intensidade, mas o permitiu correr contra a dupla encurralada.
Mirou a faca contra a garota, mais à frente na posição.
“Ué…”, incrédulo, Norman fitou-a. Ela não parecia empenhada em fazer qualquer coisa para se defender.
Pois poderia não ter nada de verdade. Nenhuma arma ou poder estranho…
Vendo-a se preparar da forma que dava, acuando a estatura, o cacheado, empurrado por uma força desconhecida, correu para frente dela.
Layla abriu um sorriso. E o agressor, o outro marcado, empurrou a faca num gesto de empalamento contra a sua barriga.
“Droga!!”, no reflexo, Norman abriu os braços e deixou a lâmina passar rasgando seu abdômen.
Foi um lanho superficial, mas o fez grunhir de dor. Antes de perder o equilíbrio, enganchou o antebraço do homem e tentou prendê-lo.
Porém, com o encontro entre seus corpos, o jovem foi impelido para trás, o que fez suas costas baterem na garota.
— Opa…
A noção repentina fez um arrepio aterrador dominar o garoto. Ele virou o rosto, só podendo ver a aliada indo em encontro à queda.
De novo, as cores perderam vida diante de seus olhos.
De novo, perguntou se era daquela forma que iria terminar.
Decidiu que não.
Num gesto rompante, ele jogou o agressor de volta, girou sobre os tornozelos e correu para tentar segurá-la.
Esticou a mão, mas ela já estava muito longe. Não conseguiu a alcançar.
Layla, mesmo assim, continuou sorridente. E os lábios dela se moveram, lentamente.
Foi o bastante para entregar a mensagem.
“Liberte-se…”
A voz daquele dia ecoou de novo pela cabeça, sendo a agente liberadora de um gatilho adormecido dentro do peito.
“Eu não…”, o impulso, a pintura do instante, fez as correntes serem destroçadas.
— Não vou me arrepender de novo!!
Quando o brilho branco surgiu de sua testa, a energia calorosa se manifestou.
Layla simplesmente paralisou em pleno ar. Parecia ser rodeada por uma aura tão branca quanto o cabelo dela.
E, diferente das vezes anteriores, ela permaneceu flutuando mesmo com o discernimento de Norman.
Que ergueu as sobrancelhas…
— Confesso que… isso é mais desconfortável do que eu imaginei que seria.
Serena toda a vida, chegava a ser assustadora a forma como a garota tratava a situação.
Mas aquela despreocupação permitiu ao garoto agir da melhor maneira.
Mesmo com muitas dúvidas acerca daquilo, ele se concentrou ao máximo possível. Com cuidado, o corpo da alva começou a subir.
Levou poucos segundos até ela retornar ao plano do terraço, sã e salva ao lado dele.
Norman escancarou a boca para sugar ar, pois nem tinha percebido como havia parado de respirar.
O mascarado se recuperou do baque logo em seguida, deu meia-volta e, mediante um estalo de língua, executou outra investida.
O Marcado de Altair puxou a mão de Layla e correu em prol de se livrarem do golpe.
— O que está fazendo? — ela indagou.
— Vamos fugir daqui!…
— Fugir não mudará o estado das coisas. Ele vai voltar para te perseguir, então…
— Não…
— Precisamos nos livrar dele.
Norman quase mordeu a língua ao ouvir aquilo, ainda depois de tentar rejeitar a ideia.
Uma nova agitação se apossou do prédio, impedindo o prosseguimento da dupla até o elevador ou a escada.
Os dois quase caíram no chão. Ele se manteve com um dos joelhos, enquanto ela conseguiu sustentar o equilíbrio ao largar sua mão.
“Isso é ruim”, foi a primeira linha de pensamento dela.
O alarde cresceu com a chegada do perigo, pois estava ciente de que enfrentaria aquele problema.
Norman não tinha coragem para tirar uma vida. Ainda que estivesse sob ameaça, era um fardo muito sério.
Compreendia esse lado das coisas, mas…
— Se continuar desse jeito, todo o prédio irá desmoronar…
O comedido sussurro o alcançou de novo.
Fale comigo, meu filho…
E a voz de sua mãe retornou, tal qual as imagens ainda vivas daquela noite antes do pior acontecer.
Só me deixa em paz um pouco, ‘tá bom?
A resposta dele. Seu erro…
Rangeu os dentes até quase parti-los pela raiz. Ele jamais poderia ver sua mãe de novo; nem seu pai ou irmão.
Eles tinham partido…
“E a culpa é sua”, disse para si mesmo, forçando a mão apoiada no chão.
Era impossível retornar. O passado jamais poderia ser modificado. Essa era a dura realidade responsável por massacrá-lo há cinco dias.
Foi quando a mensagem de Layla voltou à tona. E, apesar de não querer o desfecho apresentado por ela, tomou uma decisão.
“Eu não vou mais errar”, levantou-se, deixando o egoísmo falar mais alto. Pouco importava. “Dessa vez…!!”
O cintilar branco se pronunciou da marca na testa.
Pegando desprevenida a alva, ele deu a volta, de olhos marejados, e entoou em voz alta:
— Dessa vez eu não vou errar!!
Sem fraquejar, ele mirou a palma aberta na direção das vigas metálicas na lateral do terraço.
Conforme o tremor do hospital piorava, a ponto de fazer as estruturas internas rangerem, ele contraiu os dedos.
Se esforçou ao máximo no intuito de repetir os feitos daquele poder misterioso. Já tinha o aceitado depois de tantos problemas.
Então, na força do pensamento, conseguiu mover a dúzia de objetos pesados. Moveu o braço na vertente do homem, lançando-os em sua direção.
— O qu…!!? — O mascarado se assustou ao ver aquilo viajar contra si.
Tentou se locomover às pressas, mas as estruturas terminaram por cair ao seu redor, levantando bastante fumaça e poeira.
Layla acompanhou, impressionada, a nova decisão do companheiro.
Segundos de silêncio se passaram, até o terremoto desaparecer. A brisa fria da madrugada voltou a se alastrar.
Então, quando a camada nebulosa foi levada com a corrente, a imagem do homem soterrado sobre uma das vigas pesadas surgiu diante deles.
Arfante ao extremo, Norman sentiu a força das pernas bambearem até cair sentado. Estremecendo por inteiro, contraiu as sobrancelhas em pânico.
No entanto, viu os braços dele ainda se moverem. Não tinha sido morto. Só de constatar isso, conseguiu suspirar de alívio.
Layla estendeu sua mão. O garoto a encarou por algum tempo, mas logo aceitou o convite.
Com algumas dificuldades, ele a acompanhou a passadas arrastadas até a região das vigas.
— Acabou — murmurou a alva.
Apesar de vivo, ele parecia bastante machucado. Nada poderia ser feito.
Norman precisou lidar com aquilo. Tinha sido um caso de vida ou morte, ele pensou. Legítima defesa…
De repente, a máscara caiu do rosto do homem. Um jovem como os dois, de barba rala tingida num ruivo escuro.
Então, o foco do rapaz direcionou-se até o dorso da mão dele. Havia um asterismo estampado em sua pele parda.
“Ursa Menor…”, a reconheceu de imediato.
— Marcado de Polaris. — Layla afirmou para ele, agachando-se ao seu lado. — Não precisa se martirizar. Você não o matou, Norman.
Layla levou uma mão ao peito e a outra a descansar sobre o local onde havia a marca do asterismo dele.
Aos poucos, ela se desfez em luz azul, até que o corpo do próprio Marcado de Polaris passou a ser transformado em partículas luminosas.
— Que você descanse com as estrelas…
Mesmo assustado, Norman experimentou certo fascínio diante daquela cena. Por mais irônico que fosse.
Foi o prego final para virar suas crenças de ponta-cabeça. Depois de todo aquele evento, nada mais poderia ser renegado.
Enquanto as esferas luminosas subiam, ele levantou o rosto até o destino delas: o céu estrelado.
À completa mercê do universo, apenas se conformou a absorver o inacreditável.
Permaneceu ali, quieto, em pensamentos solitários. No momento que Layla se reergueu, uma nova dor o arrepiou da cabeça aos pés.
Incapaz de lutar, sofreu um apagão na consciência, que fez seu corpo sucumbir de novo.
Conforme caía no chão, a última coisa que seus olhos contemplaram foi a imagem da abóbada recheadas de pontos pulsantes acima.
O despertar da manhã seguinte trouxe a Norman uma atenuação indescritível das dores com as quais convivia.
Se levantou da cama, iluminado pela luz do sol a adentrar pelas janelas abertas, de onde ainda vinha o frescor da brisa daquela manhã.
A primeira coisa que fez foi pegar o celular para verificar o horário. Então, encontrou as faixas curativas em volta da testa de novo.
Curioso, retirou-as com morosidade até revelar o que já imaginava: nada tinha sido um sonho.
O asterismo da constelação da Águia estava lá, no local em que sentiu as dores e de onde o brilho branco se alastrou.
A prova de que ele tinha sido um dos selecionados para a Seleção Estelar.
Ainda seria difícil de digerir absolutamente tudo sobre aquela nova realidade.
Se depois de perder seus pais e irmão já não fazia ideia de como seguiria sua vida, agora era pior.
Mesmo assim, ele tinha tomado uma decisão. Uma que seria a força-motriz para seguir em frente, tentando evitar arrependimentos ao máximo.
Preenchidos por um misto de pensamentos calorosos e frígidos, ele recebeu a última visita dos médicos que, enfim, lhe permitiram ir embora.
Seis dias haviam se passado, mas ele sentia como se tivessem sido meses confinado naquele hospital.
Conforme passava pelos corredores com seus pertences, pronto para voltar para casa, notou que ninguém falava sobre os tremores da noite anterior.
Nenhum funcionário ou paciente em questão.
Buscou relevar sobre aquela estranheza conforme dirigia-se até o térreo. Chegou à saída ao pátio, o atravessou em outro itinerário.
E perante os portões que o libertariam daquilo…
— Oh, parabéns pela alta.
A garota de cabelo branco o esperava, armada daquele sorriso tênue, mas cheio de confiança.
Como se fosse uma artimanha do destino, novamente Layla e Norman se encontravam.
O garoto parou, de frente e a alguns metros dela. Cruzou seus olhos com aqueles globos azul-escuros, tão intensos quanto a própria noite.
Sua história enlaçada na misticidade sobrenatural apenas estava começando.
A partir de então, até o fim de suas vidas, seriam guiados pela voz das estrelas.
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